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Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Fisiopatologia UCXVIII Osteoporose Tecido ósseo Constituição: células + matriz óssea (porções orgânica e inorgânica) + periósteo e endósteo Células Células osteoprogenitoras → osteoblastos → osteócitos → osteoclastos Osteoblasto: FORMAM A MATRIZ Superfície do tecido ósseo Função: Síntese da matriz orgânica – osteóide Osteócitos: SÃO A VITALIDADE DO OSSO Osteoclastos: FAZEM A REABSORÇÃO ÓSSEA Células móveis, multinucleadas, com aprox. 150 µm. Derivadas de progenitores da linhagem dos macrófagos Localização: Lacunas de Howship ¡ Função: fagocitar o tecido osso envelhecido – remodelação óssea. Os osteoclastos produzem várias enzimas que permitem a reabsorção óssea, dentre elas a fosfatase ácida, metaloproteinase da matriz e a catepsina K e também outros produtos como ácido clorídrico. Matriz óssea Porção inorgânica (65%) Cristais de Hidroxiapatita Ca10(PO4)6(OH)2 Bicarbonato, Citrato, Magnésio, Sódio, Potássio Porção orgânica (35%) Fibras colágenas + 90% Glicosaminoglicanas: Condrotin-sulfato, Ácido hialurônico Glicoproteínas: Osteonectina, Osteocalcina, Osteopontina Remodelação óssea Reabsorção óssea pelos osteoclastos: O compartimento subjacente à borda em escova (RB) constitui o local onde ocorre a reabsorção óssea. No interior do osteoclasto, a anidrase carbônica (AC) promove a conversão de gás carbônico e água em íons hidrogênio (H+) e bicarbonato (HCO3 -). A acidificação do meio, pela liberação dos íons H+, contribui para a desmineralização da matriz óssea, ocorrendo a dissolução dos cristais de hidroxiapatita e consequente liberação de cálcio (Ca2+) e fosfato (HPO4 -). As enzimas lisossomais são responsáveis pela degradação das proteínas colágeno e não- colágeno da matriz. Os produtos da degradação da matriz orgânica são internalizados na RB, por meio de vesículas (Ve) e transportados para o interior do osteoclasto, sendo posteriormente, conduzidos para o meio extra celular Ainda, os osteoclastos estimulam os osteoblastos a produzir matriz óssea, através de citocinas e outros fatores (OPG), o que auxilia no depósito de nova matriz na renovação tecidual A remodelação ósseo é um processo no qual tecido ósseo maduro é removido e novo tecido é formado. Os osteblastos produzem a matriz nova Os osteoclastos "digerem" o tecido a ser removido Quando ocorre a remodelação óssea? Continuamente para substituir osso envelhecido. Em reposta a hormônios (ex: hormônio do crescimento) e fatores de crescimento. Após danos como microlesões que podem ocorrer nas atividades diárias. Após danos como fraturas. Em processos patológicos como a osteoporose, artrite reumatoide, periodontite Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Relação dos osteoclastos e osteoblastos RANK = receptor ativador do fator nuclear Kappa Beta, expresso na superfície dos precursores osteoclastos. RANKL = Ligante do RANK, expresso nos osteoblastos. O RANKL se liga nos receptores RANK, encontrados em células precursoras de osteoclastos, promovendo a sua diferenciação OPG = Osteoprotegerina. É uma proteína secretada pelos osteoblastos, que atua como inibidora natural de RANKL O Paratormônio (PTH) estimula a expressão do RANKL nos osteoblastos. A osteoprotegerina (OPG) se liga no RNKL, impedindo a sua ligação com o receptor RANK. Isto dimuinui a diferenciação de osteoclastos (osteoclastogênese) e reduz a reabsorção óssea. Os corticoides estimulam a síntese de RANKL e diminuem a de OPG, aumentado a reabsorção óssea. Regulação hormonal da reabsorção óssea Os corticosteroides estimulam osteoclastogênese pelo aumento da expressão do RANKL e por reduzir a expressão da OPG. O efeito mais importante dos corticosteroides no osso é a inibição da formação óssea em razão da redução da função e do número de osteoblastos. Os corticosteroides diminuem a proliferação e diferenciação terminal dos osteoblastos, impedindo-os de formar células maduras e funcionantes, e aumentam a apoptose dos osteoblastos maduros. Isto leva a uma menor síntese de colágeno tipo 1, o principal componente da matriz óssea. Os corticosteróides também reduzem a densidade óssea por terem influência negativa na massa muscular, pela redução dos receptores da vitamina D, pela redução dos fatores de crescimento e pela interferência nos efeitos favoráveis dos hormônios sexuais sobre o osso. Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Ação do PTH: ↑ [Ca2+] plasmático através de Mobilização de Ca dos ossos: O PTH estimula a expressão do RANKL nos osteoblastos. O RANKL se liga nos receptores RANK, encontrados em células precursoras de osteoclastos, promovendo a sua diferenciação Aumento da reabsorção tubular de Ca nos rins. Estimulo indireto da reabsorção intestinal de Ca através da sua participação na formação do calcitriol. Outros efeitos do PTH nos ossos o PTH → osteoblastos → ↑IL6, IL1, TNF, MCSF → Recrutamento e diferenciação de precursores de osteoclastos Ativação de Osteoclastos maduros → Fosfatase ácida/colagenase/Bomba de Prótons → osteólise e ↑ calcemia Formação do calcitriol A absorção intestinal de Ca é ↑ pela ação do hormônio calcitriol (1,25- diidroxicolecalciferol ou 1,25 (OH)2 D), produzido a partir da vitamina D3 Luz solar → converte o 7-desidrocolesterol (presente na pele) em vitamina D3 (colecalciferol) → a vitamina D3 é modificada no fígado até 25-hidroxicolecalciferol → este é convertido nos rins em 1,25- Diidroxicolecalciferol (ou calcitriol) Calcitonina: Local de produção: Células parafoliculares da tireóide. Células ou órgãos alvo: ossos e rins Estímulos para a sua liberação: ↑[Ca2+] plasmático Ações: ↓[Ca2+] plasmática; Impede a reabsorção óssea Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Osteoporose A osteoporose é definida como uma redução na resistência do osso que resulta em maior risco de fratura. A OMS define a osteoporose como uma densidade óssea que cai em 2,5 desvios padrões abaixa da média para adultos jovens sadios do mesmo sexo (escore T 2,5). Osteoporose é uma doença que se caracteriza pela perda progressiva de massa óssea, tornando os ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas. Trabéculas ósseas são diminuídas e os sistemas de Havers são alargados. Os locais mais afetados são punhos, fêmur e coluna vertebral. Fraturas do colo femoral, pelve e coluna podem causar trombose nas veias no local da fratura e provocar a formação de embolia pulmonar. Até 30 a 40% da massa óssea perdida considera-se como uma grave osteoporose com risco de fraturas Fatores de risco: Idade avançada em ambos os sexos; Menopausa precoce (antes dos 45 anos) Composição corporal magra Doenças crônicas dos 10 aos 18 anos. Consumo excessivo cafeína, sal açúcar, álcool o Relativo ao consumo de álcool, parece haver um efeito direto sobre os osteoblastos, determinando diminuição nos níveis de osteocalcina nos estágios iniciais, além de mudanças histomorfométricas em etapas posteriores. o Em alcoolistas crônicos, os níveis séricos de vitamina D e seus metabólitos diminuem, independentemente da presença de qualquer hepatopatia. o O consumo de bebidas alcoólicas que excede a 200 ml por semana pode interferir nos níveis estrogênicos e isso estaria associado com o aparecimento da osteoporose. o O cigarro também diminuiria os níveis de estrogênios. o Com relação à cafeína, seu efeito provavelmente está associado com o aumento na excreção de cálcio. De um modo geral, o consumo diário de mais de duas xícaras está moderadamente associado com o aumento de fraturas Deficiência de Ca, vitamina D, C; desnutrição ou problemas de absorção Osteoporose Primária: Quando atinge seu pico máximo de formação, a massa óssea começa naturalmente a entrar em processo de reabsorção. § Além da diminuição biológica da massa óssea, a diminuição da atividade física e deficiências nutricionais aumentam a taxa de perda óssea. Menopausa: A deficiência estrogênica provavelmente causa perda óssea pela: o Ativação de novos locais de remodelamento ósseo. o Níveis elevados de algumas interleucinas ® aumento na atividade dos osteoclastos. o Desequilíbrio entre a formação e a reabsorção óssea. ESTROGÊNIO INIBE A FORMAÇÃO DO OSTEOCLASTO Envelhecimento: o Diminuição da atividade dos osteoblástica. o Diminuição da atividade replicativa de células osteoprogenitoras. Osteoporose Secundária: Doenças endócrinas (hiperparatireoidismo, hipertireoidismo e hipotireoidismo, Diabetes, hipogonadismo, deficiência da glândula adrenal. Patologias reumatologicas: artrite reumatoide, espondilite anquilosante. Drogas como anticoagulantes, quimioterapia, corticosteróides, anticonvulsivantes e álcool Distúrbios nutricionais e gastrointestinais: desnutrição, deficiência de vitamina C, D, má absorção intestinal e insuficiência hepática Neoplasias Outros: imobilização prolongada; osteogênese imperfeita. Tratamento: Reposição de cálcio e Vitamina D o Alimentos verdes → cálcio Bifosfonados (alendronato, risedronato, ácido zoledrônico) Raloxifeno – moderador seletivo do receptor de estrogênio. Age como se fosse estrogênio Estrogênios e reposição hormonal Ranelato de estrôncio Denosumabe - anticorpo monoclonal anti RANKL
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