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ENG 2510 – Metodologia Científica e Tecnológica Profa. Cecília de Castro Bolina Março/2015 A formação do engenheiro e suas perspectivas profissionais Paulo Henrique Rodrigues Ramalho (PUC Goiás) 2013.2.025.001-1 Lorrainy Correia de Paula (PUC Goiás) 2013.1.025.048-2 Fernanda Maria Tereza Gonçalves (PUC Goiás) 2013.2.0025.0750-5 Pedro Henrique do Vale Motta (PUC Goiás) 2014.2.0025.0716-4 Gusttavo Henrique Vieira (PUC Goiás) 2013.2.025.000-3 Mateus Pontes Borges (PUC Goiás) 2013.2.0025.0708-4 Profª Cecília de Castro Bolina Resumo Atualmente nota-se que a engenharia civil é uma área de formação muito procurada devido o cenário atual de transformações, crescimento e desenvolvimento, mas será que os graduandos e profissionais atuais estão atentos ao perfil que é exigido? E como é o perfil desse engenheiro atual? O presente artigo mostrará um breve comentário do histórico da engenharia civil, e do curso na Pontifícia Universidade Católica de Goiás, e mostrará o resultado de uma pesquisa realizada com alunos formandos e concluintes do curso, buscando traçar um perfil desses graduandos em relação ao perfil atual, o que esperam do futuro profissional e como se encontram as expectativas em relação a essa área de formação tão buscada ultimamente. Palavras-chave: Expectativas, Capacitado, Conhecimento. 1. Introdução Nota-se no Brasil que a partir do ano de 2010, em áreas como infraestrutura, construção civil, programas de aceleração do crescimento, e de habitação do governo, o aumento da demanda por profissionais da área de construção civil, como o engenheiro, e, consequentemente, a procura pelo curso de Engenharia Civil. Na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), instituição onde será realizada a pesquisa para abordar a opinião dos alunos de engenharia sobre o cenário atual do mercado de trabalho, o curso de Engenharia Civil tem como perfil formar um profissional capacitado para atuar nas diversas áreas da engenharia, como elaboração de pesquisas, gestão, projetos, análises, perícias, avaliações, vistorias, execução e fiscalização de projetos e planejamento, procurando formar um profissional que contribuirá com o desenvolvimento da sociedade, em setores como infraestrutura, transporte e áreas afins. O curso de Engenharia Civil da PUC Goiás teve seu início no ano de 1976, com autorização do Conselho Universitário e no ano de 1982 foi reconhecido por meio do Decreto/Portaria nº 25 de 08 de janeiro de 1982 do Ministério da Educação e Cultura. A primeira escola de engenharia segundo Laudares e Ribeiro (2000) foi a École des Ponts et Chaussées, criada na França no ano de 1775, que nesse período inicial concentrava a formação dos profissionais para a área da construção civil especificadamente pontes e estradas. A segunda escola também na França tinha foco no estudo dos minerais. No mundo as escolas de engenharia chegaram no século 19. No Brasil, as primeiras escolas de engenharia que iniciaram no começo do século 19, tinham relações diretas com o contexto do período no âmbito da sociedade da época, como a arte militar, pois no cenário da época o foco era segurança e repressão. ENG 2510 – Metodologia Científica e Tecnológica Profa. Cecília de Castro Bolina Março/2015 As mudanças ocorridas no cenário sociopolítico-econômico da década de 90, tiveram impactos diretos na relação de abordagem e ensino da Engenharia nas universidades. No século 20, com a expansão industrial, favorece uma nova política na formação dos engenheiros, como a fragmentação das tarefas, o que institui uma maior diversidade das especializações da profissão, tendo assim um aspecto mais generalista do conhecimento. De acordo com Laudares e Ribeiro (2000), no final do século 19 e início do século 20, a um engenheiro portador de um conhecimento teórico e generalista, era conferida a tarefa de implantação e gestão do setor industrial do país, tendo a função de organizar e gerir os trabalhos de acordo com o padrão tecnológico e revolucionário da época, na qual acontecia a transição da primeira revolução tecnológica para a segunda e se observava a passagem do campo para as cidades, da agricultura para a indústria. Sendo assim, o engenheiro teve papel fundamental no implante do setor industrial brasileiro. Nesse período as escolas de engenharia tinham como base conceitual os fundamentos essencialmente teóricos da Matemática e Física, sendo uma área exclusivamente das ciências exatas, onde hoje se tem uma base curricular mais ampla com visões de formação profissional mais extensa que não busca só uma formação teórica, mas humanística e adaptadas exigências e relações pessoais do contexto atual de transformações, e constantes evoluções da construção civil. Ainda segundo Laudares e Ribeiro (2000), a terceira revolução industrial que ocorreu no Brasil nos anos 90 foi caracterizada pelo desenvolvimento da microeletrônica e da informática, pelas bases da biotecnologia e da química, o que gerou um salto na engenharia civil, possibilitando o uso e aperfeiçoamento dessas tecnologias na área da engenharia e revolucionando o modo de coordenação e elaboração de projetos, agilidade, pesquisas e avanços na engenharia como um todo. Segundo Laudares e Ribeiro (2000), a qualificação do trabalhador tem sido um elemento importante em discussões e pesquisas na Sociologia do Trabalho, diante do ambiente atual de várias transformações tem-se um grande desafio a atualização constante e aperfeiçoamento dos profissionais. Nose e Rebelatto (2001), afirmam que devido a essas transformações e mudanças, são cada vez mais criteriosas as qualificações exigidas pelos postos de trabalho em qualquer setor, o que acarreta uma grande coação sobre as praticas e necessidades educacionais no ensino da engenharia. O curso de engenharia civil na PUC Goiás, que, antes, tinha o nome de Universidade Católica de Goiás, teve seu início no ano de 1976 com 360 vagas. Até o ano atual uma média de 6.660 graduandos já passaram pela universidade. O curso tem duração de cinco anos e conta com os turnos matutino, vespertino e noturno, no nível de Bacharelado (PUC Goiás, 2015). Segundo o site institucional da PUC Goiás, o projeto pedagógico do curso está em sincronia com as mudanças desde o início do século, buscando contribuir com o desenvolvimento do estado de acordo com as demandas das atividades atuais, de concordata com o que há de mais atual na formação do engenheiro civil (PUC Goiás, 2015) e segue as diretrizes curriculares do Ministério da Educação e Cultura do Brasil. De acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Educação/ Câmara de Educação Superior (Resolução CNE/CESNº 11/2002, de 11 de março de 2002), o curso de engenharia tem como ênfase formar um profissional generalista, humanista e crítico, adaptado a absorver e desenvolver tecnologias, resolver problemas, com visão ética, humana para que possa atender as demandas da sociedade. Com base nessa nova visão de formação e qualificação profissional observa-se que a formação acadêmica do profissional de engenharia não se faz mais exclusivamente pelas ciências exatas, o que exige visões amplas, posições flexíveis, criatividade por parte do ENG 2510 – Metodologia Científica e Tecnológica Profa. Cecília de Castro Bolina Março/2015 egresso e das instituições para que seja integrada à formação uma multidisciplinaridade na área de atuação do engenheiro e não uma mera formação teórica. Sendo assim Laudares e Ribeiro (2000), pontuam que a instituição tem uma missão fundamental na formação do engenheiro civil, um alicerce para a construção profissional, programas para proporcionar aoegresso uma visão de futuro, promovendo sempre uma educação continuada. Nessa nova perspectiva, qual seria então o perfil exigido no mercado de trabalho em 2015? A tabela a 1 mostra um comparativo feito entre cinco autores (Moraes, Ferreira, Longo e Telles, Salum) de artigos científicos a respeito de quais seriam as principais características buscadas nos profissionais de engenharia (NOSE; REBELATTO, 2001): Tabela 1: Comparação entre os vários perfis do engenheiro Perfil Base (Nose e Rebelatto) Moraes (1999) Ferreira (1999) Longo e Telles (1998) Salum (1999) Ser capaz de trabalhar em equipe X X X X Ser capaz de trabalhar levando em consideração a ética X X X Ter conhecimentos técnicos sólidos X X Ser capaz de administrar mudanças X X X Ter espírito de liderança X X X Ser capaz de trabalhar sobre pressão Ter capacidade de negociação Ser capaz de tomar decisões X Ser flexível X Ter iniciativa e espírito de empreendedor X X X Ter habilidade em trabalhar com pessoas X X X Ter conhecimento da língua inglesa X X X Ter conhecimento de informática X X X FONTE: (Nose e Rebelatto ,2001) ENG 2510 – Metodologia Científica e Tecnológica Profa. Cecília de Castro Bolina Março/2015 Ainda de acordo com Nose e Rebelatto (2001), nenhum dos autores entrevistados salientou a importância do engenheiro ser capaz de entender o seu papel na sociedade, e os impactos que eles podem causar na sociedade e no meio ambiente. Isso porque o engenheiro tem que ter o senso de que suas ações podem afetar diretamente não só a empresa em que atua, mas o seu meio e a comunidade com quem ele opera de forma geral, pois o engenheiro trabalha com materiais que podem se esgotar, ou podem causar dano ao meio ambiente se utilizados de forma inadequada. Sendo assim, essa visão deve estar presente em cada profissional. Nota-se também que, apesar de ser uma tabela de comparação de meados dos anos 1990, mostra se atual as qualificações buscadas no engenheiro nos dias de hoje. Na questão de atualização profissional, a educação continuada é de suma importância no contexto profissional de intensas mudanças. O engenheiro deve ter em mente que deve se aperfeiçoar constantemente buscando novos conhecimentos, para acompanhar as transformações do ambiente de trabalho. Com isso entra o papel da universidade de oferecer cursos de especialização, extensão, e aperfeiçoamento. Tradicionalmente é dado às universidades o papel da formação profissional, e sendo instrumento de preparação para o mercado de trabalho, ela vem desempenhando esse dever ajudando no processo de construção e conhecimento técnico, para que as pessoas possam desempenhar tal papel. Mas também é de responsabilidade do profissional formado buscar sempre uma “reciclagem” para somar seus conhecimentos adquiridos e aplicá-los no meio de trabalho, pois o engenheiro em seu meio de atuação é visto como um difusor, líder, um multiplicador de trabalho e gerencia, sendo o respaldo do trabalho que exerce. 2. Objetivos 2.1 Objetivos Gerais O objetivo geral do presente é traçar, por meio de um questionário com cinco alunos ingressantes e cinco alunos concluintes do curso de Engenharia civil da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, o perfil dos alunos em relação ao mercado de trabalho. Artigo realizado no decorrer do curso da disciplina de Metodologia Científica e Tecnológica afim de obter nota para aprovação. 3.Metodologia Para a realização dessa pesquisa, o tipo de coleta de dados utilizada foi por meio de questionário elaborado pela professora Cecília de Castro Bolina da disciplina de Metodologia Científica e Tecnológica com questões abertas e fechadas com cinco alunos calouros e cinco alunos concluintes do curso de Engenharia Civil da PUC Goiás. Foram aplicadas quatro questões abertas e oito fechadas. As questões abertas foram escolhidas pois permitem ao informante responder usando sua própria opinião e proporcionar a quem fará a síntese desses dados uma visão maior da perspectiva do entrevistado acerca do tema proposto. Foram também aplicadas questões fechadas, pois facilita a interpretação estatística dos elementos e permite uma melhor comparação das expectativas dos alunos calouros e concluintes a respeito dos temas abordados nas questões. ENG 2510 – Metodologia Científica e Tecnológica Profa. Cecília de Castro Bolina Março/2015 4.Resultados e discussões Aplicando o questionário a cinco alunos formandos e cinco alunos concluintes foram obtidos os resultados seguintes que serão abordados e discutidos. Inicialmente foi questionado o sexo dos entrevistados. Na amostra de alunos calouros 100% são do sexo masculino e na amostra de concluintes 60% são do sexo masculino e 40% do sexo feminino. Pode-se notar que o numero de ingressantes do sexo masculino e concluintes ainda é alto se comparado ao sexo feminino, sendo que na amostra de calouros não se obteve nenhum aluno do sexo feminino. Importante ressaltar que, apesar do número de graduandos na amostra ser em sua maioria do sexo masculino, nos últimos anos observa-se um crescente número de mulheres ingressantes no curso de Engenharia Civil, que no início não era comum, salientando que a igualdade de gênero está muito presente no cenário atual. Com relação à idade dos ingressantes, um entrevistado possui 19 anos e os quatro restantes, 17 anos. Já na amostra de concluintes observa-se uma variação entre 20 e 28 anos. Quando questionado a cidade e estado de origem na amostra de ingressantes, 100% da amostra pertence ao estado de Goiás, com 60% desse total pertencentes a cidades do interior do estado e 30% oriundos da capital do estado, Goiânia. Na amostra de alunos concluintes tem-se 40% oriundos de cidades do interior do estado de Goiás, 40% da capital do estado, Goiânia, e 20%, que corresponde a somente um entrevistado, advindo do estado da Bahia, o que para a amostra, revela uma homogeneidade entre graduandos do interior ou outros estados em relação a capital, onde está instalada a PUC Goiás. Na figura 1 tem-se um gráfico que mostra, em números, a quantidade de entrevistados que, após graduados, pretendem cursar algum curso de pós-graduação. Pode se notar na figura 1 que quatro alunos calouros entrevistados pretendem cursar algum curso de pós-graduação, ao passo que esse número se repete na amostra de formandos, mostrando que atualmente os graduandos estão preocupados com uma especialização ao término do curso, o que é muito importante pois observa-se que o mercado de trabalho está em busca sempre de um profissional especializado e atualizado com novas tecnologias, experiências e conhecimentos. ENG 2510 – Metodologia Científica e Tecnológica Profa. Cecília de Castro Bolina Março/2015 Figura 1. Pretendem cursar algum curso de pós-graduação No decorrer do questionário, foi abordado em que tipo de escola os entrevistados cursaram o ensino médio. Os resultados podem ser verificados na figura 2. Observa-se que, dos graduandos formandos, três são de escola particular e dois de escola pública. Já na amostra de calouros, também nota-se as mesmas características, salvo que um entrevistado cursou a maior parte em escola particular. Pode-seentão ressaltar que, apesar do número de alunos de escola particular ainda ser maior, há uma parcela considerável de alunos de escola pública, tendo em vista que a universidade sempre busca meios de oferecer a inclusão de alunos de baixa renda, com programas de bolsas da própria instituição, bolsas do governo e programas de financiamento, que são importantes pois oferecem a pessoas de diferentes classes sociais a oportunidade de cursarem o ensino superior. Tal fato pode ser notado também quando perguntado aos entrevistados se recebiam algum auxilio financeiro para realização do curso, onde verifica-se que na amostra de calouros 2 alunos recebem ajuda de familiares e 3 não recebem tal ajuda, o que vai de acordo com o que foi mostrado anteriormente, onde 4 alunos vem de escola particular ou maior parte, e 1 de escola pública. Já na amostra de formandos verifica-se que 2 não recebem ajuda, 2 recebem ajuda familiar, e 1 ressalta que na vida acadêmica sempre teve que conciliar estudo e trabalho afim de sustentar o curso, sendo contemplado com uma bolsa no 3º período de graduação, realizando, em troca, trabalhos voluntários e monitoria na própria universidade, o que é importante para a formação de um bom profissional, proporcionando um amadurecimento humano e de caráter. Portanto, com os programas de bolsas, muitos alunos tem que realizar trabalhos voluntários para manutenção de suas bolsas, oferecendo além da formação profissional, uma formação humana e social do graduando, sendo um diferencial na desenvolvimento do futuro engenheiro civil. 0 1 2 3 4 5 Calouros Formandos N ú m e ro s d e a lu n o s e n tr e vi st ad o s Cursarão Não cursarão ENG 2510 – Metodologia Científica e Tecnológica Profa. Cecília de Castro Bolina Março/2015 Figura 2. Tipo de escola cursada no ensino médio Na figura 3, tem-se uma relação das amostras quando indagados sobre o desejo de trabalhar na área do curso após formados. Nesse ponto analisa-se que o desejo dos alunos calouros é alto ou muito alto em trabalhar na área do curso, ao passo que para os formandos, o número de graduandos que tem grande interesse em trabalhar na área do curso ainda é maioria. Porém nota-se que um aluno graduando atribuiu classificação média, o que pode ser explicado tendo em vista que no início do curso os alunos ainda não tem um amadurecimento ou visão ainda formados, mas nota-se o interesse dos mesmos em relação à área do curso, e verifica-se que formandos geralmente confirmam essa expectativa, o que é bom pois mostra que formam-se profissionais realizados na escolha do curso, abrangendo as mais variadas áreas de atuação que a formação acadêmica oferece a esse futuro profissional. Formandos Calouros 0 1 2 3 4 5 N ú m e ro s d e a lu n o s e n tr e vi st ad o s Escola pública Escola particular Maior parte em escola pública Maior parte em escola particular ENG 2510 – Metodologia Científica e Tecnológica Profa. Cecília de Castro Bolina Março/2015 Figura 3. Desejo de trabalhar na área do curso quando se formar Na figura 4 verifica-se que calouros, em seu total, classificaram seu aprendizado como alto (3 alunos) e muito alto (2 alunos), e formandos como alto (4 alunos) e médio (1 aluno), o que para a amostra é considerável. Mas é importante ressaltar que, apesar da classificação como muito alto, é essencial a busca constante, seja durante ou após o curso, de conhecimento ou informação na área do curso, sendo o aprendizado adquirido no decorrer da graduação o único meio de formação do profissional, o que fornece o diferencial do graduado capacitado com diferentes raciocínios para a solução dos problemas que deverá solucionar. Figura 4. Aprendizado durante o curso Calouros Formandos 0 1 2 3 4 5 N ú m e ro d e a lu n o s e n tr e vi st ad o s Muito alto Alto Médio Baixo Muito baixo Calouros Formandos 0 1 2 3 4 5 N ú m e ro d e a lu n o s e n tr e vi st ad o s Muito alto Alto Médio Baixo Muito baixo ENG 2510 – Metodologia Científica e Tecnológica Profa. Cecília de Castro Bolina Março/2015 A figura 5 mostra como os graduandos consideram a remuneração dos profissionais da área de formação do curso de engenharia civil. Na figura 5 nota-se que, tanto calouros como formandos, consideram a remuneração melhor que em outras áreas e somente um graduando em cada amostra considerou equivalente as outras áreas e um formando não sabe ou não opinou, o que mostra porque muitos alunos buscam o curso de engenharia civil, pois consideram a área bem remunerada. Figura 5. Como o mercado remunera os profissionais da sua área de formação A figura 6 mostra a expectativa dos entrevistados em relação ao curso de engenharia civil. Na figura 6 nota-se que há uma coincidência em relação à opinião dos graduandos formandos e calouros referente às expectativas do curso, pois ambas as partes apresentam 4 alunos que consideram que o curso atendeu as expectativas, e 1 em cada amostra consideram que o curso superou suas expectativas, o que mostra que os integrantes da amostra encontram- se realizados com o que esperavam do curso de engenharia. 0 1 2 3 4 5 Calouros Formandos N ú m e ro d e a lu n o s e n tr e vi st ad o s Melhor do que outras áreas Equivalente a outras áreas De forma pior que outras áreas Não sabe/ Não opinou ENG 2510 – Metodologia Científica e Tecnológica Profa. Cecília de Castro Bolina Março/2015 Figura 6. Expectativa com relação ao curso Por fim, foi questionado sobre a área que os graduandos pretendem atuar, estando os resultados presentes na figura 7. Essa questão foi muito diversa em relação a calouros e formandos. Os ingressantes, em sua maioria (4 alunos), pretendem incialmente atuar na área da construção civil, e minoria (1 aluno) visa projetos. Já os concluintes, 2 alunos pretendem atuar na área de projetos, 1 aluno visa a construção civil, 1 a perícia técnica, e somente 1 não decidiu. Na amostra observa-se que, inicialmente, os graduandos pretendiam atuar na área de construção civil, mas com o amadurecimento acadêmico e experiência no decorrer do curso, essa pretensão sofre mudanças justificadas pela interação que o acadêmico tem com as vastas áreas de atuação, que faz com que esse futuro profissional desperte interesse pelas mais diversas áreas de atuação na finalização da graduação. 1 1 Calouros Formandos 0 1 2 3 4 5 N ú m e ro d e a lu n o s e n tr e vi st ad o s Superou as expectativas Atendeu as expectativas Não atendeu as expectativas Não sabe/ Não opinou ENG 2510 – Metodologia Científica e Tecnológica Profa. Cecília de Castro Bolina Março/2015 Figura 7. Área que pretende atuar 5.Conclusões É fato que, atualmente, o mercado de trabalho exige não mais aquele profissional teórico, exige um engenheiro civil com um conhecimento amplo, diversificado, atualizado, pois no cenário atual de constantes mudanças, aperfeiçoamento e criação de novas tecnologias é imprescindível que engenheiro civil atual tenha um amplo conhecimento. Na amostra observa-se que ocorrem mudanças no perfil dos novos engenheiros,como um número mais expressivo de mulheres formando na área, o que é importante, pois como muitas vezes a engenharia é um trabalho em equipe, diferentes visões são importantes no momento de tomar decisões acerca de um problema ou solução, oferecendo maior qualidade ao trabalho executado. Verificou-se que os graduandos atuais tem um interesse maior em uma especialização pós-graduação, o que é muito bem vindo, acrescentando à sua formação novas informações. Também nota-se que há uma diversidade social no curso, visto que no passado formavam-se, em maioria, pessoas com maior poder aquisitivo e hoje podemos ver mudanças tanto por parte da faculdade ao oferecer programas que estimulam e facilitam a entrada de diferentes pessoas de todas as classes sociais, não só no curso de engenharia, mas em todas as áreas do conhecimento, e também o interesse maior da população atual mais atentada a uma formação superior que impulsiona um maior número de graduandos de forma heterogenia. Constata-se que a escolha do curso de engenharia se deve a muitos fatores, sendo que o fator de grande maioria ainda é a remuneração considerada alta por parte das pessoas que ingressarão ou que cursam, é também importante ressaltar que hoje o profissional está atento as transformações do mercado e buscando se especializar em diversas áreas não sendo mais aquele profissional “genérico” atuante em diversas áreas, mas sim aquele profissional qualificado para o mercado exigente as mais variadas áreas. 1 2 0 1 2 3 4 5 Calouros Formandos N ú m e ro d e a lu n o s e n tr e vi st ad o s Projetos Construção civil Perícia técnica Não decidiu ENG 2510 – Metodologia Científica e Tecnológica Profa. Cecília de Castro Bolina Março/2015 Conclui-se, então, que com as mudanças sofridas desde a criação do curso de engenharia civil até os dias atuais, o perfil tanto do curso como dos profissionais sofreram mudanças drásticas e importantes que definem o que se busca hoje no profissional da área, como do graduando na área em relação as expectativas do curso, com a facilidade de acesso e variedade de ramificação profissional. O curso de engenharia civil é bastante buscado e estimado pelos graduandos, agitando o meio profissional. Sendo assim, é absorvido pelo mercado quem tem uma formação diferenciada e é isso que a maioria dos graduandos tem buscado caminhar, em conjunto com o que é requisitado hoje pelas empresas ou pessoas que buscam os serviços do engenheiro civil. 6.Referências Bibliográficas CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. RESOLUÇÃO CNE/CES11, DE 11 DE MARÇO DE 2002. Disponível: < http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES112002.pdf>. Acesso em 20 de março de 2015. LAUDARES, J. B.; RIBEIRO, S. (2000) Trabalho e formação do engenheiro. Brasília Disponível: < http:// http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/135/135>. Acesso em 16 de março de 2015. NOSE, M. M.; REBELATTO, A. N. O perfil do engenheiro segundo as empresas. São Paulo:2001. Disponível:<http://www.abenge.org.br/CobengeAnteriores/2001/trabalhos/DTC007.pdf>. Acesso em 16 de março de 2015. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS. Ensino. Goiânia: 2015. Disponível < http://sites.pucgoias.edu.br/cursos/engenhariacivil/> Acesso em 16 de março de 2015.
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