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Preparo químico mecânico - Endodontia

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PQM: é a etapa do tratamento endodôntico que visa a limpeza, desinfecção e 
modelagem do canal radicular principal. O preparo do canal radicular é a 
obtenção de um canal cirúrgico, realizado através da instrumentação, com 
instrumentos manuais e rotatórios, que apresente conicidade, paredes 
divergentes para oclusal ou incisal e lisas, que contenha em toda sua extensão 
o canal anatômico, de modo a não alterar a forma original do canal radicular e 
que mantenha o forame apical, também na sua posição original. 
 remove interferências dentinárias do terço cervical e médio 
do canal radicular, permitindo o acesso franco e direto dos 
instrumentos endodônticos na região apical  favorece a 
manutenção da forma e posição espacial do forame apical, 
um dos princípios básicos do PQM que influencia direto no 
sucesso do tratamento endodôntico. 
 favorece a determinação do diâmetro anatômico do canal 
radicular prévio ao PQM de forma mais fidedigna  
diâmetro anatômico (diâmetro do canal radicular prévio ao 
PQM). Diâmetro cirúrgico (diâmetro do canal radicular após 
o PQM). 
 diminui o número de contaminantes passíveis de estruir 
para a região periapical durante o PQM. 
 facilita o preparo do terço apical. 
 possibilita maior fluxo de solução irrigadora. 
 facilita a obturação radicular. 
 facilita o preparo do canal para retentores protéticos. 
.LOCALIZAÇÃO DA ENTRADA DO CANAL RADICULAR 
 
 acesso coronário 
 esta manobra é executada por meio de inspeção e da 
exploração por sondagem. 
 com um explorador fino, resistente, rígido, pontiagudo e 
com as partes ativas retas, como a sonda endodôntica tipo 
Rhein ou similar. 
 
DETERMINAR O COMPRIMENTO DE TRABALHO PROVISÓRIO
 
 determinar o comprimento aparente do dente (CAD)  
comprimento do dente medido na radiografia inicial. Um dos 
pontos de referência da medida é na coroa dental e o 
outro o final radiográfico do dente. 
 subtrair do valor do CAD 2mm como margem de 
segurança 
 CTP- transferir esta medida para a sequência de limas 
manuais que serão utilizadas no PQM  na lista de material 
as LM são de 25mm. Se o CTP é inferior a 25mm; temos 
que transformar com auxílio de cursores no valor obtido. 
 as ranhuras em preto no intermediário representam 
possíveis comprimentos. 
 
EXPLORAÇÃO OU EXPLORAÇÃO E NEUTRALIZAÇÃO DO 
CANAL RADICULAR
 
Exploração- 
 é o contato inicial do profissional com a anatomia interna de 
um canal radicular. 
 ter por finalidade: verificar o número, a direção e o 
diâmetro dos canais e a possibilidade de acesso à região 
apical 
 
Nas Biopulpectomias por não ter infecção no interior do sistema 
de canal radicular podemos explorar o canal radicular principal 
sem preocuparmos de levar contaminantes para a região 
periapical 
 
Instrumentais 
 realizado com instrumentos de pequeno diâmetro de aço 
inoxidável e acionados manualmente. 
 devem possuir pequenos diâmetros, pequenas conicidades 
e propriedades mecânicas que permitam o seu avanço em 
sentido apical com segurança e eficiência. 
 devem apresentar flexibilidade e resistência a fratura por 
torção e por flexão rotativa (fadiga) 
 exemplos: c+ (Maillefer, Suíça), C PILOT (VDW, Alemanha), 
Limas Target (Easy- Brasil) 
 
 
 
Preparo químico-mecânico 
Comportamento Elástico na Flambagem (Resistência): 
Flambagem é a deformação elástica apresentada pelo 
instrumento quando submetido ao carregamento compressivo na 
direção do seu eixo (axial). Durante este tipo de carregamento, o 
instrumento encurva e forma um arco. 
Produzida em aço inoxidável recomendada para a negociação de 
canais radiculares atrésicos e calcificados por ter alta resistência 
à flambagem. Possui o mesmo protocolo de uso das limas C+ e 
CPilot. 
 
Características: 
 produzida nos diâmetros #.6, #.08, #.10, #.15 
 produzida em aço inoxidável  alta resistência à flexão 
(flambagem) 
 com marca de profundidade para melhor identificação do 
operador 
 com cursos de silicone 
 comprimentos: 21 mm e 25mm 
 
 
 
Movimento de exploração ou cateterismo 
 é realizado imprimindo-se ao instrumento pequenos 
avanços em sentido apical, conjuntamente com discretos 
movimentos de rotação à direita e à esquerda, com 
pequenos retrocessos até atingir o CTP. 
 introduzir o instrumento lentamente, sem forçar, com 
movimentos no sentido horário e anti-horário 
 em sentido apical até o CTP definido. 
 limas de menor diâmetro e movimentos devem ser 
delicados, de forma a não empurrar o tecido pulpar em 
direção apical. 
 meios químicos e físicos  indispensáveis, fundamentais e 
obrigatórios. 
 
 
Exploração e neutralização 
 nos casos de Necrose pulpar há presença de 
microrganismos no sistema de canal radicular. Nestes casos 
ao mesmo tempo em que exploramos, devemos 
neutralizar o conteúdo séptico 
 o movimento de exploração ou cateterismo em um canal 
radicular de um dente com Necrose pulpar é realizado 
imprimindo-se ao instrumento pequenos avanços em 
sentido apical, conjuntamente com discretos movimentos 
de rotação à direita e à esquerda, com a retirada completa 
do instrumento do canal radicular seguida da irrigação/ 
exploração e inundação do canal radicular  segue a 
repetição desta manobra com avanços a cada 2mm até 
atingir o CTP 
 preparação em terços. 
 
 feita na mesma sessão do PQM. 
 
 
 
 selamento triplo:uso do tricresol formalina como medicação 
na câmara pulpar- bolinha de algodão sem nenhum 
excesso, só o “cheirinho” 
 
 
Explorar ou explorar e neutralizar:  manobra técnica muito 
similar 
 comprimento de trabalho provisório: CAD - 2mm 
 limas de menor diâmetro devem ser utilizadas 
 irrigação copiosa durante a manobra operatória (Bio- 
NaOCL a 1%, Necro NaOCl à 2,5%) 
 evitar extravasamento no periápice e ou compactação de 
material orgânico no ápice radicular. (Bio- tecido pulpar. 
Necro: tecidos em decomposição) 
 a diferença está que na exploração nas Biopulpectomias só 
recuamos o instrumento, enquanto nas Necropulpectomias 
ocorre a remoção do instrumento. 
 
PREPARO DO TERÇO CERVICAL E MÉDIO 
 
Sinônimos: Alargamento Cervical, Preparo da Porção Reta do 
Canal Radicular, Acesso Radicula.r 
 
Em canais retos e amplos esse preparo poderia ser dispensado. 
Entretanto, em canais finos e finos e curvos ele propicia uma 
chegada menos tonuosa ao terço apical, permitindo que os 
instrumentos trabalhem nessa área com mais facilidade. Além 
disso, nos canais com polpa necrosada, esse procedimento 
elimina pane do conteúdo do canal e minimiza o risco de sua 
compactação para a região apical ou de extrusão para os 
tecidos periapicais. A preparação do terço cervical visa obter um 
preparo na forma de um funil, com base coronária, sem realizar 
desgastes excessivos que comprometam, por exemplo, a área 
da furca nos molares ou a resistência do dente. 
 
 amplia o terço cervical e elimina as interferências sobre os 
instrumentos, facilitando sua ação no terço apical. 
 possibilita que a agulha irrigadora penetre profundamente, 
irrigando efetivamente e criando áreas de escape para a 
solução irrigadora, permitindo uma melhor circulação do 
líquido no interior do canal. 
 libera o cone de guta-percha (principal) dos ajustes no 
terço cervical e médio proporcionando, dessa maneira, 
melhor percepção de sua adaptação ao terço apical. 
 cria espaços que possibilitam o refluxo do cimento 
obturador, reduzindo a pressão sobre o stop apical e a 
possibilidade de extravasamento. 
 facilita o uso dos espaçadores, melhorando a qualidade da 
obturação pela técnica da condensação lateral. 
 reduz o tempo necessário à instrumentação e, por 
consequência, o cansaço do paciente e do profissional. 
 
"O preparo do terço cervical prévio estabelece uma linha direta para 
uma instrumentação mais fácil e eficiente da porção apical." Albert 
Goerig e colaboradores' 
 
O preparo do terço cervical, independentemente do instrumento empregado, 
não deve criar um terço cervical com diâmetro muito maior e desproporcionalem relação ao resto do canal. Isso poderá determinar o aparecimento de 
degraus que, ao contrário do desejável, dificultariam a modelagem. Deve ser 
feito antes da odontometria. Não havendo o preparo, a instrumentação tende a 
retificar o canal e diminuir o CT. 
 
 Orifice Shaper 15/10 � 17mm 
 Orifice Shaper 15/08- 19mm 
 LM 25.05- 25mm 
 Lima Target 10 ou similar 
 
 
 
Técnica 
1. Irrigação/aspiração/inundação do canal Radicular 
2. Orifice Shaper 15/10 
3. Irrigação/aspiração/inundação do canal Radicular 
4. Lima Target ou similar no CTP 
5. Orifice Shaper 15/08 
6. Irrigação/aspiração/inundação do canal Radicular 
7. Lima Target ou similar no CTP 
8. Irrigação/aspiração/inundação do canal Radicular 
9. Lima M25/05- 2mm 
 
 
 
Observações: nenhum Instrumento utilizado no Preparo do 
Terço cervical e médio deve ultrapassar o CTP. Coloque a lima 
Target ou similar 10 e a Lima M 25/05 25mm no CTP 
 
Presença de sangue na câmara, em decorrência da remoção da polpa, exige 
cuidadosas irrigações. A penetração de sangue nos túbulos dentinários, 
localizados na coroa dental, poderá provocar seu escurecimento. 
 
DETERMINAÇÃO DO COMPROMENTO REAl de trabalho 
(crt) - odontometria 
 
Considerações Anatômicas: 
 a JCD é um ponto essencialmente histológico, sob o ponto 
de de vista clínico 
 Uma vez que o forame apical encontra- se, em média, 
deslocado 0,5 mm aquém do ápice radicular e que a JCD 
está em média a 0,5 mm do forame apical, o limite de 
instrumentação tanto no tratamento de dentes polpados 
quanto no tratamento de despolpados deve ser firmado 
preferencialmente 1 mm aquém do ápice radiográfico. Esta 
medida é referida como comprimento de trabalho (CT). Isto 
permite criar um batente apical mantendo instrumentos de 
maior diâmetro e o material obturador no interior do canal 
radicular. (Lopes, HP e cols., 2015) 
 
Comprimento Real de Trabalho (CRT)  Comprimento de 
Trabalho (CT) 
 
Considerações Histopatológicas 
 Dentes com vitalidade Pulpar, Biopulpectomia, ausência de 
infecção  limpeza do canal cementário 1mm do vértice 
radiográfico 
 Dentes com Necrose Pulpar, necropulpectomia, presença 
de infecção  1mm do vértice radiográfico 
 
Tecidos do cemento parecem ser mais uteis no processo de reparo da polpa 
Coto pulpar pode originar uma infecção. 
 
Os autores entendem que um método não invalida o outro - há 
uma soma. 
 
 a corrente elétrica existente no canal radicular completaria 
o circuito no momento em que o eletrodo (lima) tocasse 
no fluido tecidual, indicando a porção mais apical do canal 
radicular o forame apical. 
 perde-se o isolamento da ponta do instrumento pela 
parede do canal (dentina) e a corrente pode se espalhar 
bruscamente, em todas as direções, para apical. 
 sonorização de orientação, aumenta a frequência conforme 
aproxima do ápice radicular. Em zero mm o sinal se torna 
contínuo. Ultrapassando o ápice emitirá “bips” curtos de alta 
frequência, com a indicação de over piscando na tela. 
 se o canal é curvo ou calcificado, não há fechamento do 
circuito. 
 
 
 
TÉCNICA DE USO: 
1. Realiza-se o acesso cirúrgico e preparo cervical e médio dos 
canais; 
2. Eliminação de qualquer interferência metálica ou contato com 
saliva; 
3. Ligar o aparelho e teste do circuito encostando a alça labial na 
presilha porta lima; 
4. Posicionamento da alça no lábio do paciente; 
Ajuste o dipe na altura da cornissura labial do paciente. Para evitar leituras 
equivocadas, é importante que ele não toque em nenhuma estrutura metálica 
como, por exemplo, grampo do isolamento, restaurações de amálgama, coroas 
metálicas, armação metálica de próteses removíveis, etc. 
5. Irrigação e aspiração dos canais, tomando o cuidado de 
manter os canais úmidos e a câmara pulpar seca; 
6. Prender um instrumento de diâmetro compatível com o 
diâmetro anatômico; 
7. Penetrar a lima com movimentos oscilatórios até a marcação 
de “APICE” (forame) no aparelho; 
8. Ajuste do “stop” de borracha na referência oclusal. 
9. Medição em uma régua milimetrada; 
10. Descontar 1,0mm do comprimento para obtenção do 
comprimento de trabalho para instrumentação. O Localizador 
Apical Finepex – Schuster apita no zero. 
 
VANTAGENS: 
 precisão da localização quando a posição do forame apical 
não coincide com o ápice radiográfico. 
 menor tempo para obtenção do comprimento real do 
dente. 
 não sofre interferências de estruturas anatômicas 
adjacentes ao dente. 
 fácil manipulação dos aparelhos. 
 não apresenta riscos à saúde, diminuindo a quantidade de 
radiação aos pacientes. 
 odontometria dinâmica (pode ser feita durante a 
instrumentação dos canais com o localizador acoplado a 
lima. 
 
CONTRA-INDICAÇÕES:: 
 dentes com rizogênese incompleta, devido ao diâmetro 
acentuado do forame apical;  apita de imediato 
 restaurações metálicas, devido a sua interferência no 
circuito eletrônico; 
 pacientes portadores de marcapasso, onde o circuito 
eletrônico poderia interferir no funcionamento e na vida do 
paciente, apesar de em um trabalho apresentado, não 
haver interferência de quatro localizadores apicais 
eletrônicos de cinco testados. 
 ausência de patência apical. 
 reabsorção apical avançada. 
 canais calcificados - Ausência de patência apical 
 persistência de exsudato fluindo do canal (câmara pulpar 
cheia). 
 
 
 CAD: comprimento aparente do dente. Medida do vértice 
radiográfico até um ponto de referência na coroa dentária 
medido na radiografia 
 CRI: Comprimento Real do Instrumento. Medida do 
instrumento prévio a inserção deste no canal radicular. 
 CAI: medida da distância do ápice radiográfico a ponta do 
instrumento. Medida realizada na radiografia 
 
CRD = CRI + CAI 
 
No CTP foi realizado: exploração nas biopulpectomias; 
exploração e neutralização nas necropulpectomias. 
 
LIMITAÇÕES: 
 o forame frequentemente não coincide com o vértice 
raclicular e a sua posição lateral nem sempre pode ser 
visualizada; 
 complexidades anatômicas, tais como dilacerações apicais, 
podem não ser observadas, especialmente quando o desvi 
o ocorre no p lano vestíbulo-lingual ou palatal; 
 dentes com reabsorções apicais s ignifi cativas ou contorno 
radicular ímpreciso; 
 a superposição de imagens de estruturas anatômicas 
(sobretudo nos molares superiores) pode dificultar ou 
ímpedir a visuali.zação adequada da região apical. 
 subjetividade na interpretação da imagem racliográfica, 
revelam o baixo índice de concordância entre vários 
observadores. 
 
Técnica 
1. CAD= medida do dente na radiografia inicial: 
2. CAD-2mm = CTP 
3. Inserir o instrumento no canal radicular 
4. Realizar Radiografia Digital ou analógica 
 
 
 
 
O término da instrumentação de um canal radicular tem sido 
proposto entre 1 a 2 mm aquém do vértice do ápice radiográfico 
tanto no tratamento de dentes polpados quanto no de dentes 
despolpados. - Lopes e cols., 2015 
 
 
 
Uma vez que o forame apical encontra-se, em média, deslocado 
0,5 mm aquém do ápice radicular e que a JCD está em média 
a 0,5 mm do forame apical, o limite de instrumentação tanto no 
tratamento de dentes polpados quanto no tratamento de 
despolpados deve ser firmado preferencialmente 1 mm aquém 
do ápice radiográfico. (Lopes, H e cols., 2015). Esta medida é 
referida como comprimento real de trabalho (CRT). 
 
 
 
Qual a Lima que devemos selecionar para realizar a 
Odontometria Eletrônica ou Radiográfica? 
Sugestão: Selecionar a Lima de maior diâmetro passível de entrar no 
canal radicular no comprimento desejado. Na técnica radiográfica no 
CTP, na eletrônica no CAD. Dentes com o CAD superior a 25mm 
deverá ser utilizado as LK de 31mm. Colocar a Lima Target e as 
Limas M .03 de 15/40 no CTP. Neste exemplo: 21mm 
 
 
 
 
NEUTRALIZAÇÃO DO CANAL NO CRD – DETERMINAÇÃO DA 
LIMA DE PATÊNCIA 
 
 Limite apical de Neutralização do canal radicular nas Necro.: 
 
 
 Instrumento (lima) de patência: equivale ao último 
instrumento utilizado em todo comprimento do canal 
radicular(comprimento de patência) 
 Patência do forame apical: é a manutenção do forame 
principal desobstruído. 
 Sinônimos de lima de patencia: 
 
 
 
 manobra para manter o canal cementário desobstruído; 
evita a compactação de raspas de dentina, o que resultaria 
em perda dos comprimentos de patência e de trabalho. 
 realizada durante instrumentação com instrumentos de aço 
inox de pequeno calibre. 
 nas Necropulpectomias, microrganismos e tecido pulpar 
presentes na porção mais apical do canal radicular devem 
ser reduzidos por meio da ação dos instrumentos 
endodônticos, da ação química da solução química auxiliar e 
pela ação da irrigação/aspiração. A permanência destes 
irritantes em segmentos apicais não instrumentados 
representa a principal causa do fracasso da terapia 
endodôntica. 
 nas Biopulpectomias torna-se difícil saber se o tecido 
correspondente ao coto pulpar ficará necrosado ou 
continuará normal frente aos procedimentos endodônticos. 
 favorece a reparação tecidual pós-tratamento por meio do 
tecido do ligamento periodontal, que tem melhor estrutura 
histológica para este fim. 
 quando começa a perda do comprimento de trabalho, fica 
difícil a patência. 
 
DETERMINAÇÃO DO IAI 
 
 é o primeiro instrumento inserido no interior do canal 
radicular no CRT previamente determinado que transmite 
ao operador a sensação de estar ligeiramente ajustado as 
paredes do canal radicular  corresponde ao Diâmetro 
Anatômico. 
 Etapas prévias: preparo do terço cervical e médio e 
determinação do CRT. 
 
 O quanto devo ampliar o canal radicular? 
 O diâmetro anatômico que corresponde ao Instrumento 
apical inicial serve de referência; o quanto alargar, se não 
tenho a informação do diâmetro inicial? 
 
1. Colocar as limas M de 15/40 no CRT; 
2. Inserir no canal radicular do menor (15) ao maior diâmetro, até 
que a lima inserida fique ligeiramente firme no canal radicular. 
Exemplo: DA= IAI= Lima M Easy 25 
 
: 
Limas de diâmetros crescente são introduzidas no interior do 
canal por movimentos de rotação no sentido horário e anti-
horário. Normalmente quando prepara o 1/3 apical já pode entrar 
com a 25. 
 
 Preparo da porção apical e modelagem dos terços 
Cervical e Médio 
 
A técnica abaixo descrita foi baseada na técnica proposta pela 
equipe de professores da disciplina de Endodontia da UFRGS , 
tendo em vista a experiência do uso das Limas M no ensino aos 
alunos de Graduação . 
 a conicidade das Limas M Easy, permitem ao mesmo 
tempo que preparamos o terço apical ocorre o 
alargamento, preparo dos terços cervical e Médio; o que 
permite um PQM com um menor número de instrumentos 
e em menor tempo de trabalho. 
 
Na clínica (especialmente em canais finos) não há limite entre o 
fim do esvaziamento e o início da modelagem do canal. A 
passagem de uma para outra fase é imperceptível. O 
esvaziamento vai sendo completado durante a modelagem. A 
lima de passagem pode ser utilizada como complemento de 
qualquer técnica de modelagem de canais com polpa necrosada 
 
Como a polpa, geralmente, está necrosada em toda a extensão do canal, os 
dentes com necrose pulpar não apresentam coto apical. Esse fato, por si só, 
justifica a realização do esvaziamento, já explicado, em toda a sua extensão. A 
flexibilidade dos instrumentos que fazem a modelagem do canal é inversamente 
proporcional ao seu número. Independentemente do número de instrumentos 
utilizados, ao final da modelagem o canal deve apresentar paredes lisas. O uso 
de instrumentos finos deslizando contra as paredes de dentina permitirá 
identificar irregularidades e a necessidade de melhorar a qualidade da 
modelagem. 
 
 Classe I: canal amplo ou mediano, reto ou com curvatura 
suave, tendo raio igual ou maior que 20 mm. A exploração 
do canal é acessível até a abertura foraminal. 
 facilidade de atingir o limite do canal acessório. 
 
 
Limas M no CRT 
Limas T no CP= CRT + 1mm 
 
 
 
Limas M no CRT 
Limas T no CP= CRT + 1mm 
 
 Determinar a extensão lateral de dilatação: IAI 
 
Fatores que determinam a Seleção do Instrumento apical final ou 
diâmetro cirúrgico: 
 anatomia do segmento Apical 
 condições Histopatológicas: Vitalidade ou Necrose Pulpar 
 
 
 
A ampliação de canais infectados ou não deve ser compatível 
com anatomia radicular, para evitar o enfraquecimento da 
estrutura dentária e a ocorrência de acidentes e complicações, 
como degraus, perfurações e fraturas radiculares. Preparos 
amplos potencializam a desinfecção, mas um meio-termo tem 
que ser atingido para evitar o enfraquecimento demasiado da 
estrutura dentária, que poderia predispor à fratura quando o 
dente se submeter aos esforços mastigatórios. 
 
 liga metálica do instrumento  Limas de aço inox- 
flexibilidade ótima 25/ 30; Limas de NiTi- flexibilidade ótima 
35/ 40 
Até 25-30 pode ir, desde que a anatomia permita. 
 anteparo criado durante o PQM no CRT, para conter o 
material obturador no interior do canal radicular. 
 durante a instrumentação, o aumento do diâmetro dos 
instrumentos no CRT, irá estabelecer um canal cirúrgico 
com maior diâmetro que o anatômico, criando um stop 
apical (Batente apical, ombro apical ) 
 isto permite criar um batente apical mantendo instrumentos 
de maior diâmetro e o material obturador no interior do 
canal radicular. 
 
O uso intencional e repetido, no mesmo nível, dos instrumentos 
com calibres que aumentam gradativamente, terminará por 
estabelecer um canal cirúrgico com diâmetro maior do que o do 
canal anatômico, criando o stop apical. 
 
 
Canais constritos: M 30.03 
Canais amplos ou medicanos: M 30.05 
 
Devemos selecionar uma Lima M que fique ligeiramente pressa 
no CRT. Deve-se então: 
 colocar as limas de diâmetro superior no CRT. 
 inserir em ordem crescente no interior do canal radicular 
até encontrar a lima que fique ligeiramente presa. 
 realizar a cinemática de movimentação de forma a criar o 
batente apical para o cone de guta-percha com o diâmetro 
similar. 
 
 
 
 
 é o nome dado ao material depositado nas paredes 
dentinárias, toda vez que a dentina é cortada por brocas ou 
limas endodônticas. O smear layer encontrado na superfície 
das paredes dentinárias do canal radicular, apresenta 
aproximadamente 1-2 μm de espessura e pode penetrar 
até 40 μm para o interior dos túbulos dentinários. 
 a remoção da smear layer é indicada , pois ela pode conter 
bactérias, impedir ou retardar a ação em profundidade da 
medicação intracanal e interferir na adaptação do material 
obturador às paredes do canal. 
 
 Ácido Etileno diamino tetracético 
 Toalete final  é uma etapa operatória que consiste na 
utilização de substâncias químicas e equipamentos para 
auxiliar na remoção da smear layer produzida sobre a 
parede de dentina no interior do canal radicular, durante o 
PQM. 
 
Protocolo  solução Líquida do EDTA Trissódico à 17% 
1. o canal deve ser lentamente irrigado com 5 ml de EDTA. 
2. concluída a irrigação, ele deverá ficar preenchido com a 
solução por um período variável entre 2 a 3 minutos. 
3. sugere- se a agitação mecânica com limas manuais 
4. passado esse tempo, o canal deverá ser irrigado, por 
exemplo, com hipoclorito de sódio e seco com cones de 
papel absorvente estéreis. 
 
Protocolo  EDTA GEL 24% 
1. com o auxílio dos bicos aplicadores, colocar uma pequena 
quantidade do E.D.T.A, Trissódico gel na entrada do conduto 
radicular no início da instrumentação 
2. aguardar 2 a 3 minutos durante o qual o produto começa a 
fazer efeito, para se iniciar a instrumentação. Após 5 a 6 
minutos o produto vai perdendo seu efeito, pois já reagiu 
com a dentina e se neutralizou 
3. irrigar e, se necessário, repetir a operação tantas vezes 
forem necessárias, injetando-se nova quantidade do 
produto 
4. manter o canal umedecido com o E.D.T.A, trissódico GEL 
durante todo o ato operatório 
5. após o término da instrumentação, irrigar o canal com uma 
solução irrigadora (p.e.x Líquido de Dakin, Líquido de Milton, 
Soda Clorada,Tergipol e Tergencal). 
 
É um instrumento que promove a agitação da substância 
química no interior do canal, principalmente, no terço apical. Ela 
deve ser utilizada após o preparo ou mesmo durante, desde que 
o canal esteja com diâmetro superior a #25, pois esse é o 
tamanho da ponta da EC, senão, ela prende e distorce. Se 
distorcer, pode ser usada sem problemas. 
 o instrumento deve ser utilizado da seguinte forma: após 
preparo do canal, você introduz a Easy Clean sem acionar, 
marca onde ela chegou sem travar. Por se tratar de um 
instrumento sem corte, a agitação pode ser em 
movimento reciprocante (horário e anti-horário). 
 De plástico, esterilizadas, promovem a limpeza das paredes 
do canal através da agitação mecânica das sustâncias 
irrigadoras. 
 não fratura, deforma antes 
 
Protocolo: 
Introduza o Easy Clean e acionar, na seguinte sequência: 
 3 x 20 segundos com NaOCl 
 3 x 20 segundos com EDTA 17% 
 Repetir novamente NaOCL 
 Lavagem final com água destilada, secar e obturar. 
 
 
 
Após a irrigação-aspiração, fazemos a aspiração final para 
conseguirmos a secagem do canal. Nesta fase, as agulhas de 
maior diâmetro são substituídas pelas de menor diâmetro, à 
medida que a cânula avança em sentido apical. A secagem final 
do canal é completada com cones de papel absorvente. O 
diâmetro do cone deve ser próximo ao do canal radicular A 
presença de umidade é um dos fatores que pode influenciar no 
selamento apical e, consequentemente, no êxito da obturação 
do canal radicular. A secagem final do canal é completada com 
cones de papel absorvente. O diâmetro do cone deve ser 
próximo ao do canal radicular 
 
O selamento do dente após o PQM é de extrema importância: 
 promover o vedamento do sistema de canais radiculares 
entre sessões, selamento coronal para evitar a reinfecção 
do dente tratado endodônticamente 
 a infiltração de fluidos bucais, bactérias será responsável 
pelo insucesso do tratamento endodôntico 
 empregar materiais restauradores que selem 
hermeticamente a abertura coronária. 
 
“A blindagem coronária fundamental importância para ao sucesso 
do tratamento endodôntico, tanto em casos de sessão única 
como em múltiplas sessões. A ausência da blindagem ou sua 
realização deficiente, pode ser mais determinante no insucesso 
do tratamento do que a qualidade da obturação. Os materiais 
restauradores temporários não têm capacidade de impedir 
totalmente a micro infiltração, sendo necessária a realização da 
restauração definitiva o mais rápido possível.” 
 
: 
 pode ser pela sobreinstrumentação, existência de 
fragmentos de tecido pulpar no interior do canal, presença 
de um canal lateral volumoso (nesse caso, é comum que o 
cone de papel. usado para secar o canal, tenha a sua ex 
tremidade limpa e apresente uma mancha de sangue na 
altura do canal lateral) 
 a última possibilidade é que a hemorragia seja consequência 
natural da extirpação. 
 Irrigar abundantemente o canal, aspirá-lo e secá-lo com o 
uso de alguns cones de papel absorvente esterilizados. A 
irrigação com uma solução vasoconstritora (anestésica) 
pode apresentar bons resultados. Se, ainda assim, a 
hemorragia persistir, o preenchimento do canal com uma 
pasta de hidróxido de cálcio pelo período de 24 horas é 
uma opção. 
 
 
Ao final do Preparo químico- mecânico o canal radicular deve 
preencher os seguintes requisitos: 
 forma afunilada com menor diâmetro apical; 
 o canal deve ser ampliado na medida de 1 mm aquém do 
ápice radiográfico ou 1 mm aquém do forame, onde deve 
ser criado o Patente apical (ombro ou stop apical) 
 o segmento apical do canal até o forame apical deve ser 
idealmente limpo e mantido livre de detritos através do 
emprego das limas de patência de pequeno calibre. 
 forame deve ser mantido na sua posição original 
 
 
 
 
Resumo da Técnica de Preparo Químico-Mecânico com Limas 
M Easy Abertura coronária 
1. CTP = CAD - 2mm 
2. Localização dos canais 
3. Exploração (Bio) ou Exploração e neutralização ( Necro) 
com limas Target ou similar 10 
4. Preparo cervical e Médio com instrumento M 15.10e M 15.08 
e 25.05 
5. Recapitulação LTarget 10 no CTP- 
6. Odontometria- CRT (1mm aquém do ápice radicular, como 
a elecondutometria CRD + 1mm) 
7. Determinar IAI (verificar qual lima K se ajusta no CTP 
iniciaremos o preparo) 
8. Definir a Lima de Patencia: CRT + 1mm 
9. PQM 
Canais amplos: M 20.03, M 20.05, M 25.05, M30.05 
(respeitando a anatomia)- 
Canais constritos: M 20.03, M 25.03, M 30.03 (intercalar a 
lima de patência) 
10. Definir IAF 
11. Etapas Finais

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