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Exame Físico Ortopédico em Membros Inferiores - palestra

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Exame físico MMII - palestra 1
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Exame físico MMII - palestra
Introdução
O exame vai iniciar com uma organização sistemática dos sintomas referidos pelo paciente e a ordem de 
investigação ortopédica.
“Ordem” didática do exame físico → inspeção, palpação, antropometria, exame neurológico, testes 
especiais.
Na prática, acontecem todos de forma dinâmica, conforme domínio do exame ortopédico.
Na prática, o exame físico é baseado na queixa do paciente. Ex.: queixa no dedo, examina o dedo.
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Dois momentos: estática e dinâmica
A inspenção dinâmica pode começar pela marcha, ao observar o paciente entrando na sala, 
caminhando, sentando etc.
O exame físico em ortostase faz um 360 no paciente
O exame físico sentado também tem que passar por todos os decúbitos
Inspeção
Marcha
Entrou normal? Está mancando? Tem muleta?
Fases da marcha → vermelho é o membro que está apoiando, azul é o contralateral. Vão se 
invertendo a cada passo
Uma alteração em qualquer parte do corpo altera de forma característica a marcha.
Marchas características
Marcha ceifante → hemiplegia (AVC?)
Marcha parksoniana → inclinação do corpo pra frente com baixa amplitude dos passos
Marcha de escarvante → insuficiência dos dorsoflexores
Marcha de Trendelemburg → deficiência do glúteo médio, quando apoia o membro do lado 
deficiente, a pelve não consegue apoiar e o paciente “inclina” para o lado que está doente. 
Geralmente acontece por insuficiência muscular secundária a lesão neurológica
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Marcha da insuficiência do quadríceps → não consegue estender o quadríceps, usa a mão para 
jogar o joelho para trás
Testes de força muscular
Andar na ponta do pé → flexores plantares
Andar sob o calcanhar → dorsoflexores
Andar medial ou ipsilateral
Trofismo muscular
Existe assimetria nos músculos intrínsecos do pé?
Análise da pele e fâneros
Ferimentos? 
Rachaduras? (ressecamento em pacientes com neuropatias periféricas, principalmente diabéticas e 
autonômicas. Podem gerar infecções secundárias e ósseas, podendo evoluir para amputação)
Mancha hipostésica → hanseníase? redução da sensibilidade no local da mancha
Verrugas? Calosidades?
Estado circulatório
Cianose ou palidez? Sinais de doenças venosas periféricas? Risco de TVP?
Deformidades angulares
Evolução fisiológica dos joelhos da criança: devido a posição intrauterina, o joelho fica em varo (pra 
fora) até +/- 18 meses, que é quando a criança começa a andar e apoiar no MMII, assumindo a 
postura de valvo até os 3 - 4 anos e regredindo/retificando 
após 18 meses com varo → não é normal
valgo após os 4 anos → não é normal
Doenças que causam deformidades angulares:
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W seated positon pode levar a deformidade de fêmur (estrabismo patelar), que após o fechamento 
das epífises não é mais reversível, apenas com osteotomia corretiva
Ângulo coxa pé → posiciona a criança, o normal é que seja até 15º, passando disso temos uma 
torção patológica da tíbia externa
Análise dos pés
Pé plano? Chato? Cavado?
Pode utilizar podoscopia ou pedicrafia para avaliação 
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Istmo diminuído ou ausente → pé cavo
Tipo de pisada
Pronada → pé plano
Supinada → pé calvo
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Qual a posição do retropé? Varo ou valgo? (mesma análise do joelho)
Deformidades nos dedos? 
União de partes moles → sindactilia
Dedos a mais → polidactilia
Pé torto congênito? → RN
Análise de deformidades dos dedos
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Tipos de pés → existem patologias que são mais comuns em certos tipos de pés. Ex. halux valvo é 
mais comum em pé egípcio
Análise dos pés
Análise da discrepância do comprimento entre os membros
Avalia em ortotase
Teste de Galleazzi
Afastar escoliose como causa de diferença → inspeciona em decúbito dorsal, quadriceps a 
45º e joelhos fletidos
Observa de frente e de lado para ver se tem diferença de altura e tamanho de frente e de 
lado
Lado → discrepância do femur
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Frente → discrepância da fíbula
Aumento de volume ou posição características
Flogose + edema de articulação + deformidade + dor → pioartrite? Buscar porta de entrada
Paciente com história de queda + encurtamento + rotação externa → fratura de fêmur proximal
Paciente jovem com aumento do volume do fêmur → osteossarcoma?
Paciente jovem com aumento do volume do joelho → osteoartrite?
Paciente criança com adução do quadril + rotação externa do quadril → pioartrite de quadril? 
Posição de Bonet.
Equimoses e hematomas
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Sd de Morel-Lavalle → trauma na região de coxa faz um hematoma que descola o subcutâneo e 
forma coleção hemática entre o subcutâneo e a fáscia muscular. Quadro agressivo que pode 
complicar de forma severa.
Contornos tendíneos
As rupturas geralmente são perceptíveis no trajeto do tendão + perda do contorno quando compara 
com o pé não acometido
Sinal de Matles → o lado lesionado não faz a flexão plantar habitual, lesão do tendão de aquiles
Marcha e sinal de Trendelemburg
Queda da pelve do lado contralateral do glúteo médio insuficiente. O paciente se apoia e 
cai/inclina para o outro lado porque não consegue fazer a contração para manter a crista 
elevada do outro lado
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O sinal é visto de forma estática e a marcha de forma dinâmica. 
Palpação
Características da pele, proeminências ósseas, cápsula articular, ligamentos
Pulsos arteriais
Em todas as regiões do membro inferior
Femoral, poplíteo, pedioso, tibial posterior
Avaliar tempo de enchimento capilar, se > 3s chama atenção para défict circulatório periférico
Avaliação antropométrica
Avaliar a mobilidade utilizando o goniometro, perimetria e comprimento
Sempre comparativo dos dois lados
Fita métrica → da crista ilíaca ao maléolo medial
Perimetria → qual a circunferência da panturrilha e coxas? Comparação contralateral?
Avaliação dos arcos de movimento → deve ser feita em todas as articulações, todas tem um arco de 
movimento normal
Exame neurológico
Motricidade → força muscular dos grupamentos musculares
Pede pra movimentar e depois fornece uma resistência ao movimento (avaliação ativa e 
passiva)
Graus de força → o normal é o 5
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Sensibilidade → térmica, dolorosa, tátil, vibratória, proprioceptiva
Vibratória → diapasão
Térmica → algodão quente e frio
Tátil → monofilamento de nylon
Dolorosa → agulhinha
Reflexos superficiais
Cutâneo plantar → extensão dos dedos é Babinski +, anormal
Flexão dos dedos é a resposta esperada
Reflexos profundos
Testa a raiz nervosa + o tendão
Reflexo patelar
Reflexo de aquileu
Testes especiais → direcionados para a patologia suspeitada
Patologia sacroilíaca ou coxofemoral
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FABERE → flexão, adução, rotação externa
FADIR → flexão, adução e rotação interna
Gaenslen → glúteo pra fora da mesa e pede pro paciente segurar o membro contralateral, deixa 
o membro descer pendente sobre a mesa, se tiver com patologia sente dor na sacroilíaca
Lesão do LCA
Pivot-Shift → mais específico
Pct em decúbito dorsal, médico faz rotação interna do joelho, apoia uma das mãos sobre a 
perna e faz uma manobra partindo da flexão para extensão do joelho
Se tiver lesão, no momento da flexão do joelho, a banda ileotibial puxa a tibia e você sente 
um “ressalto”, reduzindo o ligamento que está subluxado para frente
kkk socorro
Lachman
Pct decúbido dorsal, joelho levemente fletido a 30º, força de anteriorização da tíbia
Se positivo, anterioriza a tíbia, indicando que o LCA não consegue manter a tíbia em sua 
posição habitual
Gaveta anterior → cada vez menos utilizado, muitos vieses de interpretação, pode ser positivo 
em outras patologias além do LCA
Lesão meniscal
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Steinmann
Rotação interna → menisco lateral
Rotação externa → menisco medial 
McMurray → faz os mesmos movimentos do anterior, mas de forma simultânea
Apley → pctem decúbito ventral com joelho a 90º, faz flexão externa e interna. Se refere dor, 
suspeita de lesão do menisco conforme a topografia.
Rotura do tendão de Aquiles
Manobra de Thompson → pct em decúbito ventral, pressiona o tríceps. 
O normal é observar o movimento em reflexo, lesão negativa
Se o tendão não estiver íntegro não vai ter movimento e é considerado Thompson positivo.
“Síndrome da pedrada”
Hérnia de disco lombar ou dor ciática
Dor lombossacra irradiada para MMII
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Se sente dor antes dos 30º ou depois dos 70º, a lesão provavelmente não é do ciático
Teste de Lasegue → pct em decúbito dorsal quadril e joelho fletido a 90º, vai estirando o joelho
Positivo quando sente uma dor profunda no glúteo.
Dor na elevação do membro estendido nos graus específicos também é indicativo
Condropatia patelar
Zohlen → comprime a patela e pede pro paciente contrair o quadríceps. Isso comprime a 
cartilagem da patela sobre a do femur e o paciente sente muita dor se tem lesão
Rabot → também é compressão da patela sobre o fêmur
Smile ou apreensão → força a patela lateralmente como se quisesse luxar, com o paciente em 
DD e a perna apoiada na do examinador. Se + ele não permite realizar o movimento
Instabilidade lateral do tornozelo
Trauma torsional, testamos a estabilidade anterolateral
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Gaveta anterior → pct com a perna pendente, sentado na mesa, examinador de frente pra ele, 
segura a tíbia com uma das mãos e com a outra mão o pé. Com a mão do pé, tenta anteriorizar 
o pé do paciente e observa um “espaço” na região anterolateral do tornozelo 
Pode não ser observado se edema, mas indica frouxidão ligamentar se presente.
Encurtamento do tríceps sural
Pct senta na mesa com membros pendentes e pede pra estender o joelho, testando a 
flexibilidade dos músculos gastrocnêmio (biarticular) e sóleo (monoarticular).
Não passo dos 90º em extensão, mas flexionando o joelho consigo → problema do 
gastrocnêmio
Luxação congênita do quadril 
O quadril pode nascer luxado ou instável, a assimetria de pregas é bem evidente e característica.
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Manobras → feitas pelo neonatologia logo no pós parto. 
Barlow → é luxado ou não? o quadril está reduzido, ele luxa com facilidade? 
criança em decúbito dorsal, mantém os dois quadris em abdução, posiciona o polegar na 
face interna da coxa e os outros dedos na região trocantérica do fêmur da criança, fazendo 
o movimento pra baixo e empurrando o quadril pra fora.
tenta deslocar o quadril, coisa de doido
Ortonali → 2º passo, promove a redução do quadril
criança em decúbito dorsal, faz abdução do quadril e empurra o trocater do fêmur proximal 
para cima com o indicador e o dedo médio
aqui é tentar colocar no lugar 🤨
Distrofia muscular
Sinal de Gower → coloca a criança em decúbito dorsal e pede para que levante.
A criança rola, apoia os quatro membros, apoia as mãos no joelho e levanta → dificuldade no 
movimento = gower +

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