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APG - Aborto 4 periodo

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APG Aborto 
- Compreender a fisiopatologia de cada aborto 
Classificação:
Ameaça de abortamento: sangramento discreto com ausência de dor ou dor discreta, apresenta colo do útero fechado e não apresenta alteração no exame de ultrassonografia. É recomendado o repouso, abstinência sexual, realização de ultrassonografias regulares para acompanhar a evolução da gestação e, se necessário, uso de medicação indicada pelo médico.
Abortamento inevitável: o aborto é considerado como inevitável quando o produto da concepção perde a vitalidade, o que pode ser evidenciado em exames de ultrassonografia. Nesse caso, diferentemente da ameaça de abortamento, há um sangramento e dor mais intensos, e o orifício do colo uterino encontra-se entreaberto. 
Abortamento completo: nesse caso, ocorre a eliminação total do produto da concepção. Apresenta sangramento discreto ou ausente, ausência de dor, colo do útero fechado e o exame de ultrassonografia revela o útero vazio, podendo ser visualizado apenas alguns coágulos. 
Abortamento incompleto: nesse caso, ocorre a eliminação parcial do produto da concepção. Apresenta como sinais dores e sangramentos mais intensos, o colo do útero encontra-se entreaberto e o exame de ultrassonografia mostra restos ovulares. 
Abortamento infectado: o aborto infectado é caracterizado pela presença de restos do produto da concepção no útero e a ocorrência de infecção. É observado, nesses casos, um sangramento irregular, dor, febre, a presença de secreção purulenta, útero amolecido. Se não tratada de forma rápida, a infecção pode se espalhar e evoluir para septicemia. Esse tipo de aborto é comum em quem faz aborto de forma ilegal, devido, principalmente, às condições adversas das clínicas clandestinas. Esse tipo de aborto apresenta uma alta taxa de mortalidade materna.
Abortamento retido: nesse caso, há a morte do produto da concepção, entretanto, o material fica retido por mais de trinta dias no organismo da mãe. Não apresenta sangramento ou dor, mas os sintomas da gravidez diminuem e a ultrassonografia revela ausência de batimento cardíaco fetal (BCF) ou ausência do embrião no saco gestacional, que estando íntegro (ovo anembrionado ou ovo cego), em dois exames intercalados num intervalo de 15 dias. 
Abortamento habitual: é considerado como abortamento habitual, os casos em que a mulher apresenta três abortos espontâneos consecutivos. 
ABORTO CRIMINOSO
Aborto eugênico: É aquele praticado na presunção de que o futuro filho herdaria dos pais doenças ou anormalidades físicas ou mentais. Permite-o a legislação de diversos países. No Brasil, a permissão a esse tipo de aborto jamais encontrou guarida. Nesses casos o aborto é motivado por alguma doença ou anomalia que o concepto venha a ter. 
Aborto econômico: Esta modalidade é praticada sobre a fundamentação de ser a família pobre e não ter condições de criar o filho que vai nascer e prejudicar a já difícil criação dos demais filhos já nascidos. Aqui não há justificativa quanto ao querer ou não dos pais, a única justificativa apresentada é a de que uma nova criança é economicamente inviável.
Aborto por comprometimento da saúde psíquica da mãe: Aqui a justificativa é o abalo que a gestante sofrerá com a gestação e, se balizando nisto, resolve abortar. As alterações psíquicas originadas com a gravidez são um risco de toda maternidade. Ademais, sabemos que os distúrbios causados nas mulheres pelo próprio abortamento é muito maior do que se sofre para sustentar a vida do filho, e especialmente o remorso das mulheres que abortam traz problemas psicológicos sérios.
Aborto por gravidez indesejada: Esta é certamente a justificativa mais utilizada pelas gestantes que recorrem a este tipo de procedimento. Independentemente do motivo, por serem novas, por atrapalhar os estudos, por não quererem se comprometer com o pai ou para fugir das responsabilidades de um filho, o fato é que esta gravidez não é desejada pela gestante e por isso ela pretende abortar.
- Apontar os casos em que o aborto é legalizado no Brasil e qual a conduta a seguir
ABORTO LEGAL 
Aborto por risco de vida para a gestante: Também conhecido como aborto terapêutico ou aborto necessário. Aqui se autoriza o aborto quando a vida da gestante estiver correndo risco e não houver outra maneira de salvá-la. A justificativa que se dá para o fato de ser dispensável o consentimento da gestante é que a vida é um bem indisponível. Sendo assim, a gestante não pode decidir arriscar a sua vida para tentar salvar a vida do concepto.
Aborto por estupro: O aborto no caso de gravidez resultante de estupro, também conhecido como aborto sentimental ou humanitário, é aquele, como o próprio nome diz, em que a gestação é resultante de uma violação sexual. Para a configuração do crime de aborto são necessários dois requisitos: primeiro, que a gravidez seja resultante de estupro e segundo, que haja consenso prévio da gestante ou de seu representante legal.
Aborto nos casos de anencefalia: Anencefalia é definida como a “má-formação fetal congênita por defeito do fechamento do tubo neural durante a gestação, de modo que o feto não apresenta os hemisférios cerebrais e o córtex, havendo apenas resíduo do tronco encefálico”.
- Listar os fatores de risco para o aborto 
OLINTO, Maria Teresa Anselmo; MOREIRA-FILHO, Djalma de Carvalho. Fatores de risco e preditores para o aborto induzido: estudo de base populacional. Cadernos de Saúde Pública, v. 22, n. 2, p. 365-375, 2006.
Idade avançada da mãe – Com o avanço da idade materna, aumentam-se também as chances de aborto. Aos 45 anos, por exemplo, as chances de a mulher ter um aborto pode chegar a 80%;
Consumo de drogas lícitas (álcool e tabaco) e ilícitas;
Antecedentes de abortos espontâneos – o risco de um novo aborto aumenta após a ocorrência de dois abortos espontâneos;
Excesso ou baixo peso;
Uso de determinados medicamentos - é importante informar ao médico quais são os medicamentos utilizados antes mesmo de engravidar.
- Entender as complicações do aborto legal
COSTA, Raphael Mendonça. Tipos de aborto legal. Revista Eletrônica da Faculdade de Direito de Franca, Franca, v. 12, n. 1, p. 243-264, 2017. 
As consequências do aborto provocado no âmbito físico são hemorragias, infecções, lacerações uterinas, choque e em casos mais graves morte; no aspecto psicológico, a culpa, a vergonha e o estresse pós-traumático.
As complicações resultantes de abortos malfeitos podem levar à morte, tanto quanto podem afetar as subsequentes gestações, aumentando o risco de prematuridade, gravidez ectópica, abortamento espontâneo, e baixo peso ao nascer
- Analisar os dados epidemiológicos do aborto
CECATTI, José Guilherme et al. Aborto no Brasil: um enfoque demográfico. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 32, n. 3, pág. 105-111, 2010.
Mundialmente, a prevalência de aborto inseguro é estimada em 19 a 20 milhões, dos quais 97% pertence a países em desenvolvimento. Em 2000 ocorreram 14 abortos induzidos por 1.000 mulheres entre 15 a 44 anos. A maior prevalência é para a América Latina com 20 abortos por 1.000 mulheres entre 15 a 44 anos. 
Por meio da avaliação de uma série histórica de hospitalizações de 1992 a 2005 na rede pública, registradas no Sistema de Informação Hospitalar, do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), foram encontrados 1.054.242 internamentos por abortos, isto é, uma taxa média de 2,07 abortos por 100 mulheres entre 15 a 49 anos de idade. Constata-se uma tendência de redução das internações por abortamento até 1996 e, após esse período, ocorreu uma estabilização até 2005 em todas as regiões e para todos os grupos etários. Entretanto, as desigualdades regionais permanecem.
COSTA, Raphael Mendonça. Tipos de aborto legal. Revista Eletrônica da Faculdade de Direito de Franca, Franca, v. 12, n. 1, p. 243-264, 2017. 
OLINTO, Maria Teresa Anselmo; MOREIRA-FILHO, Djalma de Carvalho. Fatores de risco e preditores para o aborto induzido: estudo de base populacional. Cadernos de Saúde Pública, v. 22, n. 2, p. 365-375, 2006.
SOUZA, Zannety Conceição Silva do Nascimento;DINIZ, Normélia Maria Freire. Aborto provocado: o discurso das mulheres sobre suas relações familiares. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 20, n. 4, p. 742-750, 2011.
CECATTI, José Guilherme et al. Aborto no Brasil: um enfoque demográfico. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 32, n. 3, pág. 105-111, 2010.

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