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Oncologia: Estudo e Tratamento do Câncer

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ONCOLOGIA
A Oncologia, também chamada no Brasil de Cancerologia, é a especialidade médica que estuda as neoplasias (tumores malignos) e a forma de como essas doenças se desenvolvem no organismo, buscando seu tratamento.
Cada tipo de câncer tem seu tratamento específico: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e outras inúmeras possibilidades, podendo ser inclusive necessária a combinação de tratamentos.
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A Oncologia, também chamada no Brasil de Cancerologia, é a especialidade médica que estuda as neoplasias (tumores malignos) e a forma de como essas doenças se desenvolvem no organismo, buscando seu tratamento.
O termo câncer é aplicado a mais de 100 formas de doença – todas elas iniciadas quando uma dada população de células sofre transformações nas seqüências de bases nucleotídicas de um ou mais genes de seu DNA.
Essas transformações alteram a codificação das proteínas reguladas ou expressas por eles, o que dá início às diferentes etapas do processo carcinogênico. 
Os fatores que causam a mutação maligna (carcinogênese) são múltiplos em sua natureza e, normalmente, vários fatores diferentes encontram-se envolvidos no processo de formação e posterior desenvolvimento do câncer”.
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CLASSIFICAÇÃO
As doenças malignas são comumente divididas em neoplasias hematológicas e tumores sólidos.
Tumores Sólidos: respondem em conjunto por quase 90% dos casos de câncer diagnosticados. Originando-se de células malignas de um determinado órgão, crescem no seu interior, migram para os gânglios que recebem a drenagem de sua linfa, podendo se estender para órgãos vizinhos e, com alguma freqüência, criar metástases em regiões distantes do corpo. 
Neoplasias Hematológicas: são as doenças com origem em células sanguíneas. Neste grupo encontram-se as leucemias agudas e crônicas, os linfomas, o mieloma, a doença de Hodgkin e algumas outras mais raras.
Oncogênese física
A energia radiante, solar e ionizante, é o mais importante carcinógeno físico. Cânceres de mama, ossos e do intestino são menos suscetíveis à carcinogênese por este tipo de radiação. 
O mecanismo da carcinogênese pela radiação reside na sua capacidade de induzir mutações. Essas mutações podem resultar de algum efeito direto da energia radiante ou de efeito indireto intermediado pela produção de radicais livres a partir da água ou do oxigênio. As radiações na forma de partículas (como partículas alfa e nêutrons) são mais carcinogênicas do que a retenção eletromagnética (raios X, raios gama).
Os causadores: Raios ultravioleta (RUV) e Radiação ionizante.
Oncogênese química
A oncogênese química é um processo seqüencial, dividido em duas fases: a iniciação e a promoção.
A primeira etapa (iniciação) consiste de um fator iniciador ou carcinogênico que causa dano ou mutação celular. A mutação dos ácidos nucléicos é o fenômeno central da etapa de iniciação da carcinogênese. As células “iniciadas” permanecem latentes até que sobre elas atuem agentes promotores.
A segunda etapa (promoção) estimula o crescimento da célula que sofreu mutação, e pode acontecer a qualquer momento, após a transformação celular inicial. Os fatores de promoção podem ser agentes químicos (p. ex. asbesto), processo inflamatório, hormônios, fatores que atuam no crescimento celular normal.
Oncogênese biológica
Diversos vírus de ADN e de ARN produzem cânceres em animais, e alguns foram implicados na gênese do câncer humano. Entre os vírus de ADN, encontram-se os do papiloma humano (HPV), de Epstein-Barr (EBV) e o da hepatite b (HBV).
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METASTASE
A metástase é definida como o comprometimento à distância, por uma parte do tumor que não guarda relação direta com o foco primário. 
A disseminação tumoral é um processo complexo e não de todo esclarecido, que pode ser dividido em cinco etapas:
1) Invasão e infiltração de tecidos subjacentes por células tumorais, dada a permeação de pequenos vasos linfáticos e sangüíneos;
2) Liberação na circulação de células neoplásicas, tanto isoladas como na forma de pequenos êmbolos;
3) Sobrevivência dessas células na circulação;
4) Sua retenção nos leitos capilares de órgãos distantes;
5) Seu extravasamento dos vasos linfáticos ou sangüíneos, seguido do crescimento das células tumorais disseminadas.
NOMENCLATURA DOS TUMORES
A designação dos tumores baseia-se na sua histogênese e histopatologia. Sua nomenclatura depende do tecido que lhes deu origem.
O tumor benigno pode apresentar mais de uma linhagem celular e, neste caso, recebe via de regra, o nome dos tecidos que o compõem, acrescido do sufixo - oma
Exemplos:
	• tumor benigno do tecido cartilaginoso - condroma;
	• tumor benigno do tecido gorduroso - lipoma;
	• tumor benigno do tecido glandular - adenoma.
Quanto aos tumores malignos, é necessário considerar a origem embrionária dos tecidos do qual deriva o tumor, para se poder aplicar as regras de nomenclatura.
Os tumores malignos originados dos epitélios de revestimento externo e interno são denominados carcinomas. Quando o epitélio de origem for glandular, passam a ser chamados adenocarcinomas.
Exemplos:
	• carcinoma basocelular da face;
	• adenocarcinoma de ovário.
O nome dos tumores malignos originários dos tecidos conjuntivos (mesenquimais) é formado pelo nome do tecido mais a determinação sarcoma.
Exemplos:
	
	• tumor maligno do tecido cartilaginoso - condrossarcoma;
	• tumor maligno do tecido gorduroso - lipossarcoma;
	• tumor maligno do tecido muscular liso - leiomiossarcoma;
	• tumor maligno do tecido muscular estriado - rabdomiossarcoma.
ESTADIAMENTO
O estadiamento provê parte dos dados com os quais as decisões terapêuticas racionais são tomadas e ajuda a responder questões prognósticas.
O sistema TNM é o mais recomendado para a realização do estadiamento, sendo que: 
T é usado para tumor primário, 
N para acometimento dos gânglios linfáticos regionais e o 
M para metástases
Fonte: Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativas de câncer no Brasil, 2008. Disponível em www.inca.gov.br
DISPNÉIA NO PACIENTE ONCOLÓGICO
A dispnéia é um sintoma bastante freqüente no paciente portador de câncer. De acordo com o estádio da doença, a prevalência desse sintoma pode variar de 20% a 90%.
A queixa de dispnéia é mais comum entre os pacientes com neoplasia primária ou metastática que envolva o pulmão e/ou o trato respiratório. No entanto, mesmo nas situações em que não há acometimento direto do aparelho respiratório é comum o paciente apresentar este sintoma em algum momento durante a evolução da doença. 
TRATAMENTO CLÍNICO
Quimioterapia:
	
	
	consiste em uma combinação de fármacos, quase sempre mais efetiva do que o uso seqüencial de agentes isolados. Como os tumores desenvolvem subpopulações de células que diferem quanto a sua sensibilidade a agentes antineoplásicos, as combinações de agentes destroem mais células com mais rapidez, reduzindo, assim, a freqüência de emergência de clones resistentes. Os mecanismos de ação diferem amplamente entre os agentes quimioterápicos comuns, embora a lesão do ADN seja a via final comum
A quimioterapia é um tratamento médico que utiliza a introdução de substâncias químicas na circulação sanguínea para controlar processos celulares. Esta terapêutica é indicada para doenças relacionadas com a multiplicação e mutação de células, em particular o câncer.
A quimioterapia é administrada de forma intravenosa ou diluída em soro. O processo em si não é doloroso, excepto a picada inicial, mas pode em certos casos causar inúmeros efeitos secundários dada a agressividade do tratamento. Estes efeitos resultam da destruição colateral de células saudáveis e dependem muito de caso para caso, tendo em conta a condição geral e resistência do doente bem como o tipo de quimioterapia utilizado.
Os efeitos são: ansiedade, anemia e fadiga relacionada à diminuição dos glóbulos vermelhos, perturbações renais devido ser metabolizado pelo rim, perturbações digestivas e
falta de apetite, queda de cabelo.
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Radioterapia:
	
	É um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes eletromagnéticas ou corpusculares. Uma dose pré calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada. A morte celular pode ocorrer então por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução
Braquiterapia que é o tratamento que utiliza isótopos radioativos inseridos dentro do corpo do paciente onde será liberada a radiação ionizante.
É utilizada de duas maneiras: 
Teleterapia utiliza uma fonte externa de radiação com isótopos radioativos ou aceleradores lineares.
Braquiterapia que é o tratamento que utiliza isótopos radioativos inseridos dentro do corpo do paciente onde será liberada a radiação ionizante.
Os isótopos radioativos (cobalto, césio, irídio etc).
Os efeitos imediatos são observados nos tecidos que apresentam maior capacidade proliferativa, como as gônadas, a epiderme, as mucosas dos tratos digestivo, urinário e genital, e a medula óssea. Eles ocorrem somente se estes tecidos estiverem incluídos no campo de irradiação e podem ser potencializados pela administração simultânea de quimioterápicos.
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EFEITOS DO IMOBILISMO
CAQUEXIA ONCOLÓGICA
A desnutrição apresenta uma incidência de 30% a 50% dos casos de neoplasia, e em pacientes graves está associada à piora da função imunológica, aumento do risco de infecções e aumento da taxa de mortalidade. 
Pode evoluir para caquexia, que é uma síndrome complexa e multifatorial, que se caracteriza pela anorexia, perda tecidual, atrofia da musculatura esquelética, miopatia, perda rápida de tecido gorduroso, atrofia de órgãos viscerais e da energia.
Informações Nutricionais Para Auxiliar os Pacientes Oncoematológicos a Lidarem com Efeitos Colaterais do TratamentoPrática Hospitalar • Ano IX • Nº 49 • Jan-Fev/2007.
FADIGA:
Dentre todos os efeitos colaterais, a fadiga é sem dúvida o mais comum e evidente, afetando mais de 75% dos pacientes logo no primeiro ciclo de quimioterapia.
DEFINIÇÃO:
Ela é definida como um estado subjetivo de opressão e exaustão prolongada que diminui a capacidade física e mental de se realizar trabalho e que não é aliviada pelo repouso. 
Segundo a National Comprehensive Cancer Network (NCCN), o exercício físico é uma das intervenções não farmacológicas mais eficaz no tratamento da fadiga, prevenindo, minimizando ou diminuindo-a, além de promover adaptações benéficas ao estresse do CA e os efeitos do seu tratamento, durante e após as terapias.
Rev Bras Med Esporte – Vol. 17, No 4 – Jul/Ago, 2011 
FISIOTERAPIA
O fisioterapeuta tendo uma preocupação global com o paciente oncológico sendo um profissional da área da saúde, pode atuar nas três fases de prevenção. 
Na atenção primária, ele tem o papel de conscientizar, orientar e prevenir o surgimento do câncer, através de ações que impeçam os fatores ambientais de agirem prejudicialmente sobre o indivíduo. 
Na atenção secundária, que se caracteriza pela instalação da doença, o fisioterapeuta atua com um caráter mais curativo e tenta evitar as complicações decorrentes da doença, bem como, os efeitos colaterais do tratamento do câncer. 
Na atenção terciária, a ação do terapeuta consta de evitar contraturas e deformidades, maximizar as habilidades funcionais remanescentes, controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, visando a sua reinserção na vida domiciliar, social e laboral.
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