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ODONTOLOGIA DE MINIMA INTERVENÇÃO - ATÉ ONDE REMOVER TECIDO CARIADO

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THAYLANNE AURORA LEONCIO | ODONTOLOGIA
CARIOLOGIA – CLÍNICA 1 
Até onde/quando e como devo 
remover tecido cariado? 
 
Antigamente a odontologia tinha um discurso muito forte de 
retirar toda a cárie; hoje se usa um discurso mais 
conservador, onde se tira toda a dentina infectada (alto 
número de bactérias viáveis a continuar o processo cárie) e 
preserva a afetada – pois essa não é de risco e ainda vai servir 
de proteção à polpa. 
 
A odontologia saiu do modelo cirúrgico-restaurador, que 
causa um ciclo restaurador repetitivo, para o modelo 
biológico de tratamento – aplicação de medidas 
preventivas, restaurando a função estética e promovendo a 
saúde bucal. 
 
1. Diagnóstico preciso da atividade e rico de cárie do 
paciente 
O Risco de cárie seria se o paciente come muito 
carboidrato entre as refeições principais, se ele saliva pouco, se 
consome alimentos ácidos, toma algum medicamento que 
impeça a salivação... 
2. adoção de medidas preventivas adequadas 
De acordo com o risco de cárie do paciente 
3. preservação das lesões incipientes (iniciais) e terapia de 
remineralizarão 
 
4. remoção apenas de tecido infectado, com máxima 
preservação de estrutura dentária sadia 
 
5. adoção de critérios para evitar ao máximo a troca de 
restaurações 
 
 
O gráfico mostra como a cárie progride em relação ao tempo 
e seus níveis de reversibilidade. Os reversíveis se 
remineralizam, os irreversíveis se restauram. 
 
 
 
ODONTOLOGIA DE MÍNIMA 
INTERVENÇÃO 
Por exemplo: Sulco oclusal com cárie inativa 
Se não tem cavidade não se remove, mesmo que esteja 
não estético e escuro – a orientação do professor é que 
se coloque material resinoso em cima para mascarar, 
mas não abrir. 
OBJETIVO DA ODONTOLOGIA 
RESTAURADORA ATUAL: 
Criar um ambiente favorável à paralisação da cárie 
com mínima intervenção operatória 
Relembrando o ICDAS 
SCORE 1 
- Mancha opaca visível em esmalte após secagem de 5s 
- Remineraliza 
SCORE 2 
- Mancha opaca em esmalte visível em superfície 
úmida 
- Remineraliza 
SCORE 3 
- Microcavitação em esmalte 
- Selante ou CIV ou resina em oclusal (sem preparar 
cavidade); se for V, L, M ou D usa verniz ou flúor. 
SCORE 4 
- Dentina escurecida sem lesão aparente de esmalte 
- Resina, Selante ou CIV 
SCORE 5 
- Cavidade em dentina expondo menos da metade da 
face 
SCORE 6 
- Cavidade em dentina atingindo mais da metade da 
face 
decisão de tratamento 
restaurador 
 
THAYLANNE AURORA LEONCIO | ODONTOLOGIA
A melhor decisão depende desses 3 fatores. 
 As lesões de cárie podem ser controladas por alterações 
nos hábitos alimentares, de higiene, uso de fluoretos, 
agentes remineralizantes e antimicrobianos 
 após o controle da atividade de cárie do paciente, lesões 
iniciais em esmalte, não cavitadas, opacas e rugosas 
(ativas) podem ser paralisadas e tornam-se lisas e 
brilhantes (inativas). 
 As modificações observadas na superfície do esmalte 
são oriundas da remineralização e polimento da 
superfície, tornando inativas e mais resistentes do que 
o tecido hígido, quando submetidas a novos desafios 
cariogênicos. 
 
O tratamento restaurador fica reservado às lesões com 
cavitação e necessidade de restauração. 
tem a opção de tratamento mesmo sem a atividade de cárie 
poque pode ser necessário devolver a estética. 
 
FORMAÇÃO DE CAVIDADE 
 Na presença de cavidade, a invasão bacteriana no 
interior de lesão aumenta e quando a cavidade atinge a 
dentina, ocorre penetração bacteriana nos túbulos 
dentinários. 
 Mesmo com presença de bactérias no interior da 
dentina, a lesão pode ser controlada, desde que haja 
possibilidade de remoção mecânica do biofilme do local 
 Quando o biofilme está protegido em uma cavidade e 
não é possível sua remoção, o desenvolvimento da lesão 
continua – Nesses casos o tratamento restaurador é 
indicado para conter a progressão da lesão. 
 
As lesões com cavidade, se ativa ou inativa, podem ou não 
precisar de tratamento restaurador, porque dependendo do 
caso poderia se usar selante/CIV (o que acontece no score 3). 
lisas livres e radiculares 
 São áreas de fácil higienização e o controle pode ser 
alcançado com sucesso. 
 O tratamento leva em conta a necessidade de 
reposição de estrutura dental, a proximidade do 
complexo DP e a estética 
oclusais 
 
Nesses casos há quem prefira não remover e há 
quem prefira remover (professor indica sempre com 
muito cuidado remover: abrir com broca, chegou no 
tecido infectado remove com cureta). Também há quem 
preconize não remover e selar, e há quem preconize 
remover e restaurar (seja com civ ou resina). 
 
interproximais 
 uma lesão de cárie não cavitada ativa pode ser paralisada 
usando fio dental com fluoreto, clorexidina e talvez até 
selante. 
 Mas se houver cavidade vai ser preciso abrir e restaurar 
 
 Bastante usado em casos de cárie inicial em 
superfície oclusal. 
Nesses casos se faz uma boa profilaxia e sem remoção 
mecânica nenhuma sela com material 
resinoso/ionomérico que libere flúor e remineralize. 
 Para o uso de selantes não é necessária prévia 
remoção mecânica do esmalte dental, pois em nada 
melhoras a cárie dentária na superfície. 
tratamento nas superfícies 
uso de selantes 
 
THAYLANNE AURORA LEONCIO | ODONTOLOGIA
 O Tratamento invasivo normalmente é pra substituir 
uma estrutura que já foi perdida, então se restaura 
com resina com cargas. O selante é um material 
preventivo, não se deve usá-lo em após aberturas ou 
em cavidades. 
 Os selantes são eficazes para interromper a 
progressão da lesão que já existe. 
Então analisa a atividade de cárie; se for preciso 
remover não usa selantes, aí já está numa necessidade de 
restaurar. 
 
Não se faz mais extensão preventiva nos 
preparos cavitários; agora se preconiza preparos 
mais conservadores (Elderton, 1984). 
Para remoção de tecido cariado é preferível uso de curetas à 
brocas 
junção amelo-dentinária 
 
Há quem indique a remoção e há quem não indique. 
 
dentina 
 A lesão cavitada é um estágio óbvio da doença, com 
indicação para intervenção invasiva, já que os 
microrganismos cariogênicos podem invadir a estrutura 
dentária e proliferar formando uma massa de biofilme 
que facilita a progressão de cárie. 
 durante o processo da cárie a desmineralização precede 
a invasão bacteriana do tecido dentário 
 lesões duras à sondagem e secas apresentam menos 
microrganismos e tem impacto significativo na remoção 
do tecido cariado – para de remover (faz até barulhinho 
“cricri”). 
 o amolecimento da dentina pelos ácidos bacterianos é 
seguido por descoloração e invasão bacteriana – lesões 
lentas apresentam áreas descoloridas mais endurecidas. 
Dentina infectada 
 deve ser removida completamente 
 área mais externa da dentina, bem próxima a JAD 
 Severamente desmineralizada, fibras colágenas 
desnaturadas com cristais inorgânicos irregulares e 
espalhados aleatoriamente por toda parte, fortemente 
infectada por bactérias e incapaz de remineralizar. 
Dentina Afetada 
 Camada mais próxima a polpa, desmineralizada, mas não 
na mesma extensão da 1° camada 
 Fibras colágenas com ligações cruzadas e cristais de 
apatita ligados a elas, não infectada e capaz de sofrer 
remineralização. 
 
 
visão contemporânea 
 vários métodos tem sido utilizados para auxiliar a 
remoção de cárie e para guia-la (corantes e técnicas de 
fluorescência) no intuito de garantir a remoção de toda 
a dentina infectada 
 A sensação tátil da dentina com sonda exploradora de 
ponta romba e uso de cureta de dentina bem afiada, 
para remover toda a dentina amolecida, ainda continua 
TRATAMENTOS 
 Lesão de cárie não cavitada e inativa: não 
precisa fazer nada. 
 Lesão de cárie não cavitada ativa: aplicação de 
selante terapêutico 
 
remoção de tecido cariado 
O QUE ACONETECE COM OS 
MICRORGANISMOS QUE FICAM NA DENTINA 
AFETADA? 
 
Com a lesão de cárie selada, há uma redução drástica 
de microrganismos viáveis na dentina, por que eles são 
ficamprivados de receber nutrientes. 
 
HÁ NECESSIDADE DE DESINFECTAR A 
CAVIDADE? 
 
Não há evidencia clínica de que a desinfecção da 
cavidade atue positivamente na vitalidade pulpar ou na 
longevidade de uma restauração. 
considerações finais 
 
THAYLANNE AURORA LEONCIO | ODONTOLOGIA
sendo o método mais adequado para a remoção do 
tecido cariado. 
O forramento com hidróxido de 
cálcio é material de escolha para 
lesões de cárie profundas

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