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Cistos dos Maxilares I

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PATOLOGIA BUCAL – BÁRBARA ALBUQUERQUE AZEVEDO 
 
CISTOS DOS MAXILARES I 
 
CISTO DENTÍGERO 
o Origem pela separação do folículo que 
circunda a coroa de um dente não erupcionado. 
o Tipo mais comum de cisto odontogênico de 
desenvolvimento. 
→ 20% de todos os cistos com 
revestimento epitelial nos ossos 
gnáticos. 
o Envolve a coroa de um dente incluso e está 
aderido ao dente em sua junção amelocementária. 
o Patogênese incerta: acredita-se que se 
desenvolve devido a um acúmulo de fluido entre o 
epitélio reduzido do esmalte e a coroa do dente. 
o Pode ter patogênese inflamatória. 
→ Resultado de uma inflamação 
periapical de um dente decíduo 
sobrejacente. 
→ Terceiro molar inferior parcialmente 
erupcionado que desenvolve uma lesão 
cística inflamatória. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E 
RADIOGRÁFICAS 
o Pode ocorrer em associação a qualquer 
dente incluso. 
→ 65% dos casos acometem os 
terceiros molares inferiores. 
→ Outros sítios: caninos e 3 molares 
superiores e 2 pré-molares inferiores. 
o Raro acometimento dos dentes decíduos 
não erupcionados. 
o Podem estar associados a dentes 
supranumerários ou odontomas. 
o Ampla faixa etária. 
→ Mais comum entre 10 e 30 anos. 
o Leve predileção pelo sexo masculino. 
o Mais prevalente em brancos do que em 
negros. 
o Pequenos cistos: assintomáticos e 
descobertos apenas em exames de imagem de 
rotina. 
o Amplos cistos: podem estar associados à 
expansão óssea dolorosa. 
→ Grandes cistos são incomuns. 
o Podem estar infectados e associados a 
aumento de volume e dor. 
→ Associados a dentes parcialmente 
erupcionados ou por extensão de lesão 
periapical ou periodontal que acomete 
os dentes adjacentes. 
o Área radiolúcida unilocular associada à 
coroa de um dente incluso. 
→ 3 a 4 mm. 
→ Em geral, margens bem definidas e 
radiopacas. 
→ Cisto infectado pode apresentar 
margens pouco definidas. 
o Variante central: cisto circunda a coroa de 
um dente, que se projeta para dentro do cisto. 
o Variante lateral: cisto cresce lateralmente 
ao longo da superfície radicular e circunda de 
forma parcial a coroa do dente. 
o Variante circunferencial: cisto envolve a 
coroa e se estende ao longo da raiz. 
o Os cistos dentígeros podem deslocar o 
dente acometido alcançando distancias 
consideráveis. 
→ Ex.: para a cavidade nasal ou 
assoalho da orbita. 
o Pode acontecer reabsorção radicular de 
um dente adjacente erupcionado. 
o Achados radiográficos não são 
diagnósticos definitivos para cistos dentígeros. 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
o Tecido conjuntivo fibroso da parede cística 
é organizado frouxamente e contém substâncias 
compostas de glicosaminoglicanos. 
o Pequenas ilhas ou cordões de restos 
epiteliais odontogênicos de aspecto inativo podem 
estar presentes na cápsula fibrosa. 
o Revestimento epitelial: 2 a 4 camadas de 
células achatadas não queratinizadas. 
o Interface entre o epitélio e o tecido 
conjuntivo é plana. 
o Cisto inflamado: parede fibrosa da 
cavidade cística possui mais colágeno. 
→ Infiltrado inflamatório crônico. 
→ Camada epitelial pode apresentar 
hiperplasia e cristas epiteliais. 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
o Enucleação do cisto com a remoção do 
dente não erupcionado. 
o Pode-se optar por deixar o dente na 
posição e remover parcialmente a parede cística. 
→ Casos que a erupção do dente é 
possível. 
o Tratamento ortodôntico para auxiliar no 
processo de erupção do dente. 
o Marsupialização em casos de grandes 
cistos e sua remoção em momento posterior. 
o Prognóstico excelente. 
o Recidiva rara após a remoção completa. 
o Revestimento pode sofrer transformação 
neoplásica para um ameloblastoma ou carcinoma 
epidermoide. 
→ Raro. 
o Carcinomas mucoepidermoides 
intraósseos podem se desenvolver a partir das 
células mucosas no revestimento de um cisto. 
→ Raro. 
CISTO DE ERUPÇÃO 
o Análogo do cisto dentígero, porém em 
tecido mole. 
o Desenvolve-se a partir da separação do 
folículo dentário que envolve a coroa de um dente 
em erupção que está recoberto por tecido mole. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
o Pequeno aumento de volume. 
o Muitas vezes translúcido. 
o Localiza-se na mucosa gengival que se 
sobrepõe à coroa de um dente decíduo ou um 
dente permanente em estágio de erupção. 
o Maioria ocorre em crianças com menos de 
10 anos de idade. 
o Pode ocorrer em qualquer dente em 
erupção. 
→ Mais comum nos incisivos centrais 
inferiores e incisivos superiores decíduos 
e 1 molar permanente. 
o Trauma na região pode conferir uma 
coloração de aspecto azulado a marrom-
arroxeada. 
→ Aumento da quantidade de sangue. 
→ Chamadas de hematomas de 
erupção. 
o Geralmente indolor. 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
o Raramente são enviados para laboratório. 
o Epitélio oral de superfície na porção 
superior. 
o Infiltrado inflamatório variável. 
o Fina camada de epitélio pavimentoso não 
queratinizado. 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
o Geralmente não é necessário tratamento. 
→ Cisto se rompe de forma 
espontânea. 
o Ulotomia: simples excisão no teto do cisto. 
o Ulectomia: remoção de tecido gengival que 
recobre o dente não erupcionado. 
CISTO GENGIVAL (ALVEOLAR) DO 
RECÉM-NASCIDO 
o Cistos pequenos, superficiais, preenchidos 
de queratina. 
o Encontrados na mucosa alveolar de 
crianças. 
o Originam-se dos remanescentes da lâmina 
dentária. 
o Lesões comuns (descritas em até metade 
de todos os recém-nascidos). 
o Desaparecem de maneira espontânea 
através de sua ruptura dentro da cavidade oral. 
→ Lesões são raramente notadas ou 
submetidas à biopsia. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
o Múltiplas pequenas pápulas 
esbranquiçadas na mucosa que recobre o 
processo alveolar dos neonatos. 
o 2 a 3 mm de diâmetro. 
o Mais comum no rebordo alveolar superior. 
 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
o Revestimento epitelial delgado e achatado. 
o Superfície luminal de paraqueratina. 
o Lúmen contém restos de queratina. 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO 
o Nenhum tratamento é indicado. 
→ Lesões tendem a regredir 
espontaneamente. 
→ Raramente são observadas após os 
3 meses de idade.

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