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Prof. Me. Danilo Vinhoti • Dor Lombar; • Hérnia Discal Lombar; • Espondilólise x Espondilolistese; • Síndrome da Cauda Eqüina; • Espondilite Anquilosante. Dor Lombar • Definição • Dor ou desconforto localizada abaixo do último arco costal até a região das pregas glúteas, com ou sem irradiação para MMII. • SINTOMA E NÃO DIAGNÓSTICO !!! Waddell, 2004; Burton et al, 2006 ANOS VIVIDOS COM INCAPACIDADE – BRASIL Global Burden of Disease - 2010 • Doenças graves (< 1%) • Tumores; • Osteoporose; • Espondilite anquilosante; • Fraturas; • Síndrome de cauda equina. Waddell, 2004 • Por compressão de raiz nervosa (≅ 5%) • Hérnia de disco; • Estenose da coluna; • Cicatrizes cirúrgicas. Waddell, 2004 • Dor lombar não específica • Alterações mecânico-posturais; • Movimentos repetitivos; • Posturas estáticas. Waddell, 2004 39% - Ao longo da vida 18% - Pontual 30% - Últimos 12 meses • Prevalência: Hoy et al, 2012 TRATAMENTO ??? O QUE NÃO AJUDA ? Com base na heterogeneidade das populações, intervenções e grupos de comparação, podemos concluir que não existem dados suficientes para tirar conclusões definitivas sobre o efeito clínico do Laser para dor lombar. Nenhuma evidência de alta qualidade foi encontrado para apoiar o uso de ultra- som para melhorar a dor ou a qualidade de vida em pacientes com lombalgia crônica Evidências limitadas e inconsistentes para apoiar o uso da TENS como uma intervenção para Lombalgia Crônica Ondas curtas, ultra-som, TENS, infravermelho,microondas, laser Quanto a esses meios físicos faltam evidências que comprovem seus benefícios para pacientes lombálgicos de qualquer etiologia. Embora tenham sido investigados diferentes tipos de taping, os resultados desta revisão sistemática não mostram qualquer apoio firme para a sua eficácia Sem efeitos sobre a dor e funcionalidade do paciente TRATAMENTO ??? O QUE AJUDA ? • Fisioterapeuta neozelandês Robin McKenzie; • Programa de movimentos prescritos pelo fisioterapeuta, que você realiza por conta própria, em sua casa ou no trabalho, sem o auxílio de equipamentos específicos; • Aborda o tratamento das dores da coluna utilizando os movimentos do próprio paciente no alívio da dor e na recuperação da função; http://www.mckenzie.org.br Método McKenzie Diagnóstico e Terapia Mecânica (em inglês, Mechanical Diagnosis and Therapy – MDT Houve provas suficientes que EXERCÍCIO TERAPÊUTICO AQUÁTICO é potencialmente benéfico para pacientes que sofrem de dor lombar crônica TERAPIA COGNITIVO FUNCIONAL Grupo de terapia cognitivo funcional baseada em classificação exibiu resultados significativamente superiores à terapia manual e grupo exercício. Educação Exercícios Fisioterapia Manual • MAITLAND • MULLIGAN • QUIROPRAXIA • OSTEOPATIA • KALTENBORN • CYRIAX Ex. • PILATES • ESTABILIZAÇÃO • MUSCULAÇÃO TERAPÊUTICA • MCKENZIE Método de Educação para Pacientes com Dor Lombar • Tratamento: CrônicaAnti-inflamatório Terapia Comportamental Exercícios Supervisionados Manipulação e Mobilização Intervenção Educativa Airaksinen et al, 2006 Hérnia Discal Lombar • Epidemiologia • Estima-se que de 2 a 3% da população (5,5 milhões de habitantes) possa ser afetada , com prevalência de 4,8% em homens e 2,5% em mulheres, acima de 35 anos. (Revista Brasileira de Ortopedia, 2011) • Disco Intervertebral: • Formado por um anel fibroso e um núcleo pulposo, o que garante a absorção de impactos e certa mobilidade entre as vértebras; Anel fibroso na periferia, em sua porção central encontra-se o núcleo pulposo, macio e com textura gelatinosa; • Definição: • A expressão hérnia de disco é usada para descrever um processo em que ocorre ruptura do anel fibroso, com subseqüente deslocamento da massa central do disco nos espaços intervertebrais; • Comum entre L4/L5 e L5/S1; • 85% dos pacientes com ciatalgia melhoram com tratamentos não cirúrgicos dentro de 6 semanas; • 5 a 10% dos pacientes com ciatalgia necessitarão de cirurgia. • Várias hipóteses: tais como hábitos de carregar peso, dirigir e fumar, além do processo natural de envelhecimento, a mais aceita é a herança genética associada a alteração postural. (Negrelli, 2001); Thomas, N., Neurosurgery 2004 • Etiologia: • Fatores genéticos; • Trabalho físico pesado; • Postura de trabalho estática; • Inclinar e girar o tronco freqüentemente ; • Má Postura; • Idade; • Tabagismo; • Quadro Clínico: • Dor na coluna e parestesias (formigamento, adormecimento); • Geralmente com irradiação para membros inferiores ou superiores; • Esses sintomas vão variar dependendo do segmento vertebral acometido e da intensidade da lesão; • Quadro Clínico: • Quadro Clínico: • Quadro Clínico: • As hérnias podem ser direcionadas para o centro dos corpos vertebrais que delimitam o disco (Nódulo de Schmörl); • Exames Complementares: • Mielografia; • Ressonância Magnética Nuclear; • Discografia; • Tomografia Computadorizada. • Classificação: Degeneração do Disco Protusão do Disco Extrusão do Disco Seqüestro do Disco • Nomeclatura das Lesões Discais • Nomeclatura das Lesões Discais • Protrusão Discal ou “Herniação Contida” • Quando o material nuclear migra para a periferia ele desloca as fibras externas do anel; • Base maior que a altura. • Nomeclatura das Lesões Discais • Extrusão Discal ou “Herniação Não Contida” • Ocorre quando o material nuclear rompe o perímetro anular e migra para o recesso lateral ou forame vertebral; • Altura maior que base. • Nomeclatura das Lesões Discais • Quando o material nuclear perde a continuidade com o disco, o termo adotado é “Sequestro Discal” ou Disco Sequestrado • Nomeclatura das Lesões Discais • Quando o material nuclear perde a continuidade com o disco, o termo adotado é “Sequestro Discal” ou Disco Sequestrado • Características Anatômicas e Clínicas • Depende da localização do disco: (discopatia) • Saliência anterior: sob o ligamento longitudinal anterior, raramente tendo significação clínica. • Saliência póstero-lateral: na parte lateral do canal vertebral, levando a compressão radicular. • Saliência póstero-mediana ou central: na parte central do canal, comprimindo a medula e seus vasos. • Saliência lateral (Foraminal): no canal da artéria vertebral, podendo comprimi-la. • Tipos: Hérnia Discal Central Hérnia Discal Póstero Lateral Interna Hérnia Discal Pósterolateral Externa • Classificação de acordo com a dimensão do canal: DENOMINAÇÃO % DO CANAL ACOMETIDO Pequena Até 12% Média De 12 a 25% Grande De 25 a 50 % Gigante Mais de 50% • Diagnóstico: • Testes: • TRATAMENTO CIRÚRGICO: Prótese discal total Artrodese Coblação Cirurgia Micro - Endóscopica Remodelação do Núcleo • TRATAMENTO CIRÚRGICO: • TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO: • Diminuir o processo inflamatório; • Hidroterapia; • Reeducação Postural (RPG); Acupuntura; • Fisioterapia Manual • (Mobilizações / Manipulações / Trigger Points / Liberação Fascial) • Exercícios de Estabilização Lombar e Cervical; • Exercícios de Willians e Mackenzie; • Orientações Posturais e Ergonômicas; • Educação do paciente. • TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO: • Utilizando os conceitos da “Interdependência Regional”: interdependência regional é o termo utilizado em terapia manual ortopédica para elucidar uma resposta terapêutica, que pode ser obtida, tratando articulações acima ou abaixo do segmento sintomático. Evidências apontam importante correlação entre as disfunções sacroilíacas e a hérnia de disco lombar. Madani SP, Dadian M, Firouznia K, Alalawi S. Sacroiliac joint dysfunction in patients with herniated lumbar disc: a cross-sectional study. J Back Musculoskelet Rehabil. 2013 Jan 1;26(3):273-8 Exercícios de Estabilização (30 jovens) X Exercícios Gerais (33 jovens) Pacientes jovens com hérnias discais 3 meses de exercícios 1 ano de follow-upGRUPO DE ESTABILIZAÇÃO FOI MAIS EFICAZ NA MELHORA DA DOR E FUNCIONALIDADE Tratamento cirúrgico é igual ao tratamento conservador a longo prazo Artrodese x Tratamento Conservador Não houve diferenças entre os grupos estudados. Espondilólise x Espondilolistese • Espôndilo = vértebra; • Lise = ruptura; • Listese = escorregamento; Má formação anatômica ou fratura por estresse ou trauma que provoca a descontinuidade dos pares interarticulares; • Etiologia: • Falha de união dos núcleos de ossificação; • Microtrauma repetitivo; • Predisposição genética associado ao stress local; • Incidência: • 85% dos defeitos em L5; • 15% defeitos em L4; • Acomete 10% da população adulta; • Sinais e Sintomas: • Em geral assintomático; • Dor aumentada em hiperextensão; • As lesões nervosas raramente acontecem; • CONFUNDE-SE GERALMENTE COM LOMBALGIA; Aproximadamente 50% dos atletas da equipe olímpica de 1996, de ginástica olímpica dos EUA, tiveram esse diagnóstico. • Diagnóstico: • Exames de Imagem Tomografia Computadorizada • Diagnóstico: • Exames de Imagem Raio - X • TRATAMENTO CIRÚRGICO: Artrodese Espondilólise X Espondilolistese Espondilólise X Espondilolistese • Definição: • É o deslocamento anterior de uma vértebra em relação à vértebra inferior; • Ocorre mais comumente entre L5 e S1; • Etiologia: • Espondilólise; • Doença articular; (doença discal degenerativa); • Congênita; deformidades nas articulações facetarias; • Traumática: por trauma isolado; • Patológica: secundária a enfraquecimento patológico do osso; • Classificação: • 1º Grau: 0 - 25% de deslizamento; • 2º Grau: 26% - 50%; • 3º Grau: 51% - 75%; • 4º Grau: 76% - 100%; • 5° Grau: ESPONDILOPTOSE Escala de Meyerding • Sinais e Sintomas: • Dor (irradiada ou não); • Deformidade (“degrau”) na região lombossacral; (Sinal do Degrau) • Espasmo muscular; • Sacro verticalizado, com aumento da lordose lombar; • Teste em extensão da cegonha positivo (Teste do Flamingo +); • Diagnóstico: • Exame de Imagem; • Diagnóstico: • Exame de Imagem; • TRATAMENTO CIRÚRGICO: • A fusão vertebral é o tratamento cirúrgico indicado em casos de deslocamento de 50% (III e IV), mesmo com ausência de sintomas; • TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO: • Alivio de Dor; • Restaurar o Equilíbrio Biomecânico; • Fortalecimento da parede abdominal; • Terapia Manual; (Mobilização Articular Sacro); • Técnica de Trigger Points; • Alongamento da região lombar; • Orientação Postural; Exercícios de Estabilização Lombar • RPG (Reeducação Postural Global); • REEPROGRAMAÇÃO POSTURAL Exercícios de Estabilização foram eficazes no controle da dor e melhora da função em pacientes com espondilolistese degenerativa 06 meses de follow up Síndrome da Cauda Equina • Definição: • Perda parcial ou total da função urinária, intestinal e sexual devido a compressão da cauda eqüina na região lombar; • Sintomas: • Disfunção de esfíncteres: incontinência fecal e/ou urinária; • Anestesia em sela: • Fraqueza motora significativa; • Dorsalgia baixa e/ou ciática uni ou bilateral; • Etiologia: • Tumores; • Trauma; (fratura vertebral); • Estenose Espinhal; • Hérnias Discais; • Diagnóstico: • Ressonância Magnética; • Tomografia Computadorizada; • TRATAMENTO CIRÚRGICO: • Laminectomia • TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO: • Exercícios de estabilização assoalho pélvico; • Reeducação Postural; • Alongamento global MMII; • Fortalecimento global MMII; • Exercícios de Propriocepção; Treino de Marcha; Exercícios de Equilibrio; • Trabalho Uroginecológico; • Eletroestimulação; TRATAMENTO CONSERVADOR: • Exercícios de Flexão Lombar; • Educação do Paciente; • Exercícios de Inclinações Pélvicas; • Exercícios de Condicionamento (Bicicleta e Caminhada) • Flexibilidade dos MMII TRATAMENTO DE 06 SEMANAS 2 x por semana • Tratamento Cirúrgico indicado para falha no tratamento conservador de 3 a 6 meses; • Tratamento conservador até 70% de sucesso; • Exercícios de Flexão, Mobilizações Articulares, Mobilização Neural; MELHORA DO TÔNUS MUSCULAR Espondilite Anquilosante • Definição: • Espondylos: vértebra espinhal; • Ankylos: enrijecimento; • É uma doença inflamatória crônica sistêmica que compromete preferencialmente a coluna vertebral, articulação sacro ilíaca, podendo também afetar articulações periféricas”. Causando fusão vertebral • Sinais e Sintomas: • Dor / Processo Inflamatório; • Amplitude de Movimento Diminuída; • Aumento cifose torácica “postura de esquiador”; • Febre, fadiga e perda de peso; • Rigidez matinal / Sacroileite / Marcha rígida; • Sinais e Sintomas: • Diagnóstico: • Exames de Imagem: • Radiografia; • Tomografia Computadorizada; • Ressonância Magnética; • Cintilografia óssea; Sacroileite Coluna em Bambu • Diagnóstico: • Critérios de New York: • Lombalgia > 3 meses de duração que melhora com exercícios e não melhora com o repouso; • Limitação ADM nos planos frontal e sagital; • Redução da expansibilidade do tórax; • Sacroileíte unilateral; É necessário 1 critério clínico mais presença de um critério radiológico; • TRATAMENTO CIRÚRGICO: • Visa a correção das deformidades em flexão da coluna; • Osteotomias, artroplastias (próteses); • TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO: • Exercícios Respiratórios de Reexpansão; • Fortalecimento da musculatura da coluna; • Alongamento cadeia muscular anterior; • Hidroterapia; • Treino de marcha; • Propriocepção. • Paciente deve ser orientado e conscientizado que a doença não é curável, havendo períodos de exacerbações e remissões, porém ao ser diagnosticada precocemente e orientada tem evolução favorável, permitindo ao indivíduo ter uma qualidade de vida satisfatória. Exercícios de Pilates foram eficazes na dor e funcionalidade de pacientes com Espondilite Anquilosante
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