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Micotoxinas: Fungos, Alimentos e Prevenção

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Micotoxinas 
 
• Principais micotoxinas, fungos produtores e 
alimentos contaminados 
MICOTOXINAS FUNGOS PRODUTOS 
Aflatoxinas Aspergilus 
flavus, A. 
parasiticus, A. 
nomius, A. 
pseudotamarii 
Amendoim, 
castanha do 
Pará e algodão 
Ocratoxina Aspergilus 
ochraceus 
Milho, cevada e 
trigo 
Zearalenona Furarium 
roseum, F. 
tricinctum, F. 
gibbosum e F. 
oxysporum 
Milho, sorgo, 
cevada, aveia, 
silagens de 
milho e rações 
Fumonisina Fusarium 
verticilloides 
Milho 
Esporodesmina Pithomyces 
chartarum 
Pastagens 
Patulina Penicillium 
expansum 
Frutas (maçã) e 
vegetais 
• Diagnóstico: 
Anamnese 
Sinais clínicos 
Achados anatomopatológicos 
Análise laboratorial 
Presença de micotoxinas no alimento 
Cromatografia em camada delgada 
(CCD) 
Cromatografia líquida de alta eficiência 
(CLAE) 
ELISA 
• Não há tratamento específico 
• Sintomático e de suporte 
• Retirada do alimento suspeito 
• Prevenção da contaminação por fungos toxigênicos 
e seu crescimento 
Controlar a presença de insetos 
Conservação dos alimentos – umidade < 15% 
• Melhorar as práticas agrícolas: 
Semente de qualidade e livres de fungos 
Evitar dano mecânico durante o processo de 
colheita 
Limpeza dos cereais 
Bos práticas de armazenamento e boas 
condições ambientais 
 
Aflatoxina 
• Mais estudado devido sua alta toxidade e ampla 
ocorrência 
• Contaminam: grãos (amendoim, milho, sorgo, arroz 
e trigo) e rações 
• Risco para saúde humana e animal 
• Perdas econômicas significativas 
• Perdas de milho devido ao fungo pode chegar a 
25% da produção a cada ano 
• Produção favorecida: umidade no ar > 80% e 
temperaturas de 13 a 42ºC 
• São hepatotóxicas, imunodepressoras, nefrotóxicas, 
carcinogênicas e possuem efeito anticoagulante 
• Afetam mamíferos, aves e peixes 
• Cães e gatos são extremamente sensíveis 
• Sinais: 
Intoxicação aguda: 50 a 100ug/kg 
Cães: convulsões, anorexia, depressão, 
fraqueza, icterícia, dispneia, vômito 
normalmente sanguinolento e com 
muco 
Bovinos: anorexia, prostração, pelos 
arrepiados, diarreia sanguinolenta e 
mucosas ictéricas 
Suínos: apatia, anorexia, redução no 
ganho de peso, icterícia, urina de cor 
amarelada contendo sangue e 
fotosensibilização 
• Diagnóstico: 
Anamnese 
Sinais clínicos 
Achados anatomopatológicos 
Análise laboratorial 
Cromatografia em camada delgada 
(CCD) 
Cromatografia líquida de alta eficiência 
(CLAE) 
ELISA 
• Tratamento: 
Retirada do alimento suspeito 
Sintomático 
Adsorventes 
@paulacharbel 
• É permitido níveis menores ou iguais a 20mg/kg 
de aflatoxinas totais como ingrediente das rações 
de ruminantes e não ruminantes 
 
 
Fumonisina 
• Produzida pelo fungo Fusarium verticilloides 
• Fumonisina – B1, B2 e B3 
• Contamina principalmente o milho 
• Algumas linhagens do fungo não produzem 
micotoxina 
• FB1 é produzida em maior quantidade e é a mais 
tóxica 
• são termoestáveis, podendo resistir a fervura por 
até 30mins 
• Interferem no metabolismo dos esfingolipídios 
Inibem esfingosina N-acetiltransferase (enzima 
envolvida na formação do precursor da 
esfingosina) 
A esfingosina e a esfinganina se acumulam 
• Efeitos biológicos: 
Equinos – leucoencefalomalácia equina (leme) 
Sinais de 3 a 6 dias 
Hipersensibilidade, ataxia, fraqueza, 
convulsão, pressão da cabeça contra 
objetos, cegueira, incapacidade de 
deglutição e morte 
Limite de 0ppm 
Suínos – edema pulmonar suíno 
Sinais com evolução subaguda 
Insuficiência pulmonar – óbito 
Limite de 20ppm 
Bovinos e ovinos – são mais resistentes a 
intoxicação com lesão leve no fígado 
Limite de 30ppm 
Aves – mais resistente em relação a outros 
animais 
Limite de 100ppm 
 
 
Zearalenona 
• Micotoxinas estrogênicas em suínos 
• Fusarium roseum, F. gibbosum e F. oxysporum 
• Não é destruída pelo calor e peletização 
• Suínos > bovinos > ovinos > aves 
 
 
Hiperestrogenismo 
• Atua como uma substância estrogênica: 
Zea + receptor de estrógeno - receptor-zea - 
núcleo da célula – receptores nucleares – 
resposta estrogênica – mRNA – codificar 
proteínas expressas pela ligação R-E 
• Sinais: 
Suínos: 
Marrãs: edema de vulva e glândula 
mamária, alargamento do útero, 
prolapso do útero, prolapso retal e 
atrofia do ovário 
Adultas: ninfomania e pseudo-prenhez 
Gestantes: redução do número de 
fetos vivos e do peso da prole 
Machos: edema de prepúcio, atrofia 
testicular e crescimento da glândula 
mamaria 
Alta morbidade e baixa letalidade 
Bovinos: 
Fêmeas jovens: estro prolongado, 
menor taxa de concepção 
Fêmeas adultas: diminuição da ingestão 
de alimento, queda na produção de 
leite e aborto

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