Filosofia do direito - contratualismo

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CONTRATUALISMO
Estado é resultado de um pacto social, onde
os indivíduos estão em umectado anterior e
fazem um pacto social para a constituição
desse Estado.
Autores:
1. Thomas Hobbes
2. John Locke
3. Rousseau
Contrato Social e Estado Ético no pensamento
moderno
Doutrina filosófica que concebe o Estado
a partir de um pacto social
Objetivos do Pacto Social
1. Hobbes – paz
2. Locke – proteção da propriedade
3. Rousseau - liberdade
Todos os autores partem do pressuposto de que o
indivíduo de natureza acabariam criando uma
situação não adequada para uma vida ordeira.
Hobbes compreende a existência de
uma conflitualidade, motivo que se
precisa do Estado para se garantir a
paz
Locke o Estado de natureza os indivíduos são capazes de ter uma vida
relativamente harmônica por se encontrar num Estado pré social, pré
político – não havendo qualquer mecanismo externo que pudesse
proteger a propriedade – indivíduos entre si, de maneira egoística
poderiam acabar atacando a propriedade levando a uma situação de
conflito – Estado atua como terceiro ator afim de resolver essas
situações de conflito. (proteção da propriedade)
Propriedade para Locke envolve 3 elementos: liberdade, vida e os 
bens.
Já para Rousseau – liberdade humana – a
necessidade de um novo Estado se dá para se
criar as condições adequadas afim de se
promover uma condição de fato na qual os
indivíduos vivam livremente – na qual o Estado
garanta o exercício da liberdade
Ideia de Estado de natureza – condição na qual os
indivíduos viveriam de acordo com seus próprios
instintos
Para Hobbes o Estado de natureza é caracterizado
pela guerra de todos contra todos. (conflito
generalizado)
Para Locke o estado de natureza possui paz,
harmonia relativas, mas não há proteção da
propriedade – isso o leva a pensar na ideia de um
pacto, de um contrato
Rousseau que é chamado de um bom selvagem – defendendo a ideia
de que no estado de natureza os homens viveriam livres – assim o
estado de natureza seria caracterizado pela liberdade e pela
igualdade – indivíduos vivem atendendo seus instintos, atendendo
aquilo que a natureza o impulsiona a fazer.
A vida em sociedade retira do sujeito institutos que os deixem mais
distantes de uma vida natural.
Defende a constituição de um estado legítimo.
Ideia de estado legítimo presente nos três autores =
estado constituído pelos próprios indivíduos na sua
formatação – entrando a ideia de pacto social. (pacto
celebrado para a constituição da sociedade)
Elemento básico é um estado resultante de um
procedimento dessa natureza se torna por si só um Estado
legítimo, por ser a vontade expressa dos próprios
indivíduos e nesse caso os atos do Estado serão
autorizados, reconhecidos pelos próprios indivíduos
submetidos a ele.
Objetivo fornecer os elementos para que esse
estado, essa instituição possa atuar em detrimento
de determinados objetivos, seja a paz no
pensamento Hobbesiano, seja a proteção a
propriedade no pensamento de Locke, seja a
garantia da liberdade no pensamento
Rousseauniano.
Kant
O contratualismo pressupõe a 
fundação/criação do 
Estado – criação de uma
instituição que pressupõe a
ideia de controle/ordem.
Direito (direito positivo) – conjunto
de normas que são criadas, que
são úteis e necessárias para se
definir a ordem (daquilo que pode,
daquilo que não pode, do que é
permitido) e de certa forma a
atuação do estado (definindo
como o estado deve atuar).
Com a criação do Estado 
nasce o Direito positivo 
Hobbes defensor de um absolutismo
Uma vez se estando sobre a égide de um
pacto social, sobre a ordem do Estado, o
sujeito não deve sair – pois o estado de
natureza é extremamente prejudicial.
Locke – comenta a partir de uma
perspectiva liberal – como o Estado tem
que ser liberal este não pode suplantar os
direitos do indivíduo.
Defende a ideia da lei, do Estado e do
povo. A lei submete tanto o povo quanto o
Estado.
Estado deve estar acima da lei e
abaixo da lei se encontra o povo.
Kant coaduna com o pensamento desses
dois autores
Ideia de Estado caracterizado como um
conflito generalizado entre os indivíduos
em razão dos elementos da própria
natureza – conceito próprio de Hobbes
Defende a ideia de um Estado Republicano
Pensamento de Locke – direito de
resistência – uma vez que o sujeito vive
em sociedade, com um estado
estruturado, com um direito formatado –
é importante que o povo tenha o direito
de resistir contra governos arbitrários.
Governo deve estar nessa posição com a intenção da
proteção da propriedade (vida, liberdade, bens). Quando
esse governo age de maneira arbitraria, não cumprindo o
que a lei está determinando não protegendo a
propriedade, colocando em riscos objetivos do pacto, o
povo deve resistir a esse governo, atuar resistindo contra
esse governo..
Kant faz uma releitura do pensamento de Locke,
entendendo que o governo deve ser republicano, tendo que
atuarem prol da observância do pacto para garantir que o
direito seja efetivamente mantido dentro da sociedade
sendo possível que alguns governantes não cumpram
adequadamente com os propósitos estabelecidos pelo
pacto – justificando o direito de resistência.
Ideia de que o direito de resistência
fomentasse a subversão a qualquer
momento – entendendo que por um lado
as pessoas devem se proteger contra o
estado agindo de maneira arbitraria do
que é o direito, entretando não é
adequado que se coloque isso a frente
como se fosse uma solução.
Compreende que esse direito de resistência não pode
estar colocado na legislação, de forma a gerar uma
instabilidade nos governos
Originalidade no pensamento de Kant
Originário
Contrato
Cria o Estado e o
Direito
Entre Estados
Funda/cria o Estado de direito, tem
como objetivo a paz interna.
(influência Hobbesiana)
Federação dos Estados, tem como
objetivo a paz internacional.
(baseada na ideia dos acordos)
Retira os indivíduos de
um estado de natureza –
estado de guerra no
modelo Hobbesiano.
Garantir que os Estados
internacionalmente possam
viver pacificamente
Originalidade no pensamento de Kant
Estatal
Direito
Cosmopolita
Direito interno de cada Estado
Direito dos cidadãos do mundo
Das gentes Cuida das relações dos Estados 
entre si e dos indivíduos de um 
Estado com o outro
Relação entre Estado – Estado
Estado – indivíduo
O que hoje se chama de Direito
internacional
Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase
É preciso sair do estado natural, no qual cada um age em função dos seus próprios caprichos (individualismo), e convencionar com todos os demais em submeter-se a uma
limitação exterior, (criação do estado civil) publicamente acordada, e, por conseguinte, entrar num estado em que tudo que deve ser reconhecido como seu é determinado
pela lei (criação do direito). (Estabelecimento da ordem com o intuito de garantir a paz)
Immanuel Kant
A perspectiva contratualista de Kant, apresentada na obra Doutrina do Direito, sustenta ser necessário passar de um estado de natureza, no qual as pessoas agem
egoisticamente, para um estado civil, em que a vida em comum seja regulada pela lei, como forma de justiça pública. Isso implica interferir na liberdade das pessoas. (uma
vez que se interfere na criação da lei se interfere na liberdade natural)
Em relação à liberdade no estado civil, assinale a opção que apresenta a posição que Kant sustenta na obra em referência.
A . O homem deixou sua liberdade selvagem e sem freio para encontrar toda a sua liberdade na dependência legal, isto é, num estado jurídico, porque essa dependência
procede de sua própria vontade legisladora. (correta) (quando o sujeito vai para o estado civil se destaca a liberdade civil para se fazer uso da liberdade primada pela lei)
(abre-se maão de uma liberdade legal por uma liberdade legal) (a razão se demonstra pela lei)
B . A liberdade num estado jurídico ou civil consiste na capacidade da vontade soberana de cadaindivíduo de fazer aquilo que deseja, pois somente nesse estado o homem se
vê livre das forças da natureza que limitam sua vontade.
C. A liberdade civil resulta da estrutura política do estado, de forma que somente pode ser considerado liberdade aquilo que decorre de uma afirmação de vontade do
soberano. No estado civil, a liberdade não pode ser considerada uma vontade pessoal.
D . Na república, a liberdade é do governante para governar em prol de todos os cidadãos, de modo que o governante possui liberdade, e os governados possuem direitos que
são instituídos pelo governo.