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Artrite séptica em pediatria

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ARTRITE SÉPTICA EM PEDIATRIA 
Bactérias, fungos e parasitas podem causar artrite séptica/infecciosa. Nesses casos, é 
possível identificar o agente etiológico nas articulações. 
ARTRITE SÉPTICA BACTERIANA: bactéria intra-articular. 
É uma emergência, pois tem sequelas graves. 
Frequência é maior em lactentes ptte meninos 
Fatores de risco: 
 Imunodeficiência 
 Anemia falciforme 
 DM 
 Doença reumatológica prévia 
 Carteira de vacinações desatualizada 
 < 3 anos de idadde 
Mecanismo de infecção mais comum: disseminação hematogênica a partir de qualquer foco 
infeccioso ou por inoculação direta (trauma aberto, punção articular) 
Bactéria mais prevalente: S. aureus. Mas em até 1/3 dos casos não é possível insolar o 
agente etiológico, sendo necessário, assim, avaliar faixa etária e demais fatores associados. 
 
Patogênese: 
- Via hematogênica 
- Inoculação direta 
- Contiguidade 
 
SINTOMAS: 
 Febre; 
 Irritação; 
 Dor articular intensa; 
 Posição antálgica; 
 Sinais inflamatórios (dor, edema, rubor, calor, perda da movimentação); 
 Dor referida distal a lesão. 
É comum infecções ou traumas recentes. Na maioria das vezes, é monoarticular, mas em 
imunodeprimidos pode acometer vários sítios. Em recém-nascidos observar: irritabilidade, 
letargia, sem febre, recusa alimentar, vômitos. Por isso que todo neonato deve ter as 
articulações avaliadas em caso de sepse. 
Posições antálgicas: Na posição m a coxa em 
abduc o e rotac o externa 
 rotac o interna; e na artrite do cotovelo, discreta flexão. 
DIAGNÓSTICO: ANÁLISE DO LÍQUIDO SINOVIAL (PADRÃO OURO) – 
 Turvo, 
 Purulento, 
 Com leucocitose intensa 
 Diminuição da glicose 
 Predomínio de PMN 
Para identificar o agente etiológico e o antimicrobiano. A punção também alivia a pressão 
intra-articular e a dor. 
HEMOCULTURAS 
HEMOGRAMA: pode estar normal na fase inicial, mas evolui com leucocitose e neutrofilia. 
PCR e VHS elevados. 
USG DAS ARTICULAÇÕES: na fase inicial mostra o edema articular. Após uma semana já 
evidenciam o aumento do espaço articular, edema dos tecidos moles, distensão da capsula e 
subluxação (principalmente em quadris de recém-nascidos). 
CINTILOGRAFIA ÓSSEA e RNM: útil para um diagnóstico precoce, pois detectam a 
inflamação nas fases iniciais, principalmente em articulações profundas como sacroiliacas. 
TRATAMENTO: para impedir a destruição da cartilagem articular e manter o movimento e a 
função. 
Antibioticoterapia conforme resultados das culturas de sangue e liquido sinovial, idade. Em 
média dura de 6 a 8 semanas, sendo por via endovenosa nas 3 primeiras semanas. Muda para 
via oral conforme a melhora das provas de atividade inflamatória. 
Drenagem cirúrgica: por punção aspirativa ou via artroscópica por artrotomia. 
 
 
PROGNÓSTICO: sequelas graves e rápidas podem ocorrer caso haja a lesão da cartilagem 
articular de crescimento e do núcleo epifisário. Por isso é importante o diagnóstico precoce e 
tratamento rápido. 
 
ARTRITE GONOCÓCICA 
 Causada pela Neisseria gonorrhoeae tricos 
sendo mais comum em adolescentes do sexo feminino. As principais formas de transmissão 
são: vaginal durante o parto, relaxão sexual entre adolescentes e abuso sexual. O quadro 
clínico varia com a idade. Em RN as manifestações articularem acontecem com 1 ou 2 semanas 
após parto, com ou sem febre, irritabilidade, anorexia. Artrite poliarticular, cumulativa e com 
edema. Nos adolescentes, geralmente ocorre uma infecção geniturinária assintomática febre, 
calafrios, poliartrite, artralgia migratórias ou cumulativa, tenossinovite de mãos e tornozelos 
e lesões cutâneas (fase inicial bacteriêmica). Após alguns dias pode regredir ou evoluir para 
artrite séptica franca com de uma ou mais articulações, de forma assimétrica e 
preferencialmente de membros superiores e punho, com pápulas vesículas ou pústulas 
eritematosas, não dolorosas, não pruriginosas de extremidades. Além do tratamento com 
ceftriaxona, recomenda-se o tratamento presuntivo para Chlamydia. Em adultos usa-se dose 
única do antibiótico azitromicina tomada por via oral ou Doxiciclina, eritromicina, 
levofloxacino ou ofloxacino tomados por via oral durante sete dias (confirmar a medicação e 
dosagem para crianças). 
ARTRITE MENINGOCÓCICA 
Pode ser assintomática, cursar com meningite ou septicemia. Nos casos de artrite séptica 
com a demonstração do agente etiológico na articulação, os sintomas são: febre, mal‐ 
 useas, vômitos 
 
 quido 
 
 ticos e pela 
responsividade aos anti‐ o hormonais (AINH). Acomete preferencialmente 
as grandes articulac es e excepcionalmente as pequenas articulac es interfala ngicas. Afeta 
mais de uma articulac frequentemente bilate 
 instalac 
 ria, com a 
participac o de imunocomplexos que podem ser encontrados dentro da articulac o e no 
sangue. O diagnóstico bacteriológico estabelecido pelo isolamento de Neisseria 
meningitidis de culturas de sangue, líquido quido sinovial. O 
tratamento recomendado na artrite séptica 
 es UI/dia, a cada 4 a 6 horas) ou 
ceftriaxona (100 mg/kg/dia). 
 s‐ o indicados, e sim os 
 cura sem sequelas. 
 
ARTRITES VIRAIS 
 Os vírus também podem comprometer as articulações, sendo sempre mais comuns os 
quadros de artralgia do que verdadeiramente artrite. A evolução pode ser aguda ou crônica. 
Tem curso benigno e acomete mais adultos do que crianças. Os principais agentes 
etiológicos são: rus humano B19, vírus Chikungunya, Epstein-Barr, Rubéola, Hepatite 
B, Hepatite C, Varicela, Caxumba, HIV, além de citomegalovírus, adenovírus 
 rus. No geral, é poliarticular (pequenas e grandes 
articulações), migratório, ter curta duração (1 a 2 se‐ manas) e não deixar sequelas. 
As artrites virais agudas raramente necessita de tratamento específico. No entanto, se a 
duração da artrite for maior do que 6 semanas, um reumatologista deve ser consultado 
PARVOVÍRUS B19: causa eritema infeccioso em idade escolar, com eritema malar (face 
esbofeteada), exantema maculopapular e poucos sintomas associados (febre, cefaleia, dor 
de garganta, tosse, anorexia). Pode ser uma oligo ou poliartrite, frequentemente em joelhos, 
mas também pode envolver quadris, metacarpofala ngicas e interfala ngicas. O diagnóstico se 
faz com a presença de anticorpos específicos IgM que surgem no décimo dia e persistem 
positivos por cerca de 3 meses. A IgG começa a ser detectada a partir da 2a semana do 
aumento da IgM. O tratamento com eficaz, e o quadro resolve‐se dentro de 3 a 4 
semanas. 
RUBÉOLA: após a vacinação são raros os casos, pois as vacinas atuais são menos 
artritogênicas. 
HEPATITE B: A artrite da hepatite B surge em quase 1/3 dos pacientes e inicia‐se no 
período ‐ rico, caracterizado por febre, mialgia, mal‐estar,anorexia, náuseas e 
vômitos. uma poliartrite simétrica envolvendo interfala ngianas proximais, 
metacarpofala ngianas, joelhos e tornozelos. Na maioria dos casos, a artrite cessa com o 
início da icterícia de suporte, e a resposta ao anti-inflamatório 
boa. 
 
HIV: autolimitada, dura cerca de 6 semanas e 
não deixa sequelas, sendo mais comum a associação com outras manifestações 
 gicas (artrite reativa, artrite psoriasiforme e espondiloartrite indiferenciada). 
 
 
ARTRITE REATIVA PÓS INFECCIOSA 
 
 rio. Nesse caso, os agentes 
infecciosos não são encontrados no espac vista como uma 
doenc a autoimune que resulta da reac o cruzada entre estruturas articulares e antígenos 
infecciosos. 
 duos portadores de HLA B27, mas em 
apenas 1 a 4% da populac o normal. Nas crianc rias artritoge nicas que te 
 rica podem ser Yersinia, Salmonella, Shigella ou Campylobacter. No adolescente 
com vida sexual ativa, a possibilidade de infecção genital por Chlamydia trachomatis, 
Mycoplasma genitalium e Ureaplasma urealyticum deve ser investigada. 
 trica, predominante 
em membros inferiores, associada a evide nica ou laboratorial de infecção p 
 
 te, dor lombar, entesite, exantema e inflamaçã 
 s um período de atividade clínica que pode variar de semanas a mese 
 
 entesite ou de 
espondilite anquilosante. 
 
 AINH são necessários em quase todos os pacientes e corticosteroides em alguns. Os anti-
 o seja alcanc ada. Quando a artrite 
reativa se cronifica, medicações como a sulfassalazina e agentes biológicos anti‐TNF‐ 
 
 o ser atingida, para evitar reativação 
da doença. 
 dios de artrite reativa tendem a ser autol 
 
 entesite ou de espondilite anquilosante.

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