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Semiologia médica I Letícia – ATM 26 Abordagem do paciente com dor cervical e lombar Acometimento de 60% da população, gerando limitação do movimento; Acomete mais mulheres – por causa dos hormônios e também por causa da gravidez, que altera o eixo sagital. 90% melhora entre 6-8 semanas. A dor tende a se cronificar de acordo com a reincidente reativação. FATORES DE RISCO: hereditariedade, fatores psicossociais, obesidade, gravidez, tabagismo, tronco mais fraco e levantamento de peso. Como os músculos são responsáveis por manter a estrutura óssea no local correto, o enfraquecimento da musculatura compromete essas estruturas. O QUE DÓI NA COLUNA? Partes ósseas – Contraturas musculares – Porções nervosas/medulares – A coluna é composta por 24 vértebras e sustentada pelo cóccix. A coluna possui articulações cartilaginosas discretamente móveis entre os corpos vertebrais e os processos articulares: os discos intervertebrais. Amortecem os movimentos entre as vértebras e permitem a curvatura da coluna. Trapézio e latíssimo do dorso recobrem externamente a camada muscular da coluna, que se fixa de cada lado dela. Esses músculos recobrem duas camadas musculares mais profundas, uma que se fixa à cabeça, ao pescoço e aos processos espinhosos (esplênio da cabeça, esplênio do pescoço e sacroespinal). Há também uma camada de pequenos músculos intrínsecos às vertebras, que se fixam na superfície anterior, incluindo o psoas e os músculos da parede abdominal. Red flags: (alerta), casos em que não é comum ter dor nas costas. Idade (<20 ou >55); Dor noturna constante ou progressiva; Sintomas constitucionais (febre, perda de peso...); Manifestações neurológicas (irradiação bilateral); Semiologia médica I Letícia – ATM 26 Lesões traumáticas; Uso de drogas, imunossupressores e corticoides; Deformidades na coluna; Rigidez matinal superior a 30 min. Yellou Flags – relação com o sucesso do tratamento. Pessimismo em relação ao tratamento; Problemas emocionais e relacionados ao trabalho. Dor generalizada; Episódios estendidos de dor lombar. Obs: exercício é a melhor forma de melhorar problemas relacionados à articulações. Lombociatalgia → dor lateral que irradia. Lombalgia → dor localizada. LOMBALGIA MECÂNICA – o paciente realizou algum movimento. Piora com o esforço e melhora com repouso; Irradiação; Não alteram o sono. Comum em pessoas mais velhas; LOMBALGIA INFLAMATÓRIA – Ocorre no repouso; Melhoram com exercício. Prejudicam o sono. Acomete jovens. Ex: má postura, traumas e lesões. CAUSAS DE DOR LOMBAR MECÂNICA: Congênitas, posturais, tumores, traumáticas e osteoartrite (desgaste da cartilagem articular e por alterações ósseas – bico de papagaio). CAUSAS DE DOR LOMBAR INFLAMATÓRIA: hérnia de disco e espondilite anquilosante. EXAMES DE IMAGEM IMPORTANTES: A solicitação depende do que eu preciso analisar. RADIOGRAFIA – permite identificar se o disco está com o espaço reduzido ou se há fratura. Fratura em acunhamento ocorre principalmente em pessoas com ossos enfraquecidos. Anterolistese vertebral significa o escorregamento de uma vértebra para a frente da coluna em relação à vértebra posicionada em baixo dela. Espondilolistese: Deslizamento de um corpo vertebral sobre o outro; Fraturas ou alterações degenerativas. Dish: calcificação ossificação dos ligamentos para-espinhais. TOMOGRAFIA – permite ver as protrusões, o canal medular e a medula espinal. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA – permite enxergar edema medular ósseo, que não é possível enxergar em outros exames. Utilizado para identificar problemas como: HÉRNIA DE DISCO – prolapso no núcleo pulposo. Cerca de 27% é assintomáticos; 27% assintomático; Alta propensão devido à mobilidade; Dor axial com possível irradiação para mmii. Diminuição da sensibilidade devido à compressão nervosa. CINTILOGRAFIA: diagnóstico por imagem a partir da radiação emitida pelo órgão examinado. Semiologia médica I Letícia – ATM 26 TRATAMENTO: Geralmente conservador; Fortalecimento muscular; Analgesia simples + associação com Antinflamatórios. Abordagem do paciente com dor cervical: Distúrbios mecânicos X avaliação imediata. Exame neurológico (fraqueza espástica, hiperreflexia, clônus e sinal de babinski positivo). Exames de imagem e laboratoriais (embora não são indicadores para dor mecânica). 1. MIELOPATIA CERVICAL – Ocorre por compressão das raízes nervosas no canal cervical. É uma doença discal degenerativa + osteófitos (bico de papagaio) = diminuição do volume do canal espinhal. Os principais sintomas são disfunção do braço e da perna, dificuldade em deambular e incontinência urinária. 2. DOR CERVICAL ASSOCIADA A DOENÇA SISTÊMICA : a historia e o exame físico do paciente ajudam a identificar os pacientes cuja dor não é mecânica, e sim associada a doença sistêmica. Obs: pacientes diabéticos são considerados imunossuprimidos. Febre, sudorese noturna, drogas injetáveis, HIV, DM Osteomielite?, Abscesso?, Espondilodiscite?, Processos inflamatórios infiltrativos e tumores Fratura ou expensão óssea (mieloma) Espondiloartropatias e AR Dor viscerogênica (disturbios esôfago, cardíacos). 3. DOR CERVICAL PERSISTENTE – PREDOMINANTEMENTE CERVICAL: A osteoartrite é uma causa frequente de dor cervical local. A rigidez muscular é um fator comum de exacerbação. Dor cervical com predomínio no braço: discos intervertebrais herniados e estenose vertebral. 12 pares de nervos cranianos 8 nervos cervicais; a. Dor por estiramento muscular: dor difusa em ambos os lados da coluna e na musculatura paracervical. b. Espondilose cervical: associada a degeneração discal e aproximação das estruturas articulares. 4. DOR CERVICAL PERSISTENTE – PREDOMÍNIO NO BRAÇO: 1. Discos intervertebrais herniados; 2. Estenose vertebral cervical (estreitamento do canal medular). TÉCNICAS DE EXAME: Inspecione a postura do paciente (posição do pescoço e tronco); Com o paciente de costas, procure identificar os seguintes marcos: Processos espinhosos; Músculos paravertebrais, laterais a linha média. Cristas ilíacas; Espinhas ilíacas anterossuperiores. Observe a simetria das curvaturas; No pescoço, palpe os processos articulares das articulações localizadas entre as vértebras cervicais 1 a 2 cm lateralmente aos processos espinhosos de C II a C VII (essas articulações podem não ser palpáveis). Na região lombar, palpe vértebras fora de alinhamento, para ver se um processo espinhoso apresenta proeminência (ou retração) incomum em relação ao processo acima dele. Identifique se ocorre dor à palpação. Palpe a articulação sacroilíaca, identificada frequentemente por uma concavidade sobre a espinha ilíaca posterossuperior. Avalie a extensão dos movimentos: Semiologia médica I Letícia – ATM 26 Com o paciente mantendo o quadril flexionado e deitado sobre o lado oposto, palpe o nervo isquiático. O nervo ciático situa-se entre o trocânter maior e a tuberosidade isquiática, conforme avança através da incisura isquiática.
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