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PU AILA 5º PERIODO

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AS MAZELAS DO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO
Aíla Saiure Dias Santos*
SUMÁRIO: Resumo, Introdução, A Superpopulação carcerária, A morosidade processual e os erros do Judiciário, 
RESUMO
A desestruturação do sistema prisional traz à baila a desonra da precaução e da regeneração do condenado. Nesse sentido, a sociedade brasileira encontra-se em momento de extrema indecisão em face do disparate que é o atual sistema carcerário brasileiro, pois de um lado temos o saliente progresso da violência, a suplica pela exacerbação de pena e, do outro lado, a superpopulação prisional e as danosas mazelas carcerárias. 
Vários agentes culminaram para que chegássemos a um minguado sistema prisional. Neste ínterim, a abjuração, a ausência de investimento e o desprezo do poder público ao longo dos anos vieram por oprimir ainda mais o caos chamado sistema prisional brasileiro. Deste modo, a prisão que outro tempo surgiu como uma ferramenta substitutiva da pena de morte, das torturas públicas e cruéis, atualmente não consegue estabilizar o fim correcional da pena, passando a ser apenas uma escola de refinamento do crime, além de ter como particularidade um ambiente aviltante e maléfico, acometido dos mais degenerados vícios, sendo irrealizável a ressocialização de qualquer ser humano. 
PALAVRAS-CHAVE: sistema penitenciário; detentos; ineficácia, Estado.
 
1-INTRODUÇÃO
Desde sua formação, a pena privativa de liberdade foi aplicada para atrapalhar atos humanos analisados pela sociedade da época. E, por muito tempo, abonou que ela era um meio competente a regenerar o encarcerado.
Contudo, na atualidade, cresce o conceito de subsidiariedade e mínima intervenção do Estado, alargando a liberdade do cidadão. Para a vasta maioria dos doutrinadores, o Direito Penal precisará atuar como extremaratio da ultimaratio, ou seja, deverá interferir quando não existem outras escolhas eficientes. Assim, o poderio do Estado encontra reduções nos próprios embasamentos da Execução Penal, como a Dignidade da Pessoa Humana, a Individualização da Pena, a Igualdade, a Humanização das Penas e, superiormente, a Ressocialização do Preso.
A obra de ABRAMOVAY traz à baila o grande encarceramento que aconteceu no seio social no século XX até o XXI, no período neoliberalista fora desenvolvido uma política criminal para conter o exército pós-industrial. O modelo de repressão estadunidense de combate ao crime se amplia para o mundo todo em face da intitulação do capital em criminalização oriunda da pobreza. O sistema penitenciário se torna palco da superlotação de presos e de inúmeras mazelas sociais já que o preso não tem a sua dignidade resguardada. Para, além disso, a obra é um verdadeiro legado para impor análises aprofundadas e propostas em que pese à idéia de além do grande encarceramento.
A ressocialização trata-se da promoção de condições de reintegração social do recluso, com a finalidade de que ele não retorne às práticas delitivas. Desta forma, a pena deve despertar o liberto aperfeiçoamento do encarcerado, preparando-o para o convívio social e restringindo o nível de reincidência.
Neste modelo, prevê a Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210 de 11 de julho de 1984), em seu artigo 10, que “a assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade.” A mesma lei ainda antever a ajuda material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa aos encarcerados.
Em compensação, é desperdiçada em nosso país a percepção de que a pena deve ser vingativa e cruel. A população, farta do alto índice de criminalidade, apóia a idéia de que a prisão deve ser atroz e impiedosa. E este descaso com o preso desenvolve, ainda mais, o ciclo da violência.
Na técnica, a prisão vem desempenhando de meio de dominação social, estigmatizando aquele que lá ingressa. Há, conseqüentemente, uma grande carência vivida hoje pela efetuação penal brasileira, que além de repercutir nos direitos do preso, alcança também a segurança pública.
Finaliza-se que a pena prisão não tem efeito restaurativo, mas sim delinquentemente. Até então há um imenso precipício que diferencia a retirada da sociedade. E, em pleno século XXI, faz-se essencial o preparo real do preso para voltar à liberdade, dando condições para a fenda do período da violência.
2. A SUPERPOPULAÇÃO
A colossal comunidade nos presídios é de consciência do poder público, entretanto, cada vez mais a população carcerária cresce e poucos presídios são edificados para acolher à litígio das condenações. A superpopulação nos presídios mostra uma realidade que afronta aos direitos fundamentais. Nesse semblante, basta citar o art. 5º, XLIX, da Carta Magna (a qual assegura aos presos o respeito à integridade física e moral), bem como recordar que a honra da pessoa humana é um dos inícios básicos da Constituição. 
Cumpre destacar que a própria Lei de Execução Penal (LEP), no seu art. 88, institui que o desempenho da pena se dê em cela individual, com área mínima de seis metros quadrados. Além disso, o art. 85 da LEP prevê que deve haver compatibilidade entre a estrutura física do presídio e a sua capacidade de lotação.
Segundo ABRAMOVAY:
“Com efeito, não apenas as prisões estão superlotadas, como também as condições do aprisionamento são as piores possíveis. A seletividade que norteia a constituição da população carcerária, constituída por pobres e negros, assim como os privilégios outorgados às classes médias e ricas, é patente, atingindo o nível da obscenidade.” (p.124).
Nesse contexto, a superlotação tem como resultado adjacenteà violação a normas e princípios constitucionais, ocasionando como decorrência para aquele que foi contido a uma pena privativa de liberdade uma "sobre pena", uma vez que a coexistência no presídio ocasionará uma aflição maior do que a cômoda sanção atribuída.
A superlotação no sistema penitenciário evita que possa haver qualquer tipo de ressocialização e acolhimento à população carcerária, o que faz brotar forte tensão, violência e constantes rebeliões.
No Brasil, a circunstância do sistema carcerário é tão precária que no Estado do Espírito Santo chegaram a ser aproveitados contêineres como celas, tendo em vista a superpopulação do presídio. 
3. A MOROSIDADE PROCESSUAL E OS ERROS DO JUDICIÁRIO
A ausência de atividade processual tem sido umas das mais atrozes e cruéis mazelas, uma vez que amargura os criminosos não perigosos e aflui para a alteração dos presos provisórios. Muitos desses detentos afeiçoam passar anos nas cadeias do Brasil sem ao menos terem sido condenados. 
Tal morosidade ainda é pior quando se trata de erro judiciário, um bom exemplo disso é o livro o PROCESSO de Kafka, onde Josef K um funcionário de um banco que foi processado e julgado por um crime que desconhece neste sentido ele é punido injustamente ao passo que dois guardas afirmam obscuramente que K cometeu suborno. O livro é uma critica ao Poder Judiciário por este se comportar por muito tempo, arbitrário, inoperante, vulnerável e conseqüentemente, falho. K foi condenado por um tribunal que ninguém se tem conhecimento, podendo verificar a injustiça sofrida por um homem que teve a sua dignidade e personalidade ferida.
O fato é que a morosidade processual e o erro judiciário entusiasmaram para que um inocente fosse colocado em um presídio com celas superlotadas, acompanhado de criminosos de alta periculosidade. Tenho a certeza de que não é complexo localizar pessoas presas nos presídios brasileiros sem ao menos terem sido julgadas, além daquelas que passam meses e até anos presas por furtarem pão e margarina porque continham precisão de se alimentar e não tinham dinheiro para tanto. Por isso, se faz imprescindível apressar a máquina processual para que pessoas não sejam depositadas em prisões por causa de erros judiciais ou por furtos esfomeados. Claro que precisamos punir quem furta, mas com a medida certa. De tal maneira é assim que temos em nosso ordenamento a previsão das alternativas legais (penas restritivas dedireito).
4. POLÍTICA PÚBLICA:
O termo política possui diversas acepções, entre elas destaca-se, para esse trabalho, aquela advinda do vocábulo inglês “policy”, significando o estabelecimento de um curso ou diretriz de ação, deliberadamente adotado e perseguido para alcançar um objetivo determinado (VARGAS, 1992, p.35).
A partir da definição de política como sinônimo de “policy”, desenvolve-se a sua especificação quando estas diretrizes de ação são desenvolvidas por órgãos ou entes estatais, passa-se, então, a designar “políticas públicas”, definida como “conjunto de sucessivas respostas do Estado frente a situações consideradas socialmente como problemáticas” (VARGAS, 1992, p.37).
    Políticas Públicas e Sistema Prisional no Brasil:
 
Os presídios que são administrados por órgãos de segurança pública, são os mais abalados e os que apresentam maior índice de insegurança e qualidade.  Não existem políticas públicas que ofereçam aos detentos uma formação de personalidade, falta à criação de cursos profissionalizantes, de forma a estabelecer autonomia de renda e uma nova oportunidade no convívio social.
Na sociedade predomina o desprezo aos internos no sistema prisional. Não há sensibilização suficiente para provocar a mobilização eficaz face às condições de saúde deploráveis, os ambientes superlotados, a ausência de atividades laborais e educativas. O quadro resultante, absolutamente crítico, exige respostas imediatas na forma de políticas públicas que envolvam todas as instituições responsáveis e a sociedade civil. A crise no sistema prisional não é um problema só dos presos, é um problema da sociedade. E toda a sociedade passará a sofrer o agravamento das conseqüências de sua própria omissão.
 No Brasil somente três penitenciarias são consideradas modelos de um sistema penitenciário eficaz e apropriado: a Penitenciária Industrial de Guarapuava (público – privado), localizada na cidade de Guarapuava, Paraná, onde o Estado se responsabiliza pela administração e segurança interna e a empresa envolvida oferece ensino profissionalizante e trabalho qualificado dentro do presídio. A Penitenciária Estadual de Londrina, onde existe o funcionamento efetivo de uma igreja, na qual alguns funcionários partilham do conhecimento religioso com os internos. E a Penitenciaria Industrial do Cariri, em Juazeiro do Norte/CE, onde os internos trabalham na confecção de jóias, bolas de futebol e em marcenaria. A cada três dias de trabalho, a pena do preso diminui um dia.
Muito se fala em parceria pública – privado para o nascimento de um novo e moderno sistema penitenciário brasileiro. Os legisladores e doutrinadores que apóiam esse modelo defendem que o Governo não possui recursos orçamentários suficientes que seja capaz de suprir os problemas já detectados no mundo penitenciário.  
5. SISTEMA PENAL
Preliminarmente, seguindo o diapasão determinado no tópico anterior, deve-se delimitar o que significa sistema penal. Não se deve confundir a idéia de sistema com o direito penal, vez que esse possui sentido mais restrito, conjunto de normas jurídicas que determinam os crimes e lhes atribuem sanções, enquanto aquele significa o “controle social punitivo institucionalizado” (ZAFFARONI, 1984, p.7, tradução nossa).
Compreende assim o sistema penal além das normas definidoras de crimes as demais que estão funcionalmente ligadas a elas, como a legislação processual penal, a lei de execução penal, as normas de organização penitenciária, além “das instituições que desenvolvem suas atividades em torno da realização do direito penal” (BATISTA, 2005, p.24)
A partir dessa definição “com propriedade, Cirino dos Santos observa que o sistema penal, segundo ele“constituído pelos aparelhos judicial, policial e prisional, e operacionalizado nos limites das matrizes legais”, pretende afirmar-se como garantidor de uma ordem social justa” (BATISTA, 2005, p.25).
O controle da violência através do sistema penal, todavia, não revela a sua verdadeira função, a de ratificar a exclusão social das classes mais pobres, vez que a “prisão marca o excluído que ao nela entrar foi duplamente excluído, criando um círculo vicioso reificador da segregação e da estigmatização” (BATISTA, 2003, p.48).
Analisando sob o ponto de vista de uma teoria crítica fica, de plano, evidenciado a impropriedade do meio utilizado para gerir o problema social apresentado, ante a falácia de um discurso resocializador e a prática de um sistema excludente. 
A opção da adoção do sistema penal como modelo de política pública para controle da violência foi a opção preconizada, por exemplo, pelo Prefeito de Nova York (EUA), Rudolph Giuliali, criando o sistema denominado “tolerância zero”, o qual será adiante.
As conseqüências práticas da instauração de uma política desigual adotada pelo Estado com a finalidade de impedir que os pobres se adentrem ao convívio social, deixando conseqüentemente milhares de pessoas à mercê das mazelas sociais tendo em vista que estas pessoas não conseguem se inserir no mercado de trabalho. As prisões da miséria de WACQUANT é um verdadeiro legado em que pese à análise da desregulamentação da economia e demolição do Estado social que por conseqüência fortalece o Estado policial e penal. A Europa viveu momentos de desejo em conseguir apoio nas instituições policiais e penitenciária para que conseguisse resolver o problema do caos social advindo do desemprego alarmante, condições de trabalho e salário precário e diminuição da proteção salarial. A América Latina fora palco do modelo agressivo de segurança desenvolvido pelos Estados Unidos para tentar apaziguar a violência criminal, todavia, a adoção dessa política é ambígua na ordem social democrática e a sua instauração significaria o retorno ao modelo de governo ditatorial para com os pobres. É evidenciado que o Estado liberal se preocupa profundamente com a economia social e não tanto com medidas preventivas que possam servir de impedimento do aumento significativo da criminalidade, o Estado é falho no que tange a implementação na esfera social, somente no controle policial-penitenciário, se caracterizando repressivo ao invés de preventivo. A leitura mostra o quão ganancioso é o ser humano que fez da economia o centro da sociedade, retirando de ênfase os direitos fundamentais do cidadão pobre, já que este por força do Estado liberal não consegue efetivar sua dignidade e sua única saída é a marginalização. É nesta perspectiva que se aumenta a cada ano o número de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza, por causa disso é que muitos bairros precários comportam indivíduos que são rotulados como criminosos. O Estado tende a separar os delinquentes (pobres) dos decentes (ricos), tal atitude é o que se denomina de tolerância zero, programa aplicado em Nova Iorque como forma de repudiar miseráveis e delinquentes para que estes não usufruam do mesmo seio social que os favorecidos economicamente, garantindo assim uma sensação de segurança.
5. PERSPECTIVAS E SOLUÇÕES
Ex positis, pode-se concluir que o sistema prisional brasileiro não possui mecanismos que assegurem o objetivo primordial da pena privativa de liberdade, qual seja a ressocialização do apenado, tendo em vista que a realidade do sistema carcerário encontra-se representada pelo sucateamento da máquina penitenciária, o despreparo e a corrupção dos agentes públicos que lidam com o universo penitenciário, a ausência de saúde pública no sistema prisional, a superpopulação nos presídios, a convivência promíscua entre os reclusos, a ociosidade do detento, o crescimento das facções criminosas dentro das unidades prisionais, dentre outros os efeitos criminógenos ocasionados pelo cárcere, bem como a omissão do Estado e da sociedade.
A crise carcerária só poderá ser resolvida quando a sociedade e os políticos tiverem vontade de solucionar o problema. Para tanto, é preciso a erradicação dos preconceitos em relação ao preso e ao ex-presidiário por parte da sociedade.
Assim sendo, é preciso criar políticas públicas e sociaispara erradicação da pobreza, gerar empregos, reestruturar a educação fundamental, investir em estudos atinentes à prevenção da criminalidade, avaliando, desta forma, os fatores que condicionam o indivíduo a praticar crimes e posteriormente garantir a possibilidade de ressocialização. Não é suficiente o tratamento das patologias criminais após o cometimento do delito, se faz necessário um comprometimento das autoridades públicas e da sociedade antes mesmo de o delito acontecer.
 CONCLUSÃO
É astuto que somente a privação da liberdade única e exclusivamente não beneficia a ressocialização, contudo écogente que algo se faça para a alteração de quadro, e entre os fundamentais projetos que podem tornar mínimo este absurdo, podemos elencar o já disposto (Programa Educar para Reintegrar), e também os trabalhos ampliados dentro das penitenciárias pelos detentos, sejam eles braçais manuais etc.
Para que a ressocialização suceda de modo glorioso, são indispensáveis que sejam abordados distintos temas e conceitos, os quais são basilares para a ampliação de qualquer ser humano, são eles, família, amor, recato, liberdade, vida, morte, cidadania, política, miséria, comunidade etc.
Muitos detentos, ao serem implantados no sistema carcerário, não têm sequer a noção do que é família, um lar, amor, afeto, assuntos estes que necessitam ser abordados de forma a despertar em cada um o lado afetivo e emocional, fazendo-os refletir sobre os atos praticados, e se noção da gravidade destes e do sofrimento causado às famílias das vítimas e também à sua.
Logo, a quebra do sistema carcerário no Brasil nada mais é que a decorrência do descaso de quem opta morrer a ser preso.
REFERÊNCIAS
ABRAMOVAY, Pedro Vieira; BATISTA, Vera Malaguti. Depois do grande encarceramento. Rio de Janeiro: Revan, 2010.
BATISTA, N. Introdução crítica ao Direito Penal brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Revan, 2005.
BATISTA, V. M. Difíceis ganhos fáceis: drogas e juventude pobre no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora Revan, 2003.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Falência da Pena de Prisão – Causas e Alternativas. 4ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 113.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão; tradução de Raquel Ramalhete. 29. ed. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2004.
KAFKA, Franz. O processo. São Paulo: companhia das letras, 2009.
WACQUANT, Loïc. As Prisões da Miséria 1999. Tradução: André Telles.Data da Digitalização: 2004.
VARGAS, C. S. Las Politicas Publicas: Nueva Perspectiva de Analisis. VNIVERSITAS – Pontifícia Universidad Javeriana. Bogotá, n. 83, p. 35-100, 1992.
WACQUANT, L. A ascensão do Estado penal nos EUA. Discursos sediciosos: crime, direito e sociedade. Rio de Janeiro, Ano 7, n. 11, p. 15-41, 2003

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