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8- PPM III - Terminologias

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PPM III
Anamnese
· Identificação:
	Guilherme, 42 anos, casado, autônomo analista de sistema. Procedência: região de Presidente Prudente.
· Queixa e duração:
	“Fadiga há 5-6 meses”.
· História da moléstia atual:
	Paciente refere estar com fadiga (astenia?) há aproximadamente 5-6 meses, exemplificado pela “falta de ânimo” ao brincar com o filho e relacionar-se com a esposa.
· Antecedentes pessoais:
	Antecedente patológico: úlcera gástrica há 4 anos. Pratica atividade física e não faz refência sobre vícios. 
	Condição social: família de baixa renda.
· Antecedentes familiares:
	Não informa.
· Interrogatório sobre diversos aparelhos:
	Geral: emagrecimento por dieta não supervisionada, com deficiência em carboidratos e proteínas, excesso de cafeína evidenciado pelo chá mate e café. Nega febre e calafrios.
	Aparelho gastrointestinal: dor tipo cólica frequente tendo como fator de melhora o uso de Buscopan®. Dor intermitente mal definida em lado esquerdo com piora à ingesta de alimentos. Nega melena e fezes sanguinolentas. Nega náuseas e vômitos.
	Aparelho cardiovascular: palpitação ao exercício físico. Nega ortopneia, dispneia paroxística noturna.
	Aparelho respiratório: Dispneia ao exercício físico.
	Aparelho locomotor: artralgia esporádica (não localizou) que melhora com Ibuprofeno por conta própria. Tendinite patelar esquerda. Nega edemas.
	Aparelho psíquico: refere estresse com melhora nos últimos meses.
· Exame físico:
	Peso: 78 Kg. Altura: 1,7 m.
	Afebril, descorado (+/+4).
	Ausência de linfonodomegalias.
	Aparelho CardioVascular (ACV): Bulhas Rítmicas Normofonéticas s/ sopros.
	Aparelho Respiratório (AR): Murmúrio Vesicular + bilateralmente s/ Ruídos Adventícios.
	Abdome: RHA (ruídos hidroaéreos) presentes e normais. A palpação: flácido, indolor, ausência de visceromegalias.
	Extremidades: ausência de baqueteamento ou cianose digital, ausência de edema. Pulsos presentes e simétricos.
· Raciocínio clínico: diante do cansaço e da história pregressa de dor abdominal ou na úlcera gástrica do antecedente pessoal, o médico fez o diagnóstico de anemia ferropriva, a qual os exames confirmaram. Devido aos antecedentes, resolveu encaminhar o paciente a um gastro.
TERMINOLOGIA
	Hematêmese e hemoptise não sintomas relacionados ao trato digestório superior.
	Hematêmese: vômito com presença de sangue. Quando o paciente se queixar de vômitos com sague, questionar se o vômito possuía conteúdo alimentar com raias de sangue ou o vômito era de sangue puro. Geralmente, essa é uma queixa aguda.
	Hemoptise: tosse com escarro com sangue. Eliminação de sangue pela boca proveniente do aparelho respiratório (subglótica).
	Epistaxe: sangramento nasal. Assim como a hemoptise, não está relacionada ao trato disgestório.
	As próximas terminologias são referentes ao trato digestório inferior.
	Hematoquezia: presença de sangue nas fezes; eliminação de sangue pelo ânus. As fezes não saem com um vermelho vivo, mas sim avermelhadas ou amarronzadas, ou seja, geralmente não é um sangramento intenso. Se o sangramento tem origem no cólon ascendente ou transverso, as fezes são “amarronzadas”.
	Enterorragia: presença de sangue “vivo” nas fezes; eliminação de sangue pelo ânus. Em geral, o sangramento é proveniente do cólon transverso, cólon descendente, sigmoide ou retal, ou seja, seguimentos mais próximos da borda anal. Em doenças perianais, o paciente relata gotejamento de sangue.
	Melena: fezes escuras, enegrecidas, com odor fétido; sangue digerido. “Fezes em borra de café”. Essa coloração se dá pela digestão do sangue que passou pelo trato digestório, assim, esse sangramento provavelmente é proveniente de uma parte mais alta do trato digestório – sangramento do trato digestivo mais alto.
	Diarreia: aumento da frequência, volume e quantidade de líquido nas fezes. Fezes não formadas; líquidas. Fezes diarreicas.
	Disenteria: diarreia intensa, tenesmo (espasmo doloroso do esfíncter anal com desejo urgente de defecar), geralmente com eliminação de sangue e muco. É um quadro agudo.
	Constipação: diminuição do número de evacuações diárias ou semanais, com presença de fezes endurecidas, ressecadas ou em cíbalos (“fezes de babrito”).
Hemorragia digestiva alta
	Anterior ao ângulo de Treitz (flexura duodenojejunal).
	Sangramento de varizes de esôfago é, geralmente, associado à hipertensão portal – pode ser por cirrose hepática.
	Lacerações esofágicas: ocorre por objetos estranhos ou pedaços grandes de alimento.
	Úlcera gastroduodenal: doença ulcerosa péptica, uso de AINES (anti-inflamatórios não esteroidais) e a presença da H. pylor contribuem para a formação dessas úlceras.
	Gastrite hemorrágica, outras lesões superficiais da mucosa, como a esofagite e a duodenite intensa, e o câncer gástrico.
	Sangramento de varizes de esôfago, lacerações esofágica e úlceras gasrtoduodenais podem levar ao quadro de hematêmese (vômito com presença de sangue) aguda.
	Nas ulceras gástricas pode ocorrer um sangramento insidioso que, com o tempo, pode levar a uma astenia (perda ou diminuição da força física).
Hemorragia digestiva baixa
	Hemorragias após o ângulo de Treitz (flexura duodenojejunal).
	Enterites e colites infecciosas, associados a náusea, vômitos e febre.
	Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa podem apresentar diarreia, sangue e muco. Causam também deficiências na absorção de diversos nutrientes, podendo levar a anemia.
	Divertículo de Merkel é um diagnóstico diferenciado mais raro.
	Doença diverticular dos cólons: é mais comum na população idosa, sendo a diverticulite a sua complicação e a sua apresentação clinica é o sangramento nas fezes.
	Angiodisplasias: mal formações vasculares que podem acometer todo o trato gastrointestinal, mas principalmente segmentos do intestino grosso e delgado.
	Câncer colorretal é um dos canceres mais prevalentes na sociedade. Acomete mais pacientes idosos, ou pacientes acima dos 50 anos.
	Doenças perianais.
Anemia ferropriva 
· H.pylori também está relacionado a gastrite atrófica, carcinoma gástrico e linfoma MALT. 
· Gastrectomias, cirurgia bariátrica diminuem a área de absorção de Ferro. 
· Uso de IBP e bloqueadores de H2 aumentam o pH intestinal, também diminuindo a absorção do ferro. 
· Parasitoses, como a ancilostomíase, podem levar a sangramento crônico. 
· Baixa ingesta de alimentos contendo ferro, e dietas restritivas. 
· Doença Celíaca, Doença de Whipple.
Endoscopia digestiva alta
	O aparelho mede cerca de 90 cm. O canal de trabalho serve para realizar algum procedimento local, através da introdução de material por esse canal. Por ele também pode ser realizado a biópsia. A câmera de tv é a câmera que captará a imagem e enviará ao monitor. As duas canoplas, acima dos botões, posicionam o endoscópio dentro do corpo do paciente, ou seja, direciona o endoscópio. Cada um dos quatro botões possui uma finalidade, injetar ar (para insuflar o estômago e permitir uma análise melhor da câmara gástrica), água (para lavar a mucosa e ter uma melhor visibilidade). O endoscópio examina somente até a segunda porção do duodeno.
	O colonoscópio realiza a colonoscopia baixa, mede cerca de 1,60 m até 1,85, é mais calibroso e possui as mesmas peças para manejo. O colonoscópio examina somente até a porção distal do íleo.
	Assim, fica uma parte de jejuno e íleo sem ser examinadas.
Transito intestinal
	É realizado por meio da ingestão de sulfato de bário. Nesse exame pode ser identificadas doenças como o divertículo de Merkel, doença de Crohn, úlceras e dilatação do intestino. Entretanto, o transito intestinal não mostra lesões pequenas, como pólipos menores (5mm) e lesões vasculres (causas comuns de sangramento, ex. angiodisplasia).
Cápsula endoscópica
	Paciente digere uma capsula que contém uma câmera com capacidade de 2 capturas por segundo. O paciente pode ficar cerca de 12 horas com essa cápsula. Ela desce pelo esôfago e pode acessar partes do jejuno e íleo que não são acessíveis ao endocópio e ao colonoscópio. Podem ser tiradas até 120 mil fotografias. A sua desvantagem é que não permite realizar biópsias e nem procedimentosterapêuticos.
Enteroscopia duplo-balão
	A alternativa para a realização de biópsia ou algum procedimento terapêutico é a enteroscopia por duplo balão, sendo que é um endoscópio maior e outro mais fino que passa no seu interior. Se a lesão encontrada é na parte proximal, no jejuno, a enteroscopia é realizada por via oral, mas se a lesão estiver na parte distal, no íleo, então a enteroscopia é realizada por via retal, com o auxílio de uma radioscopia, que auxilia na progressão do aparelho.
Observações
	A dor da úlcera gástrica piora coma alimentação. Já a dor da úlcera duodenal melhora.

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