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Representação do neg jurídico

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Ana Luiza Bittencourt 
 
DIREITO CIVIL II - TEORIA GERAL DO DIREITO PRIVADO II 
 
Representação do negócio jurídico 
 
- Arts. 115 - Art. 120. 
 
- Existem três tipos de representação: 
● Legal; 
● Voluntária; 
● Judicial. 
 
Representação legal 
 
- Composta por: pais, tutores, curadores e síndico. 
 
- Ex: Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do 
poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: 
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, 
após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; 
- Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado. Poder por lei ou pelo 
interessado (que quer que outra pessoa o represente, dependendo do caso). 
Representação Voluntária 
- Feita por um negócio jurídico. Ex.: mandato (procuração). 
- Art. 120. Os requisitos e os efeitos da representação legal são os estabelecidos nas normas respectivas; os da 
representação voluntária são os da Parte Especial deste Código. 
Ex.: Art. 653. Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos 
ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato. 
Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante instrumento particular, que valerá 
desde que tenha a assinatura do outorgante. 
Curiosidade: Art. 1.542. O casamento pode celebrar- 
se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais. 
 
Representação Judicial 
Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação 
ao representado. Outorgante/representado e outorgado/representante. O representante é a extensão da 
vontade. 
Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu 
interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo. Autocontrato. Para evitar má-fé. 
Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio realizado por aquele 
em quem os poderes houverem sido subestabelecidos. Substalecimento = outorgado passa os poderes que 
recebeu > “terceirizado”. Com reserva de poderes > passa os poderes, mas continua tendo poderes 
(vinculados à procuração que já foi feita). Sem reserva de poderes > passa os poderes, ficando sem poderes 
(vinculados à procuração que já foi feita) 
Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua 
qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes 
excederem. É preciso mostrar que a procuração existe (mostra os poderes que tem). 
Obs.: a procuração acaba com a morte de uma das partes. 
Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se 
tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou. Cai em contradição quando você sabe 
que há conflitos de interesses (má-fé). 
Parágrafo único. É de cento e oitenta dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, 
o prazo de decadência para pleitear-se a anulação prevista neste artigo. O direito não tutela àqueles que 
dormem > 180 dias para a anulação do negócio. 
“A título de exemplo, pode-se elencar a alienação do único imóvel do menor – onde este pretenda habitar, ao 
adquirir a maioridade – pelo seu representante, fora das hipóteses legais (vide art. 1.691 do CC/2002). Mesmo 
que não haja desproporção entre as prestações (prejuízo econômico) ou dolo do contratante (vício de 
consentimento), este deveria saber que tal alienação somente poderia se dar por necessidade ou evidente 
interesse da prole, mediante prévia autorização do juiz." (GAGLIANO, 2021, p.264)

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