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Fármacos para tratamento de diabetes melito tipo 2 Classe Subclasse Medicamentos Mecanismo de ação Importante Agentes que não aumentam a secreção de insulina Biguanida Metformina: glifage e glifage XR Metformina inibe o complexo I da cadeia respiratória mitocondrial → aumento de AMP → ativa AMPK → a ativação de AMPK no duodeno desencadeia a liberação de GLP-1 → estimula a rede vagal intestino-cérebro- fígado que regula a produção de glicose hepática. Inibe a quebra de ácidos graxos usados para produzir glicose. Liberada de maneira inalterada na urina. Excreção 100% renal. ½ vida: 1,5 a 3h. Contra-indicações importantes: doença renal (pois haverá o acúmulo), infecção grave, disfunção cardiopulmonar (ICC, enfisema) – são condições que predispõem anóxia tecidual + risco de acidose lática. Risco aumentado para deficiência de vitamina B12. Inibidores da alfa glicosidase Arcabose, voglibose e miglitol Reduzem hiperglicemia pós-prandial inibindo irreversivelmente e competitivamente as enzimas alfa-glicosidades que hidrolisam carboidratos. Acarbose pouco absorvida. É biotransformada por bactérias intestinais, os metabólitos são absorvidos e excretados na urina flatulência. Miglitol: bem absorvido, mas possui efeitos sistêmicos. Tiazolidinedionas Pioglitazona e rosiglitazona Se ligam ao receptor gama ativado por proliferador de peroxissomo (PPAR) ativado transcrição de genes responsivos à insulina no tecido adiposo, no fígado e no músculo esquelético. Pioglitazona excretada na bile e eliminada com as fezes. Rosiglitazona excretada na urina. Aumentam risco de osteoporose estimulam ativação e diferenciação de osteoclastos. Evitados em lactantes. Não é necessário ajuste na insuficiência renal. Classe Subclasse Medicamentos Mecanismo de ação Importante Agentes que aumentam a secreção de insulina dependente de glicose e que diminuem a secreção de glucagon Análogos do GLP1 Byetta e Bydureon Se ligam ao receptor de GLP1 resistentes à ação da DDP4, que degradariam as incretinas. Byetta curta duração efeito inibitório sobre o esvaziamento gástrico, reduzindo a glicose pós- prandial. Bydureon longa duração reduz glicemia de jejum aumentando liberação de insulina e reduzindo glucagon. Off-label no emagrecimento. Depuração renal ajuste da dose se a depuração da creatinina for menor que 30ml/min. Administração subcutânea Inibidores da DDP4 - gliptinas Alogliptina, saxagliptina, sitagliptina, linagliptina Inibem competitivamente a protease dipetidil dipeptidase (DDP4), que degradariam as incretinas, desse modo, diminuem a glicose no sangue ao potenciar as incretinas (GLP1 e GIP), que vão estimular a secreção de insulina em resposta às refeições e há diminuição na secreção de glucagon. Excreção renal. Alogliptina, saxagliptina, sitagliptina excretadas inalteradas na urina. Linagliptina: eliminação enteroepática, não havendo necessidade de ajuste na insuficiência renal. Podem ser usados em conjunto com outros hipoglicemiantes. Baixo risco de hipoglicemia. Pode ser usado em pacientes com dano hepático. Agentes que promovem a glicosúria Inibidores de SGLT2 Canagliflozina (Invokana), dapagliflozina (Farxiga) e empagliflozina (Jardiance) Inibem seletivamente SGLT (cotransportadores de sódio e glicose) reduzindo a reabsorção de glicose no túbulo proximal e aumentando a excreção de glicose (diurese osmótica). Via primária de excreção fezes, mas cerca de 1/3 é eliminado por via renal. Infecções fúngicas genitais em mulheres e infecções do trato urinário em homens e mulheres. Hipotensão. Reabsorção óssea aumentada. Aumentam perda de peso e diminuem pressão. Benefícios cardiovasculares (pacientes com DM2 e ateromatose). Classe Subclasse Medicamentos Mecanismo de ação Importante Agentes que aumentam a secreção de insulina Sulfonilureias Glibenclamida, glipizida, glimepirida Estimulam a liberação de insulina nas células beta pancreáticas por meio do bloqueio de canais de potássio sensíveis ao ATP, o que resulta na despolarização, influxo de cálcio e exocitose de insulina. Também podem diminuit a produção de glicose pelo fígado e aumentar a sensibilidade periférica à insulina. Biotransformadas pelo fígado. Excretadas pelo fígado e pelos rins. Duração de ação: 12 a 24h. Hipoglicemia e aumento de massa corporal. Cuidado com insuficiência hepática e renal (glibenclamida) acúmulo hipoglicemia. Glpizida e glimepirida seguras na insuficiência renal e idosos. Glibenclamida atravessa pouco a placenta alternativa em gestantes. Glinidas Repaglinida (2h-6h), nateglinida (2- 4h) Mesmo mecanismo das sulfonilureias. Rápidos início e fim de ação curta duração e baixo risco de hipoglicemia. Pós-prandiais. Não associar com sulfonilureias hipoglicemia. Biotransformada no fígado e excretada na bile.
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