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Na década de 1970, acompanhando uma tendência mundial em saúde, o movimento sanitarista ganhou força no Brasil, principalmente pela atuação de Sérgio Arouca. O movimento propunha um novo modelo, não somente baseado no assistencialismo, mas que também considerava a prevenção e a promoção de saúde como essenciais. De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, todo cidadão brasileiro tem direito à saúde e é um dever do Estado garantir o acesso, universal e igualitário, por meio de políticas socioeconômicas que visem reduzir a ocorrência de agravos. A Lei Orgânica da Saúde, a lei nº 8080 de 1990, apresenta as diretrizes para as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e estabelece a organização e o funcionamento dos serviços prestados pelo sistema em todo o território nacional. Tendo como base a Lei Orgânica da Saúde, contextualize de forma crítica e reflexiva quais são os pilares do Sistema Único de Saúde (SUS) e o que caracterizam os princípios e diretrizes que orientam o SUS. A Constituição Brasileira (1988) diz que todo cidadão brasileiro tem direito à saúde e é um dever do Estado garantir o acesso. Sendo assim, o SUS (Sistema Único de Saúde) foi criado em 1990 com a finalidade de prover saúde para toda a população de forma igualitária e reduzindo as desigualdades históricas no acesso da população aos serviços de saúde. O SUS é composto por um conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituição públicas federais, estaduais e municipais, podendo ter participação da iniciativa a privada. Para o bom funcionamento do Sistema Único de Saúde, foi instituído princípios doutrinários e diretrizes (princípios organizacionais) durante a sua construção. Os princípios do SUS se dividem em universalidade, equidade e integralidade. A universalidade garante a qualquer cidadão os serviços públicos de saúde. Enquanto isso a equidade assegura que todo cidadão será atendido, sem privilégios e barreiras e é o princípio que deve diminuir a desigualdade. Já a integralidade garante a pratica indivisível de serviços de saúde para cada pessoa, tornando o sistema capaz de prestar assistência integral, combinada e voltada para promoção, prevenção e reabilitação. Além dos princípios doutrinários, temos os princípios organizacionais, também chamados de diretrizes do Sistema Único de Saúde, que são: descentralização, regionalização e hierarquização, resolubilidade e participação da comunidade. A descentralização faz com que seja redistribuídas as responsabilidades político- financeiras dentre os vários níveis de governo respeitando cada esfera municipal, estadual e federal e reforça a municipalização da saúde. A regionalização e hierarquização deve traçar um perfil territorial de uma população para que os serviços de saúde correspondam de forma integram as necessidades em todas as suas formas de assistência, ou seja, quanto mais próxima da população mais fácil de se identificar necessidades e realizar melhorias. Já a resolubilidade é uma diretriz que deve solucionar os problemas de impacto coletivo quando uma pessoa busca atendimento a qualquer nível de complexidade. Por sua vez, a participação da comunidade constitui uma diretriz que regulamenta a participação da comunidade no sus. Os cidadãos podem e devem participar do processo de formulação das políticas de saúde e suas execuções em todos os níveis das esferas governamentais. Por fim, mesmo que defeituoso, o Sistema Único de Saúde tem pilares, princípios e diretrizes que garantem a sua população ao acesso a saúde de forma igualitária e de qualidade. Vale ressaltar que, como dito anteriormente, o SUS é defeituoso e nem sempre cumpre e segue todos os seus princípios, mas ainda assim é um programa que é de grande importância para toda a população, salvando vidas e também cuidando de outros aspectos como saúde ambiental e saneamento básico.
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