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Exame do ombro 1 � Exame do ombro 📖 Bates, capítulo 16 � Ombro: Neer, Jobe, Gerber, sinal de queda do braço, Hawkin, arco doloroso, força do músculo infra- espinhal ou teste da resistência à rotação externa, Yergasson Exame ortopédico do ombro Articulação glenoumeral → grande amplitude em seu movimentos em todas as direções Cintura escapular → estrutura complexa interconectada de três articulações, três grandes ossos e três principais grupos musculares Estabilizadores dinâmicos: músculos do manguito rotador (supra-espinhal, infra-espinhal, subescapular e redondo menor) que se originam na escápula e se inserem no úmero Estabilizadores estáticos: estruturas ósseas da cintura escapular, o lábio glenoidal, a cápsula articular e os ligamentos glenoumerais Três articulações no ombro: 1. Art. glenoumeral 2. Art. esternoclavicular 3. Art. acromioclavicular Três grupos musculares: 1. Grupo escapuloumeral → rotação lateral do ombro, espurrão o ombro para baixo e gira a cabeça do úmero; músculos supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular 2. Grupo axioescapular → rotação da escápula e puxam o ombro posteriormente; músculos levantador da escápula, romboides, trapézio 3. Grupo axioumeral → rotação do ombro internamente; músculos peitoral maior, peitoral menor e latíssimo do dorso; os músculos bíceps braquial e tríceps braquial também estão envolvidos nos movimentos do ombro Outras estruturas: Cápsula articular e as bolsas também são muito importantes na movimentação do ombro A cápsula é revestida por uma membrana sinovial com duas evaginações – a bolsa subcapsular e a bainha sinovial do tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial A principal bolsa do ombro é a bolsa subacromial, posicionada entre o acrômio e a cabeça do úmero, logo acima do tendão do músculo supraespinal Grupos escapuloumeral e axioescapular Exame do ombro 2 Tipos de acrômio: Plano Curvo Ganchoso → Quanto mais ganchoso, mais possibilidade de lesão do manguito rotador Plexo braquial � Lesão: Traumática ou atraumática? Inicio da dor Repentina: traumas, doenças inflamatórias Crônica: degenerativas, artrose... Tipo da dor Aguda, latejante, agulhada Continua ou não, com exacerbação norturna? � Patologias comuns do ombro: Tendinite do manguito rotador Lesão parcial ou total do manguito rotador Tendinopatia do bíceps braquial Instabilidade glenoumeral Artrose acrômio-clavicular Artrose glenoumeral Luxação acrômio-clavicular Luxação glenoumeral Inspeção Grupo axioumeral Exame do ombro 3 De frente para o paciente, inspecione o ombro e a cintura escapular e depois as escápulas e os músculos correlacionados na parte posterior Observe se existe tumefação, deforminadade, atrofia ou fasciculações musculares, ou posicionalmento anormal Verifique se existe tumefação na região anterior da cápsula articular ou algum abaulamento na bolsa subacromial, sob o músculo deltoide Examine todo o membro superior à procura de mudanças de coloração, alterações cutâneas ou contornos ósseos fora do comum � A escoliose pode causar elevação de um dos ombros, com deslocamento anterior do ombro, o aspecto arredondado lateral do ombro parece achatado Atrofia dos músculos supraespinal e infraespinal com maior proeminência da espinha da escápula no decorrer de 2 a 3 semanas após ruptura do manguito rotador A atrofia infraespinal tem uma razão de verossimilhança (RV) positiva de 2 para a doença do manguito rotador O edema no acúmulo de líquido sinovial é raro e deve ser significativo antes que a cápsula de articulação glenoumeral pareça distendida A tumefação na articulação acromioclavicular é mais fácil de detectar porque articulação é mais superficial Palpação → Palpe os contornos dos marcos ósseos e estruturas do ombro → Palpe qualquer área de dor Palpe: Articulação esternoclavicular, acompanhe lateralmente a clavícula com seus dedos Por trás, acompanhe a espinha óssea da escápula lateralmente e para cima, até que ela se transforme no acrômio; identifique a extremidade anterior do acrômio Comprime medialmente com seu polegar até encontrar a crista ligeiramente elevada que marca a extremidade distal da clavícula, na articulação acromioclavicular A seguir, o examinador desloca o polegar medialmente e para baixo por uma distância curta até a próxima proeminência óssea, o processo coracoide da escápula Face lateral do úmero, para palpar o tubérculo maior, no qual se inserem os músculos SIRS Tendão do músculo bíceps braquial no sulco bicipital intertubercular Ao pesquisar a existência de hipersensibilidade Você também pode fazer uma rotação externa do antebraço, localizar o músculo distalmente no cotovelo e acompanhar o músculo e seu tendão proximalmente até o sulco intertubercular Bolsas subacromial e subdeltóidea e os músculos SIRS, primeiro estenda o úmero de forma passiva, elevando o cotovelo para trás Os músculos SIRS subjacentes palpáveis são: Supraespinal → diretamente sob o acrômio M. infraespinal → posteriormente ao m. supraespinal M. redondo menor → posteriormente e inferiormtente à ruptura do m. supraespinal do manguito rotador M. subescapular → insere-se anteriormente e não é palpável A cápsula articular fibrosa e os grandes tendões achatados do manguito rotador apresentam uma associação tão íntima que têm de ser examinados ao mesmo tempo Palpe o sulco bicipital e o tendão. Estenda o úmero posteriormente. Exame do ombro 4 Palpe a cápsula e a membrana sinovial abaixo da parte anterior e posterior do acrômio � Dor à palpação e derrame sugerem sinovite da articulação glenoumeral Se as margens da cápsula e a membrana sinovial forem palpáveis, um derrame moderado a grande estará presente; sinovite mínima não pode ser detectada na palpação. Amplitude de movimento 1. Seis movimentos da cintura escapular: flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna (medial) e rotação externa (lateral) 2. Verifique se o movimento é suave e uniforme postando-se de frente para o paciente, enquanto ele executa os movimentos 3. Teste a força do músculo Flexão Músculos: deltoide anterior, peitoral maior (cabeça clavicular), coracobraquial e bíceps braquial Instrução: levante seus braços à frente e acima da cabeça Extensão Músculos: latíssimo do dorso, redondo maior, deltoide posterior, bíceps braquial (cabeça longa) Instrução: leve seus braços para trás Abdução Músculos: supraespinal, deltoide, serrátil anterior (por rotação para cima da escápula) Adução Músculos: peitoral maior, coracobraquial, latíssimo do dorso, redondo maior, subescapular Instrução: cruze os braços à frente de seu corpo Rotação interna Músculos: subescapular, deltoide (parte anterior), peitoral maior, redondo maior, latíssimo do dorso Instrução: coloque uma das mãos nas costas e toque sua escápula Rotação externa (lateral) Músculos: infraespinal, redondo menor, deltoide (parte posterior) Instrução: levante os braços até o nível do ombro; dobre o cotovelo e rode seu antebraço em direção ao teto OU coloque uma das mãos atrás do pescoço como se você estivesse penteando o cabelo Palpe a bolsa subacromial. Exame do ombro 5 Instrução: Levante seus braços para o lado e acima da cabeça. Manobras → Cinco manobras que possuem as melhores RVs e os intervalos de confiança mais estreitos são atualmente recomendadas: Um teste de provocação da dor Três testes de força Um teste composto Para provas: (teórica e semiotec) Sinal de compressão de Neer: supra- espinhal → faça compressão com uma das mãos sobre a escápula para impedir seu movimento e erga o braço do paciente com a outra mão, isso comprime a tuberosidade maior do úmero contra o acrômio. A resposta é positiva quando há aparecimento de dor no ombro ou no braço. (teórica e semiotec) Teste de Jobe ou da “lata vazia”: avalia lesão do músculo supraespinhal. A manobra é realizada pela elevação ativa do membro superior rodado medialmente no plano da escápula. Aresposta positiva é o aparecimento de dor na face ântero-lateral do ombro acompanhada ou não da diminuição da força, ou incapacidade para a realização do movimento (teórica e semiotec) Teste de Gerber ou rotação interna: avalia o músculo subescapular. A manobra consiste na realização ativa do movimento de afastamento da mão do dorso. A incapacidade da manutenção da mão afastada do dorso ou a impossibilidade de fazê-lo, sugere lesão do músculo subescapular (semiotec) Teste de arco doloroso (bolsa subacromial e manguito rotador): efetue a adução completa do braço do paciente de 0° a 180°. A resposta é positiva quando há dor entre 70º e 120º (semiotec) Teste de impacto de Hawkings Kennedy: maguito rotador → flexione o ombro e o cotovelo do paciente a 90°, com a palma de sua mão voltada para baixo. Em seguida, com uma das mãos no antebraço e a outra no braço, efetue a rotação interna do braço. Isso comprime a (semiotec) Teste para queda do braço (supraespinal): solicite ao paciente que abduza totalmente o braço no nível do ombro, até 90° e abaixe-o lentamente. Observe que a abdução acima do nível do ombro, de 90° a 120° reflete a ação do músculo deltoide Exame do ombro 6 tuberosidade maior do úmero contra o tendão do músculo supraespinal e o ligamento coracoacromial. A presença de dor ou diminuição da força caracteriza o exame positivo sugerindo bursite e/ou tendinite do supra-espinhal (semiotec) Teste de resistência de rotação externa (infraespinal): solicite ao paciente que aduza e flexione os cotovelos a 90° com os polegares virados para cima. Estabilize o cotovelo com uma das mãos e aplique pressão proximal ao pulso do paciente conforme o paciente pressiona o punho para fora em rotação externa Teste do atraso da rotação interna (subescapular): peça ao paciente para colocar o dorso da mão nas costas com o cotovelo dobrado em 90°. Em seguida, erga a mão nas costas, o que gira internamente o ombro. Peça ao paciente para manter a mão nessa posição (semiotec) Supinação do antebraço ou de Yergasson: músc. bíceps barquial →no teste de Yergasson o paciente deve se posicionar com o braço junto ao tronco, cotovelo em flexão de 90° e em pronação. Por fim, é solicitado ao mesmo que faça supinação ativa e extensão do antebraço contra a resistência. É importante que durante a manobra o examinador palpe o tendão da cabeça longa do bíceps no sulco intertuberal, local onde o paciente irá referir dor ou instabilidade em caso de teste positivo. Positivo: dor indicando tendinite do tendão da cabeça longo m.bíceps braquial → Outros testes Rotação geral do ombro Teste da escarificação de Apley: peça ao paciente para tocar a escápula oposta usando os dois movimentos mostrados a seguir. Testes de força Teste de atraso da rotação externa (supraespinal e infraespinal): com o braço do paciente flexionado em 90° com palma virada para cima, efetue a rotação externa total do braço Exame do ombro 7 Outros testes (aula prof. Leandro) Teste do supra-espinhal: elevação ativa do MS no plano da escápula em extensao e rotação neutra contra a resistência, pode apresentar dor, diminuição de força ou incapacidade de elevar o membro, indica desde tendinite até rupturas completas do supra-espinhal Teste do infra-espinhal: avalia o músculo infra-espinhal. A manobra consiste na realização ativa da rotação externa contra resistência com o ombro abduzido a 90º e o cotovelo fletido a 90º. Sem mover o cotovelo. A presença de dor ou diminuição da força, caracteriza o exame positivo sugerindo lesão do músculo infra- espinhal Teste de Patte: membro superior em abdução a 90°, o paciente deve forçar a rotação externa contra a resistência, também avalia o infra-espinhal Teste da Gaveta ou avaliação da estabilidade: permite identificar instabilidade capsuloligamentar. A manobra consiste no deslocamento passivo anterior e posterior da cabeça do úmero com relação a glenóide. Teste de Fukuda ou da instabilidade posterior: deve-se aduzir, fletir e rodar medialmente o braço, na tentativa de se deslocar posteriormente a cabeça do úmero. Se houver instabilidade posterior, essa manobra causa subluxação da cabeça do úmero. Teste de Yokum: o paciente coloca a mão sobre o ombro oposto e procura fletir o braço ativamente ou passivamente, elevando o cotovelo ativamente, nesse teste o tubérculo maior desloca-se sob a articulação acromioclavicular, gerando dor se houver osteófitos nesta articulação Teste de Speed ou palm up: flexão ativa do membro superior e rotação externa, contra a resistência, indica presença de alterações da cabeça longa do bíceps Exame do ombro 8 Teste da apreensão: simula os movimentos que produzem a luxação. A manobra consiste na realização passiva da abdução, rotação lateral e extensão do ombro. Quando há instabilidade anterior, a sensação de luxação eminente provoca a apreensão do paciente Teste do sulco: ombro em posição neutra a 90%, o examinador puxa o ombro do paciente em sentido caudal, o aparecimento de um suco de 1cm ou mais entre acrômio e a cabeça do úmero indica frouxidão- capsulo-ligamentar Sinal da tecla de “piano”: mostra a presença de luxação acrômio- clavicular
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