Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Vânia Martins 2Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Sumário Introdução ......................................................................................... 03 Objetivos ........................................................................................................... 04 Estrutura do Conteúdo .................................................................................... 04 Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Tópico 1: Panorama Ambiental: As Mudanças Climáticas ................................ 05 Tópico 2: O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas ................. 09 Tópico 3: Acordos Internacionais ...................................................................... 11 Tópico 4: As Pedras no Caminho da Sustentabilidade ...................................... 17 Resumo ............................................................................................................. 20 Referências Bibliográficas .............................................................................. 21 3Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Seja bem-vindo(a) ao conteúdo “Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais”. Na atualidade, os desafios colocados pelos problemas ambientais e sociais são grandes, exigindo iniciativas articuladas não somente das empresas, como também da sociedade e dos governos. Por esta razão, uma série de iniciativas de caráter internacional têm sido adotadas, de modo a estabelecer regras e parâmetros para cada nação atuar no combate aos inúmeros problemas causados pelas mudanças climáticas. Neste cenário, os acordos internacionais são uma importante ferramenta, especialmente diante de pressões políticas e econômicas que ameaçam os projetos sustentáveis no mundo. 4 Estrutura do Conteúdo Objetivo s Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Esperamos que ao final deste conteúdo você seja capaz de: 1. Identificar as principais mudanças cli- máticas que afetam o planeta; 2. Reconhecer as conclusões do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas a respeito desta questão; 3. Compreender os objetivos dos prin- cipais acordos internacionais sobre as questões ambientais e sociais; 4. Analisar os obstáculos de caráter po- lítico, econômico e cultural aos esforços para um mundo sustentável. Para melhor orientar seus estudos, este conteúdo está dividido de acordo com os seguintes tópicos: 1. Panorama Ambiental: As Mudanças Climáticas 2. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas 3. Acordos Internacionais 4. As Pedras no Caminho da Sustenta- bilidade 5Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais 1. Panorama Ambiental: As Mudanças Climáticas Chegamos ao século XXI sofrendo os impactos do modelo de desenvolvimento adotado nos países ocidentais capitalistas, que levou a um consumo desequilibrado dos recursos naturais do planeta. Dentre os principais problemas que compõem o panorama ambiental do século XXI, segundo Oliveira (2008), temos: Devastação de florestas Degradação dos solos Escassez e poluição de recursos hídricos Perda da biodiversidade, com a extinção de espécies Aquecimento global Destruição da camada de ozônio 6Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais O aquecimento global ocorre em consequência da emissão de gases que causam o chamado efeito estufa. Estes gases (por isso chamados “gases de efeito estufa” ou GEE) absorvem a radiação solar que deveria ser direcionada ao espaço. “O lançamento excessivo de GEE na atmosfera forma uma espécie de cobertor que se torna mais espesso quanto maior for o volume destes gases na atmosfera, com isso a Terra se torna mais quente e a radiação não consegue sair” (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, 5° Relatório 2014). Os GEE são os seguintes: Dióxido de carbono (CO2), Óxido Nitroso e Gás Metano. 7Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Acesse o Recurso Multimídia e assista ao divertido vídeo do Instituto Akatu de Consumo Consciente e entenda melhor o fenômeno do aquecimento global. Conteúdo On-line Segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), contribuem para a emissão de GEE a queima de combustíveis fósseis (carvão mineral e, especialmente, petróleo) realizada principalmente pelo setor de produção de energia (termelétricas), pelas atividades industriais e pelos sistemas de transportee através do uso de fertilizantes na agricultura e a utilização de determinados tipos de aparelhos como refrigerador e ar-condicionado, criação de gado e cultivo de arroz, dentre outras atividades. Importante É importante entender que o efeito estufa é um fenômeno natural que permite que a Terra retenha uma quantidade adequada de calor necessária ao ecossistema terrestre. Porém, o lançamento excessivo de gases de efeito estufa na atmosfera — como resultado das atividades humanas a partir da Revolução Industrial — acabou provocando uma retenção de radiação muito acima da necessária, provocando um aquecimento que se tornou uma ameaça à vida no planeta. O aumento da concentração dos gases estufa, em decorrência das atividades humanas, foi o fator que desequilibrou as condições de temperatura no planeta, provocando níveis de aquecimento que ameaçam o equilíbrio do ecossistema terrestre. 8Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Assim chegamos ao conceito de AQUECIMENTO GLOBAL: Segundo os estudos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o Aquecimento global é um fenômeno climático de larga extensão, caracterizado pelo aumento da temperatura média global, que se acentuou de modo surpreendente no último século. Os estudos do IPCC confirmam que estas alterações são resultantes dos impactos que as atividades humanas exercem sobre o planeta. Estudos do IPCC estimam que, ao longo do século XX, a temperatura tenha subido em média 1° C, gerando consequências como elevação dos níveis do mar e derretimento de geleiras. Importante Segundo Pereira (2011), os efeitos das mudanças climáticas vêm sendo observados pelos cientistas, indicando que os ecossistemas da terra foram profundamente afetados pelos novos padrões de clima. Estas alterações também são sentidas pelas pessoas comuns, que podem sofrer com os impactos das visíveis alterações nas condições de vida no planeta. Em vários lugares do planeta, as populações vêm sofrendo cada vez mais com secas e chuvas intensas, ou tornando-se vítimas de desastres ambientais, como terremotos e tsunamis. 9Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Se você gosta de cinema, pode assistir a alguns filmes interessantes que tratam das questões ambientais que desafiam o mundo na atualidade. Um deles é “Uma verdade inconveniente” (EUA, 2006), no qual o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, analisa o aquecimento global. Outro é “A última hora” (EUA, 2007), documentário que entrevista renomados cientistas, pensadores e líderes sobre as condições de sustentabilidade da vida no planeta. 2. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), é um órgão criado em 1988 a partir do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) da ONU, para produzir os relatórios científicos sobre o fenômeno. O IPCC tornou-se a principal referência científica na discussão sobre as mudanças climáticas, recebendo em 2007 o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho de conscientização da comunidade e dos líderes internacionais para o problema e as consequências das mudanças climáticas. Seu primeiro relatório foi publicado em 1990 e reuniu argumentos em favor da criaçãoda Convenção do Quadro das Nações Unidas para Mudanças do Clima (em inglês, UNFCC), a instância em que os governo negociam políticas referentes à mudança climática. O relatório divulgado pelo IPCC em 2014 alertou que a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera continua aumentando, o que potencializa ainda mais o processo de aquecimento global. O relatório alerta para a necessidade de ações urgentes para diminuir as emissões globais de GEE e para preparar as comunidades e economias para os impactos decorrentes das alterações no clima que já estão em curso. 10Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais O grupo também calcula que o derretimento das camadas polares pode fazer com que os oceanos se elevem entre 18 cm e 59 cm até 2100, fazendo desaparecer pequenas ilhas e obrigando centenas de milhares de pessoas a engrossar o fluxo dos chamados “refugiados ambientais” — pessoas que são obrigadas a deixar o local onde vivem em consequência da piora do meio ambiente. Acesse o Recurso Multimídia e assista ao vídeo “IPCC: Mudança climática afeta várias partes do Brasil”, que fala sobre os impactos das mudanças climáticas no Brasil. Conteúdo On-line Como você já deve ter percebido, a redução das emissões dos GEE é primordial para enfrentar os desafios climáticos. Dentre os países com altos níveis de emissão de GEE estão China, Estados Unidos, países da União Europeia, Índia, Rússia e Japão. 11Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais O Brasil também é considerado como um grande emissor de GEE e, para que o país possa reverter esta situação, é preciso enfrentar alguns desafios como: • reduzir os níveis de desmatamento, • reduzir os investimentos em combustíveis fósseis, • diversificar a matriz energética com a utilização de energias renováveis. Entretanto, nenhum ato ou país isolado tem a capacidade de solucionar estes problemas. A atmosfera e outros recursos são considerados Recursos Comuns Globais, sendo necessária a articulação entre governos, empresas e organizações da sociedade civil. Por conta deste cenário, existem acordos e protocolos importantes que indicam os compromissos dos países com o combate às mudanças climáticas. 3. Acordos internacionais Protocolo de Quioto Segundo Lemos (2013), o Protocolo de Quioto foi criado em 1997 e entrou em vigor em 2005. Inicialmente, tinha validade até 2012, porém esta foi estendida até 2020. O Protocolo de Quioto estabelece entre os países signatários o compromisso de reduzir em 5,2% a emissão de gases estufa entre 2008 e 2012 (comparado ao ano de 1990). 12Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais O protocolo estabelece também níveis diferenciados de responsabilidade nesta redução. Os países desenvolvidos, por terem se industrializado antes e contribuído mais para o efeito estufa, têm a meta de redução da emissão de GEE em 5% do que emitiam em 1990. Países em desenvolvimento, como China e Brasil, não têm metas de redução. Os Estados Unidos, um dos principais emissores de GEE do mundo não assinaram o protocolo. Dentre algumas iniciativas do Brasil, podemos apontar o Programa Brasileiro GHG Protocol, que é uma iniciativa voluntária que incentiva a contabilização e publicação de dados sobre as emissões de gases de efeito estufa. Para encaminhar em nível internacional os debates e medidas a respeito do clima, foi criado um fórum decisório, o COP (Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas ou Conferência das Partes), onde os países se reúnem para debater acordos e tomar decisões sobre eles. Na terceira COP, por exemplo, foi proposto o Protocolo de Quioto (1997). A COP 20 foi realizado em 2014 e nela foi mantida a ideia de “responsabilidades comuns, mas diferenciadas”, surgida desde o Protocolo de Quioto. O conceito estabelece que os países desenvolvidos devem ter planos mais ambiciosos no corte de suas emissões de GEE do que as nações em desenvolvimento. Princípios do Equador Segundo Lemos (2013), os Princípios do Equador são resultantes da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (2002), realizada em Johannesburgo (África do Sul) — também chamada de Rio+10, por ter sido realizada 10 anos após a Eco-92. Os Princípios nasceram da percepção dos danos causados à reputação do setor financeiro em função de financiamentos concedidos a empreendimentos que provocaram danos à sociedade ou ao meio ambiente. Por conta disso, os princípios do Equador fornecem parâmetros mais rígidos para o financiamento de projetos no âmbito internacional, considerando seus impactos ambientais e sociais tanto antes quanto durante sua implementação. 13Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Gestão de risco ambiental, proteção à biodiversidade e adoção de mecanismos de prevenção e controle de poluição; Na prática, as empresas interessadas em obter recursos no mercado financeiro internacional deverão incorporar quesitos como: Proteção à saúde, à diversidade cultural e étnica e adoção de Sistemas de Segurança e Saúde Ocupacional; Avaliação de impactos socioeconômicos, incluindo as comunidades e povos indígenas, proteção a habitats naturais com exigência de alguma forma de compensação; Eficiência na produção, distribuição e consumo de recursos hídricos e energia, e uso de energias renováveis; Respeito aos direitos humanos e combate à mão de obra infantil. 14Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Acesse o Recurso Multimidia e saiba mais sobre as Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (SDO). Conteúdo On-line Convenção de Viena e Protocolo de Montreal Diante do problema da destruição da Camada de Ozônio, várias nações se mobilizaram. Em 1985, a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio foi assinada por dezenas de países, entre eles o Brasil. Em 1987 foi estabelecido o Protocolo de Montreal sobre as Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (SDO), direcionando seus signatários a trabalhar para eliminar a produção e o consumo de SDOs. Atualmente, 193 países participam do Protocolo e da Convenção. O Protocolo de Montreal conta com o apoio de um Fundo Multilateral voltado para o apoio financeiro de medidas para eliminar essas substâncias em países em desenvolvimento, como o Brasil, que recebe aportes do FML desde 1993 para promover mudanças em processos industriais com ênfase no uso de tecnologias livres de SDOs. A partir do Protocolo de Montreal, o comércio de SDOs teve de ser reduzido em todo o globo a partir de cotas pré-definidas, ao mesmo tempo em que foram desenvolvidas tecnologias alternativas para reduzir ou eliminar os riscos à camada de ozônio. 15Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Pacto Global O Pacto Global, segundo Lemos (2013), é uma iniciativa desenvolvida pela ONU com o objetivo de mobilizar a comunidade empresarial internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, de valores fundamentais e internacionalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção refletidos em 10 princípios. O Pacto Global advoga dez Princípios universais, derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos, da Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre Direitos Fundamentais no Trabalho, da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção. Acesse o Recurso Multimídia e veja os 10 princípios do pacto global. Conteúdo On-line Por fim, é importante lembrar que as duas maiores economias do mundo, China e Estados Unidos, fecharam em 2014 um acordo no qual assumiram pela primeira vez compromissos no combate às mudanças climáticas. 16Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Os Estados Unidos devem reduzir em 29% suas emissões de GEE até2025 (comparativamente a 2005). Já para a China, o parâmetro é 2030, quando 20% da energia do país deverá vir de fontes renováveis. Trata-se de um passo ainda pequeno, porém muito importante, visto que as duas maiores economias do mundo trocam acusações mútuas sobre quem provocava a maior degradação do planeta. É importante que você esteja sempre atualizado sobre os rumos destas questões que apresentamos aqui. Por isso recomendo a você dois ótimos sites que se dedicam a estas questões. Conteúdo On-line 17Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais 4. As Pedras no Caminho da Sustentabilidade A noção de que o mundo enfrenta mudanças climáticas com efeitos dramáticos sobre as populações não é aceita sem questionamentos. Segundo Molion (2008), uma parte minoritária dos cientistas lança dúvidas sobre as evidências científicas que demonstram que o planeta está aquecendo para além do esperado, isto é, o questionamento se dirige à própria existência das mudanças climáticas. Dentre aqueles que aceitam a existência das mudanças climáticas, uma parte discorda da dimensão deste fenômeno, ou seja, entende que o aquecimento não seria tão assustador quanto sustenta o IPCC. Muitos também não aceitam que o aquecimento seja resultante das ações humanas por acreditarem que fenômenos naturais exercem impactos mais importantes. 18Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Impasses Políticos Segundo Hage (2010), outros questionamentos também existem a respeito das soluções propostas para enfrentar as mudanças climáticas, pois muitos acreditam que os impactos econômicos do controle da emissão de GEE são negativos, prejudicando o desenvolvimento dos países. É com este argumento que os Estados Unidos, por exemplo, não assinaram o Protocolo de Quioto. Certamente, um dos principais pontos de debate que acaba colocando obstáculos às negociações entre as lideranças que participam dos fóruns internacionais é o papel que cada país deve exercer no combate às mudanças climáticas. Por um lado, existem os que acreditam que os países desenvolvidos, por terem se industrializado bem antes e poluído mais o planeta, devem ter uma contribuição maior no combate ao problema do que os países em desenvolvimento. Por outro lado, existem os que defendem que os países em desenvolvimento ou emergentes devem assumir as mesmas metas de redução de GEE. Problemas Econômicos Outro ponto em questão, segundo Hage (2010), é que a introdução das chamadas tecnologias limpas ou “ecologicamente corretas” exige muitas vezes elevados investimentos e nem todas as empresas possuem os recursos necessários para se adaptar aos novos padrões de correção ambiental exigidos. Destaca-se também o receio de que os países desenvolvidos utilizem a bandeira da proteção ao meio ambiente para impor restrições à entrada de produtos com o argumento de que são ambientalmente nocivos, obtendo, assim, uma vantagem comercial. Por fim, as sucessivas crises que têm atingido a economia global têm levado os países a concentrem esforços para solucionar crises econômicas, deixando de lado os investimentos de caráter social e ambiental. 19Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Visão Limitada Outras barreiras à sustentabilidade, segundo Savitz (2007), podem vir da própria organização, quando, por exemplo, seus gestores estão despreparados para conduzir a empresa a esta etapa. Muitas vezes, o pensamento de curto prazo impede ações que exigem visão de longo prazo. Porém são limitações culturais que podem ser modificadas, para o bem das empresas, das pessoas e do planeta. Em certos contextos onde as empresas atuam, a sociedade, principalmente os consumidores, não geram demandas fortes de sustentabilidade para as organizações. Em muitos países, a falta de informação e de educação ambiental, por exemplo, se reflete no comportamento das pessoas que deixam de dar importância ao papel das empresas neste campo e não exercem nenhum tipo de estímulo significativo para que as organizações mudem em direção à sustentabilidade. Neste ponto, é muito importante lembrar que as empresas não são entidades isoladas, que mudam por conta própria e que devem contribuir sozinhas para a sustentabilidade. Não podemos esquecer do papel dos governos, exercendo a regulação e a fiscalização sobre a atuação das empresas, além do papel da própria sociedade, por meio de seus movimentos sociais e da atuação dos consumidores atentos e engajados nas causas ambientais e sociais. 20Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais Neste conteúdo, tratamos da questão das mudanças climáticas e como este fenômeno afeta as populações do mundo. Diante deste cenário, buscamos identificar as principais iniciativas, em nível global, para enfrentar este problema. Assim, analisamos o papel de acordos internacionais, como o Protocolo de Quioto e os princípios do Equador, dentre outros. Demos especial destaque às conclusões obtidas no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, principal referência científica sobre o assunto na atualidade. Por fim, discutimos os principais obstáculos para a sustentabilidade, identificando os impasses políticos, econômicos e culturais que os diversos países enfrentam em suas negociações e na implantação de projetos mais efetivos para enfrentar os desafios ambientais e sociais. 21Mudanças Climáticas e Acordos Internacionais HAGE, José Alexandre Altahyde. Meio Ambiente e Política Internacional: Conflitos e Impasses que Marcam o Século XXI. Comunicação & Política, v.25, n.3, 2010. Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). ABC do Clima. Disponível em: http://www.ipam.org.br/abc/mudanças. LEMOS, Haroldo. Responsabilidade Socioambiental. Rio de Janeiro, FGV, 2013. MOLION, L.. Aquecimento Global: Uma Visão Crítica. In: Veiga, J. (ORG.) Aquecimento Global: Frias Contendas Científicas. São Paulo: Ed. SENAC, 2008. OLIVEIRA, José Antônio Puppim de. Empresas na Sociedade. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Fifth Assessment Report (AR5). http://www.ipcc.ch/ PEREIRA, Adriana Camargo. Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Meio Ambiente. São Paulo: Saraiva, 2011. SAVITZ, Andrew. A Empresa Sustentável. Rio de Janeiro: Campus, 2007. Veiga, J. (org.) Aquecimento Global: Frias Contendas Científicas. São Paulo: Ed. SENAC, 2008.
Compartilhar