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Aço patinável

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Este material faz parte do Programa “Aço Construindo a COPA 2014” promovido pelo CBCA - Centro 
Brasileiro da Construção em Aço. 
Confira mais detalhes em: www.cbca-acobrasil.org.br/copa2014
Há muita informação disponível para subsidiar o trabalho dos projetistas, como o Manual de Construção em Aço – Projeto e Durabilidade, 
que apresenta informações sobre a durabilidade de componentes metálicos frente à corrosão. A publicação está disponível gratuitamente 
no site do CBCA: www.cbca-acobrasil.org.br.
Normas técnicas
Independente do aço empregado, o cálculo estrutural 
deve seguir as normas NBR 8800 e a NBR 14762. Não 
há uma norma brasileira que trate especificamente 
do projeto com o uso de aços patináveis. As normas 
de referência de qualidade e composição química do 
aço patinável são a norte-americana ASTM A588 e as 
brasileiras NBR 5920 e NBR 5921.
Introduzidos no início dos anos 1930 para a fabricação de vagões de
transporte de carga nos Estados Unidos, os aços patináveis têm 
aplicação consolidada na construção civil em todo o mundo. Também
conhecidos como aços “cor-ten”, esses materiais se caracterizam pela
elevada resistência mecânica, pela boa soldabilidade e, 
principalmente, pela maior resistência à corrosão atmosférica.
Os aços patináveis, quando expostos à atmosfera, desenvolvem uma
camada de óxido compacta que funciona como barreira de proteção
anti-corrosão. Denominada pátina, essa camada superficial confere 
ao aço uma aparência enferrujada e, a depender das condições locais,
permite dispensar qualquer tipo de revestimento. Por isso, esse tipo
de material é especialmente indicado para uso em pontes e 
passarelas, bem como em edifícios onde a arquitetura impõe que a 
estrutura metálica fique aparente.
Por suas características estéticas, os aços patináveis em chapas 
também são usados em fachadas. Nessas aplicações, além da 
atenção em relação às condições ambientais, devem ser tomados 
cuidados para o recolhimento das águas pluviais da fachada para que 
não ocorram manchas nos pisos ou em outros elementos.
Os aços patináveis são obtidos pela adição de ligas metálicas como o
cobre e o fósforo, elementos que contribuem para aumentar a 
resistência à corrosão atmosférica, favorecendo a formação da 
pátina. Podem receber, ainda, adições de cromo, níquel e silício com 
efeitos secundários.
Como utilizar?
A estrutura aparente de aço patinável poderá eventualmente ficar 
sem nenhum tipo de pintura quando empregada em atmosfera 
urbana, rural ou industrial não muito severa. É importante observar 
que ambientes permanentemente ou excessivamente úmidos não 
favorecem a formação da pátina protetora.
Para que seja possível o uso da estrutura de aço aparente sem 
pintura, deve-se efetuar uma análise prévia do local e das condições 
de utilização, sendo imprescindível que ocorram ciclos alternados 
de molhamento (chuva e umidade) e secagem (sol e vento). Além 
Gestor:
informe publicitário
Aços Patináveis 
Estruturas aparentes com 
resistência e durabilidade M
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ce
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 S
ca
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ar
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disso, toda a superfície precisa estar exposta a atmosferas que 
contenham substâncias como o dióxido de enxofre (SO2). Sem 
isso, a formação da camada de pátina fica comprometida.
Em atmosferas industriais severas ou marinhas, o aço patinável 
deve necessariamente ser utilizado com pintura. Nesses casos, 
o aço estará duplamente protegido: pintura + pátina. Antes da 
pintura, a superfície do aço deve ser preparada normalmente, 
com a remoção de resíduos de óleo e graxa, respingos de solda 
ou quaisquer outros materiais, além de carepas de laminação.
A formação da pátina sobre o aço é função de três fatores 
principais:
• Composição química do aço;
• Condições ambientais (presença moderada de dióxido de 
 enxofre na atmosfera, umidade, ventos, temperatura, etc.);
• Geometria da peça (que influencia diretamente sobre os ciclos 
 de umedecimento e secagem).
Passarela Miguel Reale, em São Paulo. Suspensa por 21 estais de aço, obra-de-arte 
tem mastro e tabuleiro de aço patinável. O projeto é de Valente Arquitetos.

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