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P1- Recém-nascido - transformações e adaptações

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1 
UC7 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período 
 
 
OBJETIVO 1 
DESCREVER AS CONDIÇÕES DE UM RECÉM-NASCIDO. 
 
 Todas essas condições, transformações 
e adaptações são avaliadas no exame físico, 
importante para avaliar e observar o 
crescimento e o comportamento. O exame 
físico deve ser realizado o mais cedo possível, 
e frequentemente até a estabilização, após o 
parto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Idade gestacional: 
 Duração da gestação estimada desde o 
1º dia da última menstruação (dum) até o dia 
do parto. Quanto À classificação da IG1: 
Com base na idade gestacional, classifica-se 
cada neonato como 
1. Prematuro: < 34 semanas de gestação 
2. Pré-termo tardio: 34 a < 37 semanas 
3. A termo precoce: 37 0/7 semanas a 38 
6/7 semanas 
4. A termo completo: 39 0/7 semanas a 40 
6/7 semanas 
5. A termo tardio: 41 0/7 semanas a 41 6/7 
semanas 
6. Pós-termo: 42 0/7 semanas e além 
 
1: Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-
br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/idade-
gestacional 
 
 
Condições gerais (parâmetros normais): 
 
Todas avaliadas no Exame físico do RN 
 
• Período neonatal: 4 primeiras semanas 
• Peso médio do RN: 3,4 kg (pode variar 
com o sexo: maior em meninos / não 
varia com etnia ou situação 
socioeconômica); 
• Comprimento médio: 50 cm 
• Perímetro cefálico: 35 cm 
• Apgar: maior ou igual a 7. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recém-nascido: transformações e adaptações. 
 
Problema 1 – 14/03/2022 
Importante 
 Os parâmetros de 
crescimento são específicos 
para a idade gestacional do 
bebê. Do mesmo modo, há 
tabelas de crescimento 
específicas para condições 
associadas a possíveis 
variações. 
Apgar 
- Serve para avaliar a vitalidade do RN. 
- Escore de Apgar: os elementos avaliados 
nele permitem uma ideia do estado da 
criança ao nascer; 
- Deve ser realizado do primeiro ao quinto 
minuto de vida; 
- Cada parâmetro avaliado recebe notas de 
0 a 2. 
- 5 parâmetros: 
1. Ritmo cardíaco 
2. Esforço respiratório 
3. Tônus muscular 
4. Irritabilidade reflexa 
5. Cor 
- Somatório dos 5 itens resulta no escore 
de Apgar: 
1. Apgar = 7-10 → bem 
2. Apgar = 4-6 → vigilância e talvez 
reanimação 
3. Apgar < 4 → reanimação do RN 
 
- Apgar < 7 no 5º minuto de vida: novas 
avaliações feitas de 5 em 5 min até o 20º 
minuto ou até atingir escore 7. 
- Na clínica, em uma consulta de 
puerpério, para saber se foi um Apgar 
bom, perguntar a mãe se a criança chorou 
ao nascer. O choro é um indicativo de 
Apgar bom. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/idade-gestacional
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/idade-gestacional
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/problemas-perinatais/idade-gestacional
 
 
2 
UC7 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período 
 
 
 
 
Respostas úteis durante o exame 
relaciona-se à/ao: vigor, tônus e estado de 
alerta do bebê, campo visual e resposta aos 
sons. 
• Temperatura: 
• Pulso: 120 a 160 bpm 
• Padrão respiratório: 30 a 60 irpm 
• Cor: Icterícia, cianose, hiperemiado, 
pálido 
• Sinais de estresse respiratório: 
- Sinal clássico: batimento da asa do nariz. 
• Tônus 
• Atividade 
• Nível de consciência 
• Dimensões de qualquer anormalidade 
estrutural visível ou palpável 
 
Em partos de risco, o exame físico deve ser 
realizado na sala de parto e deve focar em: 
• Anomalias congênitas 
• Maturidade 
• Crescimento 
• Problemas fisiopatológicos 
 
Os quais possam interferir na 
adaptação normal cardiopulmonar e 
metabólica da vida extrauterina. 
 
o Após 24 hrs de nascimento uma segunda 
avaliação mais detalhada deve ser 
realizada. 
o Caso haja permanência no hospital por 
mais de 48 hrs deve ser realizado uma 
avaliação de alta dentro de 24 hrs. Pois 
 
 
 
certas anomalias (cianose e o sopro cardíaco) 
com frequência aparecem e desaparecem no 
período neonatal. Além disso, há também a 
possibilidade de haver evidências de alguma 
doença recém-adquirida. 
o A pressão sanguínea só é realizada em 
casos de neonatos doentes ou com sopro 
cardíaco. 
o A oximetria de pulso é realizada na triagem 
de doença cardíaca crônica crítica (faz parte 
da triagem do RN) - teste do coraçãozinho 
 
Saturação de oxigênio ≥ 95% após 24 hrs 
de nascimento deve ser realizado, como 
triagem, para descartar doença cardíaca 
congênita crítica. Neonatos com saturação de 
O2 < 95% devem ser encaminhados para 
avaliação e possível ecocardiograma. 
 
REFERÊNCIAS 
 
NELSON. Tratado de Pediatria, cap. 94, pág. 3421-3423 
 
OBJETIVO 2 
DESCREVER AS TRANSFORMAÇÕES E ADAPTAÇÕES DO 
RECÉM-NASCIDO. 
 
Modulação dos estímulos: 
 
o Para ocorrer as adaptações à vida 
extrauterina são necessárias adaptações 
fisiológicas e comportamentais. 
 
 
3 
UC7 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período 
 
 • Fisiológicas: aeração dos pulmões, 
reorientação da circulação e ativação do trato 
intestinal são as principais. 
 • Comportamentais (para obter 
nutrição, responder a hipo ou hipertermia, 
assegurar a segurança): resposta rápida à 
estímulos, mas não ficar hiperalertas para 
desorganizar seu comportamento. 
1. Subalertas: incapacita-os de alimentar-
se e interagir 
2. Hiperestimulados: instabilidade 
autonômica (inquietação, palidez, 
soluços, vômitos, movimentos 
descontrolados dos membros e choro 
inconsolável). 
 
o Além disso, é importante também a 
regulação mútua, para que tal adaptação 
seja favorável ao RN. 
 • É a participação mútua dos pais e do 
RN para o estado de regulação do 
comportamento dos bebês, seja para 
estimulá-los ou acalmá-los. 
 • Fornecem homeostasia fisiológicas e 
crescimento físico do bebê, constroem a 
base da relação de emergência entre pais e 
bebê. 
 
o Outro ponto importante, é que o bebê 
manifesta estados comportamentais que 
contribuem para essas adaptações. 
 • Referem à capacidade do bebê de 
regular a estimulação. Determina o tônus 
muscular do bebê, movimento espontâneo, 
padrão por eletroencefalograma e resposta a 
estímulos. 
 • 6 estados: 
1. Sono tranquilo 
2. Sono ativo 
3. Estado de sonolência 
4. Estado de alerta: preferem faces e 
objetos e os acompanham 
horizontalmente 
5. Estado de inquietação 
6. Estado de choro. 
 
Adaptações comportamentais no RN 
 
o Padrões emergentes de comportamento 
durante o primeiro ano de vida: 
 • Decúbito ventral: Permanece em uma 
atitude fletida, gira a cabeça de um lado para o 
outro; cabeça pendente durante a suspensão 
ventral 
 • Decúbito dorsal: Geralmente fletido e 
ligeiramente rígido 
 • Visual: Pode fixar o olhar para uma luz 
no campo visual; movimento de “olhos de 
boneca” ao girar o corpo 
 • Reflexo: Resposta de Moro ativa, 
reflexo de marcha ativo, reflexo de preensão-
palmar ativo. 
 • Social: Preferência visual pela face 
humana 
 
 
o Capacidades de interação: 
 
Geralmente os RN estão prontos para 
interagir, em estado de alerta, mas isso 
pode ser afetado pela anestesia ou analgesia 
materna ou hipóxia fetal. 
 • Visão: RN são míopes, comprimento 
focal entre 20 e 30 cm, preferência visual por 
faces. 
 • Audição: em RN normais, ela é bem 
desenvolvida e preferem a voz feminina 
 
OBS: tais capacidades inatas e 
predileções mantém o vínculo mãe-
bebê. Ao nascerem, há um período de 40 
minutos de interação social e depois um longo 
período de sonolência, com o tempo os 
períodos entre um estágio e outro são mais 
curtos. 
 • Circuito h-m-l-p-c (hipotálamo-
mesencéfalo-límbico-paralímbico-cortical) dos 
pais interage com as respostas de suporte para 
o bebê, sendo crítico para uma maternidade 
efetiva. (Ex: emoção, atenção, motivação, 
empatia e tomada de decisões). 
 
Adaptações fisiológicas no RN 
 
o Ajustes simultâneosem todos os sistemas 
corporais ajustes fisiológicos, e a 
viabilidade do neonato dependerá de sua 
adaptação adequada à vida extrauterina. 
o Principais e imediatas adaptações: 
respiratória, circulatória, térmica. 
 
 
4 
UC7 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período 
 
Sistema Respiratório: 
o Aeração dos pulmões, liberação do 
surfactante, aumento da saturação para 85-
90. 
o Reorientação da circulação, evitando a 
mistura de sangue oxigenado e venoso 
 
 
Lembrete! 
 
Pulmão Fetal: 
- Em seu interior há o fluido pulmonar, que 
alonga o pulmão e promove seu crescimento e 
desenvolvimento. Sendo fundamental a sua 
depuração para a adaptação da respiração 
neonatal. 
- O Surfactante é produzido a partir da 20ª 
semana de gestação pelos pneumócitos tipo II, 
no entanto, só é liberado na primeira 
respiração. Sua função é importante para 
reduzir a tensão superficial dos alvéolos, 
diminuindo a pressão necessária para manter o 
alvéolo inflado, facilitando sua expansão e 
entrada de ar. Sua produção depende dos 
níveis de cortisol do feto, sendo finalizada a sua 
produção entre a 32ª e 34ª semana. 
 
Circulação sanguínea fetal: 
- A placenta no feto tem a menor resistência 
vascular → baixa pressão sistêmica → recebe 
40% do débito cardíaco do feto. 
- Já os pulmões fetais possuem alta resistência 
vascular (presença de líquido pulmonar) → alta 
pressão pulmonar → recebe 10% do débito 
cardíaco do feto. 
- Alta resistência vascular pulmonar e baixa 
pressão sistêmica → forame oval permitindo a 
passagem do sangue do átrio direito para o 
átrio esquerdo; ducto arterioso desviando 
sangue da artéria pulmonar para a aorta: 
 
SANGUE OXIGENADO: 
PLACENTA → VEIA UMBILICAL → ENTRA NO 
ABDOME DO FETO E SE DIVIDE 
DUCTO VENOSO → VEIA CAVA INFERIOR → 
ÁTRIO DIREITO → DESVIADO ATRAVÉS DO 
FORAME OVAL PARA O ÁTRIO ESQUERDO. 
 
SANGUE MENOS OXIGENADO: 
VEIA CAVA SUPERIOR E INFERIOR DISTAL AO 
DUCTO VENOSO → ÁTRIO DIREITO → 
VENTRICULO DIREITO → MISTURA MÍNIMA DE 
SANGUE OXIGENADO VINDO DO DUCTO 
VENOSO. 90% DA SAÍDA DO VD CONTORNA 
O PULMÃO E É DESVIADO PELO DUCTO 
ARTERIOSO PARA A AORTA DESCENDENTE. 
 
Sangue desoxigenado → transportado pelas 
aortas e artérias umbilicais para a placenta → 
libera CO2e resíduos e coleta O2 e nutrientes. 
• PO2 intrauterina < PO2 extrauterina 
• Maior PO2 encontra-se na veia umbilical 
• Saturação diminui quando misturada ao 
retorno venoso (de modo que o sangue que 
retorna à placenta terá uma PO2 de 15 a 25 
mmHg). 
• E como há oxigenação adequada? Hb fetal 
aumenta a afinidade com o O2. Baixo consumo 
de O2 pelo feto, fluxo sanguíneo diferencial 
(fígado, coração e cérebro com sangue bem 
concentrado em O2). 
 
 
 
* Sangue oxigenado se mistura com o não oxigenado: 
fígado, veia cava inferior, átrio direito, átrio esquerdo, 
entrada do ducto arterioso na aorta descendente. 
 
o Transição: 
- Ocorre com o pinçamento do cordão 
umbilical, fazendo com que o neonato busque 
rapidamente por alterações fisiológicas na 
 
 
5 
UC7 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período 
 
função cardiopulmonar. Em uma transição 
bem-sucedida deve acontecer: 
1. DEPURAÇÃO DO FLUIDO ALVEOLAR: 
- Ao final da gestação, o aumento de 
catecolaminas e outros hormônios, o epitélio 
pulmonar muda sua secreção ativa de cloreto e 
líquido para os espaços aéreos para a 
reabsorção ativa de sódio e líquido. O aumento 
da tensão de oxigênio ao nascer e isso 
aumenta a capacidade do epitélio de 
transportar sódio e aumenta a expressão 
gênica do canal de sódio epitelial, promovendo 
ainda mais a reabsorção do líquido alveolar. 
- Esse processo, favorece as respirações iniciais 
que geram altas pressões trans pulmonares. A 
pressão hidrostática negativa inicial conduz o 
fluido alveolar dos espaços aéreos para o 
interstício e, subsequentemente, para a 
vasculatura pulmonar 
- E, favorecendo em conjunto, há a compressão 
torácica, que é a pressão sobre a parede 
torácica do recém-nascido durante o parto 
provavelmente é um pequeno contribuinte. 
 
2. EXPANSÃO PULMONAR: 
- Na 1ª respiração efetiva, o movimento do ar 
começa quando a pressão intratorácica cai. O 
aumento da pressão inspiratória expande os 
espaços aéreos alveolares e estabelece a 
capacidade residual funcional (CRF). A 
expansão pulmonar também estimula a 
liberação de surfactante, o que reduz a tensão 
superficial alveolar, evitando o colabamento 
dos alvéolos ao final da expiração e 
estabilizando a CRF. 
 
3. ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS: 
- Com o clampeamento do cordão umbilical, a 
placenta com baixa resistência vascular é 
removida da circulação neonatal, resultando 
em aumento da pressão arterial sistêmica 
neonatal. 
- Ao mesmo tempo, a expansão pulmonar 
reduz a resistência vascular pulmonar e a 
pressão da artéria pulmonar. 
- Essas duas alterações favorecem: 
1. diminuição do shunt fetal direita-esquerda 
no ducto arterioso, resultando em um aumento 
do shunt da esquerda para a direita neste 
ducto. 
2. um aumento do fluxo sanguíneo pelas 
artérias pulmonares e pulmões. 
- Essa mudança do desvio da esquerda para a 
direita após o parto resulta em um aumento no 
volume sistólico ventricular, que está associado 
a um aumento na saturação de oxigênio 
cerebral. 
- Com aumento da perfusão e expansão 
pulmonar, aumenta a saturação da oxigenação 
neonatal, que estimula o fechamento 
fisiológico do canal arterial. 
- Além disso, o aumento do fluxo sanguíneo 
arterial pulmonar aumenta o retorno venoso 
pulmonar ao átrio esquerdo e a pressão atrial 
esquerda. À medida que a pressão do átrio 
esquerdo aumenta e a pressão atrial direita cai, 
o desvio da direita para a esquerda através do 
forame oval diminui. O fechamento do forame 
oval ocorre quando a pressão atrial esquerda 
excede a pressão atrial direita. 
 
 
 
 
6 
UC7 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período 
 
Sistema cardiovascular: 
o A Frequência cardíaca e a pressão arterial 
sistólica e diastólica são mais elevados no 
parto vaginal nas primeiras 2 horas de vida. 
o Estresse do nascimento -> aumento dos 
níveis de catecolaminas (epinefrina e 
norepinefrina), podendo ser responsáveis 
pelo aumento do DC e contratilidade 
miocárdica, liberação de surfactante 
pulmonar, inibição da secreção de líquido 
pulmonar e promoção de sua reabsorção, 
estimulação da glicogenolise e indução da 
lipólise. 
o Cianose transitória com choro: relaciona-se 
à duração necessária para o fechamento 
anatômicos do forame oval, ducto venoso 
e canal arterial, que demora algumas 
semanas e com isso pode acontecer 
mistura de pequena quantidade de sangue 
oxigenado com sangue não oxigenado. 
Aumentando a pressão da veia cava e átrio 
direito, levando ao aparecimento de 
sopros. 
Sopros que são preocupantes: 
acompanhados de cianose com 
sinais de dificuldade cardíaca e 
respiratória. 
 
o Aeração dos pulmões, liberação do 
surfactante, aumento da saturação para 85-
90. 
 
Sistema Termorregulador: 
o A adaptação térmica é um dos fatores mais 
críticos na sobrevivência e estabilidade do 
RN. RN necessita de um ambiente 
termicamente neutro, para que o consumo 
de o2 seja suficiente para a manutenção 
dessa temperatura sem a necessidade de 
calafrio. 
• Importante mantê-lo aquecido, pela 
labilidade térmica, onde frio ou calor 
em excesso, podem gerar alterações e 
complicações metabólicas (como perda 
excessiva de calorias e acidose 
metabólica) dificultando tal adaptação. 
• Hipotermia → taxa metabólica 
aumenta → para gerar calor → SAR → 
acidose metabólica. 
• Crianças nascidas a termo possuem 
depósito de gordura marrom (pescoço, 
região interescapular, mediastino, ao 
redor dos rins e das supra-renais), o que 
equivale entre 2 a 6% do peso do RN. 
Esse tecido é altamente inervado e 
vascularizado e, ao sofrer estresse pelo 
frio, aumenta a produção de 
noradrenalina que aumenta a atividadesimpática e auxilia no processo de 
lipólise, o que libera calor. 
• Mecanismos de defesa contra a perda 
de calor: controle vasomotor 
(vasoconstrição periférica para 
conservar calor ou vasodilatação 
periférica dissipando calor); Isolamento 
térmico (tecido subcutâneo); atividade 
muscular; termogênese sem calafrios 
(lipólise de gordura marrom). 
 
• Fatores de risco para a Instabilidade 
térmica: prematuridade, anomalias 
congênitas, septicemia, asfixia, hipóxia, 
comprometimento do SNC, aporte 
nutricional e calórico inadequado, 
diminuição dos movimentos voluntários, 
imaturidade do sistema de controle 
térmico e quantidade de tecido 
subcutâneo insuficiente. 
• Hipertermia e seus perigos: mascarar 
infecção, taquicardia, taquipneia, 
irritabilidade, desidratação, acidose 
metabólica. 
• Evitar perda de calor por: condução (pele 
para superfícies de contato), evaporação, 
convecção (pele para o ar), e quanto mais 
resfriado o ambiente mais perda de calor 
por convecção; radiação (também faz o 
RN ganhar calor, como o berço de calor 
radiante e de fototerapia). 
• RN pré-termo possui menor depósito de 
gordura marrom e mais suscetibilidade à 
hipotermia. 
 
Sistema Hematopoiético: 
o Fígado, baço e timo se reúnem no RN para 
auxiliar na produção de células sanguíneas 
no primeiro e no segundo trimestre. 
o Adaptação hepática: fígado ainda está 
imaturo, podendo haver liberação de 
bilirrubina (subproduto da degradação das 
hemácias, bem como proteínas e ferro). 
A hemólise, é de extrema importância no 
RN, pois é a principal fonte de Fe 
absorvível para o RN durante os primeiros 
meses de vida, evitando a anemia. 
 
 
7 
UC7 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período 
 
 
o A bilirrubina é eliminada da circulação pelo 
sistema fagocítico. Após deixar o sistema, 
se liga a albumina plasmática - ainda não 
solúvel em água. Para sua eliminação 
precisa ser diluída (bilirrubina direta ou 
conjugada). Isso ocorre no fígado 
(bilirrubina + ácido glicurônico - enzima 
Glicuronil transferase → bilirrubina 
hidrossolúvel); 
o Coagulação sanguínea (vitamina K) - ativa 
os fatores de coagulação, diante da 
microbiota ausente ou insuficiente no RN 
para síntese de vitamina K satisfatória 
 
Caso contrário, há suscetibilidade para 
hemorragias → 
doença hemorrágica do recém-nascido → 
evitado pela administração de vitamina K 
ao nascer. 
 
Sistema Urinário: 
o Rins: ineficazes na secreção de íons H+ → 
túbulos renais mais curtos e estreitos → 
inibe concentração e acidificação da urina. 
 
Caso ocorra um excesso de sódio no RN, ele 
será incapaz de excretá-lo com efetividade, o 
que pode levar a um desequilíbrio 
hidroeletrolítico. 
 
o Urina inodora, clara de 10 a 12 trocas por 
dia. 
 
Aparelho gastrointestinal: 
o Capacidade gástrica reduzida (aumenta a 
medida das alimentações subsequentes). 
o Peristalse rápida, por isso a velocidade de 
necessidade alimentar em pequenos 
volumes e com maior frequência. 
 
A velocidade entre a ingestão e evacuação 
está relacionada não só à peristalse elevada, 
mas também a outros fatores como: 
microbiota bacteriana em formação, 
capacidade gástrica reduzida, reflexo gastro-
cólico, leite materno... 
o Refluxo gastresofágico pode ocorrer, 
diante da frouxidão do esfíncter esofágico, 
sendo uma situação transitória enquanto 
ocorre o amadurecimento com o tempo. 
o Mecônio: primeiras fezes do RN, referente a 
deglutição do líquido amniótico pelo feto; 
costuma ser esverdeado (corado por bile). 
o Eliminação do mecônio em até 48 horas. 
 
RN pós-termo tem grandes possibilidades de 
desenvolver Síndrome da Aspiração de 
Mecônio (SAM), pois ele acaba eliminando 
esse mecônio no ambiente intrauterino e 
aspira o mesmo. 
 
o O peso do RN pode diminuir até 10% do 
peso ao nascer durante a primeira semana 
devido a eliminação de fluido extravascular 
e da ingestão nutricional controlada. 
o Deficiência de enzimas pancreáticas e 
hepáticas. 
Apesar de controlada, ela melhora, pois o 
colostro vai sendo substituído por o leite 
maduro que tem um maior teor de gordura. 
Esse peso é recuperado após a segunda 
semana pós-natal e cresce cerca de 30% no 
primeiro mês de vida, sendo o período mais 
rápido de crescimento pós-natal. 
 
Sistema Imunológico: 
o Nasce com barreiras epiteliais e imunidade 
inata, no entanto ainda é muito imaturo. 
 
Nesse sentido, o leite materno é rico em 
anticorpos e o Colostro (primeiro leite) é 
muitas vezes chamado de “primeira 
imunização” do bebê – imunização passiva. 
 
Sistema Nervoso: 
o Nascem com reflexos transitórios; 
o Grande reflexo para sucção 
o Reflexo palmar, reflexo de Moro... 
(relacionados às adaptações 
comportamentais). 
o Reflexo gastro-cólico é mais exacerbado em 
lactentes: estiramento do estômago é 
percebida e o SNC estimula a peristalse 
intestinal, que ajuda a movimentação das fezes 
e posterior eliminação. 
 
Sistema Nervoso: 
o Anatomicamente maduro e fisiologicamente 
imaturo. 
 
 
8 
UC7 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período 
 
o Hormônios secretados pelas glândulas 
endócrinas (hormônio do crescimento, 
catecolaminas, cortisol) ajudam o RN na 
adaptação extrauterina. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
NELSON. Tratado de Pediatria, cap. 10 tabela 10.2 - pág. 609 
e pág. 612. 
 
Conferência 1 - Adaptações fisiológicas do RN 
 
Exame físico: pág. 59 a 64 
file:///C:/Users/mclar/Downloads/000556239.pdf 
 
Adaptações: 
file:///C:/Users/mclar/Downloads/000556239.pdf 
 
 
OBJETIVO 3 
ENTENDER O QUE É E COMO OCORRE A TRIAGEM 
NEONATAL. 
 
o Apoiada pelo Programa Nacional de 
Triagem Neonatal (PNTN). 
o Exames obrigatórios por lei, no Brasil, 
sendo ofertados pelo SUS. 
o Consiste na realização de exames em RN 
até os primeiros dias de vida, com o intuito 
de detectar precocemente possíveis 
condições que possam ser tratadas 
precocemente. 
 
Exames: 
 
Teste do pézinho 
o Deve ser realizado entre o 3º e o 5º dia de 
vida do RN. 
o Desvenda, por meio de uma coleta 
sorológica, as patologias de 
hemoglobinopatias, hipotireoidismo 
congênito, hiperplasia adrenal congênita, 
fibrose cística, fenilcetonúria e deficiência 
de biotinidase. 
 
 
 
 
Teste da orelhinha ou triagem auditiva: 
o Visa identificar deficiências auditivas 
precocemente por meio de emissões 
otoacústicas. 
Teste + → teste eletrofisiológico de 
audição → otorrinolaringológico 
 
Teste do olhinho, reflexo do olho 
vermelho (ROV) ou triagem ocular: 
o Deve ser feito, preferencialmente, até o 5º 
dia de vida, e repetido pelo menos uma vez 
até o 1º ano de vida. 
o Detecta precocemente casos de 
retinoblastoma, catarata congênita e 
outros transtornos congênitos oculares. 
 
Teste do coraçãozinho: 
o Deve ser realizado entre 14 e 48 horas de 
vida, no RN com estabilidade clínica. 
o Objetiva a detecção precoce de 
cardiopatias congênitas complexas e é feito 
mediante avaliação da oximetria pré-ductal 
em membro superior direito (sensor locado 
em palma de mão ou pulso direito) 
simultaneamente a outro sensor em 
qualquer um dos membros inferiores. 
o Ambos deverão apresentar um valor 
superior a 95% de saturação de oxigênio e 
não pode haver variação maior do que 3% 
entre a leitura de ambos os exames. 
o Caso o teste seja positivo (oximetria de 
pulso alterada), o recém-nascido não 
poderá ter alta da unidade hospitalar e 
deverá ser complementada a investigação 
com ecocardiograma. 
 
REFERÊNCIAS 
 
NELSON. Tratado de Pediatria, cap. 94, pág. 3421-3423 
 
Conferência 1 – Triagem Neonatal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UC7 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período 
 
OBJETIVO 4 
IDENTIFICAR AS ANORMALIDADES E OS RISCOS PARA 
AS COMPLICAÇÕES NEONATAIS. 
 
 
 Algumas doenças/problemas que 
podem acometer o RN relacionadas ao Sistema 
Respiratório: 
• Doença da membrana hialina, 
• Má adaptação pulmonar,• Infecção, 
• Síndrome da Aspiração de Mecônio (SAM) 
• Taquipneia transitória do RN – reabsorção 
retardada do líquido pulmonar fetal pelo 
sistema linfático. 
• Síndrome da Angústia Respiratória (SAR): 
pouca produção de surfactante pulmonar. 
• Pneumotórax (ocorrem em maior 
porcentagem em RN que nasceram por 
cesariana que por parto vaginal). 
 
REFERÊNCIAS 
 
Conferência 1 - Adaptações fisiológicas do RN 
 
Adaptações: 
file:///C:/Users/mclar/Downloads/000556239.pdf 
OBJETIVO 5 
ENTENDER AS ORIENTAÇÕES A RESPEITO DO PLANO 
DE CUIDADO. 
 
(VITAMINAS, BANHO DE SOL, COTO UMBILICAL, 
ALIMENTAÇÃO, RGE, HIGIENE, TEMPERATURA, 
VESTIMENTA DO BEBÊ, PASSEIOS E VISITAS) 
 
Higiene, vestimenta e temperatura: 
o Orientações que visam o cuidado para o 
aquecimento do RN e para evitar a 
hipertermia ou hipotermia. 
o Banhos quentes e em locais pouco 
ventilados, secagem rápida do corpo do 
bebê e da cabeça, 
o Roupas que o mantenham em uma 
temperatura neutra. 
 
Passeios e visitas 
o Orientações para proteger o RN contra 
infecções. 
 
Tabela 2.11 
O sistema para lutar contra infecções não está 
desenvolvido em um recém-nascido. Isso 
significa que o recém-nascido pode 
desenvolver infecções mais facilmente que 
uma criança mais velha ou um adulto. 
Conforme o bebé cresce, o sistema que 
combate infecções fica mais forte. A mãe e a 
família precisam proteger o recém-nascido 
contra infecção no nascimento e nos primeiros 
meses de vida. 
 
Alimentação e Vitaminas 
o Orientações que visam trazer a importância 
da amamentação e como realizar esse 
processo. 
o Leite como fonte de nutrientes nos 
primeiros 6 meses de vida; 
o Contém vitamina A para melhorar o apetite 
e evitar problemas oculares; 
o Primeira imunização, fortalecendo o 
sistema imunológico em formação; 
o Proteção contra alergias; 
o Desenvolvimento e crescimento do bebê 
ideais; 
ANORMALIDADE RISCOS DE 
GERAR 
COMPLICAÇÕES 
NO RN 
Prematuridade TTRN; hipoglicemia; 
icterícia fisiológica 
(bilirrubinemia). 
Pós-maturidade SAM. 
Pouco surfactante Cianose; SAR. 
Hipotermia Dificuldade de 
ganho de peso; SNC 
ameaçado; 
hipoglicemia; 
acidose metabólica. 
Obstrução das vias 
aéreas 
Cianose; SAM. 
Distúrbios 
metabólicos 
Icterícia patológica 
(hiperbilirrubinemia); 
SNC ameaçado; 
hipoglicemia. 
Doença hemolítica Icterícia patológica 
(hiperbilirrubinemia); 
SNC ameaçado. 
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UC7 – Tutoria | Maria Clara Cabral – 3º Período 
 
o Desenvolvimento e maturação da boca, 
dentes, mandíbula), 
o Exclusividade (significa alimentar o bebé 
somente com o leite materno. Isso significa 
que o bebé não deve receber água, chá, 
bebidas herbais, substitutos de leite 
materno, outros líquidos, nem comida. 
A amamentação exclusiva durante os 
primeiros seis meses de vida do bebé é 
recomendada em todo o mundo porque 
ajuda o bebê a sobreviver. 
 
o Primeira amamentação: A maioria dos 
recém-nascidos têm um forte reflexo para 
sugar e estão acordados na primeira hora 
depois do nascimento. 
o A sucção pelo recém-nascido ajuda a mãe 
a produzir mais leite. 
o O colostro é bastante alto em vitamina A e 
anticorpos que protegem o bebé contra 
infecção. 
o O colostro é muitas vezes chamado de 
“primeira imunização” do bebé. 
o O colostro ajuda a expelir o mecônio e a 
evitar icterícia. 
o O colostro contém uma concentração 
muito alta de nutrientes e ajuda a evitar 
baixa glicose nas primeiras horas de vida), 
permanência do ato (A maioria dos recém-
nascidos comem em média 8 a 12 vezes em 
24 horas ou a cada 2 a 3 horas. Isso é 
importante porque: O estômago de um 
recém-nascido é pequeno e precisa ser 
cheio frequentemente. 
o O leite materno é facilmente digerido e, 
portanto, passa rapidamente pelo bebê. 
 
 
Coto umbilical 
o Orientações que visam o cuidado para 
evitar infecção do cordão umbilical, seja 
localizada ou grave. 
o Os cuidados com o cordão umbilical é uma 
maneira importante de evitar que um 
recém-nascido tenha tétano ou sepsis 
(infecção generalizada). 
o Ensine e mostre à mãe e à família como 
cuidar do cordão umbilical. 
o Ele cai com 5 a 10 dias após o nascimento. 
o Manter o cordão umbilical limpo e seco. 
o 
o Em um estudo que verificou os cuidados 
com cordão umbilical em 10 países, foi 
descoberto que manter o cordão umbilical 
limpo é tão eficaz e seguro quanto usar 
antibióticos ou antissépticos. 
 
 
Refluxo gastro-esofágico 
o Tranquilizar a mãe que é uma condição 
frequente, mas é resolutiva. 
o Sempre esperar o bebê arrotar após 
amamentá-lo. 
o NUNCA o amamentar e deixar ele deitado 
logo em seguida. 
 
REFERÊNCIAS 
 
Manual de cuidados ao Recém-Nascido. Disponível em: 
https://www.healthynewbornnetwork.org/hnn-
content/uploads/Cuidados-ao-Recem-Nascido-Manual-de-
Consulta.pdf 
 
 
 
 
https://www.healthynewbornnetwork.org/hnn-content/uploads/Cuidados-ao-Recem-Nascido-Manual-de-Consulta.pdf
https://www.healthynewbornnetwork.org/hnn-content/uploads/Cuidados-ao-Recem-Nascido-Manual-de-Consulta.pdf
https://www.healthynewbornnetwork.org/hnn-content/uploads/Cuidados-ao-Recem-Nascido-Manual-de-Consulta.pdf

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