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APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 1 APG 25 – Nesse frio é banheiro toda hora:🚻🧻🪠 1) ENTENDER A ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO (URETER, BEXIGA, URETRA) → A partir dos ductos coletores, a urina flui para os cálices renais menores, que se unem para se tornar os cálices renais maiores, que se juntam para formar a pelve renal. A partir da pelve renal, a urina flui primeiro para os ureteres e, em seguida, para a bexiga urinária. A urina é então eliminada do corpo por uma uretra única. ❖ URETER → Os ureteres conduzem a urina dos rins para a bexiga urinária. → Cada ureter possui cerca de 3 a 4 mm de diâmetro e 25 a 30 cm de comprimento. → Como os rins, os ureteres são retroperitoneais. Na base da bexiga urinária, os ureteres se curvam medialmente e atravessam obliquamente a parede da face posterior da bexiga urinária. → Embora não haja uma válvula anatômica na abertura de cada ureter na bexiga urinária, uma válvula fisiológica é bastante efetiva. À medida que a bexiga se enche com urina, a pressão em seu interior comprime as aberturas oblíquas para os ureteres e impede o refluxo de urina. Quando esta válvula fisiológica não está funcionando corretamente, é possível que microrganismos passem da bexiga urinária para os ureteres, infectando um ou ambos os rins. → Possuem uma camada mucosa que reveste o lúmen, uma túnica muscular e uma camada fibrosa de tecido conjuntivo (adventícia). → A mucosa apresenta várias pregas que se projetam para o interior do lúmen quando o ureter está vazio. É formada por um epitélio de transição que aparenta ter de 3 a 5 camadas de células em espessura. O muco secretado pelas células caliciformes da túnica mucosa impede que as células entrem em contato com a urina, cuja concentração de soluto e cujo pH podem diferir drasticamente do citosol das células que formam a parede dos ureteres. → A túnica muscular do ureter é composta de duas camadas de células musculares lisas. A camada externa é circular e a interna é longitudinal. O terço inferior do ureter tem uma terceira camada muscular, também longitudinal, com formação portanto longitudinal externa, circular média e longitudinal interna. O peristaltismo é a principal função da túnica muscular. → O revestimento superficial dos ureteres é a túnica adventícia, uma camada de tecido conjuntivo areolar que contém vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos que suprem a túnica muscular e a túnica mucosa. A túnica adventícia mescla-se a áreas de tecido conjuntivo e mantém os ureteres em posição. ❖ BEXIGA → A bexiga urinária é um órgão muscular oco e distensível situado na cavidade pélvica posteriormente à sínfise púbica. → Nos homens, é diretamente anterior ao reto, nas mulheres, é anterior à vagina e inferior ao útero. → Pregas do peritônio mantêm a bexiga em sua posição. → Quando cheia de urina, a bexiga urinária é esférica. Quando está vazia, ela se achata. Conforme o volume de urina aumenta, torna-se piriforme e ascende para a cavidade abdominal. → A capacidade média da bexiga urinária é de 700 a 800 mℓ. → Ela é menor nas mulheres, porque o útero ocupa o espaço imediatamente superior à bexiga urinária. → A bexiga urinária é essencialmente um órgão de armazenamento de urina. → O epitélio de transição da sua túnica mucosa apresenta várias pregas que desaparecem quando a bexiga fica distendida com urina. A região triangular da bexiga, cujos ápices são os orifícios dos dois ureteres e da uretra é conhecida como trígono vesical. APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 2 → A túnica muscular da bexiga é composta de 3 camadas entrelaçadas de músculo liso: uma delgada camada longitudinal interna, uma espessa camada circular média e uma delgada camada longitudinal externa. A camada circular média forma o músculo esfíncter interno ao redor do orifício interno da uretra. → A adventícia da bexiga é composta por um tecido conjuntivo frouxo que contém fibras elásticas. → Sobre a face superior da bexiga urinária está a túnica serosa, uma camada de peritônio visceral. ❖ URETRA → A uretra é um pequeno tubo que vai do óstio da uretra, no assoalho da bexiga, até o exterior do corpo. → Transporta a urina da bexiga para o exterior no ato da micção. → No sexo masculino a uretra dá passagem ao esperma durante a ejaculação. → No sexo feminino é um órgão exclusivamente do aparelho urinário. → Em ambos os sexos a uretra é a parte terminal do sistema urinário. → A uretra masculina, que também consiste em uma túnica mucosa profunda e uma túnica muscular superficial é subdividida em 3 porções: ✓ Parte prostática: passa através da próstata; ▪ O epitélio da parte prostática é contínuo com o da bexiga urinária e consiste em epitélio de transição, que se torna epitélio colunar estratificado ou epitélio colunar pseudoestratificado mais distalmente. ▪ A túnica muscular da parte prostática é composta principalmente por fibras de músculo liso circulares superficiais à lâmina própria, estas fibras circulares ajudam a formar o músculo esfíncter interno da uretra da bexiga urinária. ✓ Parte membranácea: porção mais curta, que atravessa o músculo transverso profundo do períneo; ▪ A túnica mucosa da parte membranácea contém epitélio colunar estratificado ou epitélio colunar pseudoestratificado. ▪ A túnica muscular da parte membranácea consiste em fibras musculares esqueléticas provenientes do músculo transverso profundo do períneo dispostas circularmente, que ajudam a formar o músculo esfíncter externo da uretra. ✓ Parte esponjosa: porção mais longa, que atravessa o pênis. ▪ O epitélio da parte esponjosa é composto por epitélio colunar estratificado ou colunar pseudoestratificado, exceto perto do óstio externo da uretra. Neste local, é composto por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. A lâmina própria da uretra masculina é composta por tecido conjuntivo areolar, com fibras elásticas e um plexo de veias. → A uretra feminina encontra-se diretamente posterior à sínfise púbica. → Possui cerca de 4 cm de comprimento e 5 a 6 mm de diâmetro. → A abertura da uretra para o exterior, o óstio externo da uretra, está localizada entre o clitóris e a abertura vaginal. → A parede da uretra feminina é constituída por uma túnica mucosa profunda e uma túnica muscular superficial. → A túnica mucosa é uma membrana mucosa composta por epitélio e lâmina própria (tecido conjuntivo areolar com fibras elásticas e um plexo de veias). Perto da bexiga urinária, a túnica mucosa contém epitélio de transição, que é contínuo com o da bexiga urinária, perto do óstio externo da uretra, é composto por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. Entre estas áreas, a túnica mucosa contém epitélio colunar estratificado ou colunar pseudoestratificado. → A túnica muscular consiste em fibras musculares lisas dispostas circularmente e é contínua com a da bexiga urinária. 2) ANALISAR AS DIFERENÇAS ANATÔMICAS DA URETA MASCULINA E FEMININA → A uretra masculina mede aproximadamente 20 cm de comprimento, enquanto a uretra feminina mede cerca de 4 cm de comprimento. APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 3 3) COMPREENDER A FISIOLOGIA DA MICÇÃO → A micção é o processo pelo qual a bexiga se esvazia quando fica cheia. → Esse processo envolve duas etapas principais: 1) A bexiga se enche progressivamente até que a tensão na sua parede atinja nível limiar. Essa tensão dá origem ao segundo passo. 2) É um reflexo nervoso chamado reflexo da micção, que esvazia a bexiga ou, se isso falhar, ao menos causa um desejo consciente de urinar. → Embora oreflexo da micção seja um reflexo autônomo da medula espinal, ele também pode ser inibido ou facilitado por centros no córtex ou tronco cerebrais. → O principal suprimento nervoso da bexiga é feito pelos nervos pélvicos que se conectam à medula espinal pelo plexo sacro, principalmente, se ligando aos segmentos medulares S2 e S3. → Os nervos pélvicos contêm fibras sensoriais e motoras. ✓ As fibras sensoriais detectam o grau de distensão da parede vesical (bexiga cheia). Os sinais intensos de distensão da uretra posterior são especialmente fortes e os principais responsáveis pelo início dos reflexos que produzem o esvaziamento da bexiga. ✓ As fibras motoras do nervo pélvico são fibras parassimpáticas. Essas fibras terminam em células ganglionares localizadas na parede da bexiga. Pequenos nervos pós-ganglionares inervam o músculo detrusor (músculo da parede da bexiga). → Então, primeiro tem-se a distensão da parede vesical, detectada pelo cérebro e segundo a contração da bexiga (músculo detrusor) resultando na micção propriamente dita. O SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO estimula a contração vesical e o SIMPÁTICO a inibe. → Além dos nervos pélvicos, dois outros tipos de inervação são importantes na função vesical, como as fibras motoras do nervo pudendo, que inervam o esfíncter externo da bexiga e a inervação simpática das cadeias simpáticas dos nervos hipogástricos, conectados, na maioria, com o segmento L2 da medula, tendo como função a estimulação de vasos sanguíneos, com pouca relação com a contração da bexiga. ➢ REFLEXO DA MICÇÃO → A micção tem início quando há uma distensão da parede vesical que rompe o limiar de “ativação”, reflexo esse que é iniciado pelos receptores de estiramento na parede vesical, situados, principalmente, na uretra posterior. → Através dos nervos pélvicos, esses sinais são levados aos segmentos sacrais da medula (SNC). Por reflexo, o sinal volta à bexiga pelas fibras nervosas parassimpáticas pelos mesmos nervos pélvicos. → Quando a bexiga está parcialmente cheia, essas contrações originadas por esse impulso desaparecem espontaneamente, ocorrendo relaxamento do músculo detrusor, porém, conforme a bexiga se enche, os reflexos de micção ficam mais frequentes e causam maiores contrações do músculo detrusor, relaxando o esfíncter interno e se relaxar o externo ocorre o esvaziamento vesical. → O reflexo da micção é ciclo único completo com – aumento rápido e progressivo da pressão vesical, período de pressão sustentada e retorno da pressão ao tônus basal, e, mesmo que não haja a micção, após o ciclo, os elementos nervosos desse reflexo permanecem inibidos por alguns minutos a mais de 1 hora, até que outro reflexo da micção ocorra. APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 4 → Quando esse reflexo se torna suficiente para esvaziar a bexiga, ele produz outro reflexo para relaxar o esfíncter externo através dos nervos pudendos. → Vale lembrar que, o reflexo da micção é espinal e totalmente autônomo, mas pode ser inibido ou facilitado pelos centros cerebrais, como os centros facilitadores e inibitórios no tronco cerebral (ponte) e vários centros localizados no córtex cerebral. → Dessa forma, a micção voluntária é iniciada quando o indivíduo, de forma voluntária, contrai a musculatura abdominal, o que aumenta a pressão na bexiga e permite que quantidade extra de urina, pelo aumento da pressão, entre no colo vesical (na bexiga que já está cheia) e na uretra posterior, distendendo suas paredes. → Essa ação, por sua vez, estimula os receptores do estiramento e desencadeia o reflexo da micção, inibindo, simultaneamente, o esfíncter uretral externo (relaxa). REFERÊNCIAS • TORTORA, G. J; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia humana. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. • HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. • BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N. (Ed.). Fisiologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
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