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Teníase

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Helmintos cestódeos 
 Vermes multicelulares, aparência achatada 
semelhante a uma fita. 
 Podem ser divididos em dois grupos: 
 Espécies intestinais; 
 Espécies intestinais teciduais; 
 
 As espécies da classe cestoda podem apresentar 
três formas: ovos, larvas e vermes adultos. 
OVOS: embrião hexacanto (oncosfera), 
caracterizado pela presença de 6 ganchos pequenos; 
 Os acúleos penetram o intestino do 
hospedeiro. 
 São hermafroditas, por isso um ovo dá 
inicio a um novo ciclo biológico. 
LARVAS: desenvolvem-se no hospedeiro 
intermediário; 
 A ingestão de larvas pelo ser humano resulta 
em um verme adulto que se desenvolve no 
intestino e produzirá ovos para completar o 
ciclo biológico. 
 Às vezes (mas raro), larvas são observadas 
em fezes humanas. 
VERMES ADULTOS: semelhantes a uma fita, 
podem chegar até 20m. 
 Primitivos; absorvem nutrientes e excretam 
seus metabólitos através de sua superfície 
externa chamada tegumento. 
 Possuem sistema reprodutor, mas não têm 
sistemas corporais sofisticados. 
 Muitos pacientes infectados por cestoda são 
assintomáticos 
 Os paciente sintomáticos: desconforto no TGI, 
diarreia e dor abdominal. Podem apresentar 
tosse, anemia e choque anafilático. 
TAENIA SP. – SOLITÁRIA : 
ESPÉCIES: 
 Taenia saginata – tênia do boi; 
 Taenia solium – tênia do porco; 
 Ambas vivem na luz intestinal e cada hospedeiro 
abriga apenas um espécime, porque o primeiro 
verme albergado gera resposta imune que 
impede o desenvolvimento de outros. 
 Ambas causam teníase; 
 A teníase é causada pela ingesta de carne de 
boi ou porco mal cozida; 
 A cisticercose é uma manifestação extra 
intestinal e pode ser causada pela ingestão de 
ovos de T. solium. 
 HOSPEDEIRO DEFINITIVO – homem; abriga 
a forma adulta. 
 HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS : 
 Porco/javali – Tênia solium; possui 
larva nos tecidos; pode causar 
cisticercose. 
 Bovino doméstico – Tênia saginata; 
apresentam forma larvária nos tecidos. 
 Consumo de carnes cruas/malcozidas e o 
destino inadequado das fezes humanas 
favorece a propagação. 
SINAIS E SINTOMAS: dores abdominais, 
náuseas, debilidade, perda de peso, diarreia e 
constipação. 
 Infestação: percebida pela eliminação 
espontânea de proglotes do verme nas fezes. 
 Pode causar retardo no desenvolvimento de 
crianças e baixa produtividade em adultos. 
→ Na cisticercose a manifestação clinica depende 
da localização, tipo morfológico, numero de larvas e 
da resposta imune. 
 As formas graves são encontradas no SNC; 
 A neurocisticercose ocorre quando larvas 
infectam o córtex cerebral; quando as larvas 
morrem, ocorre reação inflamatória originando 
os sinais da doença: convulsão, lesões focais e 
cefaleia. 
 Na cisticercose o período de incubação varia 
de 15 dias a anos após a infecção; 
 A teníase cerca de 3 meses após a ingesta da 
larva, o parasita já é encontrado no intestino 
delgado. 
Morfologia dos ovos: indistinguíveis entre solium e 
saginata. 
 Podem ser embrionados ou não embrionados; 
 Os embrionados apresentam acúleos; 
MORFOLOGIA DOS VERMES ADULTOS: 
 Tênia solium – de 800 a 1000 proglotes, 
podendo chegar a nove metros. 
 Tênia saginata – 1000 a 2000 proglotes; 
comprimento pode chegar a 25m. 
 O corpo é dividido por segmentos: 
 Escolex (cabeça): órgão de fixação na 
mucosa do TGI. 
 T. solium apresenta quatro ventosas e uma 
estrutura em forma de coroa; 
 
 T. saginata apresenta quatro ventosas sem 
rostro e sem acúleos. 
 
 Colo – região de crescimento; intensa 
multiplicação celular; 
 Estróbilo (corpo) – segmentado (proglotes) 
contendo a estrutura para reprodução; a 
proglotes gravida possui o tubo uterino cheio 
de ovos; os anéis se desprendem 
espontaneamente do estróbilo. 
MORFOLOGIA DAS PROGLOTES: 
 T. saginata – retangular; 15 a 30 ramificações 
uterinas de cada lado; 
 T. solium – 7 a 15 ramificações uterinas em cada 
lado do útero. 
 
CICLO BIOLÓGICO: homem ingere carne crua 
contendo ovos larvados (oncosfera) de tênia. 
 No intestino delgado, a larva se libera e fixa o 
escólex, crescendo e originando a tênia adulta; 
 As proglotes maduras 
(hermafroditas)reproduzem-se e originam 
proglotes grávidas cheias de ovos. 
 As proglotes grávidas desprendem-se unidas em 
grupos de 2 a 6 e são liberadas nas fezes. 
 No solo, as proglotes liberam os ovos e que 
podem ser ingeridos por hospedeiro 
intermediário. 
 No intestino do animal os ovos penetram no 
revestimento intestinal e caem no sangue 
atingem principalmente a musculatura 
sublingual, diafragma, sistema nervoso e 
coração; 
 Cada ovo se transforma em um cisticerco 
(larva). 
TRANSMISSÃO : ingestão de carne crua contendo 
cisticercos viáveis. 
 Os cisticercos são destruídos em 10 min pelo 
aquecimento a 96°; 
 O suco gástrico e os sais biliares estimulam a 
evaginação do escólex existente no interior do 
cisticerco, que se fixa na mucosa do jejuno. 
 A infecção por forma larvária ocorre por meio 
da ingestão de ovos de T. solium. 
DIAGNÓSTICO : EPF para identificar ovos; exame 
direto de fezes para identificar proglotes; 
 
 Diagnóstico cisticercose - Sorológicos 
específicos (fixação do complemento, 
imunofluorescência e hemaglutinação)  soro e 
líquido cefalorraquiano confirmam o 
diagnóstico da neurocisticercose  suspeita 
decorre de exames de imagem: 
 Raios X (identifica apenas cisticercos 
calcificados) 
 Tomografia computadorizada e ressonância 
nuclear magnética (identificam cisticercos em 
várias fases de 
desenvolvimento). 
 A biópsia de tecidos, quando realizada, 
possibilita a identificação microscópica da larva. 
 Não é doença de notificação compulsória; 
 O tratamento deve ser aplicado em todos 
indivíduos contaminados ou com risco de 
contaminação e os animais contaminados 
também. 
 Inspeção sanitária da carne; 
 Tratamento é feito com praziquantel, 
niclosamida e nitazoxanida.

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