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Alterações do fígado e pâncreas exócrino (segunda parte)

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Alterações do fígado e pâncreas exócrino 
(segunda parte)
Alterações inflamatórias 
• Hepatite infecciosa canina 
É causada pelo adenovírus canino tipo 
I, e esse vírus tem como tropismo 
células endoteliais do fígado, 
hepatócitos e epitélio renal. 
É considerada uma doença incomum 
devido a vacinação, entretanto, alguns 
casos tem surgido mesmo em animais 
vacinados, então acredita-se que a 
vacina não esteja dando cobertura 
para algumas cepas em algumas 
regiões. Em casos graves o animal pode 
ter uma morte fulminante, com 
necrose hepática. Seu padrão é centro 
lobular, devido aos receptores do vírus 
estarem mais presentes nessa região. 
O animal desenvolve um quadro de 
diátese hemorrágica, coagulação 
intravascular disseminada e líquido em 
cavidade. 
Uma característica importante para o 
diagnóstico é quando conseguimos 
visualizar corpúsculos de inclusão 
intranuclear. 
Animais recuperados podem 
desenvolver uma alteração chamada 
de ‘’olho azul’’, que se dá devido a 
formação de imunocomplexos na 
córnea e na úlvea. É um edema de 
córnea e a córnea fica com o aspecto 
azulado. 
 
Na foto: parede da vesícula 
edemaciada. 
• Hepatite por herpesvírus 
Cada espécie tem um herpes vírus e é 
muito comum o herpes vírus causar 
hepatite em neonatos ou em fetos. Esse 
vírus se transmite via transplacentária 
ou durante o parto, ou por secreção 
oronasal da mãe ou por outros animais 
da mesma ninhada. Eles desenvolvem 
pequenas áreas de necrose aleatória 
bem demarcadas no fígado, nos rins, 
no baço e nos pulmões. 
Na histologia encontramos uma 
necrose aleatória com hepatócitos 
demonstrando no seu núcleo as 
inclusões eosinófilicas. 
• Hepatite bacteriana 
As hepatites bacterianas são vistas 
através de abscessos, temos bovinos 
confinados com acidose láctea, e 
bezerros com onfaloflebite. 
Animais com acidose láctea 
desenvolvem uma ruminite, e essa 
ruminite leva a formação de 
microúlceras, o que faz com que haja 
uma porta de entrada para que as 
bactérias do rumem entrem na 
circulação porta e alcancem o fígado e 
lá se instalem formando o abscesso. 
 
Na imagem: fígado com abscesso. 
Leptospirose: ela infecta tanto 
eritrócitos, fazendo um quadro de 
hemólise intravascular, como também 
infecta hepatócitos e epitélio renal. 
Esses animais vão desenvolver um 
quadro de anemia hemolítica 
intravascular com necrose 
centrolobular. além disso os animais 
desenvolvem um quadro de icterícia 
hemorrágica, e ascite. 
Outras bactérias: Salmonelose, 
Brucelose, Listeriose, doença de Tyzzer 
e Tularemia. 
• Hepatite por protozoários 
Toxoplasma gondii e Neospora canis: 
podem fazer uma hepatite 
necrotizante aleatória, e são presentes 
cistos de protozoários na 
histopatologia. 
Coccidiose: eimeria stieade; causa 
colangiohepatite proliferativa em 
coelhos. 
• Hepatite parasitária 
Ascaris suum e Stephanurus dentatus -
suínos 
Strongylus spp. – equinos 
Capillaria hepática – cães e gatos 
Fasciola hepática – ovinos e bovinos 
Doenças nutricionais 
• Hepatose dietética 
Ocorre por def de vit E e Se em suínos 
de rápido crescimento. Ocorre necrose 
hepática maciça. 
• Doença do fígado branco 
Ocorre em ovinos com deficiência de 
cobalto, que é um cofator para 
vitamina B12. O animal entra em um 
quadro de anemia e tem uma necrose 
centrolobular. 
Plantas tóxicas hepatotóxicas 
➢ Xanthium spp 
➢ Lantana câmara 
➢ Senecio spp. E Crotalaria spp. 
➢ Cassia occidentalis 
➢ Cestrum spp. 
➢ Algas 
 
Alterações neoplásicas 
• Carcinoma hepatocelular 
Normalmente ocorre nos cães, 
encontramos massas maiores e com 
menos numerosas em comparação 
com o colangicarcinoma. Aspecto 
sólido, lobulado, e cor semelhante ao 
parênquima hepático normal. 
• Colangiocarcinoma 
Mais comum em gatos e cães. Múltiplos 
nódulos esbranquiçados com centro 
deprimido. 
Vesícula biliar 
• Colelitíase 
Quando há a formação de colelitos, 
que são cálculos biliares. A patogênese 
se dá por um núcleo orgânico, e 
posteriormente por um depósito de sais 
biliares e colesterol. Como alterações 
anatomopatológicas, nós temos: 
inflamação e fibrose da vesícula biliar, 
obstruções e icterícia. Pode ser a causa 
de uma colecistite. 
Pâncreas exócrino 
• Hiperplasia nodular 
 
Alterações do desenvolvimento 
• Atrofia pancreática juvenil 
Mais frequente no pastor alemão e no 
collie de 6 a 12 meses de idade; é uma 
doença autoimune e leva a uma 
insuficiência pancreática exócrina. 
Paciente apresenta apetite voraz e má 
digestão. 
Alterações inflamatórias 
• Pancreatite aguda 
Também é conhecida como necrose 
pancreática aguda, pode ser 
espontânea ou idiopática, ocorre em 
cães e gatos (especialmente em 
cadelas obesas e sedentárias). Quadro 
com hemorragias e necrose da gordura 
peripancreática; líquido 
serossanguinolento com gotículas de 
gordura; peritonite. 
• Pancreatite crônica 
Fibrose e atrofia pancreática; pouca 
capacidade de regeneração; achado 
incidental de necropsia; infiltrados 
linfoplasmocíticos.

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