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Sindrome Metabolica

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· A síndrome metabólica (SM) caracteriza-se por distúrbio complexo associado a várias alterações metabólicas e risco aumentado de diabetes melito do tipo 2 (DM2) e doenças cardiovasculares, independentemente de obesidade. Os principais fatores de risco da síndrome são sedentarismo e dieta rica em gorduras e carboidratos, o que contribui para as duas características clínicas principais da entidade: obesidade central e resistência à insulina.
· Em 2009, várias entidades da área firmaram uma definição conjunta em que três de cinco elementos seriam suficientes para o diagnóstico de SM: circunferência da cintura, pressão arterial, glicemia de jejum, colesterol em HDL e triacilglicerol.
· Embora o peso corporal não seja sozinho um definidor diagnóstico da síndrome, a maioria das pessoas com SM é obesa ou tem sobrepeso. Predisposição genética, inatividade física, tabagismo, ganho ponderal progressivo, dieta rica em carboidratos refinados e gorduras saturadas e pobre em fibras alimentares contribuem para o desenvolvimento da SM.
· A obesidade abdominal é a mais envolvida na SM porque os depósitos viscerais de gordura respondem mais à lipase sensível a hormônio do que os adipócitos do subcutâneo. Outro agravante é o fato de o tecido adiposo abdominal, por sua localização, liberar grande quantidade de AGL diretamente no sistema porta, os quais são captados em maior quantidade no fígado. 
· O acúmulo de gordura abdominal e a hiperinsulinemia associam-se também a um perfil trombogênico e inflamatório. Aumento de gordura visceral correlaciona-se com elevação de fibrinogênio, aumentando o risco de trombose
· A hipertensão arterial que acompanha a SM resulta de maior produção de angiotensinogênio no tecido adiposo expandido e de resistência à insulina. Como a insulina é vasodilatadora, a resistência a ela contribui para agravar a hipertensão arterial induzida pela angiotensina.
Prevenção
 Dieta equilibrada e bons estilos de vida são as principais ações, devendo-se contemplar perda de peso e da gordura visceral, além da normalização da pressão arterial e da dislipidemia. Dietas ricas em fibras, pobres em gorduras saturadas e colesterol e com reduzida quantidade de açúcares simples são úteis pare esse objetivo. Dieta saudável, incentivo a atividades físicas e adequação do peso corporal são medidas essenciais. O intuito é atingir perda de 5 a 10% do peso corporal no primeiro ano de tratamento. O controle da síndrome por medidas não farmacológicas pode reduzir em até 50% a incidência de DM2 em 5 anos. Nos indivíduos em que as mudanças no estilo de vida não são suficientes e naqueles em alto risco para doenças cardiovasculares, pode ser necessário tratamento medicamentoso. No entanto, como muitos mecanismos da SM são ainda desconhecidos, agentes farmacológicos específicos para tratamento da síndrome não estão disponíveis. Dessa forma, o tratamento visa reduzir os danos associados a cada componente da SM (p. ex., hipertensão arterial, dislipidemia etc.), o que pode reduzir o impacto global na doença cardiovascular e o risco de DM2.

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