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APG - CA de prostata 4 periodo

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- Revisar a anatomia do sistema genital masculino e fisiologia da próstata
- Órgãos sexuais internos: incluem os testículos, epidídimos, ductos deferentes, glândulas seminais, ductos ejaculatórios (incluindo a uretra), próstata e glândulas bulbouretrais.
- Órgãos sexuais externos: incluem o pênis, a porção distal da uretra e o escroto.
E de acordo com a função desempenhada, organizam-se em: 
- Órgão associado a gametogênese: testículos
- Vias condutoras: epidídimos, ductos deferentes e uretra
- Glândulas anexas: incluem as vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais
- Órgãos de suporte: escroto 
- Órgão copulador: pênis
Testículos - São órgãos pareados e que diferentemente dos ovários, se encontram fora da cavidade abdominal, no escroto. Esta localização mantém a temperatura testicular cerca de 2 graus mais baixa do que a temperatura corporal, o que é crucial para um desenvolvimento ótimo do espermatozoide.
Epidídimo - consiste em uma estrutura alongada localizada na face posterior do testículo. É formado por minúsculas alças (ou ductos) extremamente compactados. 
Ducto deferente – é a continuação do ducto do epidídimo, a porção final por onde são liberados os espermatozoides maduros que estavam armazenados. O ducto deferente tem paredes musculares relativamente espessas e um lúmen muito pequeno, o que confere a ele firmeza semelhante à de um cordão.
Glândulas seminais - O ser humano possui um par de glândulas seminais. São estruturas alongadas (tem cerca de 5 cm de comprimento, algumas vezes bem mais curta) situada entre o fundo da bexiga e o reto. Encontram-se em posição oblíqua superiormente à próstata e não armazenam espermatozoides.
Ductos ejaculatórios - medem aproximadamente 2,5cm, de paredes delgadas que se origina no colo da bexiga e atravessa a parte posterior da próstata. Embora atravessem a porção glandular da próstata, seguem sem contato com a secreção produzida nesta glândula, mantendo o líquido seminal inalterado em todo percurso até seu término, na porção prostática da uretra.
Próstata - tem aproximadamente 3 cm de comprimento e é a maior glândula acessória do sistema genital masculino. Apresenta consistência firme, do tamanho de uma noz e circunda a parte prostática da uretra.
Glândulas bulbouretrais - Também podem ser chamadas de glândulas de Cowper e tem o tamanho de uma ervilha cada. São glândulas exócrinas que liberam uma secreção mucosa na uretra, durante a excitação sexual como forma de limpar e lubrificar a uretra, por onde os espermatozoides passarão.
Uretra - é um tubo muscular que mede 18 a 22cm e que conduz urina do óstio interno da uretra na bexiga urinária até o óstio externo da uretra, localizado na extremidade da glande do pênis em homens. Como mencionado, a uretra também é a via de saída do sêmen durante a ejaculação.
Pênis - Consiste no órgão mascuilino responsável pela cópula. É atravessado pela uretra e fornece via de saída comum para a urina e para o sêmen. É formado por três corpos cilíndricos de tecido erétil: dois corpos cavernosos (dorsalmente) e um corpo esponjoso (ventralmente).
FISIOLOGIA DA PRÓSTATA 
A próstata produz um líquido alcalino que constitui entre 10% e 30% do sêmen. Durante a ejaculação, este líquido é acrescido ao esperma. A secreção prostática tem a função de proteger e nutrir os espermatozoides, contendo sais minerais e enzimas. Sua alcalinidade também ajuda a neutralizar a acidez da vagina, prolongando o tempo de vida dos espermatozoides. A próstata também tem músculos, que ao serem comprimidos ajudam a expelir o esperma.
- Entender a fisiopatologia do CA de próstata 
Câncer de próstata é mais comum em parentes de homens com câncer de próstata com início precoce. Contudo, embora muitas anormalidades genéticas, tanto com perda como com ganho de função, tenham sido identificadas, nenhuma ocorre em mais de 10% dos pacientes com câncer de próstata. 
A testosterona é necessária para a manutenção de um epitélio prostático normal, sadio, mas é também um pré-requisito para o desenvolvimento de câncer de próstata expressam níveis robustos de receptores androgênicos (RA), e a sinalização através do receptor androgênico resulta em crescimento, progressão e invasão pelo câncer de próstata. A inibição da sinalização, tipicamente pela redução cirúrgica farmacológica das concentrações resulta em apoptose e invasão do câncer de próstata. 
- Listar as manifestações clinicas, complicações e fatores de risco do câncer de próstata
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Frequentemente estão ausentes no momento do diagnóstico do câncer. O comportamento clínico do câncer de próstata varia de um tumor detectado, assintomático, microscópico e bem diferenciado, que pode nunca se tornar clinicamente significativo a um câncer significativo clinicamente, sintomático, agressivo, que causa metástases, morbidade e morte.
No momento do diagnóstico 78% dos pacientes tem câncer localizado, o envolvimento de linfonodo regional está presente em 12% e 6% estão com metástases distantes.
Assim, os sintomas associados a acometimento da próstata são raros, mas podem se apresentar por sintomas urinários como hematúria ou hematoespermia. No entanto esses sintomas são mais comuns associados a condições não malignas, como hiperplasia prostática benigna (HPB). Entre os 6% com doença metastática podem se apresentar com hematúria, incontinência urinária, disfunção erétil, perda de peso, fraqueza ou dor devido à compressão da medula espinhal, dor devido a fraturas patológicas, fadiga causada por anemia ou sintomas associados a insuficiência renal crônica.
COMPLICAÇÕES
As complicações mais temíveis são a disfunção erétil (30% a 60% dos casos) e a possibilidade de incontinência urinária grave (9%). O risco de disfunção erétil é maior depois dos 65 anos de idade.
FATORES DE RISCO
Sabe-se que os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença são a presença de testosterona e a idade. Além disso, dieta rica em gorduras e herança genética são fatores de risco secundários aceitos na etiologia do tumor. Sabe-se também que homens com parentes diretos portadores de câncer de próstata têm risco maior de desenvolver a doença. Esse risco é 2, 4 e 10 vezes maior que o da população geral quando 1, 2 ou 3 parentes diretos são portadores, respectivamente. 
- Compreender como se dá a prevenção e rastreamento do câncer de próstata 
PREVENÇÃO 
Ter uma alimentação saudável, Manter o peso corporal adequado, Praticar atividade física, Não fumar e Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
RASTREAMENTO
O rastreamento do câncer de próstata é a avaliação periódica e sistemática de uma população do sexo masculino saudável de uma determinada faixa etária, com objetivo de detectar doença curável, em homens com boa expectativa de vida. Para que essa medida seja valiosa deve reduzir a morbidade e/ou mortalidade da doença, detectando o câncer em estágio inicial.
Recentemente há muitas incertezas em relação ao PSA, o diagnóstico e o tratamento do câncer de próstata detectado em homens assintomáticos, não havendo evidências concretas que os benefícios de um programa de rastreamento para esse câncer seriam maiores do que os prejuízos.
Atualmente a indicação para o rastreamento dos cânceres está restrita aos de mama, colo do útero e cólon e reto. Assim, em consonância com as evidências científicas disponíveis e as recomendações da OMS, a organização de ações de rastreamento para o câncer da próstata não é recomendada.
- Conhecer a epidemiologia do câncer de próstata 
O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Em ambos os sexos, em valores absolutos é considerado o segundo tipo de câncer mais comum, atrás do CA de pulmão. 
A taxa de incidência é maior em países desenvolvidos do que em países em desenvolvimento. É considerado um câncer da terceira idade, já que em cerca de 75% ocorrem em pacientes com mais de 65 anos. O aumento das taxas de incidência no Brasil pode ser justificado pela evolução dos métodos diagnósticos, pelamelhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento da expectativa de vida. 
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que cada ano do triênio 2020 a 2022 sejam diagnosticados no Brasil 65.840 novos casos a cada 100 mil homens. No mundo, também é o segundo tipo de câncer mais comum, sendo estimado que 1 em cada 9 homens será diagnosticado com câncer de próstata durante sua vida. Já é registrado cerca de 1,2 milhão de casos e 358 mil mortes anualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
- Estudar como se dá o diagnóstico e tratamento do câncer de próstata 
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de câncer de próstata definitivo requer um diagnóstico tecidual. Para partir para a biópsia, os resultados dos testes de PSA e/ou de toque retal devem estar alterados. Deve-se realizar a biópsia, após uma decisão compartilhada, se:
• Expectativa de vida é de, pelo menos, 10 anos (alguns atribuem uma expectativa de vida para biópsia de, pelo menos, 5 anos)
• O PSA está elevado acima da faixa normal da faixa etária do paciente ou o PSA aumentou mais de 0,75 ng/ml ao longo de um ano ou anormalidade palpável em exame de toque.
Para o diagnóstico utiliza-se a biópsia transretal da próstata guiada por ultrassonografia, que permite a obtenção de, pelo menos, 12 fragmentos submetidos a exame anatomopatológico. A partir desse exame será determinado o grau histológico, o qual será importante na especificação do Escore de Gleason, estadiamento e prognóstico do câncer.
Para o exame anatomopatológico, normalmente utiliza-se uma orientação por imagem, como a ultrassonografia transretal (TRUSG) ou RM. A biópsia por TRUSG é a mais comumente realizada.
TRATAMENTO
As opções básicas relacionadas ao tratamento de adenocarcinoma, o tipo mais comum, corresponde a vigilância ativa, radioterapia por feixe externo (EBRT) com ou sem braquiterapia, prostatectomia radical e terapias hormonais adjuvantes.
A vigilância ativa visa evitar tratamento desnecessário em homens com câncer de próstata clinicamente localizado que não necessitam de tratamento imediato, mas, ao mesmo tempo, atingem o momento correto para o tratamento curativo naqueles que eventualmente o fazem. Os pacientes permanecem sob vigilância rigorosa por meio de programas de vigilância estruturados com acompanhamento regular.
Prostatectomia radical (PR) - O procedimento envolve a remoção de toda a próstata com sua cápsula intacta e vesículas seminais, seguida pela realização de anastomose vesicouretral. Para essa intervenção antibióticos profiláticos devem ser usados, no entanto nenhuma evidência de alto nível está disponível para antibióticos específicos. A prostatectomia pode ser realizada por abordagens abertas, laparoscópicas ou assistidas por robôs (RARP).
Terapia hormonal - A privação androgênica pode ser alcançada suprimindo a secreção de andrógenos testiculares ou inibindo a ação de andrógenos circulantes no nível dos seus receptores. Assim diferentes tipos de terapias hormonais são possíveis, dentre elas, a castração por terapia com testosterona, terapia com estrogênios, agonistas ou antagonistas do hormônio liberador de hormônio luteinizante, orquiectomia bilateral.
- Urologia Brasil. Sociedade Brasileira de Urologia. Editora Planmark. São Paulo, 2013.
- Câncer de próstata. Instituto Nacional de Câncer/ Ministério da Saúde (MS). Última modificação: 04/02/2020.
- Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas do Adenocarcinoma de Próstata. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (CONITEC). Ministério da Saúde (MS), 2015.
- MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. In: Anatomia orientada para a clínica. 2013. 
- GOMES, Romeu et al. A prevenção do câncer de próstata: uma revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva, v. 13, n. 1, p. 235-246, 2008.
- DAMIÃO, Ronaldo et al. Câncer de próstata. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto (TÍTULO NÃO-CORRENTE), v. 14, 2015.
- SARRIS, Andrey Biff et al. Câncer de próstata: uma breve revisão atualizada. Visão Acadêmica, v. 19, n. 1, 2018.

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