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Conclusões do problema 5 de fechamento de NASCIMENTO Objetivo 1: Ascaridiase Fonte : tratado de pediatria do Nelson sobre ascaridíase Ordem: 3 Etiologia: Ascaridíase é causada pelo nematódeo, ou verme cilíndrico, Ascaris lumbricoides. Os vermes adultos de A. lumbricoides habitam a luz do intestino delgado e têm um tempo de vida de 10-24 meses. ntestino delgado, principalmente jejuno e íleo. Epidemiologia : É mais comum em áreas tropicais do mundo onde as condições ambientais são ideais para a maturação dos ovos no solo. Os fatores-chave relacionados a uma maior prevalência de infecção incluem más condições socioeconômicas, uso de fezes humanas como fertilizantes, e geofagia. Embora a infecção possa ocorrer em qualquer idade, a taxa mais elevada é descrita em crianças de idade pré-escolar ou escolar jovem. A transmissão é principalmente tipo mão-boca (da mão para a boca), mas pode também envolver a ingestão de frutas e vegetais crus contaminados. Patogênese: Os ovos de Ascaris eclodem no intestino delgado após a ingestão pelo hospedeiro humano. As larvas são liberadas, penetram na parede do intestino, e migram para os pulmões através da circulação venosa. Os parasitos causam então a ascaridíase pulmonar à medida que invadem os alvéolos e migram através dos brônquios e traqueia. Eles são subsequentemente deglutidos e retornam para o intestino, onde amadurecem até vermes adultos. A fêmea de Ascaris começa a depositar ovos em oito a dez semanas. Manifestações clínicas : A maioria dos pacientes tem cargas parasitárias leves a moderadas e não apresenta qualquer sinal ou sintoma. Os problemas clínicos mais comuns são decorrentes de doença pulmonar e obstrução do trato intestinal ou biliar. A migração de larvas através destes tecidos pode causar sintomas alérgicos, febre, urticária e doença granulomatosa Uma complicação mais grave ocorre quando uma grande massa de vermes leva à obstrução intestinal aguda. Crianças com infecções maciças podem apresentar vômitos, distensão abdominal e cólicas. Em alguns casos, os vermes podem ser eliminados no vômito ou nas fezes. Estudos mostram que a infecção crônica por A. lumbricoides (muitas vezes concomitante a outras infecções helmínticas) prejudica o crescimento, a capacidade física, e o desenvolvimento cognitivo. Diagnóstico : O exame microscópico de esfregaços fecais pode ser utilizado para o diagnóstico em razão do elevado número de ovos excretados pelas fêmeas adultas. Tratamento : As opções de tratamento para ascaridíase gastrointestinal incluem albendazol, mebendazol ou ivermectina. A resistência aos fármacos não é relatada, mas a repetição do tratamento para a ascaridíase pode ser necessária, pois a reinfecção é comum. Prevenção : A melhoria da educação em saúde e das condições sanitárias, assim como das instalações de esgoto, interrompendo a prática da utilização de fezes humanas como fertilizantes, e educação são as medidas preventivas mais eficazes. Observações para gancho de TRICURIASE: Fonte : Revista Acta pediatrica portuguesa A infecção desenvolve-se após a ingestão de ovos embrionados, mediante contaminação direta das mãos, dos alimentos (frutas e legumes crus fertilizados com fezes humanas) ou das bebidas. A transmissão pode ocorrer indiretamente por moscas ou outros insetos. Os vermes adultos possuem o corpo cilíndrico, com dimorfismo sexual (macho e fêmea), conhecido como “lombriga chicote”, possuindo uma extremidade mais afilada com a boca sem lábios seguida de esôfago delgado e uma extremidade mais grossa com o sistema reprodutor simples e intestino. A diferenciação do verme macho da femea principalmente em relação a sua forma onde o macho apresenta uma porção bem enrolada, diferente da femea. Objetivo 2: Profilaxia Fonte : Revista Acta Pediátrica Portuguesa Ordem: 2 A Organização Mundial da Saúde (OMS) propõe intervenções de controle baseadas na administração periódica de anti-helmínticos em grupos de pessoas (pré-escolar, escolar, mulheres em idade reprodutiva [incluindo mulheres grávidas no segundo e terceiro trimestres e mulheres que amamentam], adultos em certas ocupações de alto risco, como apanhadores de chá ou mineiros) vivendo em áreas de risco, apoiadas com estratégias para melhorar o saneamento básico e a educação para saúde. Os medicamentos recomendados pela OMS - albendazol (400 mg – dose única) e mebendazol (500 mg – dose única) - são eficazes, baratos e fáceis de administrar). Estes medicamentos passaram por extensos testes de segurança e foram usados em milhões de pessoas com poucos e pequenos efeitos colaterais. Recomenda-se a disponibilização aos ministérios da saúde nacionais em todos os países endêmicos o tratamento com estas doses para todas as crianças pré-escolares com idade entre 24 e 60 meses e crianças em idade escolar. Meia dose de albendazol (isso é, 200 mg) é recomendada para crianças com 12 a 24 meses de idade. É importante analisar os aspectos coletivos e individuais. As boas condições sanitárias (educação da comunidade; controle e vigilância dos alimentos, lixo e esgoto; oferta de água tratada) e de moradia, assim como a boa saúde da população contribuem para a profilaxia geral. Para protozoários a disseminação da infecção poderá ser controlada pela higienização das mãos após a defecação e o manuseio de alimentos, lavagem de frutas e vegetais antes do consumo, saneamento básico e tratamento da água potável. Nas creches, devem ser enfatizados o saneamento adequado e os cuidados pessoais. A higienização das mãos com água e sabão pela equipe e pelas crianças deve ser enfatizada, especialmente no uso do banheiro ou no manuseio de fraldas sujas, ação preventiva fundamental para a disseminação da giardíase. Quando há suspeita de um surto, o serviço de vigilância epidemiológica deve ser contatado e a investigação deve ser realizada para tratar todas as crianças com sintomas, cuidadores de crianças e familiares infectados com Giardia. Para evitar alguns helmintos é importante não consumir carne crua ou defumadas e verificar a procedência destes alimentos. Além disso, evitar o contato íntimo com terra contaminada com fezes humanas ou de animais. Habitualmente, as helmintíases são diagnosticadas pelo exame de amostras fecais ou de outras amostras com presença de ovos, larvas ou, às vezes, vermes adultos ou seus segmentos. O exame macroscópico das fezes quanto à sua cor, consistência, a visualização da presença de qualquer verme ou seus segmentos, ou de sangue ou de muco podem dar uma pista sobre o agente etiológico. Além da análise direta das fezes, o diagnóstico de algumas helmintíases pode ser realizado ou inferido por outros exames, tais como hemograma, sorologia e testes moleculares. Objetivo 3: Avaliação e diagnóstico da “ função e transtorno do neurodesenvolvimento da criança em idade escolar Fonte : Tratado de pediatria do Nelson sobre neurodesenvolvimento Ordem: 5 A função do neurodesenvolvimento é um processo cerebral básico necessário para o aprendizado e a produtividade. Para as crianças em idade escolar, uma área que merece uma atenção especial é o desenvolvimento da capacidade acadêmica. As deficiências acadêmicas foram classificadas diagnosticamente como Transtornos Específicos de Aprendizagem. Envolvem um aprofundamento nos critérios diagnósticos em um esforço de reconhecer os fatores que podem interferir na aquisição eficaz de habilidades acadêmicas incluindo leitura, linguagem escrita, ortografia e matemática. As terminologias Discalculia (dificuldade de aprender matemática) e Disgrafia (dificuldade de aprender linguagem escrita) são também usadas pelos pesquisadores e médicos, mas sua inclusão nos sistemas de classificação diagnóstica tem sido inconsistente e uma fonte de divergência entre os especialistas. Tradicionalmente, o sistema educacional identificou as TEAs por intermédio do processo de avaliação psicoeducacional. Por meio desse processo, os estudantes que sofrem com problemas escolares deveriam ser avaliados psicometricamente. A bateria típica de testes frequentemente incluíamedições de inteligência geral e habilidades acadêmicas. Um estudante que demonstrasse uma discrepância significativa entre os resultados dos testes de inteligência e os testes de rendimento escolar seria classificado como um estudante com TEA e, subsequentemente, poderia se beneficiar dos Serviços de Educação Especial. A disfunção do neurodesenvolvimento pode se manifestar por várias razões. Podem incluir influência pré-/perinatal, genética, médica, psicológica, ambiental e sociocultural. Os genes que contribuem para a disfunção do neurodesenvolvimento já foram identificados. Estudos também descreveram o circuito neural, principalmente no córtex parietal, em que as competências fundamentais para matemática, tais como o processamento da grandeza numérica, e as pesquisas de aritmética mental apoiam um papel mais amplo da substância branca no aprendizado ativo e raciocínio do que se estimava antes. Os fatores de risco perinatal que estão associados à disfunção do neurodesenvolvimento incluem peso de nascimento muito baixo, restrição de crescimento intrauterino grave, encefalopatia hipóxica-isquêmica perinatal e exposição pré-natal a substâncias, tais como álcool e drogas. A privação sociocultural e ambiental pode levar, ou potencializar, a disfunção do neurodesenvolvimento, que na maioria das vezes é o resultado de uma combinação de fatores determinantes, ao invés de uma única causa. O desenvolvimento sensorial da criança em idade escolar progride junto com a exposição ambiental e com o desenvolvimento de outros processos cognitivos, tais como o desenvolvimento motor. Existem 3 formas distintas, e também relacionadas, de habilidade motora: coordenação motora grossa, motora fina e grafo-motora. Para as crianças em idade escolar, os problemas com a função motora fina podem perturbar a sua capacidade de se comunicar na forma escrita, sair-se bem em atividades artísticas e artesanais, e podem interferir com o aprendizado de instrumento musical ou o uso do teclado do computador.
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