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ANATOMIA DO SISTEMA VASCULAR

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Anatomia do Sistema Vascular 
Prof. Cassio M. Vilicev 
Anatomia do Sistema Vascular 
O sangue é transportado através do corpo em uma complexa organização de vasos. 
As artérias se ramificam em inúmeras pequenas arteríolas, que por sua vez, se 
ramificam em numerosos capilares microscópicos, no nível dos quais as trocas entre 
sangue e tecidos ocorre. Dos capilares, o sangue penetra em finíssimas veias que se 
juntam e confluem para veias maiores. Os vasos do sistema cardiovascular podem 
ser divididos em dois circuitos separados, cada qual saindo e chegando ao coração 
(Spence, 1991). 
*Artéria (L.) arteria (=artéria), de (G.) aér (=ar) e (G.) térion (= conduto), de (G.) 
tereo (=eu levo, eu contenho). Hipócrates chamava “arteria” à traqueia e a árvore 
bronquial e “flebos” aos vasos, mas os anatomistas gregos antigos acreditavam que 
as artérias continham ar e as veias, sangue (Praxágoras, Erasístrato e Herófilo), pelo 
fato de que às dissecações, aqueles vasos mostrarem-se vazios. Daí, provavelmente, 
a forma latina arteria (=ar) e teres (=cilindro). Os vasos eram chamados “arteria 
leiai” (vasos lisos) enquanto a traqueia e brônquios eram “arteria tracheia” (vasos 
rugosos). Galeno constatou a existência de sangue nas artérias, mas para não 
desmentir a teoria humoral, achou que nelas circulava sangue misturado com ar. No 
século XVII, os trabalhos de Miguel Serveto, Realdo Colombo, Fabrizzio 
D’Acquapendente e William Harvey demonstraram claramente a circulação sanguínea 
nas artérias (Fernandes, 1999). 
1. Circuito sistêmico 
Os vasos do circuito sistêmico transportam sangue para todos os tecidos e órgãos do 
corpo, exceto para os alvéolos dos pulmões. O sangue do ventrículo esquerdo entra 
no circuito sistêmico através da aorta, da qual todas as artérias desse circuito são 
ramos (Spence, 1991). 
Os ramos das artérias, em várias partes do corpo, unem-se a ramos de outras 
artérias de calibre semelhante, constituindo o que se chama de anastomose, em vez 
de terminarem unicamente por capilares. As anastomoses podem ocorrer entre 
grandes artérias sob a forma de arcos, tais como os da palma da mão, as arcadas 
dos intestinos, ou o círculo arterial do cérebro (círculo de Willis). Mais 
frequentemente, a anastomose se dá entre pequenas artérias, de 1 mm ou menos 
de diâmetro (Gray, 1988). 
2. Aorta e seus ramos 
A maior artéria do corpo, a aorta (Gerhard Aumüller, 2009), tem 2 a 3 cm de 
diâmetro (Tortora, 2006) é o tronco arterial central e é subdividida, nos seguintes 
segmentos: (i) aorta ascendente, parte ascendente da aorta, essa porção se estende 
desde a valva aórtica até a emergência do tronco braquiocefálico; (ii) arco da aorta, 
situado entre a emergência do tronco braquiocefálico e da artéria subclávia 
esquerda; (iii) aorta descendente, parte descendente da aorta, ela segue como parte 
torácica da aorta (aorta torácica), até a sua passagem pelo diafragma. Sua 
continuação inferior é denominada parte abdominal da aorta (ou aorta abdominal). 
Os segmentos da aorta mencionados são classificados como artérias elásticas (ou 
artérias do tipo elástica) que, devido à sua proximidade do coração, estão 
submetidas a grandes quantidades pulsáteis de volume. Graças a sua estrutura 
elástica, elas podem amortecer e estabilizar grandes variações na pressão sanguínea 
(Gerhard Aumüller, 2009). 
2.1 Ramos da parte ascendente da aorta 
A parte ascendente da aorta, com aproximadamente 2,5cm de diâmetro (Moore, 
2007) tem cerca de 5 cm de comprimento (Gray, 1988). Começa no óstio da aorta 
(Moore, 2007), no nível da margem caudal da terceira cartilagem costal, por trás da 
metade esquerda do esterno (Gray, 1988). Situa-se posteriormente ao tronco da 
artéria pulmonar (Tortora, 2006). As artérias coronárias: direita e esquerda, que 
irrigam o miocárdio, são os únicos ramos que surgem desta parte ascendente da 
aorta (Van de Graaff, 2003). A parte ascendente da aorta é intrapericárdica; por essa 
razão e como está situada inferior ao plano transverso do tórax, é considerada 
pertencente ao mediastino médio (Moore, 2007). 
2.2 Ramos do arco da aorta 
O arco da aorta, a continuação da parte ascendente da aorta, tem 4 a 5 cm de 
comprimento. Começa posterior à 2ª articulação esternocostal direita no nível do 
ângulo do esterno, curva-se superior e posteriormente para a esquerda, e depois 
inferiormente. O arco da aorta ascende anterior à artéria pulmonar direita e à 
bifurcação da traquéia, atingindo seu ápice no lado esquerdo da traquéia e do 
esôfago, enquanto passa sobre a raiz do pulmão esquerdo (Moore, 2007). Desce e 
termina no nível do disco intervertebral entre a 4ª e a 5ª vértebras torácicas. Seus 
três ramos, na ordem em que emergem do arco da aorta, são o tronco 
braquiocefálico, a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda 
(Tortora, 2006). O tronco braquiocefálico como seu nome sugere, supre de sangue 
as estruturas do ombro, do membro superior e da cabeça do lado direito do corpo. É 
um vaso curto (Moore, 2007), com 4 a 5 cm de comprimento (Gray, 1988), que 
ascende através do mediastino até um ponto próximo da junção do esterno com a 
clavícula direita. Neste local divide-se em artéria carótida comum direita, que se 
coloca no lado direito do pescoço e da cabeça, e artéria subclávia direita, que leva 
sangue ao ombro e membro superior direitos. Os outros dois ramos do arco da aorta 
são a carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. A artéria carótida 
comum esquerda, o segundo ramo do arco da aorta, origina-se posterior ao 
manúbrio, ligeiramente posterior e à esquerda do troco braquiocefálico. Ascende 
anterior à artéria subclávia esquerda e inicialmente situa-se anterior à traquéia e 
depois à sua esquerda (Moore, 2007). Transporta sangue para os lados esquerdos 
do pescoço e da cabeça. A artéria subclávia esquerda, o terceiro ramo do arco da 
aorta, origina-se da parte posterior do arco da aorta, imediatamente posterior à 
artéria carótida comum esquerda. Ascende lateral à traquéia e à artéria carótida 
comum esquerda através do mediastino superior; não emite ramos no mediastino 
(Moore, 2007). Supre o ombro e o membro superior esquerdos (Van de Graaff, 
2003). 
A partir da artéria subclávia, de cada lado, origina-se, como um dos primeiro ramos, 
a artéria torácica interna. Esta artéria segue com as veias de mesmo nome, distante 
aproximadamente 2 cm da margem lateral do esterno, junto à face posterior da 
parede torácica anterior; inicialmente no mediastino anterior e superior e, em 
seguida, no mediastino anterior inferior (Gerhard Aumüller, 2009). 
2.3 Ramos da parte torácica da aorta 
A parte torácica da aorta é a continuação do arco da aorta (Moore, 200&) tem cerca 
de 20 cm de comprimento. Começa no disco intervertebral entre a 4ª e a 5ª 
vértebras torácicas e termina em uma abertura no diafragma (hiato aórtico), paralela 
ao disco intervertebral entre a 12ª vértebra torácica e a 1ª vértebra lombar (Tortora, 
2006). Enquanto desce, aproxima-se do plano mediano e desloca o esôfago para a 
direita. O plexo aórtico torácico, uma rede nervosa autônoma, a circunda (Moore, 
2007). Este vaso grande fornece ramos aos órgãos e músculos da região torácica 
(Van de Graaff, 2003). Todos os ramos desta região são pequenos (Spence, 1991). 
Estes ramos incluem os: (i) ramos pericárdicos que vão ao pericárdio do coração 
(Van de Graaff, 2003); (ii) ramos bronquiais que seguem como vasos nutridores da 
árvore bronquial do pulmão (Gerhard Aumüller, 2009); (iii) os ramos esofágicos, 
geralmente duas, mas até cinco (Moore, 2007) para o esôfago ao passar pelo 
mediastino (Van de Graaff, 2003); (iv) as nove intercostais posteriores, que suprem 
todos,exceto os dois espaços intercostais superiores (Moore, 2007); (v) e as artérias 
frênicas superiores, que irrigam o diafragma (Van de Graaff, 2003); (vi) ramos 
mediastinais para linfonodos do mediastino posterior (Gerhard Aumüller, 2009). 
2.4 Ramos da parte abdominal da aorta 
A parte descendente da aorta tem aproximadamente 13 cm de comprimento (Moore, 
2007), que começa na abertura no diafragma (hiato aórtico) (Tortora, 2006), no 
nível da 12ª vértebra torácica (Moore, 2007) e termina aproximadamente no nível da 
4ª vértebra lombar, onde se divide nas artérias ilíacas comuns: direita e esquerda, 
que transportam o sangue para os membros inferiores. As artérias ilíacas comuns: 
direita e esquerda, por sua vez, dividem-se nas artérias ilíacas externas e internas 
(Tortora, 2006). No seu lado direito situa-se a veia cava inferior, a cisterna do quilo, 
e o início da veia ázigo. No seu lado esquerdo situa-se o tronco simpático (Snell, 
1999). 
A parte abdominal da aorta dá origem às seguintes artérias: ramos pares, com 
trajeto lateral, para o suprimento da parede do abdome, dos órgãos retroperitoneais 
pares e das gônadas; ramos ímpares, com trajeto anterior, que se estendem – em 
parte através de “mesos” ou de ligamentos – para o baço e para os órgãos 
digestivos, nas cavidades abdominal e pélvica (Gerhard Aumüller, 2009). 
Imediatamente após penetrar na cavidade abdominal, a aorta fornece um par de 
artérias frênicas inferiores para a face inferior do diafragma (Spence, 1991). Outros 
ramos pares são: (i) artéria suprarrenal superior, que irriga a glândula suprarrenal, e 
(ii) quatro artérias lombares, para o suprimento da parede do abdome, da 
musculatura do dorso e do canal vertebral. Os ramos viscerais e pares da parte 
abdominal da aorta são: (i) artéria suprarrenal média, como um ramo direto para a 
glândula suprarrenal; (ii) artéria renal, cada artéria se origina na altura dos corpos 
das 1ª - 2ª vértebras lombares (Gerhard Aumüller, 2009) que conduzem sangue 
para os rins (Van de Graaff, 2003), e dá origem a uma artéria suprarrenal inferior 
para a glândula suprarrenal; (iv) artérias ováricas ou testiculares, originadas de 
ambos os lados, seguem sobre o músculo psoas maior, em direção caudal, para o 
ovário ou para o testículo e, desse modo, cruzam sobre o ureter. Juntamente com a 
veia de mesmo nome, a artéria ovárica segue no interior do ligamento suspensor do 
ovário. A artéria testicular entra no canal inguinal através do anel inguinal profundo e 
projeta-se como um dos componentes principais do funículo espermático, em direção 
ao testículo e ao epidídimo (Gerhard Aumüller, 2009). 
Os três grandes troncos viscerais, que se originam ventralmente da parte abdominal 
da aorta, são os seguintes: (i) tronco celíaco, (ii) artéria mesentérica superior; (iii) 
artéria mesentérica inferior (Gerhard Aumüller, 2009). 
O tronco celíaco, único, se origina da aorta logo abaixo das artérias frênicas, no nível 
da 12ª vértebra torácica (Spence, 1991). O troco celíaco é muito curto (Spence, 
1991) e calibroso, que se divide imediatamente em três artérias: (i) artéria esplênica, 
que se dirige ao baço (Van de Graaff, 2003) também oferece pequenos ramos para o 
estômago e o pâncreas (Spence, 1991); (ii) artéria gástrica esquerda, para o 
estômago (Van de Graaff, 2003) e a porção inferior do esôfago (Spence, 1991); (iii) 
artéria hepática comum, que se dirige ao fígado (Van de Graaff, 2003) e vesícula 
biliar. Também envia ramos para o estômago, duodeno, e pâncreas (Spence, 1991). 
A artéria mesentérica superior é outro vaso ímpar, logo abaixo do tronco celíaco. A 
artéria mesentérica superior irriga o intestino delgado (exceto uma parte para o 
duodeno), o ceco, o apêndice vermiforme, o colo ascendente e dois terços proximais 
do colo transverso (Van de Graaff, 2003). 
A artéria mesentérica inferior é o último ramo principal da aorta, ímpar, que se 
origina imediatamente antes da bifurcação para constituir as artérias ilíacas (Van de 
Graaff, 2003) na altura da 3ª vértebra lombar (Gerhard Aumüller, 2009). A artéria 
mesentérica inferior supre o terço distal do colo transverso, o colo descendente, o 
colo sigmoide e o reto (Van de Graaff, 2003). Ramos desta artéria se anastomosam 
com ramos da artéria mesentérica superior (Spence, 1991). 
3. Tronco da artéria pulmonar 
O tronco da artéria pulmonar transporta sangue desoxigenado do ventrículo direito 
do coração dos pulmões. Ele deixa a parte superior do ventrículo direito e corre para 
cima, para trás, e para a esquerda (Snell, 1999). É um vaso curto, largo, com cerca 5 
cm de comprimento e 3 cm de diâmetro (Gray, 1988). Termina na concavidade do 
arco da aorta dividindo-se em artérias pulmonares direita e esquerda. Junto com a 
parte ascendente da aorta, ele está envolvido pelo pericárdio fibroso e por uma 
bainha do pericárdio seroso (Snell, 1999). 
3.1 Artéria pulmonar direita e esquerda 
A artéria pulmonar direita é mais longa e ligeiramente maior que a esquerda (Gray, 
1988). A artéria pulmonar direita corre para a direita atrás da parte ascendente da 
aorta e veia cava superior para penetrar na raiz do pulmão direito. A artéria 
pulmonar esquerda corre para a esquerda na frente da parte descendente da aorta 
para penetrar na raiz do pulmão esquerdo (Snell, 1999). Ao atingirem 
respectivamente, o hilo do pulmão direito e esquerdo, cada artéria pulmonar se 
ramifica sucessivamente para irrigar os segmentos pulmonares correspondentes 
(Castro, 1985). 
Hilo é o local da víscera onde penetra o pedículo, sendo este, no caso do pulmão, 
constituído pela artéria pulmonar, duas veias pulmonares e o brônquio respectivo 
(Castro, 1985). 
Como se sabe, os ramos das artérias pulmonares (direita e esquerda) transportam 
sangue venoso que vai ter aos alvéolos pulmonares onde sofre o fenômeno da 
hematose, liberando CO2 e capturando O2. É, portanto, uma circulação puramente 
funcional e em nada interfere na nutrição do parênquima (estrutura dos tecidos) 
pulmonar. Assim como ocorre em relação ao coração, em que o sangue circulante 
por suas cavidades não tem capacidade para nutri-lo, também nos pulmões, o 
sangue que transita pelos alvéolos não alimenta os tecidos do próprio pulmão. As 
células pulmonares se nutrem por intermédio do sangue que provém da aorta 
através dos ramos bronquiais (Castro, 1985). 
4. Artérias do membro superior 
 
O eixo arterial que irriga o membro superior permanece, desde o seu início até o 
cotovelo, como um tronco único; suas várias porções, porém, recebem nomes 
diferentes, segunda as regiões por onde passam. A parte do vaso que se estende 
desde sua origem à margem externa da 1ª costela é denominada subclávia; deste 
ponto até a margem distal da axila, chama-se axilar; e daí até a dobra do cotovelo é 
chamada braquial, que termina dividindo-se em dois ramos: artéria radial e artéria 
ulnar (Gray, 1988). 
A artéria subclávia passa lateralmente e profundamente à clavícula. A pulsação dessa 
artéria pode ser sentida pressionando firmemente sobre a pele logo acima da porção 
medial da clavícula. De cada artéria subclávia origina-se: (i) artéria vertebral (01), 
que leva sangue para o encéfalo; (ii) tronco tireocervical, que irriga a glândula 
tireoide e a laringe; (iii) artéria torácica interna, que desce pela parede torácica para 
suprir a parede torácica, o timo e o pericárdio; (iv) tronco costocervical, ramifica-se 
para atender os músculos intercostais superiores, os músculos posteriores do 
pescoço e a medula espinal e suas meninges (Van de Graaff, 2003). 
A artéria axilar estende-se do meio da clavícula até a margem inferior do tendão do 
músculo peitoral maior. Ela passa por trás do músculo peitoral menor, relacionando-se com os ramos do plexo braquial. A artéria axilar fornece vários ramos colaterais, 
que se destinam à vascularização arterial do ombro, principalmente das vizinhanças 
da escápula. Principais ramos: (i) artéria torácica suprema; (ii) artéria toráco-
acromial; (iii) artéria subescapular; (iv) artéria torácica lateral (Castro, 1985). 
A artéria braquial coloca-se no lado medial do úmero, onde está o ponto principal de 
pressão e o local mais comum para determinar a pressão sanguínea. Principais 
ramos: (i) artéria braquial profunda; (ii) artéria circunflexa posterior do úmero; (iii) 
artéria circunflexa anterior do úmero (Van de Graaff, 2003). 
As artérias radial e ulnar irrigam o antebraço e uma porção das mãos e dos dedos 
(Van de Graaff, 2003). A artéria radial é facilmente palpável na face anterior e 
lateral do pulso, onde ela é usada para se medir a pulsação (Spence, 1991). 
Principais ramos da artéria radial: (i) artéria interóssea anterior; (ii) artéria recorrente 
radial. Principais ramos da artéria ulnar: (i) artéria recorrente ulnar (Van de Graaff, 
2003). As duas artérias (artéria radial e artéria ulnar) se unem na mão através de 
ramos intercomunicantes dos arcos palmares superficial e profundo (Spence, 1991). 
As artérias metacarpais da mão originam-se do arco palmar profundo, e as artérias 
digitais dos dedos se originam do arco palmar superficial (Van de Graaff, 2003). 
5. Artérias da região pélvica 
A parte abdominal da aorta termina na parede posterior da pelve quando se bifurca 
nas artérias ilíacas comuns direita e esquerda. Estes vasos descem aproximadamente 
5 cm em seus respectivos lados (Van de Graaff, 2003) e cada artéria ilíaca comum se 
divide em frente à articulação sacroilíaca, em artéria ilíaca interna e artéria ilíaca 
externa. A artéria ilíaca interna (hipogástrica) penetra na cavidade pélvica e se divide 
em ramos que irrigam as vísceras pélvicas (bexiga urinária, útero, vagina e reto). 
Além disso, ela fornece ramos para os músculos da região glútea e região lombar, 
paredes da pelve, genitais externos e região medial da coxa (Spence, 1991). 
Principais ramos da artéria ilíaca interna: (i) artérias ílio-lombar; (ii) artéria sacral 
lateral; (iii) artéria retal média; (iv) artéria vesical superior; (v) artéria vesical média; 
(vi) artéria vesical inferior; (vii) artéria uterina (?); (viii) artéria vaginal (?); (ix) 
artéria glútea superior; (x) artéria glútea inferior; (xi) artéria obturatória; (xii) artéria 
pudenda interna (Van de Graaff, 2003). 
6. Artérias do membro inferior 
A artéria que irriga a maior parte do membro inferior é a continuação direta da 
artéria ilíaca externa. Corre como um tronco único do ligamento inguinal até a 
margem distal do poplíteo, onde se divide em dois ramos: tibiais anterior e posterior. 
A parte proximal do tronco principal chama-se femoral e a parte distal, poplítea 
(Gray, 1988). 
A artéria femoral passa através de uma área chamada trígono femoral na parte 
superior e medial da coxa. Neste ponto, está próxima da superfície e sua palpação 
pode ser palpada (Van de Graaff, 2003). Principais ramos superficial: (i) artéria 
pudenda externa; (ii) artéria epigástrica superficial; (iii) artéria circunflexa superficial 
do ílio. Principal ramo profundo: (i) artéria femoral profunda. Ramos da artéria 
femoral profunda: (i) artéria circunflexa femoral medial; (ii) artéria circunflexa 
femoral lateral (Gerhard Aumüller, 2009). 
A artéria poplítea passa atrás do joelho, na fossa poplítea (Spence, 1991). Principais 
ramos; (i) artéria superior medial do joelho; (ii) artéria superior lateral do joelho; (iii) 
artéria inferior medial do joelho; (iv) artéria inferior lateral do joelho; (v) artéria 
média do joelho; (vi) artérias surais (Gerhard Aumüller, 2009). 
As artérias tibial anterior e tibial posterior se dirigem às faces anterior e posterior da 
perna, respectivamente, fornecendo sangue para os músculos dessas regiões e para 
o pé. No tornozelo, a artéria tibial anterior torna-se a artéria dorsal do pé que serve 
o tornozelo e o dorso do pé e em seguida contribui para a formação do arco dorsal 
do pé. Clinicamente, a palpação da artéria dorsal do pé pode fornecer informações 
sobre a circulação em geral porque sua pulsação é tomada na parte mais distal do 
corpo. A artéria tibial posterior se bifurca em artérias plantares lateral e medial que 
suprem a planta do pé. A artéria plantar lateral se anastomosa com a artéria dorsal 
do pé para formar o arco plantar, semelhante à disposição arterial da mão. As 
artérias digitais originam-se do arco plantar para irrigar os dedos do pé (Van de 
Graaff, 2003). Próximo à sua origem a artéria tibial posterior fornece a artéria 
fibular, que irriga os músculos do compartimento lateral da perna (Spence, 1991). 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CASTRO, SEBASTIÃO VICENTE DE. Anatomia fundamental. 2 ed. São Paulo, SP, 
Makron Books, 1985. 
FERNADES, GJM. Eponímia – glossário de termos epônimos em anatomia e 
Etimologia – dicionário etimológico da nomenclatura anatômica. 1 ed. São Paulo, SP, 
Editora Plêiade, 1999. 
GERHARD, AUMÜLLER et al. Anatomia. 1 ed. Rio de Janeiro, RJ, Editora Guanabara 
Koogan S.A., 2009. 
GRAY, FRS. Gray anatomia. 29 ed. Rio de Janeiro, RJ, Editora Guanabara Koogan 
S.A., 1988. 
MOORE, KL. Anatomia orientada para a clínica. 5 ed. Rio de Janeiro, RJ, Editora 
Guanabara Koogan S.A., 2007. 
SNELL, RS. Anatomia clínica para estudantes de medicina. 5 ed. Rio de Janeiro, RJ, 
Editora Guanabara Koogan S.A., 1999. 
SPENCE, AP. Anatomia humana básica. 2ed. Barueri, SP, Manole, 1991. 
TERMINOLOGIA ANATÔMICA IINTERNACIONAL. 1 ed. Barueri, SP, Manole, 2001. 
TORTORA, GJ. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 6 ed. Porto 
Alegre, RS, Artmed Editora, 2006. 
VAN DE GRAAFF, KM. Anatomia humana. 6 ed. Barueri, SP, Manole, 2003.

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