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Nota de Aula 5

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RESPONSABILIDADE CIVIL
Responsabilidade Civil da Administração Pública
Da irresponsabilidade do Estado Absolutista- “The king can do no wrong” (O rei não erra) e “L’Ètat c’est moi” (O Estado sou eu)- à responsabilidade civil objetiva.
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Fases:
Irresponsabilidade do Estado
Responsabilidade Subjetiva do Estado (Teoria da culpa civilística, Teoria da culpa administrativa, Teoria da culpa anônima, Teoria da culpa presumida e Teoria da falta administrativa)
Responsabilidade Objetiva do Estado (Teoria do risco administrativo, Teoria do risco integral e Teoria do risco social)
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RESPONSABILIDADE CIVIL
No Brasil
Constituição Federal de 1946
Art. 194: “As pessoas jurídicas de Direito Público Interno são civilmente responsáveis pelos danos que os seus funcionários, nessa qualidade, causem a terceiros.”
	
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RESPONSABILIDADE CIVIL
No Brasil
Constituição Federal de 1988
Art. 37: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Constituição Federal de 1988
Art. 37
(...)
§6º. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Código Civil de 2002
Art. 43: “As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado o direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte deles, culpa ou dolo.”
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Sujeitos passivos da ação: o Estado e o agente material do dano
Admissão, pela doutrina e pela jurisprudência, da ação indenizatória contra o Estado, o agente público ou ambos.
“A responsabilidade objetiva do Estado pelos prejuízos causados por seus agentes não afasta o direito que tem o prejudicado de postular a necessária reparação diretamente do funcionário que causou o dano.” (STF, 1ª T, RE, rel. Min. Antônio Néder, 1979)
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Observação de Hely Lopes Meirelles (apud GONÇALVES):
“O legislador constituinte bem separou as responsabilidades: o Estado indeniza a vítima; o funcionário indeniza o Estado”. Entretanto, demonstrada desde logo a responsabilidade subjetiva, isto é, a culpa do servidor, tem o Supremo Tribunal Federal admitido que a ação de indenização se exerça diretamente contra o causador do dano.” (GONÇALVES, Direito Civil Brasileiro, Volume IV, 2007, p. 144-145)
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Denunciação da lide	
Art. 70, CPC: “A denunciação da lide é obrigatória:
III- àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda.”	
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RESPONSABILIDADE CIVIL
“Nada impede que a Administração Pública denuncie à lide, na qualidade de terceiro, o seu funcionário, na forma estabelecida no art. 70, III, CPC.” (STJ, 2ª Turma, Resp., rel. Min. José de Jesus Filho, 1993)
Obs.: Ressalvadas as ações de procedimento sumário, que não a admitem.
		
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Observação de Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho:
	“...Há, contudo, séria resistência, na doutrina e jurisprudência especializada, para sua admissão. Isso porque os que defendem a inadmissibilidade da denunciação da lide consideram-na danosa à vítima que pleiteia a indenização perante o Estado...	
	...De fato, tendo em vista a imensa multiplicidade de relações em que está envolvido o Estado, o elemento que nos parece relevante para conhecer a utilidade da denunciação da lide é puramente pragmático.
		
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RESPONSABILIDADE CIVIL
	Com efeito, se há controvérsia quanto à autoria e materialidade do ato imputado ao servidor público, a denunciação da lide é medida da maior importância, pois evitará a prolação de sentenças contraditórias.
	Em outra via, entretanto, caso a discussão se limite ao elemento anímico (dolo ou culpa) do servidor, ampliar os limites da lide é despiciendo e pouco interessante para a efetivação da prestação jurisdicional.
	Parece-nos esse, sem dúvida, o melhor critério.
	
(Novo Curso de Direito Civil, Volume III, 2006, p.199-201)
		
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Responsabilidade Civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos
Responsabilidade subsidiária e não solidária
Art. 25 da Lei 8.987/95, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos:
“Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade.” 
		
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Responsabilidade da Administração Pública nas Relações de Consumo
Art. 3º, CDC: “Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou serviços.
§2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.”
		
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RESPONSABILIDADE CIVIL
Pontos importantes:
Responsabilidade Civil por Omissão do Estado
Responsabilidade Civil dos tabeliães, notários e oficiais de registro
Responsabilidade Civil por Erro Judiciário
 Art. 5º, LXXV CF/88

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