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VA3 Mandado de Segurança

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VA3 – ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS E DOS PODERES – MANHÃ
ALUNO: LEONARDO NUNES DOS SANTOS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ ESTADUAL DA VARA DA PÚBLICA DA __ VARA CÍVIEL DE VITÓRIA – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESPÍRITO SANTO – ES.
Agusto Sobre Nome, Operador de Caixa, portador do RG 000.000.000, inscrito no CPF 000.000.000-00, e-mail augustoxxx@xxx.com, residente e domiciliado em rua 14, Bairro das Flores, Colatina, Espírito Santo, por seu representante constituído, por intermédio de suas procuradoras in fine assinado (instrumento de mandato em anexo), inscritas na OAB/MA 99.9980 e OAB/MA 99.999, com escritório profissional sediado na Avenida João César, nº 999, Santana, Vitória – ES, CEP: 99999-999, inscrito sob CNPJ n°99.009.099/0009-99, onde recebe futuras notificações e intimações (art. 39 do CPC), vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 5°, LXIX, da Constituição Federal e na Lei n° 12.016/2009, impetrar contra o Estado do Espírito Santo: 
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR
Em face do ato emanado pelo Coronel PM Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, com sede de suas atividades na Rua Militar, nº 1964, bairro Castelo, CEP 99999-998, Vitória/ES, pelas razões a seguir expostas:
1 - SÍNTESE DOS FATOS
Trata-se concurso público promovido pela Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, conforme edtial 999999/20 e portaria 71/1999 anexos, na qual o impetrante, após ser aprovado na prova de conhecimentos, Ocorre que, ao se submeter à junta médica para ingresso, o impetrante foi, considerado INAPTO por dispor de uma tatuagem em seu ombro esquerdo de um ideograma japonês (foto anexa) que significa harmonia.
Ao solicitar a revisão da decisão administrativamente, o pleito foi indeferido pelos seguintes fundamentos:
Segundo a portaria n.º71/1999, as alterações dermatológicas causadores de inaptidão de hanseníase, dermatites crônicas, afecções dermatológicas crônicas  com comprometimento  estético e tatuagens definitivas.
A situação merece ser revista, uma vez que toda aptidão objetiva foi verificada nós testes aos quais foi submetido o impetrante, culminando em clara ilegalidade a manutenção da desclassificação impugnada.
II – DO DIREITO
cabimento de mandato de segurança
1.1 exsitencia de ato de autoridade
A portaria 71/1999 é ato de autoridade pública, emanada pelo Coronel Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo.
Assim, o mandado de segurança é cabível, nos termos do art. 5ª, LXIX, da CF e art. 1º da Lei 12.1016/09.
1.2 - Da existência da prova pré-constituído
Para fins de instruir o presente mandamus, junta-se em anexo a seguinte documentação:
Prova pré-constituída: Edital do concurso, nomeação e convocação, decisão de inaptidão, recurso e decisão.
Autoridade Coatora:
Direito Líquido e certo: Ilegalidade, desproporcionalidade e excesso de formalismo do ato administrativo
Ato impugnado - Abuso de direito: Decisão administrativa que determina a inaptidão do Impetrante.
Os fatos que sustentam o direito alegado pelo impetrante estão comprovados por meio de prova documental juntada, consistente nos seguintes documentos:
a) Comporvante de inscrição;
b) Edtial do concurso público;
c) Portaria 17/1999;
d) Recurso administrativo de revisão da inaptidão, acompanhado da respectiva decisão.
	
1.3 - respeito ao prazo decadencial de 120 dias
O prazo decadencial para ingressar com o presente mandamus também é requisito que está cumprido. Isso porque, segundo o art. 23 da Lei 12016/09, o prazo para impetrar o mandado de segurança é de 120 dias contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. A impugnação ocorrera em 15/10/2020.
1.3 – Inexistência de outros impedimentos legais ou jurisprudenciais para a propositura do mandado de seguranaça
Por fim, anão se configura no presente quaisquer outros impedimentos legais (art. 1.º da Lei 12016/09) de jurisprudenciais ao manejo do presente remédio constitucional.
2 – Da ilegalidade ativa e passiva
A legitimidade ativa está em ordem, pois o impetrante defende, em nome próprio, o direito decorrente da violação ao princípio do direito de liberdade de expressão na portaria 71/1999.
A autoridade coatora também está corretamente indicada, uma vez que o Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo, agente público competente para elaborar e modificar portarias estaduais sobre os requisitos do concurso.
3 – Do direito líquido e certo violado
O impetrante tem direito de ver respeitados o direito de liberdade de expressão e manifestação do pensamento (art. 5º, IV e IX, CF) violados no presente caso.
Para efeito, a portaria não pode dar tratamento diferenciado para efeito de incapacitação do candidato por motivo de tatuagems permanentes ao exercício do cargo de policial militar estadual.
A discriminação é também atentatória ao princípio da razoabilidade, uma vez que não faz sentido considerar uma manifestação que não denote obscenidades, ideologias terroristas, pregando violência ou criminalidade, ou que vão de encontro aos valores institucionais da corporação causa de inaptidão.
III – DA LIMINAR
Excelência, a prova do concurso impugnado deverá ocorrer entre 30 e 60 dias contados da presente data, cujo resultado sairá entre 35 e 65 dias, contados da presente data.
Tal situação revela que a melhor maneira a ser tomada é determinar que a autoridade competente modifique a decisão administrativa desde já, a fim de que conste aptidão para o impetrante quanto ao exercício das atividades policiais militares estaduais e prossiga nas fases do concurso.
Caso não seja deferida, haverá grande prejuízo não só ao impetrante, mas também a todos os candidatos que apresentem algum tipo de tatuagem de caráter permanente, por influir em regra de aptidão da portaria estadual n 71/1999.
A inaptidão deferida importa em nítido desrespeito a direito líquido e certo do impetrante, nos termos do art. 5º da Constituição Federal, não podendo ser recusada a determinação para revisão do ato administrativo sob pena de dano irreversível.
Sendo assim, o impetrante quer que seja deferida a medida liminar antes da notificação da autoridade coatora, nos termos do art. 7º da Lei 12016/09, para que seja a ela determinada a revisão do ato administrativo para considerar apto o impetrante ao exercício da função policial militar, permitindo-lhe prosseguir nas etapas do concurso, tendo em vista a relevância do fundamento e o perigo na demora da decisão.
IV - REQUERIMENTOS
ISTO POSTO, requer-se a Vossa Excelência que:
1. defira a medida liminar pleiteada, para suspender os efeitos do ato administrativo impugnado, determinando a aptidão imediata do Autor ao exercício da função de policial militar do Estado do Espírito Santo e o prosseguimento nas demais etapas do referido concurso;
2. determine a notificação da Autoridade Coatora, enviando-lhe todas as cópias dos documentos que instruem a inicial, para que preste todas as informações necessárias no prazo de 10 dias;
3. seja notificado o órgão público impetrado por meio de sua procuradoria de representação;
4. ao final, conceda a ordem, para determinar a nulidade do ato de desclassificação do Impetrante garantindo ao autor o direito a avançar nas etapas do concurso e tomar posse no cargo almejado.
Valor da causa: R$ 1000.00,00.
Nestes termos, pede deferimento,
Vitória, Esírito Santo
Advogado OAB/9999999
ANEXOS
1. Documentos de identidade do Autor RG, CPF
2. Comprovante de residência
3. Procuração
4. Cópia do ato impugnado
5. Edital do concurso público
6. Resultados e convocação
7. Fotos da tatuagem
8. Demais provas

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