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2 semana do desenvolvimento humano

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2º semana do desenvolvimento humano
Resumo dos acontecimentos finais da 1º semana
Assim que formado, o blastocisto permanece “flutuando” nas secreções uterinas por cerca de 2 dias, liberando Interferon τ, IL-1 e IL-2 (substâncias responsáveis pela construção de um ambiente imunologicamente seguro)
Ainda nesse período, ocorre a lise da ZP por meio enzimas proteolíticas secretadas e ativadas pelo trofoblasto. Após a eclosão dessa camada, o blastocisto apresenta um rápido aumento de tamanho e é nutrido pelo leite uterino enquanto realiza a sua implantação no endométrio (preferencialmente na porção oposta a cérvix).
A implantação ocorre pelo lado adjacente ao embrioblasto e após o fim desse processo começa a diferenciação do trofoblasto em citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto, dando início a 2º semana.
Eventos da 2º sem (8º - 14º dias)
A diferenciação do trofoblasto origina dois grupos de células; o sinciciotrofoblasto, massa multinucleada sem limites celulares visíveis, responsável pela produção e ativação de enzimas proteolíticas para a invasão do embrião no estroma uterino; e o citotrofoblasto, camada de células mononucleadas, com limites bem definidos, mitoticamente ativas e com função de produzir mais camadas de células, sejam estas para o aumento das camadas do citotrofoblasto ou para diferenciação e composição do sinciciotrofoblasto.
O blastocisto em desenvolvimento tem como objetivo inicial nesse período penetrar completamente no estroma uterino, e para isso o sinciciotrofoblasto e suas enzimas são de extrema importância, além da produção enzimática para a erosão dos tecidos maternos (estroma, vasos, glândulas uterinas...), essa camada celular também é responsável pela produção da Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG) a qual só é ativa na fração β, substância que fica armazenada das lacunas do sinciciotrofoblasto responsável pela sinalização do estado de gravidez e, principalmente, pela manutenção do CL ao final dos 14 dias da fase lútea.
Concomitantemente, o embrioblasto se transforma em um disco bilaminar por meio da diferenciação das suas células em contato com a blastocele. Originando desse modo dois folhetos primitivos: a hipoblasto (endoderma primitivo) e epiblasto (ectoderma primitivo), sendo a primeira citada a que está em contato direto com a blastocele e a segunda as demais células do embrioblasto.
I – Hipoblasto (endoderma primitivo): 
Camada de células cuboides que formarão o endoderma definitivo e ainda na segunda semana, como será explicado, participam da formação de estruturas como a cavidade e a membrana exocelômicas.
I – Epiblasto (ectoderma primitivo): 
Camada de células colunares que formarão o ectoderma definitivo. Sua porção lateral sofrerá diferenciação e formará células amniogênicas, os amnioblastos, responsáveis pela formação da cavidade amniótica.
 Sequencialmente a essa diferenciação, o hipoblasto começa a se proliferar e “forrar” o citotrofoblasto dando origem a uma estrutura com várias camadas e transformando a blastocele em saco vitelínico primordial (SVP) ou cavidade exocelômicas. A camada celular das células do hipoblasto em contato com essa cavidade agora é denominada membrana exocelômica e as demais células originadas do hipoblasto, que agora forram o citotrofoblasto, originam o mesoderma extraembrionário (não tem relação com o folheto embrionário de mesmo nome).
Enquanto tais modificações acontecem, há a formação de lacunas no sinciciotrofoblasto (período lacunar) que posteriormente se comunicarão com os capilares estromais maternos, dando origem aos primórdios da circulação uteroplacentária.
Obs.: Existem casos que mesmo com a ocorrência da fecundação a mulher relata menstruação no início da gravidez, inclusive muito próximo a data que deveria acontecer, resultando assim num ocultamento involuntário da gestação. Na verdade, o que acontece nesses casos é que com a invasão do blastocisto no estroma alguns vasos podem ser rompidos e o sangue resultante é eliminado, bem como pode haver também o vazamento de sangue quando há esse início da circulação uteroplacentária.
O mesoderma extraembrionário então começa a se subdividir em duas outras camadas: o mesoderma extraembrionário esplâncnico (adjacente ao SVP) e o mesoderma extraembrionário somático (adjacente ao citotrofoblasto). Entre tais camadas são formadas cavidades extraembrionárias que posteriormente, após seu aumento de volume e fusão, originarão o celoma extraembrionário (futura cavidade coriônica).
O celoma extraembrionário continua aumentando seu volume, o que faz com que essa cavidade envolva e deixe “livre” em seu fluido diversas outras estruturas como a cavidade amniótica e a cavidade exocelômica, deixando de fora apenas o pedículo do embrião, estrutura que posteriormente formara o cordão umbilical.
Com esse aumento do celoma extra embrionário as camadas do mesoderma extraembrionário se separarão e irão forrar as estruturas presentes nessa fase como citotrofoblasto que será forrado pela porção somática e a vesícula vitelínica secundaria ou saco vitelínico secundário (formado a partir do SVP após espessamento do celoma extraembrionário) forrada pela porção esplâncnica. Como dito, originado do SVP surge o SVS, além dele a partir da cavidade exocelômica surge o cisto exocelomico.
Resumidamente, na segunda semana ocorre a diferenciação do embrioblasto em epiblasto e hipoblasto, a formação da cavidade amniótica, do saco (vesícula) vitelínica primordial ou cavidade exocelômica, da membrana exocelômica e do mesoderma extraembrionário.
Após isso, ocorre a divisão do mesoderma extraembrionário em mais duas porções: o mesoderma extraembrionário esplâncnico e o somático, separados por uma cavidade denominada celoma extraembrionário, que continua aumentando de volume mesmo após a disjunção dessas camadas e posteriormente se tornara a cavidade coriônica.
Quase ao mesmo tempo há a formação da rede lacunar no sinciciotrofoblasto e a comunicação com os vasos maternos estabelecendo o início da circulação uteroplacentária e fornecendo nutrientes e O2 para o embrião.
Além desses processos, ao final da segunda semana há ainda a formação de duas outras estruturas importantes; a placa precordal, formada pela diferenciação e espessamento de células do hipoblasto e é um indicativo de onde ficará a região cranial no fechamento do disco embrionário; e o córion com suas vilosidades primarias.
Córion
Essa estrutura é uma membrana vascularizada, formadas por 3 camadas de células, uma camada de células do mesoderma extraembrionário somático e duas do trofoblasto (uma de sincício e uma de cito), que tem função de proteger e nutrir o embrião e, posteriormente, o feto durante toda a gestação.
Essa membrana é separada das demais estruturas pela cavidade coriônica, que tem presentes em seu interior o embrião, o saco amniótico e o saco (vesícula) vitelínica definitivo.
Acerca das vilosidades coriônicas, na segunda semana são formadas apenas as vilosidades primarias, que ocorre por meio da proliferação e penetração das células do citotrofoblasto no sinciciotrofoblasto adjacente.
Decidualização (reação da decídua)
Estudos recentes mostram que esse processo se inicia a cada ciclo menstrual, mesmo antes da sinalização da fecundação, por meio da produção e acumulo de glicogênio e lipídeos pelo estroma uterino (leite uterino).
Além da produção e armazenamento dessas secreções, a decidualização se refere ao processo de diferenciação das células estromais, endometriais e trofoblástica para a formação da futura decídua. Esse processo também é o responsável por barrar a penetração excessiva do sinciciotrofoblasto no estroma uterino.
Somado a isso, a criação de um ambiente imunologicamente protegido para evitar que o sistema imune materno reconheça o embrião como um corpo estranho e o ataque é essencial. Esse ambiente é construído por meio da sinalização embrionária para a inibição imunológica local por meio do interferon τ, e das interleucinas 1 e 2.

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