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O grupo inclui o transtorno do desenvolvimento da coordenação, o transtorno do movimento estereotipado, os transtornos de tique e o tourette Esses movimentos muitas vezes, interferem em atividades sociais, acadêmicas ou outras, e normalmente são direcionados e sem um propósito. O grupo inclui o seguinte: transtorno do desenvolvimento da coordenação, o transtorno do movimento estereotipado e os transtornos de tique. Esses movimentos muitas vezes, interferem nas atividades sociais, acadêmicas ou outras, e normalmente são direcionados e sem um pro pósito relacionado a fala por exemplo, como é o caso dos tiques. O grupo ainda inclui, o chamado transtorno de Tourette, que é diagnosticado quando o indivíduo apresenta múltiplos tiques motores e também vo cais, presentes por pelo menos um ano e com um curso recorrente. Seus critérios diagnósticos vão do A ao D. São os seguintes: A. a aqui sição e a execução de habilidades motoras coordenadas estão substan cialmente abaixo do esperado considerando-se a idade cronológica do indivíduo e a oportunidade de aprender e usar a habilidade; B. o déficit do Critério A interferem, significativa e persistentemente nas ativi dades cotidianas apropriadas à idade cronológica; C. o início dos sinto mas ocorre precocemente no período do desenvolvimento; D. os défi cits nas habilidades motoras não são mais bem explicados por outros As dificuldades manifestam-se por falta de jeito como derrubar ou ba ter em objetos, bem como por lentidão e imprecisão no desempenho de habilidades motoras como apanhar um objeto, usar tesouras ou fa cas, escrever à mão, andar de bicicleta ou praticar esportes. A mani festação varia com a idade, e as crianças menores podem apresentar atraso para atingir marcos motores (sentar, engatinhar, andar). Elas também podem apresentar atraso em habilidades como subir escadas, pedalar, abotoar camisas e mesmo quando fazem é menos precisa O transtorno do desenvolvimento da coordenação é dia gnosti cado apenas se o prejuízo nas habilidades motoras interfe rir significativamente no desempenho ou na participação nas atividades diárias da vida familiar, social, escolar ou comunitária Algumas das atividades são: vestir-se, fazer as refeições com ute nsílios adequados à idade e sem sujeira, envolver-se em jogos físicos com outros, usar materiais específicos em aula, como réguas e tesouras, e participar das suas atividades físicas em equipe O diagnóstico é feito por meio de uma síntese clínica da histó ria ( o desenvolvimento e médica), do exame físico, de re latórios escolares ou profissionais e da avaliação individual utilizando-se testes padronizados, psicometricamente adequados e culturalmente apropriados. Entretanto, ele não costuma ser diagnosticado antes dos 5 anos O transtorno do desenvolvimento da coordenação não possui sub tipos distintos; entretanto, os indivíduos podem estar predominan temente prejudicados em habilidades motoras grossas ou finas, incluindo habilidades de escrita manual. Outros termos usados para descrever o transtorno do desenvolvimento da coordenação inclu em: dispraxia da infância, transtorno do desenvolvimento especí fico da função motora e Síndrome da criança desajeitada. Além disso, ela não costuma ser diagnosticado antes dos seus 5 anos. Seus critérios diagnósticos vão do A ao D. São os seguintes: A. co mportamento motor repetitivo, aparentemente direcionado e sem propósito; B. o comportamento motor repetitivo interfere em ati vidades sociais, acadêmicas ou outras, podendo resultar em auto lesão; C. o início se dá precocemente no período do desenvolvimen to. D. o comportamento motor repetitivo não é atribuível aos efei tos fisiológicos, uma substância, condição neurológica ou transtorno. A característica essencial do transtorno do movimento esterioti pado, é um comportamento motor repetitivo, aparentemente dir ecionado e sem propósito claro. Esses comportamentos costumam ser movimentos ritmados da cabeça, das mãos ou do corpo, sem função adaptativa óbvia. Os movimentos podem ou não responder a tentativas de pará-los; crianças com um desenvolvimento típico demonstram comportamentos de autocontenção (ex: sentar-se sobre as mãos, enrolar as mãos nas roupas ou então ser distraído) Os movimentos podem ou não responder a tentativas de pará- los. Entre crianças com desenvolvimento típico, os movimen tos repetitivos podem ser interrompidos quando atenção é dirigida a elas ou quando a criança é distraída da realização dos movimentos. Entre crianças com o transtorno do neurodesenvolvimento, os compo rtamentos costumam responder bem menos a tais ten tativas de autocontenção que podem ser realizadas O repertório de comportamentos é variável; cada indivíduo se apresenta com seu padrão específico, "assinatura" comportamental. Exemplos de movimentos es tereotipados não autolesivos incluem, embora não se limi tem a: balançar o corpo, fazer movimentos de abano ou rotação das mãos sacudir ou abanar os braços e acenar com a cabeça. Os comportamentos autolesivos incluem, embora não se limitem, a, bater a cabeça repetidas vezes, dar tapas no rosto ou em outras partes do seu próprio corpo, cutucar os olhos e morder as mãos, os lábios ou outras partes do corpo... Sendo o cutu car os olhos uma preocupação especial; pois ocorre com uma maior frequência entre crianças com deficiência visual. Múltiplos movimen tos podem também ser combinados (por exemplo: erguer a cabeça, balançar o torso, sacudir uma corda pequena repetidas vezes diante do rosto). Sendo assim, os autolesivos precisam de muito mais cuidado Movimentos estereotipados podem ocorrer muitas vezes durante o dia, com duração de alguns segundos a vários minutos, ou mais. A freq. uência pode variar de diversas ocorrências em um único dia a um inte rvalo de várias semanas entre os episódios. Os comportamentos varia m no contexto, ocorrendo quando a pessoa está envolvida em outras atividades, quando excitada, estressada, cansada ou chateada. O Critério A exige que os movimentos sejam "aparentemente" sem pro pósito, todavia, eles podem atender a algumas funções da ansiedade. Além dos fatores genéticos, apresenta também fatores ambientais. Isolamento social é um fator de risco para autoestimulação, que pode progredir para movimentos estereotipados, com autolesão repetitiva. Estresse ambiental também pode desencadear comportamento este reotipado. O medo é capaz de alterar o estado fisiológico, resultando em aumento da frequência de comportamentos estereotipados. Deve -se ter cuidado com movimentos estereotipados simples que são comu ns na primeira infância e que não necessariamente são patológicos. Pode ser confundido com o TEA, porém, déficits na comunicação social e na reciprocidade, que se manifestam no transtorno do espectro autista, costumam estar ausentes no transtorno do movimento estereotipado, assim, interações sociais, comunicação social e comportamentos repetitivos e rígidos constituem aspec tos distintivos. Também pode ser confundido com os tiques, poré m, as estereotipias, podem envolver todo o corpo, e os tiques costumam envolver o rosto e a cabeça e são mais breves e rápidos Os tiques são movimentos motores ou vocalizações súbitos, rápi dos, recorrentes e não ritmados. Um indivíduo pode ter vários sin tomas de tique ao longo do tempo, mas em qualquer momento o repertório de tiques retoma de uma maneira característica. Emb ora os tiques possam incluir praticamentequalquer grupo muscul ar ou vocalização, alguns sintomas de tiques, como piscar os olhos ou limpar a garganta, são comuns entre grupos de pacientes. O início dos tiques ocorre tipicamente entre 4 e 6 anos de idade. O pico da gravidade ocorre entre 10 e 12 anos, com declínio na adolescência, e muitos adultos com transtornos de tique podem ter diminuição dos sintomas. Um percentual pequeno de indivíduos terá sintomas persistentemente graves ou que pioram na vida adulta e em termos estatísticos e de prevalência o sexo masculino é muito mais afetado por ele em comparação com o feminino. A principal semelhança entre os transtornos de tique é que: No diagnóstico para qualquer transtorno de tique baseia-se na presença de tiques motores e/ou vocais (Critério A), na duração dos sintomas dos Um tique é um movimento motor ou vocalização repentino, rápido, recorrente e não ritmado. Os transtornos de tique incluem quatro categorias diagnósticas: transtorno de Tourette, transtorno de tique motor ou vocal persistente (crônico), transtorno de tique transitório, outro transtorno de tique especificado e transtorno de tique não especificado. Observe a seguir as suas diferenças tiques (Critério B), na idade de início da sua apresentação (Critério C) e na ausência de qualquer causa conhecida, como outra condição médica ou uso de substância (Critério D). Além disso, Os tiques costumam ser vivenciados como involuntários e de rápida duração Os transtornos de tique são hierárquicos em ordem, começando com: transtorno de Tourette, seguido de transtorno de tique motor ou vocal persistente, seguido de transtorno de tique transitório, seguido de outro transtorno de tique especificado e transtorno de tique não espe cificado. Assim, uma vez diagnosticado um transtorno de tique em um nível hierárquico, um diagnóstico hierarquicamente inferior não pode ser feito. Por exemplo: o preenchimento de critérios para o Tourette impede um diagnóstico de transtorno persistente e assim em diante Seus critérios diagnósticos vão do A ao D. São os seguintes: A. Múltiplos tiques motores e um ou mais tiques vocais estiveram presentes em algum momento durante o quadro, embora não necessariamente ao mesmo tempo; B. Os tiques podem aumentar e diminuir em frequência, mas persistiram por mais de um ano desde o início do primeiro tique; C. O início ocorre antes dos 18 anos de idade; D. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (ex: cocaína) ou a outra condição médica (ex: doença de Huntington, encefalite pós-viral). Seus critérios diagnósticos vão do A ao E. São os seguintes: A. Tiques motores ou vocais únicos ou múltiplos estão presentes durante o quad ro, embora não ambos; B. Os tiques podem aumentar e diminuir em frequência, mas persistiram por mais de um ano desde o início do pri meiro tique; C. Seu início ocorre antes dos 18 anos de idade. D. A per turbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica E. Jamais foram preenchidos os critérios para transtorno de Tourette. (Perceba que esse possui a hierarquia) Seus critérios diagnósticos vão do A ao E. São os seguintes: A. Tiques motores e/ou vocais, únicos ou múltiplos; B. Os tiques estiveram pre sentes por pelo menos um ano desde o início do primeiro tique; C. O in ício ocorre antes dos 18 anos de idade; D. A perturbação não é atrib uível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica; E. Jamais foram preenchidos critérios para transtorno de Tou rette ou para o transtorno de tique motor ou vocal persistente (crô nico). Perceba que esse possui a hierarquia de excluir os anteriores. A presença de tiques motores e/ou vocais varia entre os transtornos de tique (Critério A). No caso do transtorno de Tourette, devem estar presentes tiques motores e tiques vocais, por mais que em momentos diferentes (devem apresentar ambos). No transtorno de tique motor ou vocal persistente (crônico) estão presentes apenas tiques motores ou apenas tiques vocais (atente-se a palavra OU) No caso do trans torno de tique transitório, podem estar presentes tiques motores e/ ou vocais (tanto juntos, quanto apenas vocais ou apenas motores). O critério de duração de pelo menos um ano (Critério B) garante que pessoas diagnosticadas com transtorno de Tourette ou trans torno de tique motor ou vocal persistente (crônico) tenham tido sintomas que são persistentes. Os tiques aumentam e diminuem em gravidade, e algumas pessoas podem ter períodos livres de tiques durante semanas e até meses; porém, um indivíduo que teve sintomas por mais de um ano, desde o início do primeiro tique, seria assim considerado portador de sintomas persistentes. Como um critério obrigatório, em ambos os tipos de transtorno de tique, o início dos tiques deve ocorrer antes dos 18 anos de idade (Critério C). Embora o aparecimento de tiques seja raro em adoles centes e adultos, não é incomum que estes se apresentem, assim durante uma avaliação diagnostica inicial e, quando avaliados, costu mam relatar histórias de sintomas mais leves com início na infância. Dessa forma, o surgimento de movimentos anormais sugestivos de tiques fora da faixa etária habitual deve levar à nova avaliação Os tiques apresentados nos diversos transtornos, tanto vocais quanto motores podem ser simples ou complexos. Tiques motores simples têm duração breve (durando milissegundos) e podem incl uir piscar os olhos, encolher os ombros e estender extremidades. Tiques vocálicos simples incluem limpar a garganta, fungar e pro duzir sons guturais, frequentemente causados pela contração do diafragma ou dos músculos da orofaringe. Não devem ser descar tados os diagnósticos somente por serem tiques mais simples. Costumam durar mais tempo (segundos) e incluem uma combina ção de tiques simples. Além disso, podem parecer ter uma finalida de, como um gesto obsceno (copropraxia) ou imitação dos movime ntos de outra pessoa semelhante a tique (ecopraxia). Tiques voc ais complexos incluem repetição dos próprios sons ou palavras (palilalia), repetição da última palavra ou frase ouvida (ecolalia) ou enunciação de palavras com obscenidades ou calúnias étnicas, raciais ou religiosas como é o caso do fenômeno vocal chamado coprolalia Os tiques pioram com ansiedade, excitação e exaustão, melhoran do durante atividades calmas e focadas. Os indivíduos podem ter menos tiques quando envolvidos em trabalhos escolares ou taref as profissionais do que quando relaxando em casa após a escola ou ao anoitecer. Eventos estressantes/estimulantes como fazer um teste, participar de atividades excitantes costumam piorar a apresentação de algum dos transtornos de tique anteriores.
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