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APG 24 - SOI II

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APG 24 
 
Compreender a formação dos rins, enfatizando 
como ocorre o rim em ferradura 
A partir da terceira semana de desenvolvimento 
fetal, uma porção do mesoderma ao longo da face 
posterior do embrião, o mesoderma intermediário, 
diferencia-se nos rins. O mesoderma intermediário 
está localizado em elevações pareadas chamadas 
cristas urogenitais. Três pares de rins se formam no 
mesoderma intermediário nesta sucessão: o 
pronefro, o mesonefro e o metanefro. Apenas o 
último par permanece como os rins funcionais do 
recém-nascido. O primeiro rim a se formar, o 
pronefro, é o mais superior dos três e possui um 
ducto pronéfrico associado. Esse ducto se abre na 
cloaca, a parte terminal expandida do intestino 
posterior, que funciona como uma saída comum 
para os sistemas urinário, digestório e genital. O 
pronefro começa a se degenerar durante a 
quarta semana e desaparece completamente até 
a sexta semana. O segundo rim, o mesonefro, 
substitui o pronefro. A parte retida do ducto 
pronéfrico, que se liga ao mesonefro, desenvolve-
se no ducto mesonéfrico. O mesonefro começa a 
degenerar por volta da sexta semana e, 
aproximadamente na oitava semana, quase não 
há sinais dele. Por volta da quinta semana, uma 
evaginação mesodérmica, chamada broto 
ureteral, se desenvolve a partir da parte distal do 
ducto mesonéfrico perto da cloaca. O metanefro, 
ou rim definitivo, se desenvolve a partir do broto 
ureteral e do mesoderma metanéfrico. O broto 
ureteral forma os ductos coletores, os cálices, a 
pelve renal e o ureter. O mesoderma 
metanéfrico forma os néfrons dos rins. No 
terceiro mês os rins fetais começam a excretar urina 
no líquido amniótico circundante; na verdade, a 
urina fetal compõe a maior parte do líquido 
amniótico. Durante o desenvolvimento, a cloaca 
divide-se no seio urogenital, para onde drenam 
os ductos urinário e genital, e um reto que se abre 
no canal anal. A bexiga urinária se desenvolve a 
partir do seio urogenital. Nas mulheres, a uretra se 
desenvolve como resultado do alongamento do 
curto ducto que se estende da bexiga urinária ao 
seio urogenital. Nos homens, a uretra é 
consideravelmente mais longa e mais complicada, 
 
 
 
mas também é derivada do seio urogenital. Embora 
os rins metanéfricos se formem na pelve, eles 
ascendem para o seu destino final no abdome. 
Ao fazê-lo, recebem vasos sanguíneos renais. 
Embora os vasos sanguíneos inferiores 
geralmente degenerem conforme aparecem os 
superiores, às vezes os vasos inferiores não 
degeneram. Consequentemente, algumas 
pessoas (~ 30%) têm múltiplos vasos renais. 
Anormalidades 
 Em uma condição chamada agenesia renal 
unilateral, apenas um rim se desenvolve 
(geralmente o direito), decorrente da ausência de 
um broto ureteral. A condição ocorre uma vez em 
cada 1.000 recém-nascidos e geralmente afeta mais 
meninos do que meninas. Outras anormalidades 
nos rins que ocorrem durante o desenvolvimento 
são rins mal rodados (o hilo renal está voltado 
anterior, posterior ou lateralmente, em vez de 
medialmente) ; rins ectópicos (um ou ambos os rins 
estão em uma posição anormal, geralmente 
inferior) ; e rins em ferradura (a fusão dos dois 
rins, geralmente inferiormente, em um único 
rim em forma de U). Os polos dos rins são 
fundidos; usualmente são os polos inferiores que se 
fundem. O grande rim em forma de U geralmente 
se localiza na região púbica, anterior às vértebras 
lombares inferiores. A ascensão normal dos rins 
fundidos é impedida porque eles ficam presos pela 
raiz da artéria mesentérica inferior. Um rim em 
ferradura usualmente não produz sintomas porque 
o seu sistema coletor se desenvolve normalmente e 
os ureteres entram na bexiga. Se o fluxo de urina 
for impedido, pode aparecer sinais e sintomas de 
obstrução e/ou infecção. Aproximadamente 7% das 
pessoas com síndrome de Turner têm rins em 
ferradura. 
 
 
 
 
 
MEDICINA - Nayara Viana 2 período, unifipmoc 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mudanças Posicionais dos Rins 
Inicialmente, os rins permanentes primordiais 
situam-se próximos um do outro na pelve, ventrais 
ao sacro. À medida que o abdome e a pelve 
crescem, os rins gradualmente se posicionam no 
abdome e se afastam. Os rins atingem sua posição 
adulta durante o começo do período fetal. Essa 
“ascenção” resulta principalmente do crescimento 
do corpo do embrião caudal aos rins. De fato, a 
parte caudal do embrião cresce afastando-se dos 
rins, de modo que eles, progressivamente, ocupam 
sua posição normal em cada lado da coluna 
vertebral. Inicialmente, o hilo de cada rim 
(depressão do bordo medial), 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
onde os vasos sanguíneos, ureter e nervos entram e 
saem, situa-se ventralmente, contudo, à medida que 
os rins mudam de posição, o hilo rota medialmente 
quase 90°. Pela nona semana, os hilos estão 
direcionados anteromedialmente. Finalmente, os 
rins se tornam estruturas retroperitoneais (externas 
ao peritônio) na parede abdominal posterior. Nessa 
época, os rins entram em contato com as glândulas 
suprarrenais. 
 
 
MEDICINA - Nayara Viana 2 período, unifipmoc 
Explicar a morfofisiologia e a histologia do 
sistema renal 
 
Anatomia 
Os rins são um par de órgãos avermelhados em 
forma de feijão, localizados logo acima da cintura, 
entre o peritônio e a parede posterior do abdome. 
Por causa de sua posição posterior ao peritônio da 
cavidade abdominal, são considerados 
retroperitoneais. Os rins estão localizados entre os 
níveis das últimas vértebras torácicas e a terceira 
vértebra lombar (L III), uma posição em que estão 
parcialmente protegidos pelas costelas XI e XII. Se 
estas costelas inferiores forem fraturadas, podem 
perfurar os rins e causar danos significativos, 
potencialmente fatais. O rim direito está 
discretamente mais baixo do que o esquerdo, 
porque o fígado ocupa um espaço considerável no 
lado direito superior ao rim. 
Anatomia externa dos rins 
Um rim adulto normal tem 10 a 12 cm de 
comprimento, 5 a 7 cm de largura e 3 cm de 
espessura – aproximadamente do tamanho de um 
sabonete comum – e tem massa de 135 a 150 g. A 
margem medial côncava de cada rim está voltada 
para a coluna vertebral. Perto do centro da margem 
côncava está um recorte chamado hilo renal, 
através do qual o ureter emerge do rim, 
juntamente com os vasos sanguíneos, vasos 
linfáticos e nervos. Três camadas de tecido 
circundam cada rim. A camada mais profunda, a 
cápsula fibrosa, é uma lâmina lisa e 
transparente de tecido conjuntivo denso não 
modelado que é contínuo com o revestimento 
externo do ureter. Ela serve como uma barreira 
contra traumatismos e ajuda a manter a forma do 
rim. A camada intermediária, a cápsula adiposa, 
é uma massa de tecido adiposo que circunda a 
cápsula fibrosa. Ela também protege o rim de 
traumas e ancora-o firmemente na sua posição na 
cavidade abdominal. A camada superficial, a 
fáscia renal, é outra camada fina de tecido 
conjuntivo denso não modelado que ancora o 
rim às estruturas vizinhas e à parede 
abdominal. Na face anterior dos rins, a fáscia renal 
localiza-se profundamente ao peritônio. 
 
 
Anatomia interna dos rins 
Um corte frontal através do rim revela duas regiões 
distintas: uma região vermelha clara superficial 
chamada córtex renal e uma região interna mais 
escura castanha avermelhada chamada medula 
renal. A medula renal consiste em várias pirâmides 
renais em forma de cone. A base (extremidade mais 
larga) de cada pirâmide está voltada para o córtex 
renal, e seu ápice (extremidade mais estreita), 
chamado papila renal, está voltado para o hilo 
renal. O córtex renal é a área de textura fina que se 
estende da cápsula fibrosa às bases das pirâmides 
renais e nos espaços entre elas. Ela é dividida em 
uma zona cortical externa e uma zona justa-
medular interna. As partes do córtex renal que se 
estendem entreas pirâmides renais são chamadas 
colunas renais. Juntos, o córtex renal e as 
pirâmides renais da medula renal constituem o 
parênquima, ou porção funcional do rim. No 
interior do parênquima estão as unidades 
funcionais dos rins – aproximadamente 1 
milhão de estruturas microscópicas chamadas 
néfrons. O filtrado formado pelos néfrons é 
drenado para grandes ductos coletores, que se 
estendem através da papila renal das pirâmides. Os 
ductos coletores drenam para estruturas em forma 
de taça chamadas cálices renais maiores e cálices 
renais menores. Cada rim tem de 8 a 18 cálices 
renais menores e 2 ou 3 cálices renais maiores. Um 
cálice renal menor recebe urina dos ductos 
coletores de uma papila renal e a carreia para um 
cálice renal maior. Uma vez que o filtrado entra nos 
cálices, torna-se urina, porque não pode mais 
ocorrer reabsorção. O motivo é que o epitélio 
simples dos néfrons e túbulos se tornam epitélio de 
transição nos cálices. Dos cálices renais maiores, a 
urina flui para uma grande cavidade única chamada 
pelve renal e, em seguida, para fora pelo ureter até 
a bexiga urinária. O hilo se expande em uma 
cavidade no interior do rim chamada seio renal, que 
contém parte da pelve renal, os cálices e ramos dos 
vasos sanguíneos e nervos renais. O tecido adiposo 
ajuda a estabilizar a posição destas estruturas no 
seio renal. 
IRRIGAÇÃO SANGUÍNEA 
Os rins são abundantemente irrigados, recebem 
cerca de 20% a 25% do débito cardíaco. 
MEDICINA - Nayara Viana 2 período, unifipmoc 
● FLUXO SANGUÍNEO - CIRCULAÇÃO: 
Artérias renais -> recebem sangue do corpo através 
da aorta. 
 Artérias segmentares -> são divisões das artérias 
renais, irrigam segmentos do rim. 
Artérias interlobares -> são divisões das artérias 
segmentares, que passam ao longo das colunas 
renais entre os lobos renais. 
Artérias arqueadas -> são arqueamentos das 
artérias interlobares, que estão entre o córtex e a 
medula renal. 
Artérias interlobulares -> são divisões das artérias 
arqueadas, estas artérias irradiam para fora e 
entram no córtex renal. 
 Arteríolas glomerulares aferentes -> são ramos das 
artérias interlobulares. 
 GLOMÉRULO -> é um enovelado capilar 
formado por uma arteríola glomerular aferente. ○ 
Arteríolas glomerulares eferentes -> formada pela 
união dos glomérulos capilares, que levará o 
sangue para fora do glomérulo. 
Capilares peritubulares -> são divisões das 
arteríolas glomerulares eferentes, circundam as 
partes tubulares do néfron no córtex renal. 
 Veias interlobulares -> formadas pela união dos 
capilares peritubulares. 
Veias arqueadas -> recebe sangue das veias 
interlobulares. 
Veias interlobares -> corre entre as pirâmides 
renais, recebe sangue das veias arqueadas. 
Veia renal -> recebe o sangue das veias interlobares 
e emerge pelo hilo renal, transporta o sangue 
venoso para a veia cava inferior. 
Néfron - Partes do néfron 
Os néfrons são as unidades funcionais dos rins. 
Cada néfron consiste em duas partes: um 
corpúsculo renal, onde o plasma sanguíneo é 
filtrado, e um túbulo renal, pelo qual passa o 
líquido filtrado (filtrado glomerular) (Figura 26.5). 
Os dois componentes de um corpúsculo renal são o 
glomérulo e a cápsula glomerular (cápsula de 
Bowman), uma estrutura epitelial de parede dupla 
que circunda os capilares glomerulares. O plasma 
sanguíneo é filtrado na cápsula glomerular, e então 
o líquido filtrado passa para o túbulo renal, que tem 
três partes principais. Em ordem de recebimento do 
líquido que passa por eles, o túbulo renal consiste 
em um (1) túbulo contorcido proximal (TCP), (2) 
alça de Henle e (3) túbulo contorcido distal (TCD). 
Proximal denota a parte do túbulo ligado à cápsula 
glomerular, e distal indica a parte que está mais 
longe. Contorcido significa que o túbulo é 
espiralado em vez de reto. O corpúsculo renal e os 
túbulos contorcidos proximais e distais se 
localizam no córtex renal; a alça de Henle se 
estende até a medula renal, faz uma curva fechada, 
e então retorna ao córtex renal. Os túbulos 
contorcidos distais de vários néfrons drenam para 
um único ducto coletor. Os ductos coletores então 
se unem e convergem em várias centenas de 
grandes ductos papilares, que drenam para os 
cálices renais menores. Os ductos coletores e 
papilares se estendem desde o córtex renal ao longo 
da medula renal até a pelve renal. Então, um rim 
tem aproximadamente 1 milhão de néfrons, mas 
um número muito menor de ductos coletores e 
ainda menor de ductos papilares. Em um néfron, a 
alça de Henle comunica os túbulos contorcidos 
proximais e distais. A primeira parte da alça de 
Henle começa no ponto em que o túbulo contorcido 
proximal faz a sua última curva descendente. 
Iniciase no córtex renal e estendese para baixo e 
para dentro da medula renal, onde é chamada ramo 
descendente da alça de Henle. Em seguida, faz uma 
curva fechada e retorna para o córtex renal, onde 
termina no túbulo contorcido distal e é conhecido 
como ramo ascendente da alça de Henle. 
Aproximadamente 80 a 85% dos néfrons são 
néfrons corticais. Seus corpúsculos renais se 
encontram na parte externa do córtex renal, e têm 
alças de Henle curtas, que se encontram 
principalmente no córtex e penetram somente na 
região externa da medula renal. As alças de Henle 
curtas são irrigadas por capilares peritubulares que 
emergem das arteríolas glomerulares eferentes. Os 
outros 15 a 20% dos néfrons são néfrons 
justamedulares. Seus corpúsculos renais 
encontramse profundamente no córtex, próximo da 
medula renal, e têm alças de Henle longas que se 
estendem até a região mais profunda da medula 
renal. As alças de Henle longas são irrigadas por 
capilares peritubulares e arteríolas retas que 
MEDICINA - Nayara Viana 2 período, unifipmoc 
emergem das arteríolas glomerulares eferentes. 
Além disso, o ramo ascendente da alça de Henle 
dos néfrons justamedulares consiste em duas 
partes: uma parte ascendente delgada seguida por 
uma parte ascendente espessa. O lúmen da parte 
ascendente fina é o mesmo que em outras áreas do 
túbulo renal; apenas o epitélio é mais fino. Os 
néfrons com alça de Henle longa possibilitam que 
os rins excretem urina muito diluída ou muito 
concentrada. 
HISTOLOGIA NÉFRONS 
Cápsula glomerular 
Possui duas camadas, uma visceral e outra parietal. 
Camada visceral -> forma a parede interna, 
formada por células epiteliais pavimentosas 
simples modificadas chamadas podócitos. 
Camada parietal -> forma a parede externa, 
formada por epitélio pavimentoso simples. 
Espaço capsular -> local onde o líquido filtrado 
pelos capilares glomerulares entra, fica 
entre a camada visceral e a camada 
parietal. 
Túbulo renal e ducto coletor 
No túbulo contorcido proximal, as células 
são células epiteliais cúbicas simples com 
uma borda em escova proeminente de 
microvilosidades em sua superfície apical 
(superfície voltada para o lúmen). Estas 
microvilosidades, como as do intestino 
delgado, aumentam a área de superfície 
para a reabsorção e secreção. A parte 
descendente da alça de Henle e a primeira 
porção da parte ascendente da alça de 
Henle (a parte delgada ascendente) são 
compostas por epitélio pavimentoso simples. 
(Lembre-se de que os néfrons corticais ou de alça 
curta não têm a parte ascendente delgada.) A parte 
espessa ascendente da alça de Henle é composta 
por epitélio colunar cúbico simples a epitélio 
colunar baixo. 
O número de néfrons é constante desde o 
nascimento. Qualquer aumento do tamanho do rim 
se deve ao crescimento individual de néfrons. Se os 
néfrons forem lesionados ou estiverem doentes, 
não se formam novos néfrons. Os sinais de 
disfunção renal geralmente não se tornam 
 aparentes até que a função tenha diminuído para 
menos de 25% do normal, porque os néfrons 
funcionais restantes se adaptam para lidar com uma 
carga maior do que a normal. A remoçãocirúrgica 
de um rim, por exemplo, estimula a hipertrofia do 
rim remanescente, que acaba conseguindo filtrar o 
sangue com 80% da velocidade de dois rins 
normais. 
 
 
 
 
 
 
**Néfrons 
MEDICINA - Nayara Viana 2 período, unifipmoc 
 
 
Circulação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Funções dos rins 
- Regulação da composição iônica do sangue: Os 
rins ajudam a regular os níveis sanguíneos de vários 
íons, sendo que os mais importantes são os íons 
sódio (Na + ), potássio (K + ), cálcio (Ca 2+ ), 
cloreto (Cl – ) e fosfato (HPO4 2– ) 
- Regulação do pH do sangue: Os rins excretam 
uma quantidade variável de íons hidrogênio (H + ) 
para a urina e preservam os íons bicarbonato 
(HCO3 – ), que são um importante tampão do H + 
no sangue. Ambas as atividades ajudam a regular o 
pH do sangue. 
- Regulação do volume de sangue: Os rins ajustam 
o volume do sangue por meio da conservação ou 
eliminação de água na urina. O aumento do volume 
de sangue eleva a pressão arterial, enquanto a 
diminuição do volume de sangue reduz a pressão 
arterial. 
 - Regulação da pressão arterial: Os rins também 
ajudam a regular a pressão arterial por meio da 
secreção da enzima renina, que ativa o sistema 
renina angiotensina aldosterona. O aumento da 
renina provoca elevação da pressão arterial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Manutenção da osmolaridade do sangue: Ao 
regular separadamente a perda de água e a perda de 
solutos na urina, os rins mantêm uma osmolaridade 
do sangue relativamente constante de 
aproximadamente 300 miliosmóis por litro 
(mOsm/ℓ)* 
- Produção de hormônios: Os rins produzem dois 
hormônios. O calcitriol, a forma ativa da vitamina 
D, ajuda a regular a homeostasia do cálcio, e a 
eritropoetina estimula a produção de eritrócitos 
- Regulação do nível sanguíneo de glicose: Tal 
como o fígado, os rins podem utilizar o aminoácido 
glutamina na gliconeogênese, a síntese de novas 
moléculas de glicose. Eles podem então liberar 
glicose no sangue para ajudar a manter um nível 
normal de glicemia 
- Excreção de escórias metabólicas e substâncias 
estranhas: Por meio da formação de urina, os rins 
ajudam a excretar escórias metabólicas – 
substâncias que não têm função útil no corpo. 
Algumas escórias metabólicas excretadas na urina 
resultam de reações metabólicas no organismo. 
Estes incluem amônia e ureia resultantes da 
desaminação dos aminoácidos; bilirrubina 
proveniente do catabolismo da hemoglobina; 
MEDICINA - Nayara Viana 2 período, unifipmoc 
creatinina resultante da clivagem do fosfato de 
creatina nas fibras musculares e ácido úrico 
originado do catabolismo de ácidos nucleicos. 
Outras escórias metabólicas excretadas na urina 
são as substâncias estranhas da dieta, como 
fármacos e toxinas ambientais. 
Fisiologia renal 
Para produzir urina, os néfrons e os ductos 
coletores realizam três processos básicos – filtração 
glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular: 
1)Filtração glomerular. Na primeira etapa da 
produção de urina, a água e a maior parte dos 
solutos do plasma sanguíneo atravessam a parede 
dos capilares glomerulares, onde são filtrados e 
passam para o interior da cápsula glomerular e, em 
seguida, para o túbulo renal. 
2)Reabsorção tubular. Conforme o líquido filtrado 
flui pelos túbulos renais e ductos coletores, as 
células tubulares reabsorvem aproximadamente 
99% da água filtrada e muitos solutos úteis. A água 
e os solutos retornam ao sangue que flui pelos 
capilares peritubulares e arteríolas retas. Observe 
que o termo reabsorção se refere ao retorno de 
substâncias para a corrente sanguínea. Por outro 
lado, o termo absorção indica a entrada de novas 
substâncias no corpo, como ocorre no sistema 
digestório. 
 
 
 
 
 
 
3)Secreção tubular. Conforme o líquido filtrado 
flui pelos túbulos renais e ductos coletores, as 
células dos túbulos renais e do ductos secretam 
outros materiais – como escórias metabólicas, 
fármacos e excesso de íons – para o líquido. 
Observe que a secreção tubular remove uma 
substância do sangue. 
Os solutos e o líquido que fluem para os cálices 
renais menores e maiores e para a pelve renal 
formam a urina e são excretados. A taxa de 
excreção urinária de qualquer soluto é igual à taxa 
de filtração glomerular, mais a sua taxa de 
secreção, menos a sua taxa de reabsorção. Os 
néfrons (por meio de filtração, reabsorção e 
secreção) ajudam a manter a homeostasia do 
volume e da composição do sangue. A situação é 
um pouco semelhante a um centro de reciclagem: 
os caminhões de lixo despejam lixo em um 
alimentador de entrada, onde o lixo pequeno passa 
por uma esteira transportadora (filtração 
glomerular do plasma). À medida que a esteira 
transportadora transporta o lixo, os funcionários 
removem artigos úteis, como latas de alumínio, 
plásticos e recipientes de vidro (reabsorção). 
Outros funcionários colocam o lixo adicional 
deixado na esteira e itens maiores na esteira 
transportadora (secreção). No final da esteira, todo 
o lixo restante cai em um caminhão para ser 
transportado para o aterro (escórias metabólicas na 
urina). 
 
 
 
MEDICINA - Nayara Viana 2 período, unifipmoc 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taxa de filtração glomerular 
A quantidade de filtrado formado em todos os 
corpúsculos renais de ambos os rins a cada minuto 
determina a taxa de filtração glomerular (TFG). No 
adulto, a TFG média é de 125 mℓ /min em homens 
e 105 mℓ /min em mulheres. A homeostasia dos 
líquidos corporais exige que os rins mantenham 
uma taxa de filtração glomerular relativamente 
constante. Se a TFG for demasiadamente elevada, 
as substâncias necessárias podem passar tão 
rapidamente pelos túbulos renais que algumas não 
são reabsorvidas e são perdidas na urina. Se a TFG 
for muito baixa, quase todo o filtrado pode ser 
reabsorvido e determinadas escórias metabólicas 
podem não ser adequadamente excretadas. A TFG 
está diretamente relacionada com as pressões que 
determinam a pressão efetiva de filtração; qualquer 
mudança na pressão de filtração efetiva influencia 
a TFG. A perda importante de sangue, por 
exemplo, reduz a pressão arterial média (PAM) e 
diminui a pressão hidrostática do sangue 
glomerular. 
Reabsorção 
A reabsorção – o retorno da maior parte da água 
filtrada e de muitos dos solutos filtrados para a 
corrente sanguínea – é a segunda função básica do 
néfron. Normalmente, cerca de 99% da água 
filtrada são reabsorvidos. As células epiteliais ao 
longo dos túbulos e ductos renais realizam a 
reabsorção, mas as células do túbulo contorcido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
proximal dão a maior contribuição. Os solutos que 
são reabsorvidos por processos ativos e passivos 
incluem glicose, aminoácidos, ureia e íons como 
Na + (sódio), K + (potássio), Ca 2+ (cálcio), Cl – 
(cloreto), HCO3 – (bicarbonato) e HPO4 2– 
(fosfato). Uma vez que o líquido passa através do 
túbulo contorcido proximal, as células localizadas 
mais distalmente aperfeiçoam os processos de 
reabsorção para manter o equilíbrio da homeostasia 
de água e íons específicos. A maior parte das 
proteínas e peptídios pequenos que passam através 
do filtro também é reabsorvida, geralmente via 
pinocitose. 
REABSORÇÃO - TRANSPORTE ATIVO E 
TRANSPORTE PASSIVO 
● REABSORÇÃO ATIVA -> o filtrado que flui da 
cápsula de Bowman para o túbulo proximal tem a 
mesma concentração de solutos do líquido 
extracelular. Portanto, para transportar soluto para 
fora do lúmen, as células tubulares precisam usar 
transporte ativo para criar gradientes de 
concentração ou eletroquímicos. 
● REABSORÇÃO PASSIVA -> um exemplo é a 
ureia, que não possui mecanismos de transporte 
ativo no túbulo proximal, mas pode se deslocar 
através das junções celulares epiteliais por difusão, 
se houver um gradiente de concentração, que 
acontece após o transporte ativode Na+. 
MEDICINA - Nayara Viana 2 período, unifipmoc 
Essa reabsorção pode atingir seu ponto máximo, 
que é conhecido como saturação, que ocorre 
quando todos os transportadores disponíveis estão 
ocupados pelo substrato. Exemplo: em 
concentrações normais toda a glicose que entra no 
néfron é reabsorvida, mas se a concentração se 
torna excessiva, a glicose é filtrada mais 
rapidamente do que os transportadores podem a 
reabsorver, existindo glicose na urina. 
TRANSPORTE TRANSEPITELIAL: Também 
chamado de transcelular, As substâncias 
atravessam as membranas apical e basolateral das 
células tubulares epiteliais para chegar ao líquido 
intersticial. 
TRANSPORTE PARACELULAR: As substâncias 
passam através de junções celulares entre células 
vizinhas, O caminho seguido pelo soluto depende 
da permeabilidade das junções epiteliais e do seu 
gradiente eletroquímico. 
Secreção tubular 
A terceira função dos néfrons e ductos coletores é 
a secreção tubular, a transferência de materiais das 
células do sangue e do túbulo para o filtrado 
glomerular. As substâncias secretadas incluem íons 
hidrogênio (H +), K + , íons amônia (NH4 + ), 
creatinina e determinados fármacos, como a 
penicilina. A secreção tubular tem dois resultados 
importantes: 
(1) A secreção de H + ajuda a controlar o pH 
sanguíneo. 
(2) A secreção de outras substâncias ajuda a 
eliminálas do corpo pela urina. Em decorrência da 
secreção tubular, determinadas substâncias passam 
do sangue para a urina e podem ser detectadas pelo 
exame de urina. É especialmente importante para 
testar atletas à procura de substâncias que 
intensifiquem o desempenho, como esteroides 
anabolizantes, expansores plasmáticos, 
eritropoetina, hCG, hGH e anfetaminas. Os exames 
de urina também podem ser usados para detectar 
álcool etílico ou substâncias psicoativas, como 
maconha, cocaína e heroína. 
REABSORÇÃO E SECREÇÃO NO FINAL DO 
TÚBULO CONTORCIDO DISTAL E NO 
DUCTO COLETOR 
● Aqui, 90-95% dos solutos filtrados e a água já 
foram reabsorvidas para a corrente sanguínea. 
● Existem dois tipos de células na parte final do 
túbulo distal e ao longo do ducto coletor: principais 
e intercaladas. ➔ Principais: reabsorvem Na+ e 
secretam K +. A secreção de K+ é de acordo com a 
ingestão na dieta de K+ para manter o nível correto 
deste dentro da homeostasia dos líquidos corporais, 
essa é a diferença do túbulo proximal que secreta 
K+. ➔ Intercaladas: reabsorvem K+ e HCO3- e 
secretam H+. 
Na última parte do néfron a reabsorção de água e 
solutos vai variar de acordo com a necessidade do 
organismo. 
 
 
MEDICINA - Nayara Viana 2 período, unifipmoc

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