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TIMPANISMO Associada a super distensão do rúmen e retículo, pelos gases da fermentação (ácido lático, CO2 – 60%, metano e outros). Obs: 90% dos gases produzidos por ruminantes são emitidos por eructação. É uma causa comum de morte súbita em ruminantes. Gasoso é menos comum (<10% dos casos) PATOGENIA TIMPANISMO PRIMÁRIO – DIETÉTICO - ESPUMOSO — PORQUE OCORRE? Ocorre devido a ingestão de algumas leguminosas ou dietas com excesso de concentrado. ɩ Essas bolhas são formadas através de cloroplastos e outras matérias vegetais em partículas, suspensos no liquido ruminal e também podem servir como meios de colonização pelos microorganismos ruminais, o que promoverá a formação de gás. ɩ Algumas proteínas solúveis servem como agentes espumantes, como saponinas, pectinas, hemocelulose etc. ɩ Em uma dieta elaborada com ingestão excessiva de grãos altamente fermentáveis em um curto período pelo animal, faz com que aumente a produção de AGCC e o gás produzido pela fermentação se mistura com o conteúdo ruminal originando então uma espuma densa fazendo com que tenha um aumento anormal do conteúdo no rúmen, impedindo consequentemente a eructação. · Ocorre aumento da tensão superficial do liquido ruminal ou de sua viscosidade, fazendo com que as bolhas de gases fiquem dispersas no líquido ruminal e persistam por longos períodos na ingesta. TIMPANISMO SECUNDÁRIO - GASOSO — PORQUE OCORRE? Ocorre devido a interferência física (obstrução), e ocorre com predisposição em animais que residem em áreas com árvores frutíferas, possuem hábito de ingestão de corpo estranho, animais que ficam deitados em decúbito lateral. ɩ Animais com hipocalcemia podem ter timpanismo gasoso e animais com tetanismo também podem ter, em decorrência da contração muscular, limitando a saída dos gases. · Patogenia se faz semelhante a primeira, porém, sem a formação de espumas e ocorre devido a obstrução esofágica/cárdia por batatas, cenouras, frutas inteiras etc, levando a atonia e a interrupção da passagem da ingesta na eructação. INDEPENDENTE DO TIMPANISMO OCORRE DISTENSÃO RUMINAL, GERANDO COMPRESSÃO DE ÓRGÃOS E COMPROMETENDO O FLUXO SANGUÍNEO, GERANDO PRESSÃO NO DIAFRAGMA E INTERFERÊNCIA CONCOMITANTE DO SIST. PULMONAR, LEVANDO A MORTE POR HIPÓXIA E FALÊNCIA PULMONAR. SINAIS CLÍNICOS — Dependem da gravidade de acometimento. Pode ocorrer 20 min após ingesta, ou acometer em morte súbita. Anorexia Relutância em se mover Insuf. Respiratória (dispneia acentuada - FC e FR, distensão do pescoço, protusão da língua) Sialorreia (devido a obstrução, acumulando saliva) Defecação/micção frequente Coicear abdômen (desconforto/dor) Regurgitação nas narinas Aumento ou redução dos mov. Ruminais Formação de espuma Reflexo de eructação Acúmulo de gás e parede ruminoreticular abdominal Hipermotilidade ruminal e formação de espuma Perda do tônus muscular e motilidade Acumulo de gás e distensão Oclusão da veia cava Congestão da porção caudal Distensão do diafragma e compressão de órgãos Hipóxia e morte DIAGNÓSTICO Histórico – alimentação (acesso a frutas, ingestão alta de grãos e/ou leguminosas, hábito de ingerir corpo estranho) Sinais clinicos Sondagem Diag. diferencial: indigestão vagal (evolução crônica), maioria das indigestões (timpanismo leve), carcinoma, papiloma (interferência na saída), carbúnculo, raios, cobras etc. TRATAMENTO Sondagem orogástrica – se não passar, pode-se utilizar trocáter na fossa paralombar esquerda. ɩ Após sondagem: colocar óleos, drogas antifermentativos e laxativos, para reduzir a estabilidade da espuma e facilitar a eliminação da ingesta. ɩ O tipo de óleo não é importante, visto que todos apresentam bons resultados. Usa-se óleo mineral 100-400 mL/animal. Sondagem ruminal com trocáter – timpanismo gasoso. Drogas antiespumantes: a base de silicone – timpanismo espumoso. Drogas relaxantes musculares como dipirona, soro com anestésico local, biocina. Retirada do concentrado ou leguminosas. Rumenotomia (utilizada em último caso, caso a sondagem não dê certo e o animal não melhore). PREVENÇÃO – THOMÉ, V. A. P, 2021. Manejo de adaptação nutricional adequado, fazendo porcentagens da administração de concentrado. ɩ Papilas demora de 5 a 7 dias para se desenvolverem e se adaptarem ao novo ambiente de fermentação proporcionado pela dieta de alto teor de concentrado. Adicionar níveis de volumosos (feno ou silagem) na ração, para aumento o tamanho das partículas alimentares e diminuir a taxa de fermentação. ɩ Além disso, estimula a produção salivar através da ruminação (obs: saliva tem a capacidade de tamponar o rúmen, através da neutralização dos ácidos pelo bicarbonato na saliva). Utilização de tampões na alimentação animal (utilizado em bovinos leiteiros). ɩ Os tampões neutralizam os ácidos ruminais decorrentes da fermentação da dieta, prevenindo a acidificação do pH no ambiente. ɩ Ação principal dos aditivos tamponantes está relacionada com o aumento da ingestão de água e consequentemente o aumento na taxa de passagem de líquidos, favorecendo a digestão de carboidratos solúveis diminuindo a produção de lactato e propionato na fermentação ruminal (Russel, 2002).
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