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Farmacologia Anti-Hipertensivos

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Anti-Hipertensivos 1
Anti-Hipertensivos
→ PA = débito cardíaco (15% da PA) X resistência periférica.
→ DC = influenciado pela FC e volume plasmático.
→ RVP = influenciada pelo volume plasmático e tônus arterial.
Ajuste Rápido da PA
→ Ajuste rápido da pressão arterial: feito via sistema nervoso simpático por ação dos 
barorreceptores presentes no arco aórtico e no seio carotídeo.
→ Efeitos simpáticos: vasoconstrição (ativação de receptor alfa pela NA), secreção de renina 
(ativação de receptores beta nos rins), aumento da frequência e da força de contração (ativação 
de receptores beta cardíacos).
→ Se eu bloquear o receptor alfa (alfabloqueador), a pressão cai bastante, com isso o organismo 
vai entender que está em hipotensão, o tronco encefálico vai ativar o sistema simpático, ativando 
os receptores beta (alfa estão bloqueados), causando taquicardia e liberação de renina, 
ocasionando acúmulo de líquido (muita renina em longo prazo diminui a complacência dos vasos 
e causa hipertrofia cardíaca).
Ajuste Lento da PA
Anti-Hipertensivos 2
→ Ajuste lento da pressão arterial: SRAA
→ Angiotensina II: aumento direto na atividade simpática (aumento de noradrenalina), aumento 
na reabsorção de cloreto de sódio (o que aumenta a secreção de ADH e a contração das artérias), 
ação direta na secreção de aldosterona pelo córtex da suprarrenal, ação direta vasoconstritora e 
ação no SNC, liberando ADH (que retém líquidos e é vasoconstritor)
→ Angiotensina II: em longo prazo causa hipertrofia e remodelagem dos miócitos, e também 
está relacionada à aterosclerose.
Controle Local da PA
Anti-Hipertensivos 3
Cálcio: adentram o citoplasma pelos canais de cálcio e ajudam na contração da musculatura 
dos vasos.
NO: é um fator de relaxamento endotelial; causa saída de potássio na célula, ocasionando 
hiperpolarização, o que impede sua contração.
Endotelina: 
Quando age na célula endotelial, promove a formação de NO, relaxando células 
musculares; também estimula COX-2 a produzir prostaciclina, que age relaxando a 
célula (coxibes inibem COX-2, o que é ruim para hipertensos).
Quando ocorre uma lesão na parede no vaso, a musculatura e o colágeno fica exposto, e 
a endotelina acaba por agir diretamente nas células musculares do vaso, causando 
contração.
Vasopressina (ADH): quando ela se liga ao seu receptor, causa aumento da concentração de 
cálcio citoplasmático, ocasionando contração do músculo liso.
Indicações de uso de um anti-hipertensivo:
Capacidade de reduzir mortalidade por DCV;
Eficaz por via oral: via simples ainda mais para uso contínuo;
Bem tolerado: poucos efeitos adversos (muitos anti-hipertensivos causam disfunção erétil);
Liberação prolongada diminui o número de doses diárias;
Início com as menores doses efetivas;
Poder ser usado em associação;
Ter controle de qualidade em sua produção.
Classes Farmacológicas com Grau de Recomendação I e Nível 
de Evidência A
→ Diuréticos
→ Beta-bloqueadores
→ Bloqueadores dos canais de cálcio
→ Inibidores da enzima conversora de angiotensina
→ Bloqueadores dos receptores de angiotensina
Simpatolíticos de Ação Central
→ Alfa-2: tronco encefálico (receptor pré-sináptico, faz a automodulação neuronal negativa, 
diminuindo a liberação de NE, especialmente no reflexo barorreceptor); SNC (estimulação do 
alfa-2 reduz o estado de vigília).
→ Esses fármacos atuam no tronco encefálico, no receptor pré-sináptico; são agonistas alfa-2 
seletivos; diminuem a ativação do sistema simpático.
→ Causam diminuição da atividade simpática e do reflexo dos barorreceptores, o que contribui 
para a bradicardia relativa e a hipotensão notada na posição ortostática; discreta diminuição na 
Anti-Hipertensivos 4
RVP e no débito cardíaco; redução nos níveis plasmáticos de renina; e retenção de fluidos.
→ Não apresentam efeitos metabólicos e não interferem na resistência periférica à insulina nem 
no perfil lipídico.
→ Cloridrato de Clonidina, Metildopa, Rimenidina, Tartarato de Brimonidina, Cloridrato de 
Dexmedetomidina.
→ Metildopa: pró-droga, medicamento preferido para hipertensão gestacional.
Pode causar algumas alterações autoimunes caracterizadas por febre, alteração hepática e 
hemólise (efeito da molécula de metildopa, não é um efeito da classe).
→ Cloridrato de clonidina (Atensina): ajuda no desmame de outras drogas
→ Quais os efeitos sobre a PA? Redução de débito cardíaco, redução da RVP e diminuição da 
secreção de renina.
→ Efeitos colaterais?
Podem causar sonolência ou sedação; 
Disfunção erétil;
Por diminuir a transmissão noradrenérgica, pode precipitar depressão, porque uma das 
principais causas bioquímicas da depressão é a redução da transmissão catecolaminérgica.
Por agirem no reflexo barorreceptor, podem causar hipotensão postural. Essa hipotensão 
pode causar quedas, especialmente em idosos.
Alfabloqueadores
ALFA-1 SELETIVOS
→ Reduzem a RVP sem mudanças no débito cardíaco.
→ Se eu bloquear o receptor alfa-1 (alfabloqueador) de artérias e veias, a pressão cai bastante, 
com isso o organismo vai entender que está em hipotensão, o tronco encefálico vai ativar o 
sistema simpático, ativando os receptores beta (alfa estão bloqueados), causando taquicardia e 
liberação de renina, ocasionando acúmulo de líquido (muita renina em longo prazo diminui a 
complacência dos vasos e causa hipertrofia cardíaca).
→ O efeito colateral é a hipotensão postural, por redução da resposta simpática dos 
barorreceptores.
→ Não são mais tão usados em cardiologia porque não aumentam a sobrevida do paciente 
por aumentarem a atividade da renina plasmática.
→ Prazosina, Doxazosina, Terazosina, Tansulozina, Alfazosina.
→ Hoje são mais utilizados em urologia para bloquear o receptor alfa-1 das vias urinárias, para 
relaxar o músculo liso, facilitando a expulsão de cálculos, e também relaxam a próstata 
(hipertrofia prostática benigna), aumentando o diâmetro da uretra prostática.
→ Cloridrato de Doxazosina: muito utilizado para hipertrofia prostática benigna (interessante 
para tratar o paciente que tem HPB e HAS). Utilizado off-label para auxiliar na liberação de 
cálculos renais.
→ Efeito sobre a PA: diminui a RVP.
Anti-Hipertensivos 5
→ Efeitos colaterais: Causam hipotensão postural, aumentam a atividade de renina no sangue, 
causam taquicardia e retenção de líquido, e incontinência urinária (especialmente em mulheres).
→ Benefícios: melhoram o perfil lipídico e glicídico.
→ O fenômeno da tolerância (efeito farmacocinético) é frequente com alfa-bloqueadores.
Betabloqueadores
→ Diminuem o débito cardíaco, FC, força de contração e a secreção de renina. Nebivolol e 
carvedilol também reduzem a RVP.
→ CATEGORIAS:
Não-seletivos: bloqueiam beta-1 e beta-2; propanolol, nadolol e pindolol (este último é um 
agonista parcial e por isso apresenta atividade simpatomimética intrínseca, produzindo 
menos bradicardia).
Cardiosseletivos: bloqueiam preferencialmente os receptores beta-1; atenolol, metoprolol, 
bisoprolol e nebivolol (o mais cardiosseletivo).
Com ação vasodilatadora: carvedilol - é não seletivo, mas é antagonista do receptor alfa-1; 
nebivolol - seletivo, aumenta produção de NO.
→ Propanolol: bloqueia beta 1 e 2 é ruim para asmático e diabético; mas é bom para tratar 
tremor essencial e cefaleia de origem vascular.
→ Bisoprolol e esmolol: são indicados para HAS associada a ICC, porque causam uma redução 
menor no débito cardíaco.
→ Esmolol: utilizado no tratamento de glaucoma.
→ Pode usar betabloqueador para tratar angina, mas se tiver placa aterosclerótica pode causar 
angina.
→ EFEITOS ADVERSOS:
SNC: sonolência, possibilidade de desenvolver depressão; propranolol causa muitos 
pesadelos.
Respiratório: bronquioconstrição.
Bradicardia.
Distúrbios de condução AV.
Disfunção sexual.
Pioram o perfil lipídico.
Diabetes:
Tipo 1: o bloqueio do beta-2 hepático bloqueia a glicogenólise e gliconeogênese 
realizada durante o jejum para manter a glicemia, com isso o paciente pode apresentar 
hipoglicemia de jejum; também, diabéticostipo 1 usam insulina, o que por si só tende a 
causar hipoglicemia. Além disso, a hipoglicemia causa sintomas bem característicos 
como midríase, sudorese, tremor, taquicardia, e o bloqueio do receptor beta impede que 
esses sintomas ocorram, assim o paciente pode ter hipoglicemia e não perceber.
Anti-Hipertensivos 6
Tipo 2: se bloquear o Beta-2, a secreção de insulina cai e a glicemia aumenta, podendo 
ocasionar hiperglicemia pós-prandial.
Redução do débito cardíaco: se o paciente tem ICC, o débito cardíaco dele já é reduzido, 
então se usar um betabloqueador pode ocorrer uma crise de insuficiência cardíaca.
Diuréticos
Diuréticos de Alça
→ Atuam no ramo ascendente espesso da alça de Henle, que reabsorve de 25 a 30% do cloreto 
de sódio.
→ São os mais poderosos de todos os diuréticos.
→ A retirada de mais cargas negativas (2 Cl-) do lúmen do túbulo que cargas positivas (1 Na+) 
cria um gradiente elétrico, o qual favorece a passagem de íons cálcio e magnésio do lúmen para o 
sangue por via paracelular.
→ Os diuréticos de alça bloqueiam o transportador de sódio, cloro e potássio, o que impede a 
reabsorção de sódio, cloro e potássio e, consequentemente, de magnésio e cálcio também. Em 
altas doses também bloqueiam a anidrase carbônica.
→ Furosemida e bumetanida são espoliadores de potássio, cálcio e magnésio.
→ Esses diuréticos interferem com o fluxo sanguíneo renal, por atuarem em regiões que estão 
antes da mácula densa. Com isso, aumentam a atividade de renina plasmática (por isso, não 
diminuem a mortalidade cardiovascular).
→ A furosemida de forma injetável pode ser usada para edema de pulmão, por conta de sua 
capacidade de aumentar a eliminação de água.
→ A furosemida pode ser usada em associação com a espironolactona, a qual bloqueia a ação da 
aldosterona, impedindo que ela haja no túbulo contorcido distal, o que impede a reabsorção de 
água e sódio.
→ PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
Taxa de ligação às proteínas plasmáticas relativamente alta, porém se ligam em um sítio de 
ligação que não compete com outros fármacos;
Metabolismo: boa parte da furosemida é excretada inalterada; assim, não existe 
contraindicação de uso para pessoas com insuficiência hepática, mas para pessoas com 
insuficiência renal a contraindicação é grande, já que ela será excretada com mais 
dificuldade e ficará por mais tempo agindo no organismo;
Como chega no local de ação? Chegam através do transportador de ácido úrico. Como estão 
usando o transportador de ácido úrico, podem aumentar a concentração dessa substância no 
sangue.
Tempo de ação? Atua por 6 a 8 horas, mas só pode ser usado uma vez ao dia, porque são 
diuréticos de alto limiar.
→ EFEITOS COLATERAIS:
Desequilíbrio hidroeletrolítico
Anti-Hipertensivos 7
Depleção de K+
Depleção de Ca++ → menopausa e osteoporose
Depleção de magnésio → coração (arritmias)
Depleção de Na+ → PA e LEC
Depleção de H+ e Cl-
Alteração do metabolismo de lipoproteínas (aumenta triglicerídeos e colesterol total);
Alteração do metabolismo de glicose (causa resistência insulínica, altera a secreção de 
insulina, podendo causar hiperglicemia);
Alteração no metabolismo de ácido úrico;
Alteração hidroeletrolítica da endolinfa: efeito específico da furosemida, podendo causar 
ototoxicidade;
Derivados - sulfonamidas:
Rash cutâneo, angioedema ...
→ INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA:
Lítio: aumenta a excreção de lítio;
Anticoagulantes - varfarina: a perda de líquido pode concentrar mais a varfarina no sangue, 
podendo causar efeitos colaterais como hemorragia;
Digitálicos: medicamentos com baixo índice terapêutico e que podem causar arritmias 
cardíacas; pelo fato de a furosemida espoliar potássio, isso sensibiliza o tecido cardíaco a 
este tipo de arritmia;
Aminoglicosídeos, vancomicina, cisplatina, carboplatina, paclitaxel: podem causar 
ototoxicidade, o que somado à possibilidade de a furosemida causar ototoxicidade, podem 
gerar efeitos bem ruins;
Probenicida: usada para aumentar o tempo de ação da penicilina; usa o mesmo transportador 
que o ácido úrico e a furosemida, o que pode fazer com que a furosemida não seja excretada 
e fique mais tempo no sangue.
Diuréticos Tiazídicos
→ Atuam no túbulo contorcido distal.
→ Inibem o simporte de Na+ e Cl-. Em altas doses, também inibem a anidrase carbônica.
→ Não modificam ou modificam muito pouco o fluxo sanguíneo renal, pois atuam depois da 
mácula densa.
→ São considerados espoliadores de potássio, magnésio.
→ São poupadores de cálcio.
→ Hidroclorotiazida, clortalidona e indapamida.
→ Clortalidona e indapamida são mais potentes que a HTZ, por isso costumam ser utilizadas em 
hipertensão resistente.
→ FARMACOCINÉTICA E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Anti-Hipertensivos 8
Absorção diminuída por quelantes de sais biliares (colestiramina);
Tempo de meia vida (ação): 18 a 24 horas para hidroclorotiazida e um pouco mais de 24 
horas para clortalidona;
Excreção: não depende de ser metabolizado, secretado pelo transportador de ácido úrico.
→ EFEITOS ADVERSOS E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Sódio: espolia;
Cloreto: espolia;
Potássio: espolia (além de câimbras, hipopotassemia pode reduzir a liberação de glicose);
Magnésio: espolia (hipomagnesia pode causa arritmias);
Cálcio: aumenta reabsorção por aumentar a conversão de vitamina D em calcitriol por um 
mecanismo desconhecido (por isso pode ser usado para que, tem nefrolitíase e 
eosteoporose);
Ácido úrico: aumenta no sangue (pode precipitar crises de gota nos indivíduos 
predispostos);
Glicose: aumenta no sangue, causam resistência insulínica;
Metabolismo de lipoproteínas: aumentam lipídeos no sangue, pioram o perfil lipídico;
Fraqueza, câimbra, hipovolemia, disfunção erétil;
Não é fetopático, mas pode causar depleção transitória de volume, o que pode levar a 
hipoperfusão placentária (são excretados no leite materno e por isso devem ser evitados por 
mulheres que amamentam).
Diuréticos Poupadores de Potássio
→ Atuam no ducto coletor.
→ É um local de ajuste fino, reabsorve 5% de sódio, controlada por ação hormonal. Por isso, não 
diminuem muito a PA.
→ São poupadores de potássio. Por isso costumam ser usados em associação com 
espoliadores de potássio (o que diminui o risco de arritmias ventriculares).
Anti-Hipertensivos 9
→ O canal de sódio presente nesta região está sempre aberto, então o que determina a passagem 
deste íon é o gradiente de concentração, a menor quantidade de sódio presente dentro da célula. 
Depois que o sódio passa pelo canal, ele é jogado no sangue pela bomba de sódio-potássio. 
Quem comanda a criação destas bombas é a aldosterona. Quanto mais aldosterona for secretada, 
mais bombas de sódio estarão presentes, e mais sódio retornará para o sangue.
→ Como a bomba joga 3 sódios para o sangue e 2 potássio para dentro da célula (e depois para o 
lúmen), joga-se um H+ no lúmen do túbulo para compensar as cargas e evitar a criação de 
gradiente elétrico.
→ É por isso que os diuréticos de alça e os diuréticos tiazídicos são espoliadores de potássio; ao 
impedirem a reabsorção de sódio, eles fazem com que mais sódio chegue na região do ducto 
coletor, onde passará pelo canal de sódio. Para reabsorver sódio, a célula excreta potássio.
→ O diurético pode bloquear o canal de sódio (amilorida e triantereno) ou bloquear o receptor da 
aldosterona (espironolactona e eplerenona).
→ A espironolactona pode ser utilizada nos casos de “hipertensão resistente”.
→ A espironolactona, além de bloquear os receptores de aldosterona, também podem bloquear 
os receptores de testosterona (se estiver em doses um pouco mais altas). Para homens, deve-se 
ter cuidado, pois diminui a ação da testosterona, diminuindo libido e causando disfunção erétil.
BLOQUEADORES DO CANAL DE SÓDIO
→ EFEITOS COLATERAIS:
Hiperpotassemia;
Diminuição da secreção de H+ no túbulo renal, podendo gerar acidose;
→ INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
AINEs (tendem a aumentar um pouco o potássio no organismo por bloquearem a COX-2, o 
que diminui a secreção de renina, a qual aumentariaa absorção de sódio e secreção de 
potássio);
IECA e BRA (pode aumentar o potássio pela mesma razão acima);
Glicocorticoides: causam hipopotassemia.
ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA
→ EFEITOS COLATERAIS
Hiperpotasemia
Diminuição da secreção de H+
Acidose
Homens: disfunção erétil, ginecomastia, hiperplasia prostática benigna.
Mulheres: hirsutismo, alterações menstruais.
→ INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
AINEs
IECA e BRA
Glicocorticoide
Anti-Hipertensivos 10
Inibidores do SRAA
IECA
→ ECA: transforma angio I em angio II e transforma bradicinina em calicreína; assim os IECA 
tem dois benefícios: diminuem a formação de angiotensina II e diminui a degradação de 
bradicinina, a qual é vasodilatadora.
→ Diminuem a evolução da glomerulopatia diabética e de outras doenças renais crônicas.
→ Aumentam a eficácia dos diuréticos por conta da diminuição da produção de aldosterona. 
Com isso, pequenas doses de diuréticos já aumentam o efeito anti-hipertensivo do IECA.
→ A diferença entre eles é a classe química, se interage com alimento e se é uma pró-droga.
→ Onde atuam?: nas ECA plasmática e tecidual.
→ Como atuam?: bloqueiam a ECA.
→ Quais os efeitos sobre o EHE?: causam hipercalemia e aumentam excreção de sódio pela 
diminuição da aldosterona e ADH.
→ Efeitos sobre PA: redução da retenção de sódio, efeito vasodilatador (redução da angio II), 
reduz remodelamento dos miócitos, diminui a pressão de filtração glomerular.
→ Captopril:
Classe sulfidrila: tem como característica o fato de poder causar angioedema;
Forma ativa;
Interage com alimentos (ingerir uma hora antes ou depois);
Tem uma ação não muito longa, usa-se 3X ao dia.
→ Enalapril:
Formulação: sozinho ou com hidroclorotiazida (isso porque a inibição da ECA diminui a 
liberação de aldosterona o que aumenta o potássio no organismo, por isso usa-se associada à 
hidroclorotiazida);
Classe dicarboxila;
Pró-droga, por isso tem um efeito mais prolongado;
Anti-Hipertensivos 11
Não interage com alimento.
→ Lisinopril:
Classe dicarboxila;
Interage com alimentos;
Droga ativa.
→ Benazepril:
Classe dicarboxila;
Interage com alimentos;
Pró-droga.
→ Ramipril:
Classe dicarboxila;
Interage com alimentos;
Pró-droga.
→ Perindopril:
Muito utilizado em associações; 
Classe dicarboxila;
Não interage com aliemtnos;
Pró-droga.
→ Cilazapril:
Classe dicarboxila;
Não interage com alimentos;
Pró-droga.
É um medicamento bem mais potentes que os outros desta mesma classe.
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS:
A maioria é pró-droga;
Diminui proteinúria;
Metabolismo: esterases plasmáticas;
Excreção renal;
Podem ter interação com alimentos (ingerir uma hora antes ou depois);
Cuidado no início da terapia (ir aumentando a dose gradativamente, pois se começar com 
uma dose alta, o paciente pode ter hipotensão por conta de este sistema estar muito ativado 
e ocorrer rápida redução da atividade da ECA, então tem que ir devagar para dar tempo de o 
corpo compensar a atividade da ECA);
Número de doses diárias.
→ EFEITOS COLATERAIS:
Anti-Hipertensivos 12
Tosse: ECA está no pulmão e também transforma a bradicinina, a qual, entre outras coisas, 
estimula as fibras sensoriais de tosse, em calicreína; quando bloqueia a ECA, a bradicinina 
não é degradada e fica lá estimulando as fibras nervosas; esse efeito é mais intenso com o 
captopril;
Hipotesão;
Insuficiência Renal Aguda (IRA) - estenose bilateral de artéria renal (a estenose diminui o 
fluxo sanguíneo renal, e se eu usar o IECA, vai dilatar a artéria eferente, mas o fluxo 
sanguíneo na aferente vai se manter igual, já que mesmo se houver dilatação, não vai passar 
mais sangue por conta da estenose, e isso diminui ainda mais o fluxo no glomérulo, 
diminuindo a pressão de filtração e causando IRA).
Hiperpotassemia: por impedir que a angio II forme aldosterona, ocorre menor excreção de 
potássio;
Angioedema/exantema cutâneo (captopril): casos de intolerância à classe química;
Neutropenia (diminuição de neutrófilos), disgeusia (gosto amargo na língua), 
hepatotoxicidade: efeitos raros que podem ocorrer com captopril.
Fetopáticos: interfere com o SRAA do feto. Classe D - proibido para grávidas.
BRA (Bloqueadores de Receptores AT1)
→ Por antagonizarem os efeitos da ANGII, relaxam o músculo liso promovendo vasodilatação, 
diminuem a liberação de aldosterona aumentando a excreção de sal e água, reduzem o volume 
plasmático e reduzem a hipertrofia das células cardíacas.
→ Diminuem proteinúria.
→ Apresentam o mesmo perfil farmacológico que os BRAs, porém, como não interferem na 
degradação da bradicinina, não causam tosse.
→ Olmesartana:
Pode ser usado sozinho, ou associado à hidroclorotiazida ou à anlodipino.
Pró-droga.
→ Ibesartana:
Pode ser usada associada à hidroclorotiazida;
Pró-fármaco.
→ Candesartana:
→ Telmisartana:
→ Valsartana:
Pode ser usada em associação com Sacubitril.
Quando há distensão muito grande dos átrios, o que significa que o retorno venoso está 
muito grande, ocorre secreção do Peptídeo Natriurético Atrial (PNA), que alcança o rim e 
estimula a natriurese (excreção de sódio e água), para reduzir o volume sanguíneo. O PNA e 
o PNC (Peptídeo Natriurético Cerebral) são metabolizados pela Neprilisina. O sacubitril 
inibe a neprilisina, aumentando o tempo de ação desses peptídeos natriuréticos. Por isso, a 
Valsartana e o Sacubitril apresentam um efeito sinérgico.
Anti-Hipertensivos 13
Essa associação pode ser utilizada em ICC.
→ Losartana
Quando ela é metabolizada, o metabólito formado também é ativo, o que prolonga seu 
tempo de ação.
Ela também bloqueia receptores de tromboxanos (tromboxano é agregante) e diminui a 
expressão de COX-2 (COX-2 está bastante relacionada à inflamação e também estimula 
liberação de renina).
Descenso noturno é a redução normal, fisiológica, que ocorre durante o sono, e que 
geralmente é de 10% em relação a pressão arterial diurna. Algumas pessoas não apresentam 
este evento fisiológico, o que aumenta a chance de AVE; por isso, pode-se utilizar a 
losartana para diminuir a pressão e causar esse descenso.
→ Azilsartana
→ EFEITOS ADVERSOS
Hiperpotassemia;
Estenose das artérias renais bilaterais - IRA;
Hipotensão (aumentar devagar as doses);
Fetopáticos.
→ BRAs X IECA
BRAs apresentam menos efeitos colaterais e mais ações adicionais (por exemplo não 
causam angioedema nem tosse)
Porém os BRAs são mais caras que IECAs.
Quando usa o IECA, ocorre diminuição da produção de angio II, mas não bloqueia 
totalmente; já quando usa o BRA, ocorre redução da ação total da angio II, pois ele age no 
receptor. O bloqueio do receptor pode até fazer com que a concentração de angio II aumente 
no sangue, porém como os receptores AT1 estarão bloqueados, ela vai estar livre para ser 
metabolizada ou para ativar os bons receptores.
Quem toma BRA tem que ter adesão à terapia, porque o fármaco vai aumentar o nível de 
angio II, e se o paciente parar de usar a droga, o receptor vai ficar livre e exposto ao nível 
alto de angio II.
IR (Inibidor de Renina)
→ Alisquireno:
→ Reduz a atividade de renina plasmática por se ligar a ela e bloqueá-la.
→ Não consegue zerar a quantidade de renina, porque receptores de pró-renina presente nos 
tecidos conseguem desviar os aminoácidos que bloqueiam o sítio ativo, fazendo com que ela 
consiga produzir um pouco de angiotensina.
→ Porém, o bloqueio da renina impede que haja ativação dos receptores “bons” de angiotensina.
Interação com alimento;
Tem a mesma eficácia clínica que IECA. 
Anti-Hipertensivos 14
Não causa tosse, nem os efeitos adversos relacionados ao captopril.
Não pode ser usado por gestante (fetopático), nem por lactantes, nem por pacientes que tem 
estenose bilateral de aa. renais.
Atua no sangue e tecidos (especialmente nos receptores dos músculos esqueléticos)
Aumenta potássio no sangue
Diminui a RVP, diminui pré e pós-carga (diminuição da aldosterona, aumenta excreção de 
água).
Diminui o remodelamento dos miócitos cardíacos.
Diminui a pressão de filtração nos rins, o quediminui a proteinúria, especialmente em 
diabéticos.
→ EFEITOS ADVERSOS
Hipercalemia, rash cutâneo, diarreia, fetopáticos.
Bloqueadores do Canal de Ca++
→ Bloqueiam os canais de Ca2+ dependentes de voltagem presentes na membrana das células 
musculares lisas dos vasos.
→ Ligam-se aos canais de cálcio do tipo L no coração e nos músculos lisos dos vasos 
coronarianos e arteriais periféricos. Isso diminui a concentração intracelular de cálcio, relaxando 
células musculares das arteríolas e diminuindo a resistência vascular periférica (mas não dilatam 
as veias).
→ A diminuição da resistência vascular evoca a ativação do reflexo barorreceptor, ocasionando 
uma descarga adrenérgica. Com isso, pode ocorrer taquicardia por conta da estimulação do nó 
SA pela estímulo adrenérgico. 
→ Di-hidropiridínicos: anlodipino, nifedipino, felodipino, manidipino, levanlodipino, 
lercanidipino, lacidipino → mais frequentemente usados como anti-hipertensivos.
Nas doses usualmente utilizadas, essa classe tem efeito cardíaco reduzido, com ação 
vascular predominante.
Como não reduzem DC, podem ser utilizados em quem tem IC.
Podem aumentar a atividade de renina plasmática, por isso não é interessante utilizá-los 
em monoterapia.
→ Não di-hidropiridínicos: difenilalquilaminas (verapamil) e as benzotiazepinas (diltiazem) → 
apresentam menor efeito vascular e agem na musculatura e no sistema de condução cardíaco, 
exercendo efeito antiarrítmico e deprimindo a função sistólica (cuidado com quem tem IC).
Efeito vasodilatador e reduzem DC.
Também aumentam a renina plasmática, mas menos que os di-hidropiridínicos.
→ Os bloqueadores diidropiridínicos causam taquicardia; já o verapamil e o diltiazem causam 
pouca ou nenhuma alteração na FC, pois apresentam efeito cronotrópico negativo. Por isso, não é 
recomendado o o uso de beta-bloqueadores concomitantemente ao verapamil ou diltiazem, pois 
os BB tendem a causar bradicardia.
Anti-Hipertensivos 15
→ Usados no tratamento da HA de pacientes com DAC, constituindo-se em alternativa aos BB 
quando esses não puderem ser utilizados, ou em associação, na angina refratária.
→ EFEITOS COLATERAIS
Ambos podem causar edema periférico (especialmente no tornozelo) por conta da 
vasodilatação.
Cefaleia e tontura.
Rubor facial (mais comum com os di-hidropiridínicos de ação rápida).
Dermatite ocre e hipertrofia gengival (ambos efeitos ocasionais).
Diidropiridínicos: causam taquicardia, aumentam a liberação de renina, congestão nasal, 
flush; são usados para tratar angina, mas podem causar angina também.
Nifedipino sublingual tem ação muito rápida, podendo causar crise hipotensiva.
 Não-diidropiridínicos: inibem o reflexo simpático, por isso não causam taquicardia
Bloqueio atrioventricular e bradicardia.
Constipação (verapamil).
Glicoproteína P (digoxina X verapamil): risco de toxicidade por digoxina.
→ O BCC não são bons pra quem tem IC, pois diminuem o débito cardíaco, agravando o quadro.
Vasodilatadores Diretos
Hidralazina
→ Causa relaxamento do músculo liso das arteríolas, tendo pouco efeito no sistema venoso.
→ Mecanismo de ação: reduz a concentração intracelular de cálcio e ativa os canais de potássio.
→ A vasodilatação causa pela hidralazina induz grande estimulação do sistema nervoso 
simpático, resultando em taquicardia, aumento da atividade da renina plasmática e retenção de 
líquido.
→ Pode ser utilizada em combinação com dinitrato de isossorbida no tratamento de insuficiência 
cardíaca.
→ Pode ser utilizada para tratar crises hipertensivas, especialmente pré-eclâmpsia, mulheres 
grávidas.
→ A hidralazina é melhor tolerada quando utilizada em combinação com beta-bloqueadores e 
um diurético.
→ Hidralazina é metabolizada por acetilação, e a enzima responsável por isso apresenta muito 
polimorfismo.
→ EFEITOS COLATERAIS:
Taquicardia
Flushing
Edema de MMII
Dor de cabeça, palpitação, náusea, vômito, angina
Anti-Hipertensivos 16
Reações autoimunes:
Lúpus induzido por drogas
Anemia hemolítica, vasculite, glomerulonefrite
Minoxidil
→ Mecanismo de ação: ativa os canais de potássio ATP dependentes permitindo o efluxo de 
potássio, o que causa hiperpolarização e relaxamento do músculo liso das arteríolas.
→ O minoxidil aumenta o fluxo sanguíneo para a pele, músculo esquelético, TGI e coração.
→ É um vasodilatador da artéria renal, porém a hipotensão sistêmica pode diminuir o fluxo 
sanguíneo renal.
→ O minoxidil estimula fortemente a secreção de renina, por isso não deve ser utilizado sozinho.
→ Deve ser utilizado concomitantemente a um diurético (para evitar retenção de fluidos), com 
uma droga simpatolítica (como beta-bloqueador) para controlar os efeitos do reflexo 
barorreceptor, e com um inibidor do SRAA (para prevenir os efeitos do remodelamento 
cardíaco).
→ EFEITOS ADVERSOS:
Retenção de sal e água
Efeitos cardiovasculares
Hipertricose
Secreção de renina e aldosterona
Síndrome de Stenvens-Johnson
Intolerância à glicose
Trombocitopenia
Nitroprussiato de Sódio
→ Mecanismo de ação: doador de NO, dilatando arteríolas e vênulas.
→ Ocorre aumento da renina plasmática.
→ Aumenta muito pouco a FC e reduz a demanda de oxigênio pelo miocárdio.
→ Decompõe-se em ambientes alcalinos quando exposto à luz (necessita de equipo especial).
→ É utilizado em emergências hipertensivas.
→ EFEITOS COLATERAIS
Hipotensão
Toxicidade por conversão em cianeto e tiocianeto

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