Buscar

Climatério e menopausa tutoria 4 - MD 2 - P4 (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Climatéri� � Menopaus�
Objetiv�:
1- Caracterizar o climatério (alterações fisiológicas).
2- Elucidar as manifestações clínicas do climatério.
3- Entender as alterações anatômicas a partir dos exames (físicos e
complementares).
4- Compreender as condutas terapêuticas do climatério (terapia hormonal - riscos vs
benefícios).
Anotaçõe� pessoai�:
Objetivo 1: Caracterizar o climatério (alterações fisiológicas).
- A transição menopáusica é uma progressão endocrinológica gradual que leva
mulheres em idade reprodutiva de menstruação regulares, cíclicas e previsíveis,
características dos ciclos ovulatórios, para o fim dos períodos menstruais associado
à senescência ovariana.
- É importante observar que a transição até a menopausa e os anos de vida após a
menopausa trazem consigo questões relacionadas com qualidade de vida e
prevenção e tratamento de doenças.
- O termo menopausa se refere a um ponto no tempo um ano após a cessação da
menstruação.
- A pós-menopausa descreve os anos que se seguem a esse ponto.
- A média de idade das mulheres vivenciando seu último período menstrual é 51,5
anos.
- A insuficiência ovariana prematura refere-se à cessação da menstruação antes
de 40 anos de idade e está associada a níveis elevados do hormônio
folículo-estimulante (FSH).
- A perimenopausa ou climatério geralmente se referem ao período de tempo
relativo ao final do período reprodutivo, em geral no final dos 40 e início dos 50 anos
de idade.
> Esse período se inicia com irregularidade no ciclo menstrual e se estende até um
ano após a cessação permanente da menstruação.
> Os termos perimenopausa ou climatério não são usados de forma consistente,
sua aplicação deve se restringir à comunicação com as pacientes e com a imprensa
leiga, mas não em trabalhos científicos. Dessa forma, é preferível que use o termo
transição menopáusica.
- Transição menopáusica: essa transição ocorre ao longo de um período que varia
entre 4 e 7 anos, sendo que a média de idade para o início do processo é 47 anos.
Relatório STRAW: .
- Definir os estágios e a nomenclatura do envelhecimento reprodutivo normal da
mulher.
- Cinco estágios precedem e dois estágios são posteriores ao FMP:
Estágio -5: início da fase reprodutiva.
Estágio -4: pico reprodutivo.
Estágio -3: final do período reprodutivo.
Estágio -2: início da transição menopáusica.
Estágio -1: final da transição menopáusica.
Estágio +1: pós período menstrual final.
> +1A: primeiro ano depois do FMP.
> +1B: do segundo ao quinto ano depois do FMP.
Estágio +2: anos pós menopáusicos posteriores.
Alterações fisiológicas: .
1- Alterações no eixo hipotálamo-hipófise-ovário:
- Vida reprodutiva:
- O hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH, de gonadotropin-releasing
hormone) é liberado de forma pulsátil pelo núcleo arqueado do hipotálamo basal
medial.
- Ele se liga aos receptores de GnRH nos gonadotrofos hipofisários para estimular
a liberação cíclica das gonadotrofinas – hormônio luteinizante (LH) e FSH.
- Essas gonadotrofinas, por sua vez, estimulam a produção dos este- roides
sexuais ovarianos, estrogênio e progesterona, e peptídeo hormonal inibina.
- Durante os anos reprodutivos, o estrogênio e a progesterona exercem feedback
positivo e negativo sobre a produção das gonadotrofinas hipofisárias e sobre a
amplitude e a frequência da liberação de GnRH.
- Produzida nas células da granulosa, a inibina exerce uma importante influência no
feedback negativo sobre a secreção de FSH pela adeno-hipófise. Esse sistema
endócrino rigorosamente regulado produz ciclos menstruais ovulatórios regulares e
previsíveis.
- Transição passando de ciclos ovulatórios até a menopausa (Estágio -1):
- Normalmente se inicia no final da quinta década de vida.
- Os níveis de FSH se elevam discretamente e levam a aumento da resposta
folicular ovariana. Esse aumento, por sua vez, produz elevação global nos níveis de
estrogênios.
- O aumento do FSH é atribuído à redução da secreção ovariana de inibina, e não à
redução na produção de estradiol.
- Conforme descrito, a inibina regula o FSH por meio de feedback negativo, e a
redução na sua concentração leva a aumento do FSH.
- Nas mulheres perimenopáusicas, a produção de estradiol oscila com essas
flutuações no nível de FSH e pode alcançar concentrações mais altas do que as
observadas em mulheres com menos de 35 anos.
- Os níveis de estradiol em geral não se reduzem significativamente até a fase tardia
da transição menopáusica. Apesar dos ciclos menstruais regulares, durante a fase
inicial da transição menopáusica, os níveis de progesterona são mais baixos do que
nas mulheres na meia-idade reprodutiva.
- Os níveis de testosterona não variam significativamente durante a transição
menopáusica.
- No final da transição menopáusica, a mulher apresenta redução da
foliculogênese e maior incidência de ciclos anovulatórios em comparação com
mulheres no meio da idade reprodutiva.
- Os folículos ovarianos sofrem uma taxa acelerada de perda até que, finalmente,
ocorre exaustão no suprimento de folículos.
- Essas alterações, incluindo o aumento nos níveis de FSH, refletem a redução na
qualidade e na capacidade de secreção de inibina pelos folículos em fase de
envelhecimento.
- O hormônio antimülleriano (AMH) As concentrações circulantes mantêm-se
relativamente estáveis ao longo do ciclo menstrual nas mulheres em idade
reprodutiva e correlacionam-se com o número de folículos antrais precoce.
- Há dados a sugerir que o AMH pode ser usado como marcador da reserva
ovariana. Os níveis de AMH caem acentuada e progressivamente ao longo da
transição menopáusica.
- Com a insuficiência ovariana na menopausa (estágio 11b), a liberação de
hormônio esteroide ovariano cessa, abrindo a alça de feedback negativo.
Subsequentemente, o GnRH é liberado com frequência e amplitude máximas. Como
resultado, os níveis circulantes de FSH e LH aumentam e se tornam quatro vezes
maiores que nos anos reprodutivos.
- Entre essas alterações hormonais no eixo hipotálamo-hipó- fise-ovários, poucas
apresentam variações suficientemente distintas para serem usadas como
marcadores séricos da transição para a menopausa.
- Conforme discutido, o diagnóstico de transição menopáusica se baseia
principalmente em informações coletadas na anamnese.
- Na pós-menopausa, entretanto, em ra- zão do aumento acentuado nos níveis de
FSH que foi descrito, esta gonadotrofina se torna um marcador mais confiável.
- Alterações ovarianas:
- A senescência ovariana é um processo que se inicia efetivamente na vida
intrauterina, no interior do ovário embrionário, em razão da atresia de oócitos
programada.
- A partir do nascimento, os folículos primordiais são ativados continuamente,
amadurecem parcialmente e, em seguida, regridem.
- Essa ativação folicular prossegue em um padrão constante, independente de
estimulação hipofisária. Contudo, há evidências a sugerir que essa ativação regular
de folículos é acelerada durante a fase tardia da vida reprodutiva.
- Uma de- pleção mais rápida dos folículos ovarianos se inicia no final da quarta e
início da quinta décadas de vida e se mantém até o momento em que o ovário
menopáusico é praticamente destituído de folículos.
- Alterações nos esteróides suprarrenais:
- O sulfato de desidroepiandrosterona (SDHEA) é produzido quase exclusivamente
pela suprarrenal.
- Com o avanço da ida- de, observa-se declínio na produção suprarrenal de SDHEA.
- Em mulheres na faixa etária de 20 a 30 anos, as concen- trações de SDHEA
atingem o ponto máximo neste período, com uma média de 6,2 micromoles, para,
em seguida, caírem constantemente.
- Em mulheres entre 70 e 80 anos, os níveis de SDHEA são reduzidos em 74%, ou
seja, para 1,6 micromol.
- A androstenediona atinge seu ponto máximo entre 20 e 30 anos de idade, e caindo
para 62% em relação a esse nível em mulheres com idade entre 50 e 60 anos.
- A pregnenolona diminui em 45% entre a vida reprodutiva e a menopausa.
- Os ovários contribuem para a produção desses hormôniosdurante os anos
reprodutivos, porém, após a menopausa, somente a glândula suprarrenal mantém
essa síntese hormonal.
- Alterações no nível de globulina de ligação ao hormônio sexual:
- Os principais esteroides sexuais, estradiol e testosterona, circulam no sangue
ligados a um transportador de glicoproteínas produzi- do no fígado, conhecido como
globulina de ligação ao hormônio sexual (SHBG, de sex hormone-binding globulin).
- A produção de SHBG declina após a menopausa, o que pode aumentar os níveis
de estrogênio e testosterona livres ou não ligados.
- Alterações endometriais:
- As alterações microscópicas que ocorrem no endométrio refletem diretamente o
nível sistêmico de estrogênio e de pro- gesterona e, consequentemente, podem ser
muito diferentes dependendo da fase da transição menopáusica.
- Inicial da transição menopáusica, o endométrio reflete ciclos ovulatórios que
prevalecem nesse período.
- Durante o estágio final da transição menopáusica, a anovulação é muito comum, e
o endométrio refletirá o efeito do estrogênio atuando sem oposição à progesterona.
- Alterações proliferativas ou alterações proliferativas desordenadas são achados
frequentes no exame patológico de amostras de biópsia endometrial (EMB, de
endometrial samples).
- Com a menopausa, o endo- métrio se torna atrófico em razão da ausência de
estimulação estrogênica.
Objetivo 2: Elucidar as manifestações clínicas do climatério
- Manifestações menstruais :
- intervalo entre as menstruações pode diminuir devido ao rápido amadurecimento
dos folículos, o que ocorre pelos elevados níveis de gonadotrofinas ou os intervalos
menstruais podem estar aumentados pela persistência dos níveis de estrógeno e
ausência de progesterona.
- Quando menstrua, como o endométrio está hiperplasiado por essas alterações
hormonais, as menstruações podem ser abundantes e com maior duração.
- Manifestações neurogênicas:
- As manifestações neurogênicas compreendem os sintomas mais comuns da
síndrome do climatério, isto é, ondas de calor, sudorese, calafrios, palpitações,
cefaleia, tonturas, parestesia, insônia, perda da memória e fadiga.
- A patogênese das ondas de calor não é conhecida, mas é aparentemente
originária no hipotálamo e pode estar relacionada com a queda estrogênica, levando
à formação diminuída de catecolestrógenos no cérebro. Outra hipótese para a
gênese das ondas de calor é que a diminuição nos níveis estrogênicos levaria à
queda nas concentrações dos receptores de β-endorfinas, resultando na perda da
inibição da atividade noradrenérgica e, consequentemente , estimulação dos
neurônios produtores de GnRH.
- Manifestações psicogênicas:
- Não se acredita que uma mulher emocionalmente adaptada sofra grandes
perturbações existenciais no climatério. É possível, no entanto, que as limitações
impostas e a insegurança determinada por quadro clínico exacerbado em
decorrência de forte deficiência estrogênica possam influir desfavoravelmente no
estado emocional da mulher e interferir no relacionamento familiar, na adaptação
sexual e na integração social. Alguns sintomas psíquicos atribuídos a essa fase são:
diminuição da autoestima, irritabilidade, labilidade afetiva, sintomas depressivos,
dificuldade de concentração e memória, dificuldades sexuais e insônia.
Objetivo 3: Entender as alterações anatômicas a partir dos exames
(físicos e complementares).
- O exame físico realizado na primeira consulta inclui tomadas de pulso, pressão
arterial e peso. Além disso, deve-se proceder a cuidadoso exame da pele e fâneros,
ausculta cardíaca, exame das mamas, do abdômen e exame ginecológico.
- O exame ginecológico, quando presente a atrofia urogenital, revela adelgaçamento
da mucosa vaginal, geralmente de coloração rosa-pálida. Há perda de rugosidade,
com diminuição da distensibilidade e encurtamento da vagina.
> Essas alterações propiciam o traumatismo fácil, sendo comum o aparecimento de
sangramento às manobras do exame ginecológico.
- O relaxamento pélvico, em decorrência também do hipoestrogenismo, pode levar
ao aparecimento das distopias urogenitais. De outra parte, o exame ginecológico
permite a avaliação uterina e a presença de eventual aumento do volume ovariano
ou presença de massas anexiais.
- Presenças clínicas de mudanças:
1- Atrofia urogenital.
2- Adelgaçamento da mucosa vaginal, geralmente de coloração rosa-pálida.
3- Perda de rugosidade.
4- Diminuição da distensibilidade.
5- Encurtamento da vagina.
6- Relaxamento pélvico-> distopias urogenitais (prolapsos genitais).
Objetivo 4: Compreender as condutas terapêuticas do climatério (terapia hormonal -
riscos vs benefícios).

Outros materiais