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6 Reparo de tecidos

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REPARO DOS TECIDOS PÓS-
INFLAMAÇÃO 
 Macrófagos são ativados por duas vias clássica e 
alternativa. 
 REPARO TECIDUAL – pode ser definido 
como cura/finalização do processo 
inflamatório. 
 Restabelecimento da função e da estrutura do 
tecido após ação de um agente lesivo. 
 O reparo tecidual é ativado por meio da 
resposta inflamatória. 
REAÇÕES DE REPARO EM TECIDOS 
LESADOS : 
 Regeneração: proliferação de células lesadas e 
maturação das células tronco teciduais. 
 Cicatrização: deposição de tecido conjuntivo. 
Mesmo que não realize a função das células 
perdidas, fornece estabilidade estrutural. 
 A cicatrização ou a regeneração dependem da 
gravidade do dano e também da característica 
das células daquele tecido. Ex.: coração só 
cicatriza, não se regenera. 
 
REGENERAÇÃO: 
 Retorno dos tecidos ao estado normal através da 
substituição dos componentes danificados. 
 Proliferação de células que sobrevivem à lesão e 
conservam a capacidade de se multiplicar, como 
epitélios de rápida divisão. Ex.: tecido 
conjuntivo, tecido do estomago e tecido do 
fígado. 
 Os mamíferos têm capacidade limitada de 
regenerar tecidos e órgãos, e apenas alguns 
componentes conseguem se recuperar 
plenamente. 
 Em uma regeneração, as células que se 
multiplicam são células da linhagem do tecido. 
CICATRIZAÇÃO: 
 É a deposição de tecido conjuntivo; 
 Se os tecidos não conseguirem se restituir ou a 
lesão for severa, o reparo ocorre pela deposição 
de tecido conjuntivo (fibroso). 
 A fibrose não é funcional, mas confere 
estabilidade estrutural ao tecido para que ele 
possa funcionar. 
 Fibrose – extensa deposição de colágeno como 
consequência da inflamação crônica. 
 Organização – termo da patologia que descreve 
processo de fibrose de um tecido após uma 
inflamação exsudativa. 
 Proliferação de fibroblastos. 
PROLIFERAÇÃO CELULAR: mecanismos e 
sinais de controle. 
 Células remanescentes do tecido lesado: 
restaurar estrutura normal. 
 Células endoteliais vasculares: para criar 
novos vasos que forneçam os nutrientes 
necessários ao processo. 
 Fibroblastos: originam o tecido fibroso que 
forma a cicatriz para preencher os defeitos que 
não podem ser corrigidos por meio da 
regeneração. 
Vasculogênese: formação de vasos no 
desenvolvimento embrionário. 
Angiogênese: formação de novos vasos sanguíneos 
a partir de vasos pré-existentes. 
 Há três tipos de tecidos de acordo com a sua 
capacidade proliferativa: 
 Lábeis – alta capacidade regenerativa. 
Descamação contínua. 
 Estáveis – mantêm a capacidade proliferativa, 
mas somente se ocorrer lesão. 
 Permanentes – não são regeneráveis. Ex.: 
tecido nervoso e cardíaco. 
 A regulação do processo proliferativo ocorre 
por meio dos fatores de crescimento. 
 O tamanho normal das populações celulares é 
determinado por um equilíbrio entre 
proliferação celular, morte celular por apoptose 
e diferenciação de novas células a partir de 
células-tronco. 
TECIDOS LÁBEIS/INSTÁVEIS: se dividem 
continuamente. São substituídas pela maturação de 
células-tronco e pela proliferação de células 
maduras. 
 Células sanguíneas; 
 Epitélio de superfície (pele, cavidade oral, 
vagina). 
 Epitélios cuboides dos ductos que drenam 
os órgãos exócrinos (glândulas salivares, 
pâncreas e trato biliar). 
 Epitélio colunar do TGI. 
 Epitélio transicional do TU. 
TECIDOS ESTÁVEIS: células com atividade 
replicativa mínima. Capazes de se dividir em 
resposta à lesão. Ex.: parênquima hepático, renal e 
pancreático. 
 Importantes na cura de feridas. 
TECIDOS PERMANENTES: células desses 
tecidos não se proliferam n vida pós natal. 
 Ex.: neurônios e células de m. cardíaco. 
 Nos tecidos permanentes, o reparo é 
caracteristicamente realizado pela formação de 
cicatriz. 
 
CÉLULAS-TRONCO: servem para manter o 
equilíbrio homeostático dos tecidos. Mantém a 
capacidade replicativa quando os tecidos se dividem 
ou quando células morrem. 
 Capacidade de autorrenovação: permite manter 
a população funcional de precursores por longo 
tempo. 
 Replicação assimétrica: quando uma célula-
tronco se divide, uma célula-filha entra na via de 
diferenciação e origina uma célula madura, 
enquanto outra permanece como indiferenciada, 
retendo sua capacidade de autorrenovação. 
 
 
FATORES DE CRESCIMENTO – proteinas 
que estimulam a sobrevivência e a proliferação de 
várias células e podem promover migração, 
diferenciação e outras respostas celulares. 
 Estimular a função dos genes de controle do 
crescimento, muitos dos quais são chamados de 
proto-oncogenes porque suas mutações levam a 
proliferação celular descontrolada, característica 
do câncer (oncogênese) 
 Promovem a entrada das células no ciclo celular; 
 Bloqueiam progressão do ciclo celular; 
 Impedem a apoptose e aumentam a síntese de 
proteinas celulares. 
 
 
 
 
Mecanismo de sinalização dos receptores 
dos fatores de crescimento: 
 Ligação a receptores específicos de superfície 
celular e desencadeamento de sinais bioquímicos 
nas células. 
 Ativação ou repressão do gene; 
 A sinalização pode ocorrer na mesma célula que 
produz o fator (autócrina); entre células 
adjacentes (parácrina) ou a grandes distâncias 
(endócrina). 
MATRIZ CELULAR NO REPARO 
TECIDUAL: fornece colágeno, proteoglicanos, 
glicoproteínas, suprimento sanguíneo e de 
nutrientes. 
 Colágeno tipo I, II, III e V. 
 Elastina – tecido elástico. 
 Proteoglicanos e ácido hialurônico – géis 
altamente hidratados. 
 Glicoproteínas e receptores de adesão – 
adesão célula a célula, célula e MEC e na 
ligação entre componentes da MEC. 
FUNÇÕES DA MEC: 
 Suporte mecânico para ancoragem celular; 
 Controle da proliferação celular; 
 Arcabouço para renovação tecidual; 
 Membrana basal funciona como limite entre o 
epitélio e o tecido conjuntivo subjacente e 
forma também parte do aparelho de filtração no 
rim. 
 Ocorre a formação de cicatriz quando o reparo 
não pode ser alcançado pela regeneração. 
 Pode ocorrer cicatrização quando a lesão 
tecidual for grave ou crônica. 
 A formação de cicatriz é uma resposta que 
remenda ao invés de restaurar o tecido. 
 Geralmente o termo “cicatriz” é associado à 
cura de feridas na pele, e descreve a substituição 
de células parenquimatosas em qualquer tecido 
por colágeno. 
FORMAÇÃO DE CICATRIZ: deposição de 
tecido conjuntivo. 
 O reparo inflamatório se inicia dentro de 24h 
pela migração dos fibroblastos e indução da 
proliferação dos fibroblastos e células 
endoteliais. 
 3-5 dias, uma característica do processo de cura 
é o surgimento do tecido de granulação. 
 Progressivamente, o tecido de granulação 
acumula mais fibroblastos que depositam 
colágeno, resultando na cicatrização. 
 
ANGIOGÊNESE: processo de 
desenvolvimento de novos vasos sanguíneos a partir 
de vasos pré existentes. 
 Fundamental no processo de reparo por 
aumentar a circulação colateral nos locais de 
isquemia e por permitir que tumores aumentem 
em tamanho. 
 
 Pericito – células-tronco dos vasos. Ficam localizados 
ao redor das células endoteliais. 
 Núcleo alongado, prolongamentos citoplasmáticos e 
junções comunicantes com células endoteliais. 
Filamentos de actina e miosina promovem a sua 
contração regulando o fluxo sanguíneo. 
 Após a lesão, os pericitos podem se diferenciar em 
células endoteliais, fibroblastos ou células 
musculares lisas. 
 
TECIDO DE GRANULAÇÃO: migração e 
proliferação de fibroblastos, deposição de tecido 
conjuntivo frouxo, junto com os vasos e leucócitos 
entremeados. 
 Aparência macroscópica rosa, macia e granular. 
 Aparência Histológica marcada por proliferação 
de fibroblastos, capilares e mistura de células 
inflamatórias. 
DEPOSIÇÃO DE TECIDO 
CONJUNTIVO: ocorre em duas etapas: 
1. Migração e proliferação de fibroblastos para 
o local da lesão; 
2.Deposição das proteinas da MEC produzida 
por essas células. 
 O fator de crescimento transformante-β (TGF-
β) é a citocina mais importante para a síntese e a 
deposição de proteínas do tecido conjuntivo. 
 O TGF-β estimula a migração e a proliferação 
de fibroblastos, o aumento na síntese de 
colágeno e fibronectina, bem como a redução na 
degradação da MEC devido à inibição das 
metaloproteinases. 
 O TGF-β está envolvido não somente na 
formação de cicatrizes pós-lesões, mas também 
no desenvolvimento de fibrose pulmonar, 
hepática e renal após inflamação crônica. 
FATORES QUE INFLUENCIAM NO 
REPARO TECIDUAL: 
A. Infecções; 
B. Diabetes; 
C. Estado nutricional; 
D. Glicocorticoides – efeitos antinflamatórios bem 
documentados e sua administração podem 
resultar na fraqueza da cicatriz devido à inibição 
da produção de TGF-β e à diminuição da 
fibrose. 
E. Perfusão sanguínea deficiente. 
F. Tipo e extensão da lesão; 
G. Local de lesão. 
H. Fatores mecânicos; 
I. Corpos estranhos na ferida; 
J. Aberrações do crescimento celular – acumulo 
excessivo de colágeno pode gerar uma cicatriz 
proeminente e elevada, conhecida como 
queloide. 
EXEMPLOS CLÍNICOS DE REPARO DE 
TECIDOS E FIBROSE: 
 Cura de feridas cutâneas: regeneração epitelial e 
cicatriz do tecido conjuntivo. 
 Pode ser de primeira ou segunda 
intenção, com base na natureza e no 
tamanho da ferida. 
CURA POR PRIMEIRA INTENÇÃO – lesão 
envolve somente a camada epitelial. 
 Reparo de uma incisão cirúrgica limpa não 
infectada e aproximada por suturas cirúrgicas. 
 Reparo consiste nos processos de inflamação, 
proliferação e maturação. 
1. Há formação de um coágulo sanguíneo na 
superfície da ferida; 
2. Liberação do VEGF aumentando a 
permeabilidade do vaso e ao edema. 
3. Em 24h, os neutrófilos podem ser vistos na 
margem da incisão, migrando rumo ao coágulo 
de fibrina. 
4. As células da borda do corte começam a 
mostrar atividade mitótica acelerada. 
5. Neutrófilos são substituídos por macrófagos e o 
tecido de granulação invade o espaço da incisão 
– macrófagos promovem angiogênese e 
deposição da MEC. 
6. Os macrófagos liberam citocinas que atrame 
fibroblastos e produzem proteinas MEC e o 
colágeno torna-se abundante. 
CURA POR SEGUNDA INTENÇÃO: quando há 
perda de células ou tecidos, como em abscessos, 
ulceração e necrose. 
 Reação inflamatória intensa; 
 Desenvolvimento abundante de tecido de 
granulação; 
 Acumulo de MEC e formação de uma grande 
cicatriz, além de uma contração da ferida pela 
ação de Miofibroblastos. 
 Inicialmente inicia a cicatrização com fibrina, 
fibronectina e colágeno tipo III. Após duas 
semanas, é substituído por colágeno tipo I. 
 No fim do primeiro mês a cicatriz consiste em 
tecido conjuntivo acelular destituído de 
infiltrado inflamatório e está recoberta por 
epiderme intacta. 
 Em feridas de grande superfície, é preciso 
diminuir o espaço entre as margens dérmicas , 
por isso há formação de uma borda de 
Miofibroblastos na borda da ferida. 
FIBROSE EM ÓRGAOS 
PARENQUIMATOSOS 
 Deposição excessiva de colágeno ou pode 
indicar a deposição anormal de colágeno que 
pode acontecer em órgãos internos por meio de 
doenças crônicas. 
 Os mecanismos básicos de fibrose são idênticos 
aos de formação de cicatriz na pele durante o 
reparo tecidual. 
 TGF-β – principal citocina da fibrose. 
Produzido por macrófagos e estimula a 
produção de colágeno. 
 Morte celular por necrose ou por apoptose e 
aprodução de espécies reativas de oxigênio 
sãoimportantes na liberação de TGF-β. 
ANORMALIDADES NO REPARO DE 
TECIDOS 
1. Deiscência da ferida – ruptura dos pontos. 
Ocorre bastante na região abdominal pelo 
aumento da pressão intrabdominal após 
cirurgias. 
2. Ulceração – consequência de uma 
vascularização inadequada durante a cura. 
Feridas nos membros inferiores de indivíduos 
com doença vascular periférica. 
3. Cicatriz hipertrófica e queloide – acumulo 
excessivo de colágeno pode produzir cicatriz 
saliente. Se a cicatriz crescer além das margens 
da ferida e não regredir, chama-se de queloide. 
4. Granulação exuberante – formação excessiva 
de tecido de granulação – carne esponjosa – 
bloqueia a reepitelização . 
5. Contração no tamanho de uma ferida – parte 
importante do processo normal de cicatrização. 
Causa contratura e resulta em deformidade da 
ferida e dos tecidos circundantes. 
6.

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