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GST0012-WL-LC-História do Pensamento Econômico

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HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO 
 
MERCANTILISMO, FISIOCRACIA E O LIBERALISMO ECONÔMICO 
 
No século XVIII nasceram os fundamentos da Ciência Econômica moderna. O problema que 
norteava esta ciência era a fonte da riqueza de uma nação. 
A pergunta era: a fonte da riqueza está no comércio, na agricultura, na força da natureza ou no 
trabalho humano? 
 Os mercantilista foram os primeiros a tratar deste problema, enfocando os Estados nacionais e 
assim, enfrentaram dois problemas distintos, um interno e outro externo. 
 O interno relacionava-se a unidade, ou seja a edificação do poder nacional local, que sigificava 
a criação de um sistema monetário e de cunhagem unificado, sistema nacional de pesos e medidas, 
eliminação da cobrança de pedágio em estradas e rios e um sistema nacional de impostos e tarifas. 
 Os mercantilistas preocupavam-se com a política econômica, com saldos favoráveis na balança 
comercial, com o estoque de metais preciosos e com o poder do Estado. Eram a favor da restrição as 
importações e estímulo a exportações. 
 A economia nacional afirmou-se no fortalecimento do poder político dos monarcas em 
detrimento da nobreza. Os monarcas contaram com os mercadores e pequenos proprietários de terra 
que se beneficiavam com o comércio. 
 A meta fundamental da política nacional eram: o desenvolvimento do comércio e o crescimento 
do poder em negócios internacionais. 
 Dois grupos despontaram nesta época os juristas (interpretação e definição das relações 
econômicas) e os funcionários do governo e a corte real. 
 Assim, as políticas e teorias surgidas nesta época foram chamadas de Mercantilismo, que 
definiu como fonte de riqueza de uma nação o comércio, sendo o primeiro corpo teórico organizado de 
pensamento econômico moderno. 
 Descontentes com a isenção da nobreza de pagamento de impostos, enquanto camponeses e 
fazendeiros pagavam altos tributos, além da corrupção, ineficiência e evasão de impostos, surgiu em 
contraposição, a Fisiocracia, representada por François Quesnay. 
 Para Quesnay, que discordava dos mercantilista de que a riqueza originava-se do comércio e da 
indústria, afirmava que a agricultura, permitiria a obtenção de excedente superior ao esforço 
empregado na produção. 
 
 
 
2 
 Desta forma, para os fisiocratas a riqueza provinha da terra, que continha as forças geradoras 
da natureza. A indústria apenas transformava o que a natureza produzia, o comércio só mudava de local 
e de dono e, da terra poderia-se extrair o excedente. 
 Na teoria fisiocrata, a sociedade dividia-se em camponeses, latifundiários e artesãos. Para eles a 
única classe produtiva é a dos agricultores. 
 O surgimento do Liberalismo Econômico foi no início do século XVIII, firmando-se no século 
XIX e sobrevivendo até os dias atuais. 
 Os primeiros liberais combatiam as barreiras ao comércio internacional e lutavam pelo fim de 
tarifas, monopólios e regulamentações. 
 Para estes autores (North, Hume, Cantillon, Locke, entre outros) a fonte da riqueza encontrava-
se no trabalho humano. Surgiu assim, a Teoria do Valor-Trabalho, afirmando que: 
“A natureza oferece poucos bens que as pessoas podem usar em sua forma natural: quase todos os 
produtos naturais precisam ser transformados pelos esforços humanos antes de poder satisfazer o 
desejo do homem. Sem esforços produtivos, os produtos naturais não tem valor.” 
 Locke vai unir a idéia sobre trabalho e produção de riqueza à de propriedade privada, 
transformando assim, a propriedade privada na pedra fundamental da ideologia liberal. 
 Para os liberais o crescimento econômico nacional só seria possível através da proteção da 
propriedade privada. Caso contrário o incentivo a trabalhar seria reduzido e a produção de riquezas 
diminuiria. 
 A Escola Clássica surge tendo como foco central teorias de crescimento econômico à longo 
prazo e o modo como ocorria a distribuição da renda entre as diversas classes sociais e sua influência 
neste crescimento, além disso, deu ênfase a oferta, ou seja, a produção. Seus principais representantes 
são Adam Smith, David Ricardo, Thomas Malthus e John Stuart Mill. 
 Para os clássicos, os trabalhadores produtivos eram aqueles que criavam a riqueza material de 
uma nação, os demais, como por exemplo, médicos, advogados, professores, eram considerados 
improdutivos. 
 Na teoria clássica o sistema era regido por leis naturais, sendo assim, o mercado se auto-
regulava e entrava em equilíbrio sem a necessidade da intervenção do Estado. A situação social, para os 
autores clássicos, era das piores devido a intervenções e regulamentações governamentais que 
impediam o pleno funcionamento do mercado. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
ADAM SMITH (1723-1790) 
 A escola clássica que difundia o liberalismo e o individualismo tinha como premissa o bem 
comum que ocorreria através da maximização da satisfação pessoal, com o mínimo de esforço. Esta 
relação seria feita, conforme Adam Smith, pela mão invisível. 
 Assim, o fundamento da escola clássica está no individualismo, na liberdade e no 
comportamento racional dos agentes econômicos. 
 Adam Smith, publicou em 1776 seu livro intitulado “A Riqueza das Nações” estabelecendo as 
bases científicas da economia moderna, sendo para ele o trabalho produtivo o responsável pela riqueza 
de uma nação. Este trabalho dependia de dois fatores: divisão do trabalho e proporção de trabalhadores 
produtivos em relação aos improdutivos. O autor pregava um “ sistema de liberdade natural”, onde 
todos seriam livres para perseguir e alcançar seus próprios interesses. 
 Smith, tinha três preocupações básicas: que fatores eram responsáveis pela riqueza das nações e 
como ocorre o crescimento econômico; a coesão social, e a direção para qual caminharia a sociedade. 
 O sistema de Smith, primava pela não-intervenção do Estado nas leis de mercado, cabendo ao 
mesmo apenas o estabelecimento e a manutenção da justiça e defesa nacional e a criação e manutenção 
de algumas obras públicas, que nenhum indivíduo ou grupo de indivíduos teria a intenção de criar e 
manter. 
 Em uma economia de mercado auto-ajustável, conforme Smith, em sociedade primitivas, a 
mercadoria tem um “preço natural” determinado pela quantidade de trabalho necessária para produzí-
lo, enquanto em sociedade avançadas, onde existe a propriedade privada, o preço natural depende dos 
custos de produção (valor a ser despendido no pagamento de salários, renda e lucros). 
 Smith, afirmou que o capital e a abertura de mercados promovem um aumento da produção com 
redução dos custos e consequente aumento de lucros, bem como a especialização e a divisão do 
trabalho. 
 A especialização e a divisão do trabalho, na visão de Smith, fundamentam-se no desejo humano 
de permutar, trocar ou intercambiar uma coisa por outra. Esta é uma visão ultrapassada. Para a 
economia moderna, isso ocorre na tentativa de produzir tudo que necessitam, aumentando assim a 
produtividade e a renda. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
DAVID RICARDO (1772-1823) 
 Autor de “ Princípios de Economia Política e Tributação” (1817), famoso por suas teorias de 
desenvolvimento econômico e comércio internacional, via no crescimento demográfico um problema 
para a economia, ao elevar a demanda de alimentos. 
 Para Ricardo, o grande problema da economia residia na agricultura, em função dos 
rendimentos decrescentes, era ineficaz na produção de alimentos baratos para consumo dos 
trabalhadores. O autor preocupava-se com a distribuição do excedente da produção entre as diferentes 
classe sociais. 
 A teoria ricardiana tinha uma preocupação com o valor, sendo o valor de uma mercadoria 
determinado pela quantidade de trabalho nela incorporada, ou seja, o valor é dado pelo seu custo em 
trabalho. 
 Ricardo elaborou a teoria da renda da terra, na qual afirmava que aumentos populacionais, 
conduzirião a ocupação de terras piores, aumentando os custos e a renda da terra recebida pelos 
proprietários.A teoria da renda da terra diz o seguinte: “…no início do processo de ocupação de uma área 
geográfica, a população ocupa as melhores terras (tipo A). Nessa área, não havendo nenhuma outra 
em utilização, não existe renda: o valor da produção é distribuído entre capitalistas e trabalhadores. 
 Crescendo a população, aumenta a demanda de alimentos e os preços sobem, o que justifica o 
emprego de terras piores, do tipo B. Nessa terra pior não existe renda, mas sim na melhor do tipo A. 
Ocupando-se terras ainda piores, do tipo C, surge uma renda na terra do tipo B e aumenta a renda nas 
terras do tipo A. Essa renda decore, portanto, de diferenças de produtividade da terra, sendo 
embolsada pelos proprietários, ficando os fazendeiros arrendatários com o lucro normal.” (Souza, 
2003, pág. 47) 
 Ricardo mostra que no longo prazo, devido ao crescimento populacional, ocorre a queda dos 
lucros dos arrendatários, os salários reais e a taxa de lucro, e como consequência aumentam os preços 
dos alimentos, os salários nominais e a renda da terra dos proprietários. 
 A solução apontada por Ricardo é o controle da natalidade e a livre importação de alimentos 
para consumo dos trabalhadores. 
 Para Ricardo: 
“O trabalhador está condenado aos limites da subsistência para sempre, pois ele passa a ter maior 
número de filhos assim que o salário aumenta e deste modo gasta a maior parte do que recebe. O 
capitalista que trabalha, acumula e investe descobre que fez todo esse esforço por nada, seu gasto com 
 
 
 
5 
salários é mais alto e seu lucro menor. Enquanto o proprietário das terras, que não fez nada, mas 
recebe a renda continua sentado vendo-a aumentar.” (Heilbroner, 1996, pág. 94) 
 Ricardo também tratou da teoria das vantagens comparativas, ou seja: 
“Os países devem especializar-se naquilo que são mais capazes de produzir, mesmo que um deles seja 
mais eficiente do que o outro na produção de todos os bens.” (Araújo, 1995, pág. 43) 
 
MALTHUS (1766-1834) 
 Malthus foi um crítico do pensamento clássico que estudou as crises capitalistas em seu livro 
“Princípios de Economia Política” (1820). Para ele as crises eram originadas do subconsumo da 
população pela redução gradual de seus salários reais. 
 A teoria de Malthus enfatizava o crescimento populacional. Para o autor a população aumenta 
em proporções geométricas enquanto a produção de alimentos em proporção aritmética. 
 O aumento populacional tinha uma relação com os salários recebidos pelos trabalhadores: 
quando o salário nominal era maior que o salário de subsistência ocorrerria um aumento de população; 
sendo o salário nominal menor que o de subsistência verificava-se uma queda na população e se o 
salário nominal permanecesse igual ao salário de subsistência, no longo prazo, seria atingido o estado 
estacionário. 
 Na condição de estado estacionário cessa a acumulação de capital, a taxa de lucro é menor que 
o juro pago pelo capital emprestado, além disso, não ocorre o crescimento do produto na economia, 
bem como, o emprego e a população total. 
 Malthus preocupava-se com o problema da superprodução, dando como solução o aumento da 
demanda por bens de consumo, o que se daria por parte dos rentistas, que recebiam rendas e estavam 
sempre dispostos a consumir. 
 
JEAN BAPTISTE SAY (1767-1832) ao formular as leis dos mercados (Lei de Say) em seu “Tratado 
de Economia Política” (1803), propunha que tudo o que fosse produzido seria consumido. Afirmava 
que não poderia existir demanda insuficiente ou excesso de mercadorias. Algumas indústrias poderiam 
exceder na produção de um bem (superprodução), por causa de um erro de cálculo e de excessiva 
alocação de recursos, mas em contraposição em algum outro setor, haveria escassez. Isto levaria a uma 
queda de preços no setor superprodutivo e um aumento em outros setores, consequentemente as firmas 
realocariam seus recursos produtivos, restabelecendo assim o equilíbrio. Para Say “ a oferta cria sua 
própria procura”. 
 
 
 
 
6 
JOHN STUART MILL (1806-1873) estuda melhor o estado estacionário em sua obra intitulada 
“Princípios de Economia Política” (1848). Vai mostrar que os benefícios a todos os países advindos do 
livre comércio internacional (Ricardo), seriam repartidos; que o processo de ajustamento do mercado 
envolvia variações na renda e nos preços; que a superprodução de bens seria temporária (Lei de Say). 
Mill em sua maior inovação tratou da distinção entre produção e distribuição. Concordando com 
Ricardo, no aspecto em que a produção da riqueza fundamentava-se nas leis da natureza. Mas, ao 
mesmo tempo, discordando de Ricardo e Malthus, afirma que as leis da distribuição dependiam em 
parte das instituições humanas e estariam sujeitas a alterações (direito de posse). Para Mill, a pobreza 
dos agricultores irlandeses era resultado de como a terra era distribuída e não de acordo com a lei da 
natureza. Para ele, os padrões de distribuição de renda e de riqueza são características de um tipo 
particular de sociedade. Mill já pressentia a substituição do sistema econômico baseado na propriedade 
privada por um sistema produtivo cooperativo, o socialismo. 
 
No séc. XIX, as razões para o crescimento econômico estavam na industrialização, no 
investimento em capital e no aumento da produtividade. 
 No entanto, para os socialistas a industrialização representava baixos salários, jornadas de 
trabalho longas, mulheres e crianças trabalhando em condições perigosas, disciplina rigorosa e severa, 
bem como algumas fábricas beneficiavam-se de direitos exclusivos de venda de empregados. 
 O processo de industrialização deixava claro o contraste entre a riqueza crescente dos 
industriais e banqueiros e a pobreza dos que não tinham propriedades e formavam a força de trabalho 
nas fábricas. 
 Assim, para os primeiros socialistas a propriedade privada era a fonte de todos os problemas 
sociais. 
Com os socialistas permaneceram as discussões a respeito do subconsumo. 
 
KARL MARX (1818-1883) autor de “Contribuição à Crítica da Economia Política” (1859), dizia que 
o subconsumo dos trabalhadores resulta de sua exploração pelo capitalista, bem como as relações 
econômicas são as forças motrizes nas sociedades. No entanto, no capitalismo as pessoas são motivadas 
por interesses econômicos próprios. 
 Em um sistema capitalista, os interesses econômicos são do capitalista e do trabalhador, que se 
opõem, sendo que o capitalista só pode prosperar explorando o trabalhador. 
 Marx começa seu ataque aos clássicos e liberais pela teoria do valor-trabalho, que afirmava ser 
o valor real de um produto ou serviço simplesmente o montante de trabalho usado na sua produção. Na 
 
 
 
7 
visão do autor a mão-de-obra no capitalismo é explorada porque não recebe o valor total por todos os 
bens e serviços que produz. Isto conduz a idéia de mais-valia, que significa que o capitalista emprega 
os trabalhadores à taxa de salários corrente e os faz trabalhar o máximo de horas possível, sendo o 
valor do produto do trabalho maior que os salários pagos, a diferença entre o salário e o valor agregado 
pelo trabalhador converte-se em lucro do capitalista. 
 O efeito econômico direto do capitalismo é a exploração do trabalhador, mas ainda existe o 
efeito psicológico que impede o indivíduo de desenvolver-se resultando em alienação que se apodera 
das pessoas e desumaniza todas as relações pessoais e sociais. 
 O capitalismo apresenta dois lados: a acumulação de capital e crescimento e de outro 
exploração e alienação. 
 Marx supunha o colapso do sistema capitalista, então propôs a leis de funcionamento da 
sociedade capitalista: 
1 – as injustiças levarão a condições econômicas e sociais insustentáveis; 
2 – o conflito entre as classes capitalistas em número decrescente e cada vez mais rica com a crescente 
classe operária, miserável ocasionando uma revolução social. 
3 – a acumulação de capital (privada) possibilita a abundânciaeconômica , mas ocasiona crises, 
desemprego crônico e colapso econômico. 
 A principal obra de Marx foi o livro O Capital, dos quais, um dos três volumes foi publicado 
em vida, os demais após sua morte, por Engels. 
 
ECONOMIA MARGINALISTA 
 O marginalismo surgiu como reação ao socialismo. Combatiam a teoria clássica do valor-
trabalho e da renda da terra, por não ser socialmente justa. 
 Inicialmente Carl Menger, William Jevons e Léon Walras tiveram destaque por afirmarem que 
a economia é formada por um grande número de pequenos produtores e consumidores, que não tem 
poder de influenciar o preço e as quantidades no mercado. 
 A idéia marginalista hedonista dizia que, os consumidores com a posse da renda adquirem bens 
e serviços de acordo com seus gostos, a fim de maximizarem a utilidade total, derivada do consumo. 
 A teoria marginalista afirma que o valor depende da utilidade marginal, bem como, os salários 
passaram a ser flexíveis, como nas teorias dos clássicos. 
 Estes autores formularam a lei da utilidade marginal decrescente, onde os consumidores ao 
possuírem poucas quantidade de um determinado bem, sua utilidade será elevada; a medida que o 
consumo do bem aumenta, a utilidade passa a decrescer. 
 
 
 
8 
 
ALFRED MARSHALL (1842-1924) 
 Em seu livro “Princípios de Economia” de 1890, deu origem a teoria neoclássica, juntando o 
pensamento clássico ao marginalista. Para ele, as utilidades marginais determinam o valor, as 
quantidades demandadas e o preço dos bens. 
 
JONH MAYNARD KEYNES (1883-1946) 
 Publicou seu livro “Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro” , em 1936. O livro 
tratava de problemas relativos a emprego e desemprego. 
 Keynes analisou algumas variáveis que causavam o desemprego: a propensão a consumir, o 
incentivo ao investimento, a eficiência marginal do capital, a preferência pela liquidez e o 
multiplicador1; juntamente com a oferta de moeda, estas variáveis eram determinantes no nível de 
produto e desemprego e influenciavam o nível de preços. 
 Segundo Keynes o emprego depende da demanda agregada (gastos de consumo e investimento 
das empresas). O nível de gastos de investimento depende da taxa de juros e da taxa de retorno 
esperada dos novos investimentos. 
 A preocupação de Keynes era com as economias modernas, geradoras de grandes poupanças, de 
sustentar os altos níveis de investimentos necessários para a manutenção do pleno emprego. Ele 
defendia a distribuição igualitária de renda e tinha restrições com relação a atividades rentistas, não 
provenientes do trabalho. Afirmou também, que salários mais baixos levariam a uma redução na 
demanda por bens. 
 Keynes explicou que o valor de bens e serviços produzidos pela indústria tem uma contrapartida 
de renda, que são salários, juros, aluguéis, impostos e lucros. Esta renda, encarada pelas empresas 
como custos, na verdade serão gastas em novos bens e serviços. 
 Para Keynes o fluxo de renda e produto possuia vazamentos, representados por parte da renda 
que era desviada para poupança. 
 O autor em sua teoria afirma que o governo deveria gastar sua renda na área social, na 
educação, saúde, estradas que acabariam por beneficiar o setor produtivo. 
 A teoria keynesiana baseava-se na rigidez de salários. Em contraposição aos clássicos que 
admitiam o desemprego temporário e voluntário, onde a causa era a rigidez de salários nos monopólios, 
Keynes afirma existir desemprego involuntário, onde a pessoa não encontra trabalho ao salário vigente. 
 
1 Multiplicador: relação entre consumo, investimento e o nível de demanda agregada. 
 
 
 
9 
 Para Keynes, o desemprego era causado por uma deficiência de demanda. Os salários baixos, 
podem agravar a situação pois, desestimulam o consumo. A preocupação básica de Keynes era 
determinar os principais fatores responsáveis pelo emprego. 
 Assim, os fatores são: 
a)O ato de gastar, que determina a renda 
Y = C +I Y=renda, C=consumo, I=investimento 
Os gastos em consumo e investimento (demanda) prima sobre a produção (oferta). 
A demanda efetiva pode ser maior ou menor que a capacidade produtiva de um país, em 
determinado momento. Se for menor, teremos desemprego, se for maior, teremos inflação. 
b)Consumo e propensão a consumir: quanto mais pobre a comunidade, maior será a propensão 
marginal a consumir, pois aplica quase tudo que recebe em consumo. 
Y = f(C, I); C= f(Y) a sociedade poupa parte da sua renda 
I = f(E, i) E = expectativa dos empresários (lucros) i = taxa de juros 
 
RESPONDA 
1.Qual a incoerência da política mercantilista que, preconizava exportar o máximo e importar o 
mínimo? 
2.Explique a Teoria da Renda da terra de Ricardo. 
3.O capitalismo para Marx é um modo de produção específico, determinado historicamente e que 
surgiu aos poucos com a dissolução do mundo feudal. Quais os traços mais característicos deste modo 
de produção? 
4.Cite algumas diferenças entre os clássicos e os neoclássicos. 
5.O que você entende por mais-valia? 
6.Em que consistia a riqueza para os mercantilistas e para os fisiocratas? 
7.Quem foi o mais destacado dos economistas clássicos? Quais suas principais idéias? 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ARAÚJO, Carlos R. V. História do pensamento econômico: uma abordagem introdutória. São Paulo: 
Atlas, 1986. 
FUSFELD, Daniel R. A era do economista. São Paulo: Saraiva, 2003. 
 
 
 
10
HEILBRONER, Robert L. A história do pensamento econômico. São Paulo: Editora Nova Cultural, 
1996. 
SOUZA, Nali de J. de. Curso de economia. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DA CIÊNCIA ECONÔMICA 
 
CONCEITOS DE ECONOMIA 
Economia se ocupa das questões relativas às necessidades dos indivíduos e das sociedades. 
 
Economia = Oikonomía (grego) – óikos = casa / nómos = lei 
 
Definições: 
“A economia estuda a maneira como se administram os recursos escassos, com o objetivo de produzir 
bens e serviços e distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade.” (Móchon e Troster, 
2002) 
 
“A Economia é o estudo de como as pessoas ganham a vida, adquirem alimentos, casa, roupa e outros 
bens, sejam eles necessários ou de luxo. Estuda, sobretudo, os problemas enfrentados por estas pessoas 
e as maneiras pelas quais estes problemas podem ser contornados”. 
 
 
 
 
11
“A Economia é a ciência que estuda o emprego de recursos escassos, entre usos alternativos, com o 
fim de obter os melhores resultados, seja na produção de bens, ou na prestação de serviços. Os recursos 
escassos são os bens e serviços empregados na produção de outros bens e serviços de maior valor total 
destinados a atender a demanda”. 
 
“A economia estuda as atividades econômicas cujas operações envolvem o emprego de moeda e a troca 
entre indivíduos, empresas e órgãos públicos”. 
 
“A Economia estuda a utilização dos recursos escassos, escolhendo entre usos alternativos, com fim de 
produzir bens e serviços úteis para a satisfação das necessidades dos consumidores”. 
 
OBJETIVOS DA CIÊNCIA ECONÔMICA: 
Objetivo inicial (Adam Smith): investigar a riqueza das nações. 
Objetivo 2 (David Ricardo): investigar a repartição da riqueza. 
Objetivo 3 (Keynes): investigar as forças que governam o volume da produção e do emprego em seu 
conjunto. Análise das flutuações da atividade econômica. 
Objetivo 4: estudar as flutuações da atividade econômica e promover o desenvolvimento aliado a 
investigações sobre a repartição da riqueza. 
Objetivo 5 (desenvolvimento-repartição): estudo dos recursos escassos e necessidades ilimitadas, 
visando o aproveitamento ótimo destes recursos. Extensão dos frutos do desenvolvimento às diversas 
camadas sociais mobilizadas em sua promoção. 
 
Objetivo final da Economia: formular políticas para resolver nossos problemas. 
 
Marco da economia moderna: 1776 – Adam Smith – “A Riqueza das nações”(mercados privados – 
mão invisível – livres do controle do governo; melhor política era a do Laissez faire – deixar fazer). 
- 1936 J. M. Keynes – “A Teoria Geral” – “O governo tem o dever de criar empregos para os 
desempregados” 
 
METAS ECONÔMICAS 
1. Um alto nível de emprego 
- Depressão de 30: agravou o desemprego 
“Uma depressão existe quando a taxa de desemprego permanece alta durante um longo período”. 
 
 
 
12
“Uma pessoa está desempregada se ela tem capacidade e, embora procurando, não encontra 
emprego”. 
A taxa de desemprego é percentual do total população economicamente ativa, ou seja, a soma dos 
indivíduos empregados com os desempregados. 
 
2. Estabilidade de preços 
“A inflação é definida como um aumento no nível geral dos preços”. 
“A deflação é uma queda no nível geral dos preços”. 
- Brasil: décadas de 60,70 e 80 (picos de inflação) 
a) A inflação prejudica aqueles que vivem de renda fixa e as pessoas que pouparam quantias fixas de 
dinheiro para suas aposentadorias ou para eventualidades; 
b)A inflação pode induzir a uma especulação improdutiva; 
c)A inflação pode levar a mais erros econômicos; 
 
3. Eficiência 
“A eficiência é a meta de obter o resultado máximo do esforço produtivo”. 
- eficiência técnica (administração correta) 
- eficiência alocativa (escolha do conjunto certo de produtos) 
 
4. Uma distribuição eqüitativa da renda 
-redução da pobreza (satisfação das necessidades básicas) 
- redução das desigualdades (hiato entre ricos e pobres) 
 
5. Crescimento 
- elevação do PIB (Produto Interno Bruto), do PIB per capita e da produção 
 
DIVISÕES DA ECONOMIA 
A Economia divide-se em: Economia descritiva, Teoria econômica e Economia Aplicada. 
Economia Descritiva: estuda fatos particularizados, sem lançar mão da análise teórica. Ela utiliza, 
basicamente, dados empíricos e análise comparativa. 
Teoria Econômica: analisa, de forma, simplificada, o funcionamento de um sistema econômico, 
utilizando um conjunto de suposições e hipóteses acerca do mundo real, procurando obter as leis que o 
regulam. Ela divide-se em microeconomia e macroeconomia. 
 
 
 
13
a) Microeconomia: trata do comportamento das firmas e dos indivíduos ou famílias, 
preocupando-se com a formação dos preços e o funcionamento do mercado de cada produto 
individual. 
b) Macroeconomia: diz respeito aos grandes agregados nacionais, estuda o funcionamento do 
conjunto da Economia de um país, envolvendo o nível geral dos preços, formação da renda 
nacional, mudanças na taxa de desemprego, taxa de câmbio, balanço de pagamentos, etc. 
Economia Aplicada: utiliza a estrutura geral de análise fornecida pela Teoria Econômica, para explicar 
as causas e o sentido das ocorrências relatadas pela Economia Descritiva. 
 
A ECONOMIA COMO CIÊNCIA E RELAÇÕES COM AS OUTRAS CIÊNCIAS 
“A Economia é uma ciência social que usa métodos de análise de outras ciências. Ela formula seus 
modelos, ou teorias, para representar a realidade de forma simplificada e descrever e interpretar os 
fatos a fim de realizar previsões econômicas. Um modelo econômico utiliza-se de variáveis, as mais 
relevantes e parte de um conjunto de argumentos considerados verdadeiros, e estabelece um conjunto 
de hipóteses de relacionamento entre variáveis”. 
 
-Economia positiva – argumentos positivos: “ao que é” (descrição da realidade). 
Ex.: maior renda gera maior consumo; maior oferta, menor preço. 
- Economia normativa: argumentos normativos: “ao que deve ser” (política econômica)- juízo de valor. 
Ex.: mais desemprego, menos inflação; o preço da gasolina não deve subir. 
 
A Economia se relaciona com diferentes ramos das ciências, por exemplo: 
a) Biologia: idéias de crescimento e mudança, fluxo de renda e riqueza; 
b) Física: noções de estática e dinâmica (equilíbrio geral e parcial); 
c) Psicologia: comportamento racional dos agentes econômicos; 
d) História: fatos passados, reflexos no futuro; 
e) Estatística: amostragem, séries temporais; 
f) Matemática: formulação de teorias e modelos econômicos; 
g) Geografia: as relações econômicas ocorrem num espaço; mobilidade das pessoas, dos fatores de 
produção, dos bens e serviços; 
h) Sociologia: participação das classes sociais no produto global; 
i) Direito: aspectos jurídicos das políticas econômicas; contratos de trabalho, leis de salário mínimo, 
taxa de câmbio, etc. 
 
 
 
14
j) Ciência Política: considera variáveis econômicas, sociais, jurídicas e políticas (regime democrático, 
ações do governo, estrutura partidária). 
 
LEIS CIENTÍFICAS E LEIS ECONÔMICAS 
- Leis científicas: procuram, em geral, estabelecer relações de causa e efeito a partir de evidências do 
mundo real. 
- Leis econômicas: a Economia baseia-se em evidências para estabelecer relações e leis econômicas, 
como é uma ciência social, não pode controlar estas evidências e incluir todas as variáveis possíveis em 
seus modelos. Assim, a economia não faz previsões com certeza matemática, mas indica probabilidades 
da ocorrência de eventos econômicos. 
Ex.: C = f (y) o consumo é função da renda 
C – variável explicada 
y – variável explicativa 
 
Ceteres paribus: todas as demais variáveis permanecem constantes. 
 
OS PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS 
 
A Economia é por definição a ciência da escassez. Escassez surge a partir das necessidades ilimitadas 
dos indivíduos e dos recursos econômicos limitados. 
Os problemas econômicos: 
* O que e quanto produzir? 
- a escolha do empreendedor depende do mercado e do acesso a tecnologia. 
Ex.: produzir armas a medicamentos 
- a escolha da sociedade está relacionada a opções de política econômica. 
Ex.: mais usinas hidroelétricas, mais habitações populares, mais tratamento de água, etc. 
* Para quem produzir? 
- expectativa do lucro 
- as empresas escolhem os consumidores que desejam abastecer com bens e serviços conforme a classe 
de renda. 
Os recursos são limitados, como por exemplo, mão-de-obra especializada, matérias-primas, capital, 
terras férteis. As necessidades humanas são ilimitadas, assim a sociedade precisa decidir a composição 
dos bens e serviços que, em determinado período, serão produzidos e em que quantidades. 
 
 
 
15
* Como produzir? 
- envolve tecnologia nacional ou internacional (royalties) 
- investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D) 
- escolha das técnicas: manual (custo K > L) e mecanizado (custo K < L) 
 
A ECONOMIA E A NECESSIDADE DE ESCOLHAS 
 
 A ESCASSES DE RECURSOS 
A Economia fundamenta-se na existência de bens e serviços para o consumo e uso no sistema 
produtivo. Os bens são econômicos (não livres), isto é, relativamente raros. 
Os recursos escassos são os insumos ou fatores de produção, utilizados no processo produtivo para 
obter bens, visando a satisfação das necessidades dos consumidores. 
 
Os fatores de produção são: 
a) terra, ou recursos naturais; 
Ex.: água, minerais, madeira, peixes, solo, terra fértil, etc. 
b) trabalho, ou recursos humanos; 
Ex.: trabalhadores (qualificados e não qualificados), pessoal administrativo, técnicos, engenheiros, 
gerentes, administradores. 
c) capital: Ex.: máquinas, equipamentos, prédios, ferramentas, dinheiro. 
d) capacidade empresarial: o empresário assume riscos de perder seu capital, ou o capital tomado 
emprestado, ao empreender um negócio. 
 
Utilidade - BEM ECONÔMICO - Procura 
(preço) 
 
O produto é um bem porque visa satisfazer as necessidades dos indivíduos. O consumidor decide a 
composição de sua cesta de consumo em função de suas preferências, de suas necessidades e da sua 
renda. Os bens econômicos fazem parte do desejo humano porque são úteis. No entanto, existem bens 
livres, que se encontram disponíveis a custo zero (água dos rios, ar, a água para irrigação somente 
quando não taxada). 
 
 TIPOS DE BENS 
 
 
 
16
Bens econômicos caracterizam-se pela utilidade, pela escassez e por serem transferíveis. 
Serviços são aquelasatividades que, sem criar objetos materiais, se destinam direta ou indiretamente a 
satisfazer necessidades humanas. 
a) Bens de consumo final: são aqueles adquiridos pelas famílias e dividem-se em duráveis (longo 
prazo) e não duráveis (curto prazo); 
Ex.: alimentos (curto prazo); eletrodomésticos (longo prazo) 
b) Bens de consumo intermediários ou insumos: são aqueles utilizados pelas empresas, direta e 
indiretamente, para a fabricação de outros bens (ciclo curto no processo produtivo); 
 Ex.: matérias-primas, barras de ferro, aço, componentes e materiais de escritório 
c) Bens de capital: são utilizados pelas empresas direta ou indiretamente na geração de outros bens, no 
entanto, possuem um ciclo longo. 
Ex.: máquinas, equipamentos, prédios 
d) Bens de produção: compreendem os bens de consumo intermediário e os bens de capital. 
 
Assim, devido a escassez de recursos produtivos utilizados na produção de bens e serviços para 
satisfazer as necessidades dos indivíduos, os agentes econômicos (produtores, consumidores, 
tomadores de decisão de órgão do governo) precisam utilizá-lo de forma mais racional e eficiente, 
visando obter melhores resultados, em termos de quantidade e qualidade. 
 
PRODUTOR 
 minimizar custos 
 elevar preços 
CONSUMIDOR 
 mais produtos 
 preços mais baixos
 
 
 
17
TIPOS DE CAPITAL 
Capital: consiste nas diversas formas de riqueza empregadas na obtenção de novas riquezas ou 
compreende um conjunto de bens e serviços. 
Capital financeiro: necessário para a aquisição de outros tipos de capital é geralmente obtido através de 
crédito bancário. Ex.: liquidez, linhas de créditos subsidiadas. 
Capital fixo: pagamento de salários, serviços e compra de matérias-primas. 
Capital natural: terra, irrigação, árvores. 
Capital físico: ferramentas, gado, tratores, construções. 
Capital humano: representa o grau de capacitação da comunidade para o trabalho qualificado, a 
inovação científica e tecnológica, a liderança, a iniciativa e a organização em nível empresarial privado 
e na vida pública. Ex.: educação, treinamento, experiência (incluindo conhecimento em tecnologias) 
Capital social: conjunto de relações desenvolvidas com outras famílias que podem servir como 
informação, segurança, permuta e comércio, clientela, reciprocidade. Conjunto de características da 
organização social, como a confiança, normas e sistemas que contribuam para aumentar a eficiência da 
sociedade, facilitando as ações coordenadas. 
 
AS NECESSIDADES ILIMITADAS 
As necessidades dos indivíduos são ilimitadas, no entanto, os recursos para atender a estas 
necessidades são escassos. Elas se renovam diariamente e exigem o suprimento de bens necessários a 
atendê-las. Este paradoxo defronta-se com a constante criação de novos desejos e necessidades 
motivados pela perspectiva da sociedade de aumentar o seu padrão de vida e bem-estar material. 
Ex.: alimentação, habitação, roupas, calçados, energia, educação, água encanada, saneamento, etc. 
 
RECURSOS OU FATORES DE PRODUÇÃO 
Recursos são os fatores ou elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços. São 
denominados fatores de produção. 
-terra (recursos naturais) 
-trabalho (físico e intelectual) 
-capital 
 
 
 
 
 
 
 
18
A CPP – CURVA OU FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO 
 
A CPP refere-se a escolha feita pela sociedade ou pelo governo de que bem produzir. 
Curva (ou fronteira) de possibilidades de produção (CPP) expressa a capacidade máxima de produção 
da sociedade, supondo pleno emprego dos recursos ou fatores de produção de que se dispõe em dado 
momento do tempo. 
Os fatores que alteram a curva de possibilidade de produção são: a tecnologia e a disponibilidade de 
recursos produtivos. 
 
A quantidade de bens e serviços que podem ser produzidos é limitado por nossos recursos disponíveis e 
pela tecnologia que dominamos. 
Na escolha dos bens e serviços que devem ser produzidos, a primeira providência é determinar quais 
combinações de bens e serviços são possíveis, levando em consideração duas restrições: 
a)os recursos produtivos são limitados; 
b)o nível de tecnologia disponível é determinado. 
 
A curva (ou fronteira) de possibilidade de produção (CPP) delimita aquelas combinações de bens e 
serviços que podem ser produzidos por uma sociedade e aqueles que não podem, seja por que 
ultrapassam os recursos disponíveis, seja porque excedem a capacidade tecnológica. 
A CPP mostra os limites da produção, assim não pode-se produzir em pontos externos a ela e pode-se 
produzir em qualquer ponto dentro da CPP ou sobre ela. 
 
POSSIBILIDADES PROD. DE GUARANÁ 
(milhões de litros/mês) 
PROD. DE CD’S 
(milhões de unidades/mês) 
A 30 0 
B 28 1 
C 24 2 
D 18 3 
E 10 4 
F 0 5 
Fazer gráfico 
 
 
 
 
 
19
Produção Eficiente 
Quando a economia produz em um ponto dentro da CPP está operando de modo ineficiente. A 
eficiência é atingida quando não pudermos produzir mais de um produto sem produzir menos de algum 
outro bem. Quando a produção é eficiente a combinação de produtos está sobre a CPP. 
Uma economia produz abaixo da CPP por duas razões: 
a)os recursos não estão sendo empregados plenamente; 
b)os recursos estão sendo utilizados de maneira ineficiente. 
 
A curva de possibilidade mostra a noção de escassez porque em um determinado período, uma 
sociedade tem a quantidade fixa de cada um dos fatores de produção, de maneira que a produção de um 
bem advém às custas de outro bem. 
 
Mudança na curva de possibilidade de produção 
-aumento na quantidade dos recursos produtivos deve deslocar a curva para a direita. 
 
Princípio do custo de oportunidade 
Custo de oportunidade (alternativo ou implícito) de um bem ou serviço é a quantidade de outros bens 
ou serviços a que se deve renunciar para obtê-lo. É igual ao sacrifício de se deixar de produzir parte do 
bem A para se produzir mais do bem B. 
 
O custo de oportunidade incorpora a noção de que sempre enfrentamos a situação de escolher 
entre duas ou mais opções e de que temos que optar por um bem em detrimento de outro, visto que os 
recursos são limitados e podem ser utilizados em diferentes alternativas. Assim, o custo de 
oportunidade de alguma coisa é o que sacrificamos para consegui-la. 
 
A curva de possibilidade ilustra o princípio do custo de oportunidade para toda a economia. 
 
A LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES (ou custos crescentes) 
A curva de transformação indica a substituição de um produto A por um outro B, com 
quantidades crescentes de B e, a existência de custos relativos crescentes na produção de bens. 
 “Lei dos rendimentos decrescentes: à medida que se aumenta o emprego de um insumo, como 
trabalho deixando os demais fixos(capital, terra e capacidade empresarial), o produtor suplementar 
expande-se sucessivamente em quantidades cada vez menores. O produto total atinge um máximo e 
depois declina, tornando antieconômico o emprego de trabalho adicional com os demais fatores fixos.” 
 
 
 
20
Portanto, a lei dos rendimentos decrescentes pode ser explicada da seguinte maneira: quanto 
maior o emprego de alguns fatores em um setor, deixando os demais constantes, menores serão os 
acréscimos no produto total. 
Ex.: O indivíduo está com muita sede; o primeiro copo de água proporciona um grande benefício. Já o 
quinto copo de água não trará tantos benefícios como o primeiro, pois o indivíduo já não está mais com 
sede. 
 
Lei dos custos crescentes: para atrair trabalhadores de um setor para outro é necessário oferecer 
maiores salários. 
 
Lei dos rendimentos decrescentes: “A medida que aumenta o uso de um determinado fator de produção 
(mantendo-se fixos os demais insumos), chega-se a um ponto em que a produção adicional obtida 
eventualmente decrescerá.” 
 
Ex.: funcionários em demasia, alguns se tornarão ineficientes e o produto marginal do insumo mão-de-
obra apresentará uma queda. 
 
- Rendimentos constantes à escala: nolongo prazo, ao variar todos os fatores produtivos, o tamanho da 
unidade produtiva também varia, bem como o volume de produção. 
- Rendimentos decrescentes à escala: quando os acréscimos de insumo resultam em uma produção 
menor. 
- Rendimentos crescentes à escala: quando ocorre um aumento da produção maior em percentual do 
que o aumento dos fatores produtivos. Em geral, são resultado de um progresso tecnológico. 
 
FLUXO E SISTEMA ECONÔMICO 
 
O sistema econômico pode ser melhor visualizado por meio de um modelo simples de uma 
economia de mercado, sem considerar as relações com o exterior (economia fechada) e a participação 
do governo. 
 
 
 
 
 
 
 
21
MODELO ECONÔMICO ELEMENTAR 
Fluxo Circular de Renda - Primeira Visão 
 
As duas principais unidades econômicas envolvidas no sistema econômico de livre empresa são as 
famílias e as empresas. 
 
Famílias - proprietários dos fatores de produção (terra, trabalho, capital e capacidade empresarial): 
-pessoas e unidades familiares 
-consumidores de bens e serviços 
 
Empresas (primário, secundário e terciário): 
-unidades econômicas que produzem os bens e serviços 
-compram ou alugam os recursos econômicos 
 
FLUXO REAL E MONETÁRIO 
Fluxo real: envolve bens, serviços e fatores. 
-o fluxo (real) de bens (finais) de consumo e serviços das empresas para os consumidores; 
 
Fluxo monetário: pagamento pelos bens, serviços e fatores envolvidos. 
-o fluxo (monetário) de moeda dos consumidores para as empresas. 
 
As famílias, as empresas, o mercado de bens de consumo e serviços e o mercado de recursos ou fatores 
de produção compõem uma economia de livre empresa e formam o centro em torno do qual se 
desenvolve a economia. 
Os preços dos bens e serviços interligam os dois fluxos, ou seja, o mercado de produtos para bens e 
serviços estabelece preços que regulam a quantidade e qualidade de bens produzidos e consumidos. 
 
 
 
22
No fluxo monetário as empresas pagam às famílias pelo uso dos recursos por meio de salários (do 
trabalho), dividendos, juros e lucros (do capital) e aluguel (da terra e de imóveis). 
 
Economia de mercado: livre concorrência entre produtores e consumidores – estabelecem os preços dos 
produtos. 
 
SISTEMA ECONÔMICO 
Sistema econômico é o conjunto de relações técnicas, básicas e institucionais que caracterizam a 
organização econômica de uma sociedade. 
 
Elementos do sistema econômico 
- estoque de recursos produtivos 
- complexo de unidades de produção 
- conjunto de instituições (jurídicas, políticas, sociais e econômicas) 
 
Tipos de sistema econômico 
-capitalismo 
-socialismo 
 
Capitalismo – Características 
a)propriedade privada dos fatores de produção, dos bens de consumo e do dinheiro; 
b)controle do funcionamento da economia é realizado pelo sistema de preços; 
c)o lucro é o grande impulsionador para a ação dos agentes econômicos; 
d)importância da competição entre as empresas e entre os proprietários dos recursos; 
e)papel do governo é limitado. Aparticipação do governo é dada pela relação entre gasto público (G) e 
renda nacional ou PIB (Y). 
 
Socialismo ou economia centralizada ou planificada 
a)as questões econômicas fundamentais resolvidas por um órgão central de planejamento; 
b)predomínio da propriedade pública dos fatores de produção. 
 
Sistema econômico e as trocas 
Troca significa que os indivíduos permutam bens entre si. 
 
 
 
 
23
a)Escambo: trocas realizadas sem dinheiro. 
Problemas: 
-tempo 
-indivisibilidade de alguns bens 
-coincidência de necessidades 
 
b)Dinheiro: é todo o meio de pagamento aceito que pode ser permutado por bens e serviços, além de 
ser utilizado para saldar dívidas. 
-capitalismo 
-socialismo 
 
RESPONDA: 
1.Analisando-se uma economia de mercado, observa-se que os fluxos real e monetário conjuntamente 
formam o fluxo circular de renda. Explique como esse sistema funciona. 
2.Comente a frase: “ sem recursos humanos não há capital”. 
3.Quando a economia está operando no nível de “produção eficiente” ? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24
 
 
TEORIA MICROECONÔMICA 
 
A TEORIA DO CONSUMIDOR 
Teoria da utilidade total e marginal 
Utilidade é a medida do desejo ou satisfação do consumidor ao adquirir um bem ou serviço. 
 
Por utilidade entende-se o benefício ou a satisfação (psicológica) que uma pessoa consegue ter, 
resultante do consumo de uma ou mais unidades de um produto ou serviço. 
 
A utilidade total refere-se à satisfação completa derivada de todas as unidades consumidas de um bem. 
Termo aplicado a cada produto ou serviço consumido por um indivíduo. 
 
A utilidade total tende a aumentar quanto maior a quantidade consumida do bem ou serviço. 
 
A utilidade marginal que é a satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma 
unidade do bem, é decrescente, por que o consumidor vai saturando-se deste bem, quanto mais o 
consome. 
 
GRÁFICOS 
 
Lei da utilidade marginal decrescente: a medida que aumenta o consumo de determinada mercadoria, a 
utilidade marginal dessa mercadoria diminui. 
 
Quando um indivíduo consome unidades adicionais de um produto, mantido constante o consumo de 
outros produtos e serviços, a quantidade de satisfação, obtida a cada unidade adicional daquele produto, 
decresce.” 
 
Marginal = adicional 
A utilidade total do consumo de n unidades é igual à soma das utilidades marginais da primeira até n-
ésima mercadoria. 
 
A teoria da utilidade marginal baseia-se em quatro suposições: 
 
 
 
25
1)o consumidor obtém utilidade (satisfação) oriunda dos bens que consome; 
2)cada unidade adicional de consumo resulta em utilidade total adicional; 
3)à medida que aumenta a quantidade consumida de um bem ou serviço a utilidade marginal decresce; 
4)o objetivo do consumidor é maximizar a utilidade total. 
 
A utilidade marginal por real gasto é a utilidade marginal obtida da última unidade de um bem 
consumido, dividida pelo preço unitário desse bem. 
 
A curva de demanda individual e o equilíbrio do consumidor 
 
Preço marginal de reserva: o preço máximo que o consumidor está disposto a pagar por uma unidade 
adicional da mercadoria. 
*a quantidade adquirida pelo consumidor é aquela que iguala o preço marginal de reserva ao preço 
efetivamente praticado. 
 
Curva de demanda do consumidor: curva que relaciona preço e quantidade adquirida. 
 
Equilíbrio do consumidor ocorre quando a quantidade consumida é aquela em que o preço marginal de 
reserva é igual ao preço efetivo de mercado. 
 
Excedente do consumidor é a diferença entre o que o consumidor está disposto a pagar e o que ele 
efetivamente paga por uma mercadoria. 
 
Teoria da escolha (utilidade) 
Possibilita medir o nível de satisfação ou prazer decorrente do consumo de uma mercadoria. 
 
Cestas de mercadorias é um conjunto de uma ou mais mercadorias associado às quantidades 
consumidas de cada uma dessas mercadorias. 
 
Curvas de indiferença é a representação gráfica de um conjunto de cestas de consumo indiferentes para 
o consumidor, ou seja, cestas que trazem a mesma satisfação. 
 
Mapa de indiferença: conjunto de todas as curvas de indiferença do consumidor. 
 
 
 
26
 
Propriedades das curvas de indiferença 
1)curvas de indiferença mais distantes da origem representam cestas de mercadorias mais desejadas e 
curvas de indiferença mais próximas da origem representam cestas de marcadorias menos desejadas. 
2)uma curva de indiferença tem sempre uma inclinação negativa, ou seja, ela se inclina para baixo e a 
direita. 
3)duas curvas de indiferença não se cruzam jamais. 
 
Taxa marginal de substituição de uma mercadoria I por uma mercadoria II é a redução na quantidade 
da mercadoria I necessária para repor o consumidor na mesma curva de indiferença quando há um 
aumento de uma unidade no consumo da mercadoria II. Ela indica o máximo que o consumidor estaria 
disposto a ceder da mercadoriaI em troca da mercadoria II. 
 
Linha de restrição orçamentária 
 
Consumo = pa.qa + pb.qb 
Renda = pa.qa + pb.qb < Renda 
Restrição orçamentária representa o limite de consumo. 
 
Posição da linha de restrição orçamentária depende dos preços das mercadorias e da renda do 
consumidor. 
 
Equilíbrio do consumidor 
 
O equilíbrio do consumidor é obtido na cesta de mercadorias correspondente ao ponto de tangência 
entre a linha de restrição orçamentária e a curva de indiferença mais elevada que toca essa linha. 
 
Demanda individual e demanda de mercado 
A curva de demanda de mercado é a soma das curvas de demanda de todos os consumidores 
individuais. 
 
TEORIA DA DEMANDA E DA OFERTA 
 
Teoria da demanda 
 
 
 
27
Demanda individual é a quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor deseja 
adquirir em certo período de tempo. 
 
Determinantes da demanda 
1)preço do bem 
2)preço dos outros bens 
3)renda do consumidor 
4)gosto ou preferência do indivíduo 
 
Relação entre a demanda e o preço 
 
D = f(Px) (relação inversa) 
 
Curva de demanda mostra a relação entre a demanda e o preço. 
 
Relação entre a demanda e o preço de outros bens 
 
a)Bens substitutos: quando o aumento do preço de um bem aumenta a demanda do outro. 
b)Bens complementares: quando o aumento do preço de um bem provocar uma queda na demanda de 
outro bem. 
 
Relação entre a demanda e a renda 
 
D = f(R) 
 
a)Bens normais: aumenta a renda, aumenta a demanda. 
b)Bens de consumo saciado: aumento na renda não altera a demanda. 
c)Bens inferiores: aumenta a renda, reduz a demanda. 
 
Curva de demanda de mercado 
Demanda de mercado é a soma das demandas individuais. 
 
 
 
 
28
Teoria da Oferta 
 
Oferta: é a quantidade de bem ou serviço que os produtores desejam vender por unidade de tempo. 
 
GRÁFICO 
 
Determinantes da Oferta 
a)preço do bem 
b)preço dos demais bens 
c)preço dos fatores de produção 
d)tecnologia 
 
Equilíbrio de mercado (GRÁFICO) 
 
ESTRUTURAS DE MERCADO 
 
Concorrência: forma de organizar os mercados permitindo a determinação dos preços e quantidades. 
-Concorrência perfeita 
Concorrência imperfeita: quando no mercado produtor (es) são suficientemente grandes para ter 
influência sobre os preços. 
-Concorrência Imperfeita (Monopólio e Oligopólio) 
 
Características: 
-número de empresas 
-tipo de produto 
-barreiras ao acesso 
 
CONCORRÊNCIA PERFEITA 
-grande número de vendedores e compradores 
-preço fixado pelo mercado 
-produtos homogêneos 
-não existem barreiras ao acesso de novas firmas 
-transparência de mercado 
 
 
 
29
-lucros normais 
-Ex.: mercado do leite 
 
MONOPÓLIO 
-único produtor 
-demanda da firma=demanda de mercado 
-Rme=demanda de mercado 
-produto sem substitutos próximos 
-lucro máximo-Rmg=Cmg 
-a empresa determina o preço 
-existem barreiras ao acesso de novas firmas 
-lucros extraordinários 
-Ex.: Microsoft 
 
Para existir monopólio algumas condições devem ser satisfeitas: 
-dimensão reduzida do mercado 
-patentes (direito de fabricação exclusiva durante um período de tempo) 
-controle de matérias-primas 
-proteção oferecida por leis governamentais 
 
 Mercado de medicamentos – quando uma empresa descobre um novo medicamento, as leis de patente 
lhe concedem um monopólio sobre a venda do medicamento em questão. Mas, com o tempo a patente 
acaba por expirar e, a partir daí, qualquer empresa pode fabricar e vender o medicamento. Neste 
momento o mercado deixa de ser monopolista e passa a ser competitivo. 
 
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA 
-grande número de vendedores 
-produtos diferenciados, embora substitutos próximos 
-cada firma tem determinado poder sobre a fixação dos preços 
-não existem barreiras ao acesso de novas firmas 
-lucros normais 
 
OLIGOPÓLIO 
 
 
 
30
-reduzido número de vendedores 
-produtos substitutos próximos (diferenciados ou homogêneos) 
-decisões sobre preço e produção são interdependentes 
Cartel é um agrupamento de empresas que procura limitar a ação das forças da livre concorrência para 
estabelecer um preço comum e/ou alcançar uma maximização conjunta dos lucros. (Mochón e Troster, 
2002) 
 
Monopsôsio – muitos vendedores e um único comprador 
Oligopsônio – poucos compradores que dominam o mercado e muitos vendedores 
Monopólio Bilateral – defrontam-se monopolista (único vendedor) e o monopsonista (único 
comprador) 
 
 
 
TEORIA MACROECONÔMICA 
 
CONTABILIDADE NACIONAL 
 
Define e relaciona os agregados econômicos e mede seu valor. As contas que integram a contabilidade 
nacional registram as transações realizadas entre os diferentes setores de atividade econômica do país. 
 
CONTABILIDADE SOCIAL 
É o registro contábil da atividade produtiva de um país, ao longo de um dado período de tempo 
(normalmente um ano). 
O sistema de contas nacionais utiliza o método das partidas dobradas, discriminando as 
transações dos agentes econômicos (famílias, empresas, governo e setor externo). Este sistema 
desconsidera as transações com bens e serviços intermediários (insumos e matérias-primas). 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DAS CONTAS NACIONAIS 
. Considera-se apenas as transações de bens e serviços finais 
. Mede-se apenas a produção corrente do próprio período. 
. As transações referem-se a um fluxo, ou seja, são definidas ao longo de um certo período de tempo. 
 
 
 
31
. Na Contabilidade Social, não são considerados os valores das transações puramente financeiras, 
dado que estas não representam diretamente acréscimos do produto real da economia. 
. A moeda é apenas um padrão de medida na Contabilidade Social. 
 
 
AS CONTAS NACIONAIS 
 
. Conta de Produção (PIB): Composta pelo total da oferta e o total da procura dos bens e serviços no 
período de um ano. 
 
. Conta de Apropriação: Composta pelo total da despesa e o total da renda das unidades familiares. 
 
. Conta Corrente do Governo: Essa conta registra todas as despesas e receitas do governo. 
 
. Conta Consolidada de Capital: Trata da avaliação monetária do total de formação de capital. 
 
. Conta das Transações Correntes com o Exterior: registra o movimento de bens, serviços e 
pagamentos entre a economia nacional e o resto do mundo. 
 
AGENTES MACROECONÔMICOS: FAMÍLIAS E EMPRESAS 
 O fluxo circular de renda deve ser quantificado periodicamente, a fim de se avaliar o 
desempenho da economia no período. 
 
 
 
 
PRODUTO NACIONAL (PN) 
 É o valor de todos os bens e serviços finais, medidos a preços de mercado, produzidos num 
dado período de tempo. 
PN = ∑p . q 
 
DESPESA NACIONAL (DN) 
 
 
 
32
 É o gasto dos agentes econômicos com o produto nacional. Revela quais são os setores 
compradores do produto nacional. 
DN = C 
C é o consumo ou despesas das famílias 
A fórmula completa inclui as despesas dos quatro agentes econômicos: 
DN = C + I + G + (X – M) 
Onde: 
C = despesas das famílias com bens de consumo 
I = despesas das empresas com investimentos 
G = despesas do governo 
X – M = despesas líquidas do setor externo (exportações – importações) 
 
RENDA NACIONAL (RN) 
 É a soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção no período. 
RN = salários + juros + aluguéis + lucros 
 
Assim, PN = DN = RN 
Isto acontece porque, os bens intermediários se anulam (venda de empresa para empresa), tudo que a 
empresa recebe (PN = DN), ela gasta na remuneração dos fatores produtivos (RN), que inclui o lucro 
dos empresários, igualando o fluxo do produto ao fluxo dos rendimentos. 
 
FORMAÇÃO DE CAPITAL 
 Vamos supor que as famílias não gastam toda a renda com bens e serviços, poupando uma 
parcela para o futuro. Do mesmo modo, as empresas não produzem apenas bens de consumo, mas 
também, bens de capital, que aumentarão a capacidade produtiva da economia. 
 
 
POUPANÇA AGREGADA 
 É a parcela da renda nacional (RN) que não é consumida no período. 
S = RN – C 
 
INVESTIMENTO AGREGADO33
 É o gasto com bens que foram produzidos, mas não foram consumidos no período, e que 
aumentam a capacidade produtiva da economia nos períodos seguintes. O investimento é composto 
pelo investimento em bens de capital (máquinas e imóveis) e pela variação de estoques. 
It = Ibc + Ve 
 
DEPRECIAÇÃO 
 É o desgaste do equipamento de capital, da economia em dado período. 
 
IL = IB - depreciação 
 
PNL (Produto Nacional Líquido) = PNB (Produto Nacional Bruto) – Depreciação 
 
A MEDIDA DO PRODUTO: O INGRESSO DO SETOR PÚBLICO 
 
Setor público(3 esferas): municipal, estadual e federal 
 
Receita fiscal do governo: impostos diretos e indiretos, contribuições à previdência social e outras 
receitas 
 
Gastos do governo: gastos dos ministérios e autarquias (despesas correntes; despesas de capital); 
gastos das empresas públicas e sociedades de economia mista; gastos com transferência e subsídios 
 
SUPERÁVIT E DÉFICIT PÚBLICO 
Superávit: quando o total da arrecadação supera o total dos gastos públicos. 
Déficit: quando o total da arrecadação é inferior ao total dos gastos públicos (necessidades de 
financiamento do setor público). 
 
RENDA NACIONAL (RN): é a soma de todas as rendas recebidas pelos proprietários dos fatores de 
produção utilizados durante o ano, ou seja, o custo dos fatores, salários e ordenados, juros, aluguéis e 
lucros. É a renda que flui para o setor privado. 
 
Para obter a renda nacional é necessário fazer 3 ajustes no PIB: 
 
 
 
34
1.Subtraímos do PIB a renda líquida obtida pelas empresas multinacionais estrangeiras no Brasil e que 
é enviada ao exterior. Para obter este valor somamos ao PIB qualquer renda obtida no exterior por 
empresas ou residentes brasileiros e subtraímos qualquer renda obtida no Brasil por empresas ou 
residentes estrangeiros (PNB). 
2.Subtrair a depreciação do PNB 
3.Subtrair os impostos indiretos (que incidem sobre as vendas) 
 
RENDA PESSOAL (RP): é a parte da renda nacional que cabe exclusivamente as famílias. 
Pagamentos totais que fluem diretamente para os indivíduos. 
 
RENDA PESSOAL DISPONÍVEL: é a parte da renda pessoal que as famílias podem usar para 
consumir bens e serviços. Quantidade de renda pessoal que os indivíduos mantém depois de pagar 
impostos. 
RENDA PESSOAL DISPONÍVEL = RNLcf – lucros retidos – impostos diretos – contribuições 
previdenciárias – outras receitas correntes do governo + transferências do governo às famílias. 
 
RPD = RP - IRPF 
A renda pessoal disponível mede quanto “sobra” para as famílias decidirem gastar na compra de bens e 
serviços ou então poupar. 
 
RLFE (renda líquida de fatores externos) = receita líquida (pagamentos) recebida do exterior (igual ao 
rendimento decorrente de lucros, recebido do exterior pelos residentes, financiamentos e remessas de 
salários, menos o rendimento de estrangeiros na economia interna) 
RLFE = PNB – PIB 
RLFE = RR – RE 
RR = renda recebida 
RE = renda enviada 
 
 
 
PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO E PRODUTO INTERNO LÍQUIDO 
 
 
 
 
35
PIB(Produto interno bruto): é o valor da produção global de bens e serviços ocorrida dentro dos 
limites territoriais do país, no período de um ano. Produção gerada por recursos estrangeiros (exterior) 
e brasileiros (empresas nacionais). 
 
PIBcf (Produto interno bruto a custo de fatores): é definido como o valor dos bens e serviços 
produzidos em uma economia durante um período de tempo determinado. 
*Custo de fatores é o que a empresa paga aos fatores de produção salários, juros, aluguéis e lucros. 
 
PIBcf = PNBcf + RRE – RRN* 
*RRE = Rendas dos residentes estrangeiros no Brasil 
RRN = Rendas dos residentes no exterior 
Acrescentando os impostos indiretos ti e subtrair os subsídios sub tem-se o PIB a preço de mercados. 
 
PIBpm = PIBcf + ti – sub 
 
*Preço de mercado é o preço final pago na venda, adiciona ao custo de fatores de produção os impostos 
indiretos (ICMS e IPI) e subtrai os subsídios. 
 
PIB nominal: PIB medido à preços correntes do próprio ano. 
PIB real: PIB medido à preços constantes entre dois anos. Leva em conta as mudanças de preços. 
PIB nominal pode aumentar por 3 razões: 
-a produção de bens e serviços aumentou, 
-os preços dos bens e serviços subiram, 
-preço e produção aumentaram. 
 
Para transformar o PIB nominal em real utiliza-se a fórmula: 
 
PIB real = PIB nominal x 100/índice geral de preços 
 
PRODUTO INTERNO LÍQUIDO (PIL) 
PIL = PNL + ou – renda líquida enviada ao exterior 
PIL = PIB – depreciação 
 
 
 
 
36
PIB pela ótica das despesas: somar as despesas dos agentes da economia. 
1.Despesas de consumo: famílias 
2.Despesas de investimentos privados: empresas 
3.Despesas de governo: governos federal, estadual e municipal 
4.Exportações líquidas: exportações – importações 
 
1.Despesas de consumo: são compras realizadas pelos consumidores de bens e serviços produzidos 
correntemente, bens domésticos e estrangeiros. 
-bens duráveis, bens não-duráveis e serviços 
 
2.Despesas com investimentos privados 
a.despesas com novas instalações e equipamentos 
b.moradias construídas recentemente 
c.estoques 
d.Investimentos bruto em capital fixo: total de despesas com novos investimentos 
e.Depreciação: desgaste 
f.Investimento líquido em capital fixo: subtraímos a depreciação do investimento bruto 
 
*investimento produtivo significa compras de novos bens de capital físico para as empresas 
 
PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB): é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais 
produzidos em determinado período de tempo, não necessariamente dentro do terrítório econômico 
nacional, mas necessariamente, com capital nacional. 
PNB(Produto Nacional Bruto): expressa o valor global de bens e serviços produzidos por brasileiros, 
localizados no país ou for a dele. Inclui a produção pertencente apenas aos indivíduos de uma nação, ou 
seja, é a renda que efetivamente pertence aos residentes do país. 
Tanto o PIB como o PNB expressam o valor global monetário de todos os bens e serviços finais 
produzidos no país durante um determinado período de tempo, geralmente um ano. 
 
PNB = PIB + renda recebida do exterior – renda enviada ao exterior 
 
 
PRODUTO NACIONAL LÍQUIDO (PNL) = PNB – depreciação ou amortização 
 
 
 
37
PNL = gastos em consumo privado + gasto público + investimento líquido + exportações líquidas 
 
 
Outra maneira de medir a renda nacional é através do Valor Adicionado que é o valor do produto de 
uma empresa menos o custo dos produtos intermediários comprados de seus provedores externos. 
Valor adicionado (ou valor agregado) é o valor que se adiciona ao produto em cada estágio de 
produção. 
 
VA = valor bruto da produção (receita de vendas) + compra de bens e serviços intermediários 
 
Valor adicionado é igual ao valor do produto da empresa menos o custo dos produtos intermediários 
comprados pela empresa de seus fornecedores. 
 
 
Variáveis utilizadas na medida do produto 
Consumo privado ( C ): O consumo é o objetivo da economia e os gastos constituem o maior 
componente do produto nacional. Os gastos em consumo são divididos em três componentes: bens de 
consumo duráveis; bens de consumo não-duráveis e serviços. 
 
Consumo público ( G ): gastos do governo com serviços, defesa, saúde, justiça, educação, construção 
de estradas e parques, etc. 
 
Investimento ( I ): produção de bens de capital (bens de investimento) que auxiliarão na produção dos 
anos futuros. O investimento é composto de três categorias: investimento na planta e equipamentos das 
empresas; construção de residências (habitações); variação nos estoques. 
 
Exportações líquidas (X – M) = exportações (X) – importações (M) 
 
Exportações: bens e serviços que os países destinam ao exterior, isto é, os que são vendidos para for a 
do país. 
Importações: bens e serviços que um país compra do exterior. 
 
 
 
 
 
38
Medindo o “produto” do país 
1.Pela ótica da renda: 
- Rendaé a remuneração, em reais, pelo uso dos fatores de produção, ou seja, consiste na remuneração 
de todos os fatores utilizados pelas empresas para fabricação de seus produtos ou a prestação de seus 
serviços. 
O PIB pode ser dividido em lucros, salários, juros, arrendamentos, aluguéis e dividendos. A receita, 
que mede o valor da produção, ou seja, do produto, é “distribuída” entre os vários componentes da 
renda. A renda nacional equivale ao PIB, porque a Y (renda) = C(consumo) + S(poupança) + 
T(tributos). 
O lucro é interpretado nas contas nacionais como a remuneração da capacidade empresarial, obtida da 
diferença entre a receita da venda e o pagamento dos demais fatores. 
2.Pela ótica da despesa nacional 
Despesa nacional: é o gasto dos agentes econômicos com o produto interno bruto, ou seja, ela revela 
quais são os setores compradores do PIB. Em um país de economia aberta, a oferta agregada inclui, 
além do PIB (oferta interna de bens e serviços, as mercadorias e serviços importados). 
Oagreg. = PIB + imp. 
 
Em relação a demanda agregada, além dos gastos internos em consumo e em acumulação, por parte das 
famílias, empresas e governo, somam-se as exportações de mercadorias e serviços. 
O gasto externo líquido = E – M 
*exportações geram renda internamente 
*importações desviam a renda para o exterior 
Da = C + G + I + X (E – M) 
 
Conclusão: Para gerar um produto é necessário remunerar os fatores utilizados na sua produção, 
significando que a produção agregada (PIB) é igual a renda nacional. 
A renda destina-se ao consumo, poupança e pagamento de impostos. 
O produto é absorvido em consumo, investimentos e gastos do governo e exportações líquidas. 
Como a soma de C + I + E – M equivale ao PIB, então: 
RN = PIB = Despesa nacional 
*esta igualdade ocorrerá apenas quando a Oa = Da 
 
 
 
 
 
39
 
 
DETERMINAÇÃO DA RENDA E DO PRODUTO NACIONAL 
 
Modelo Básico Keynesiano 
Jonh M. Keynes: é necessária a intervenção do governo para regular a atividade econômica e levar a 
economia ao pleno emprego. 
 
Hipóteses do Modelo Básico 
1. Economia com desemprego de recursos (subemprego): supõe a existência de desemprego, ou seja, a 
economia em equilíbrio abaixo do pleno emprego. 
2. Nível geral de preços constantes: estímulo à demanda, eleva a produção e não os preços (capacidade 
ociosa). 
3. Curto prazo (pelo menos um fator de produção permanece constante): supõe que o estoque de 
fatores de produção não se altera no curto prazo apenas o grau de utilização. 
4. Oferta agregada potencial fixa 
Oferta agregada: é o valor total da produção de bens e serviços finais colocados à disposição da 
coletividade num dado período. É o próprio produto real ou PIB. 
Oferta agregada potencial refere-se à produção máxima da economia, quando os fatores de produção 
estão plenamente empregados. 
Oferta agregada efetiva: refere-se a produção que está efetivamente colocada no mercado. 
5. Princípio da demanda efetiva 
Demanda ou procura agregada é a soma dos gastos planejados dos quatro agentes macroeconômicos: 
despesas das famílias com bens de consumo (C), gastos das empresas com investimentos (I), gastos do 
governo (G) e despesas líquidas do setor externo (X-M). 
DA = C + I + G + (X-M) 
* as alterações no nível de renda e produto devem-se à demanda agregada. (Princípio da demanda 
efetiva) 
 
Equilíbrio macroeconômico 
 renda de pleno emprego ocorre quando todos os recursos produtivos disponíveis estão 
empregados e a economia está produzindo com plena capacidade. 
 
 
 
40
 Renda de equilíbrio ou renda efetiva: é determinada quando a oferta agregada iguala a 
demanda agregada de bens e serviços. 
 
Objetivo da política econômica ou modelo keynesiano é encontrar o equilíbrio a pleno emprego, fazer 
o equilíbrio entre oferta e demanda agregada coincidir com a renda ou produto de pleno emprego. 
 
CONSUMO AGREGADO 
Fatores que afetam o consumo: 
a) renda nacional 
b) estoque de riqueza ou patrimônio 
c) taxa de juros de mercado 
d) disponibilidade de crédito 
e) expectativas sobre a renda futura 
f) rentabilidade das aplicações financeiras 
C = f (RND) 
Propensão marginal a consumir: variação esperada no consumo decorrente de uma variação na renda 
disponível. 
PMgC = variaçãoC/variaçãoRND 
 
POUPANÇA AGREGADA 
Poupança é a parte residual da renda nacional disponível, ou seja, parcela da renda nacional que não é 
gasta em bens de consumo. 
S = f (RND) 
Propensão marginal a poupar: relação entre a variação da poupança e a variação da renda disponível. 
 
INVESTIMENTO AGREGADO 
Investimento é o acréscimo ao estoque de capital que leva ao crescimento da capacidade produtiva. 
Curto prazo: gastos necessários para a ampliação da capacidade produtiva. 
Longo prazo: aumento efetivo da quantidade produzida (produção ou oferta agregada) 
* o investimento é a principal variável para explicar o crescimento da renda nacional de um país. 
QUESTÕES PARA REVISÃO: 
1.O PILcf não corresponde a: 
a.( )PIBcf menos depreciação 
 
 
 
41
b.( )PNLcf mais RLEEx 
c.( )PILpm menos impostos indiretos mais subsídios 
d.( )PNLcf mais depreciação 
 
2.O produto interno bruto a preços de mercado equivale a: 
a.( )PIBcf + RLEEx 
b.( )PILcf + impostos indiretos + depreciação – subsídios 
c.( )PILpm + amortizações de empréstimos externos 
d.( )PNLpm + dívida externa bruta 
 
3.Porque os economistas usam PIB real, e não o PIB nominal, para medir o bem-estar econômico? 
4.Diga se a afirmação é falsa ou verdadeira e justifique: “O produto nacional a preço de mercado é 
medido a partir dos valores que refletem os custos de produção, a remuneração dos fatores, enquanto o 
produto nacional a custo de fatores é medido a partir dos valores transacionados no mercado. 
 
5.O produto interno bruto equivale a: 
a.( )remuneração dos ativos pertencentes aos nacionais 
b.( )renda devida à produção dentro dos limites territoriais do país 
c.( )a renda que pertence efetivamente aos nacionais 
d.( )a remuneração dos ativos pertencentes aos estrangeiros 
 
SISTEMA MONETÁRIO 
 
Política Monetária: entende-se a atuação do Banco Central para definir as condições de liquidez da 
economia. 
 
Moeda: é tudo aquilo que é geralmente aceito para liquidar as transações, isto é, para pagar pelos bens e 
serviços e para quitar obrigações. 
 
Funções da moeda 
- meio de troca 
- unidade de conta 
- reserva de valor 
 
 
 
42
 
Tipos de Moeda 
-Moeda-mercadoria: mercadoria utilizada como moeda. 
-Moeda-papel: nota de papel que possui lastro. 
-Papel-Moeda ou Moeda Fiduciária: notas de papel sem lastro, apenas garantidas pelo governo. 
 
DEMANDA DE MOEDA 
O preço de uma mercadoria é a expressão monetária do valor de troca de um bem. 
 
-Motivo transação: demanda por moeda pelos bens que ela pode adquirir. 
-Motivo precaução: a incerteza com relação ao futuro faz com que os indivíduos demandem moeda 
como reserva de valor. 
Motivo especulação: o indivíduo guarda moeda a espera do melhor momento para adquirir títulos que 
permitam rendimento. 
 
Velocidade de circulação da moeda: número de transações liquidadas com a mesma unidade monetária. 
 
* A demanda por moeda depende da renda e da taxa de juros. 
 
OFERTA DE MOEDA 
Em um sistema sem lastro, tem-se a moeda fiduciária. 
Banco Central: responsável pela oferta de moeda. 
 
Funções: 
-controlar a oferta monetária 
-zelar pelo valor da moeda nacional 
-regular e fiscalizar o sistema financeiro 
 
Bancos: 
-intermediações financeiras 
-captam recursos para empréstimos 
 
Depósitos = reservas (R ) + empréstimos (EB) 
 
 
 
43
 
Reservas compulsórias: parcela dos depósitos que os bancos são obrigados legalmente a depositar junto 
ao Banco Central. 
Reservas voluntárias: recursos que os bancos mantem junto ao BC por opção. 
 
Base Monetária: corresponde a soma do papel-moeda em poder do público mais as reservas dosbancos. 
 
Multiplicador Monetário 
M1 = k.BM 
 
Meios de pagamento: corresponde ao conjunto de ativos utilizados para liquidar transações. 
Quase-moeda: são ativos que possuem alta liquidez, embora não tão imediata, e que rendem juros, 
como os títulos públicos, as cadernetas de poupança, os depósitos à prazo e alguns títulos privados, 
como letras de câmbio e imobiliárias. 
Ex.: fundos de aplicação financeira, certificado de depósito bancário. 
Liquidez: é a capacidade de um ativo converter-se rapidamente em poder de compra, isto é, 
transformar-se em mercadorias. 
Lastro: ativo ou mercadoria que respalda o valor da moeda, isto é, no qual a moeda-papel pode ser 
convertida. 
Correção Monetária: correção dos valores nominais por dado índice de preços, de modo a compensar a 
perda de valor da moeda decorrente da inflação. 
Indexação: mecanismo de proteção dos valores nominais por dado índice de preços, de modo a 
compensar a perda de valor da moeda decorrente da inflação. 
 
AGREGADOS MONETÁRIOS 
M1 = PMP + depósitos à vista 
M2 = M1 + títulos públicos 
M3 = M2 + depósitos em cadernetas de poupança 
M4 = M3 + depósitos à prazo fixo 
 
Desmonetização: em épocas de inflação acelarada, há uma forte diminuição de M1 em relação aos 
demais agregados. 
 
 
 
44
Monetização: em épocas de queda na inflação, há um aumento de participação do M1. 
 
CRIAÇÃO E DESTRUIÇÃO DOS MEIOS DE PAGAMENTO 
Criação:quando uma quase-moeda ou um ativo não-monetário se torna uma moeda pelo conceito M1. 
Quando há aumento do volume de meios de pagamento. 
Destruição: quando uma moeda pelo conceito M1 se transforma em uma quase-moeda ou em um ativo 
não-monetário. Quando há redução dos meios de pagamento. 
 
INSTRUMENTOS DE CONTROLE MONETÁRIO 
Banco Central é o órgão responsável pela condução da política monetária. 
 
Funções adicionais do Bacen no Brasil 
-administração das reservas internacionais 
-condução da política cambial 
-banco do Tesouro Nacional, administrando sua conta corrente 
 
Instrumentos de controle monetário 
-emissão de papel-moeda 
-guardião das reservas dos bancos (reservas compulsórias) 
-empréstimos de liquidez e taxa de redesconto 
-operações de mercado aberto 
 
Operações ativas: aplicações de recursos captados do público. 
Operações passivas: captação de recursos do público, instituições financeiras e Banco Central. 
 
Empréstimos de assistência à liquidez: empréstimos realizados à instituições financeiras para cobrir a 
insuficiência de caixa. 
Taxa de redesconto: taxa cobrada pelo Bacen em seus empréstimos aos bancos comerciais. 
Operações de mercado aberto: compra e venda de títulos públicos pelo Bacen junto ao mercado. 
 
TAXA DE JUROS 
Custo de um empréstimo ou retorno de um aplicação. 
A taxa de juros afeta: 
 
 
 
45
-decisões de consumo dos indivíduos; 
-decisões de investimentos; 
-a magnitude do déficit público; 
-fluxo de recursos externos para a economia; 
-valor da taxa de câmbio; 
-competitividade dos produtos do país. 
 
REVISÃO: 
1.Responda com F ou V: 
a.( )A moeda é um ativo utilizado para realizar transações econômicos. Quando um indivíduo, 
segundo Keynes, guarda moeda para esperar o melhor momento para adquirir títulos que permitam 
rendimentos pode-se afirmar que o motivo pelo qual este indivíduo demanda moeda é especulação. 
b.( )A liquidez é a capacidade de um ativo converte-se rapidamente em poder de compra. Pode-se 
afirmar que o agregado monetário de maior liquidez é o M4. 
c.( )São funções da moeda: meio-de-troca, unidade de conta e reserva de valor. 
 
2.Assinale a afirmativa correta: 
Entre os ativos citados abaixo, assinale o de menor liquidez: 
a.( )M4 
b.( )M2 
c.( )M1 
d.( )M3 
 
A fórmula papel-moeda em poder do público + depósitos à vista + títulos públicos + depósitos em 
caderneta de poupança corresponde ao conceito de: 
a.( )M1 
b.( )M2 
c.( )M3 
d.( )M4 
 
 
 
 
 
 
 
46
SETOR PÚBLICO 
Política Fiscal: atuação do governo no que diz respeito à arrecadação de impostos e aos gastos. 
I – A Função Financeira do Estado 
- a intervenção do estado faz-se necessária porque o sistema de preços não consegue cumprir 
algumas funções. 
1) Função alocativa: fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema 
de preços (mercado). 
Falhas de mercado 
a) Externalidades: ação de determinados agentes pode ter impactos sobre o resultado 
pretendido por outros agentes (positivas e negativas) 
b) Economias de escala: situação em que o aumento da produção de determinado bem, por 
uma única empresa, leva à redução do custo médio por produto. 
c) Bens públicos são caracterizados como de consumo não excludente e não rival. 
Bens públicos caracterizam-se pela impossibilidade de excluir determinados indivíduos de seu 
consumo. 
Um bem público de consumo não excludente só funciona quando a utilização do bem não está saturada. 
Bem público “puro”: serviço de meteorologia. 
Bem rival: consumo realizado por um agente exclui automaticamente o consumo por outros 
indivíduos. 
Bem não-rival: o consumo realizado por um indivíduo não diminui a quantidade a ser consumida pelos 
demais indivíduos. 
Bens semi-públicos ou meritórios: satisfazem o princípio da exclusão. 
Ex.: Serviço de saúde 
2) Função distributiva: o governo funciona como agente redistribuidor de renda; através da 
tributação retira de segmentos mais ricos e transfere para segmentos menos favorecidos. 
3) Função Estabilizadora: intervenção do governo na economia, para alterar o comportamento 
dos níveis de preços e emprego. 
 
Receita do Governo 
- arrecadação através de impostos (diretos ou indiretos), taxas e contribuições. 
- o total de impostos arrecadados no país corresponde à chamada carga tributária bruta. 
Imposto Direto: incide sobre a renda e a riqueza. 
Ex.: IRPF 
 
 
 
47
Imposto Indireto: incide sobre transações de mercadorias e serviços. 
Ex.: ICMS 
Imposto regressivo: aumento na contribuição é proporcionalmente menor que o incremento ocorrido 
na renda. 
Ex.: ICMS, IPI 
Impostos proporcionais ou neutros: aumento da contribuição é proporcionalmente igual ao aumento 
da renda. 
Impostos progressivos: aumento na contribuição é proporcionalmente maior que o aumento ocorrido 
na renda. 
 
GASTOS DO GOVERNO 
-despesas correntes ou gastos de custeio (funcionários públicos, bens e serviços e materiais) 
-transferências 
 
DÉFICIT PÚBLICO E DÍVIDA PÚBLICA 
O total de impostos arrecadados no país corresponde à chamada carga tributária bruta. 
 
CTB – transferências governamentais (juros sobre a dívida pública, subsídios e gastos com assistência 
e previdência social) = CT líquida 
 
Poupança do governo = CT líquida – consumo do governo 
 
 
Déficit público: quando os gastos superam o montante da arrecadação. 
Déficit público = investimentos governamentais – poupança do governo em conta corrente 
 
Déficit nominal: fluxo líquido de novos financiamentos. Engloba qualquer demanda de recursos pelo 
setor público (despesas financeiras, pagamento de juros sobre a dívida pública). 
NFSP: Necessidade de financiamento do setor público não-financeiro. Tem por objetivo medir a 
pressão do setor público não-financeiro sobre os recursos financeiros da economia, ou seja, sobre a 
poupança. É muito sucetível as variações nas taxas de inflação. 
 
NFSPcn = G-T-iB 
G= total de gastos públicos não-financeiros 
T= total da arrecadação não-financeira 
i= taxa de juros nominal 
 
 
 
48
B= estoque de títulos públicos 
1.NFSP conceito nominal (NFSPcn): engloba qualquer demanda de recursos pelo setor público, 
inclusive para fazer frente as despesas financeiras (pagamentos de juros sobre a dívida pública). 
 
2.NFSP conceito operacional (NFSPco): deduz as correções monetárias e cambial pagas sobre a dívida. 
Esta última ficou conhecida como déficit operacional do setor público. 
 
Déficit primário ou fiscal: diferença entre

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