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Processo inflamatório: Resposta protetora do organismo, frente a um agente agressor. Essa resposta compreende leucócitos (células de defesa) e fluidos que tem como objetivo eliminar, diluir e isolar o agente agressor. Todo processo inflamatório ocorre através de mediadores químicos, sendo eles: aminas vasoativas, fator de ativação plaquetária, eicosanóides, citocinas, sistema de coagulação, sistema complemento. A inflamação pode ser causada por um estímulo químico, físico ou mecânico. Pode ser agudo ou crônica. A inflamação aguda apresenta características bem definidas, sendo elas: calor, rubor, inchaço, dor e perda de função. A inflamação crônica não possui padrão definido. Primeiramente, no processo inflamatório, têm-se a formação de exsudato, uma grande quantidade de líquido extravasa dos vasos sanguíneos (do tecido inflamado) para dentro do tecido, e o acúmulo de exsudato, vai causar o edema. Há uma grande quantidade de leucócitos, como os granulócitos, estes migram para o tecido inflamado a partir dos vasos sanguíneos, de forma que o organismo consiga combater o agente agressor. As células de defesa são quimicamente atraídas para o tecido inflamado pelos mediadores químicos. O aumento de aporte sanguíneo fará com que o tecido inflamado fique vermelho (rubor). São mediadores químicos resultantes do metabolismo do ácido araquidônico. A cicloxigenase apresenta diferentes isoformas: 1, 2 e 3. Quando o ácido araquidônico sofre ação da COX- 1, ele irá produzir prostaglandinas fisiológicas. E quando o ácido araquidônico sofre ação da COX- 2, dará origem a prostaglandina patológica, que são produzidas a partir de um processo inflamatório. Existem fármacos anti-inflamatórios não esteroidais que são inibidores específicos de COX-2, inibem a produção da prostaglandina patológicas. Alguns anti-inflamatórios não esteroidais seletivos para COX-2 podem produzir sérios efeitos cardiotóxicos ou de neurotoxicidade, pois podem interromper processos fisiológicos do coração ou do SNC. Os eicosanóides são as famílias de substâncias produzida a partir da quebra do ácido araquidônico. A COX-1 só produz prostaglandinas fisiológicas, benéficas para o organismo, é uma enzima constitutiva do organismo, produz prostaglandina no estômago, nos rins, nas plaquetas, útero e SNC. A COX-2 é produzida de forma induzida por um processo inflamatório, por macrófagos, linfócitos, PMN, endotélio de vasos sanguíneo. Vai agir no ácido araquidônico produzido prostaglandinas patológicas. A COX-2 é constitutiva (fisiológica) nos rins, no SNC e no sistema circulatório. Os medicamentos que inibem COX-2, pode acabar inibindo a COX-2 constitutiva, consequentemente, interrompendo processos naturais. ➔ Vantagens: destruição, diluição e isolamento de agentes agressores. ➔ Desvantagem: resposta inflamatória crônica ou exacerbada. AINES- características gerais: Possui ação periférica, sendo anti-inflamatório, analgésica, antitrombótica e antiendotóxicas. E ação central (SNC), sendo antipirético e Eicosanóides Considerações analgésico. Todo e qualquer AINES atua como anti-inflamatório, analgésico e antipirético. Os AINES atuam inibindo a COX, não atuam diretamente sobre os sinais inflamatórios, logo, não atua diretamente na formação de edema, sobre a dor, a vermelhidão. Os leucotrienos, tromboxanos e prostaglandinas, atuam não só no processo inflamatório, como também na regulação da temperatura e na modulação da dor. ➔ Quanto ao tipo de ligação com o complexo enzimático (como se ligam as COX) ➔ ➔ Fórmula estrutural ➔ Capacidade de inibição da COX- os AINES que conseguem inibir a COX-2, são moléculas maiores. De acordo com a capacidade de inibição de COX, podem ser classificados em: ➔ Inibidores não seletivos, isto é, inibem tanto COX-1 quanto COX-2, como o piroxicam, AAS, indometacina, ibuprofeno, paracetamol, fenilbutazona, cetoprofeno, ácido meclofenâmico e ácido tolfenâmico. ➔ Inibidores preferenciais de COX-2, como o meloxicam, carporfena, nimesulida. ➔ Inibidores seletivos de COX-2, via de regra os coxibs- celocoxib, rofecoxib, etoricoxib, lumiracoxib, deracoxib e firoxib. ➔ Inibidores de COX e LOX (lipoxigenase, que quebra o ácido araquidônico em leucotrienos- eicosanoides importantes no processo inflamatório nas vias respiratórias), como por exemplo a licofelone e tepoxalina. ➔ Venda livre para seres humanos: Acetaminofeno (paracetamol), aspirina, ibuprofeno, naproxeno e cetoprofeno. ➔ Venda controlada para seres humanos: carprofeno (inibidor seletivo de COX-2, impede a formação de prostaglandinas fisiológicas no sistema circulatório e SNC). ➔ Registrado para animais: cetoprofeno, tepoxalina, carprofeno (não há relatos que causam intoxicação em animais), meloxicam e firocoxib. ➔ Utilizados em animais: paracetamol e aspirina. Conhecido como ácido acetilsalicílico. Na medicina veterinária é utilizada para promover analgesia osteoarticular e antitrombótico (devido sua ação antiplaquetária). Naturalmente a aspirina é inibidor seletivo de COX-1, produzindo sua ação antiplaquetária, reduzindo agregação plaquetária e a vasodilatação no TGI e nos rins. No organismo a aspirina sofre ação de algumas enzimas como as esterases, transformando em ácido acetilsalicílico que é um inibidor não seletivo de COX (atua tanto inibindo COX-1, quanto COX-2 de forma reversível), passando a ter ação analgésica e efeito anti-inflamatório. Mecanismo de ação: Classificação: Principais fármacos: Aspirina: O tempo de meia vida da aspirina, no cão é de 7- 8h, no gato é de 38-45h, isso ocorre porque há uma menor conjugação da aspirina pelo ácido glicurônico, logo a aspirina fica livre na circulação por muito mais tempo. A posologia depende do objetivo que se usa o medicamento, para efeito antiplaquetário, no cão administra-se 5-10mg/kg a cada 24h-48h; gato: 8mg/kg a cada 48h. Para efeito analgesia branda, no cão administra-se 10mg/kg a cada 12h, no gato 10mg/kg a cada 48h. Para efeito anti-inflamatório, no cão 20- 25mg/kg a cada 12h e no gato de 10-20mg/kg a cada 48h O ácido acetilsalicílico é um ácido fraco (todos os anti-inflamatórios não esteroidais são ácido fraco), logo se o pH da urina do animal está baixo, dificilmente, ele irá conseguir excretar o AAS, dai ele é reabsorvido pelos rins aumentando o tempo de meia vida do medicamento. É derivado do ácido propiônico como ibuprofeno, é um inibidor não seletivo (COX-1 e COX-2). Inibe a agregação plaquetária, logo tem um efeito antiplaquetário. É um medicamento muito utilizada na clínica equina, com a dose de 2,2mg/kg/dia, por até 5 dias IV, especialmente em distúrbios musculoesqueléticos e laminite (tratamento adjuvante), como efeito adverso, apresenta ulceração gastrointestinal por uso prolongado e/ou doses maiores. Efeito analgésica e anti-inflamatório, é indicado em osteoartrite em cães e pós-cirurgico em gatos, possui pouco efeito adverso gastrointestinal, por ser um inibidor preferencial de COX-2. As doses terapêuticas: ➔ Cão: dose inicial de 0,2mg/kg, seguida de 0,1mg/kg (IV,SC ou PO) ➔ Gato: dose inicial de 0,1 mg/kg, seguida de 0,05mg/kg/dia- pois, tem menor capacidade de conjulgar os anti- inflamatórios com ácido glicurônico. Possui efeito analgésico e anti-inflamatório, é um inibidor não seletivo, tem ação antiendotoxêmico (muito utilizado em casos de cólica equina). As doses terapêuticas são: ➔ Equino: 1mg/kg a cada 24h, por até 5 dias (IM,IV ou PO), age diminuindo a dor visceral. ➔ Cão: 1mg/kg, dose única (IM, IV ou PO) ➔ Gato: 1mg/kg, dose única (IM, IV ou SC) Mecanismo de ação semelhante ao dos fármacos, possui efeitosanalgésico e antipirético, possui pouco efeito anti-inflamatório. Possui efeito antiespasmódico no TGI e no útero. As doses terapêuticas: ➔ Cão: 28,5mg/kg a cada 12h ➔ Gato: 28,5 mg/kg a cada 12h ➔ Equino: 5 a 10g a cada 12h (IM, IV ou SC lentamente, pode ser utilizado em tratamento de cólica Cetoprofeno: Meloxicam: Flunixin meglumine: Dipirona
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