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Caso clínico Quadril - doença articular degenerativa

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Caso clínico quadril - doença articular degenerativa (DAD)
Caso clínico
O Sro Mário, um homem de 67 anos, foi submetido a uma substituição total do quadril direito quatro anos atrás. Sofre também de doença articular degenerativa (DAD) no quadril esquerdo (E). Durante os últimos quatro anos observou um aumento da dor no quadril E e está começando a ter dor no quadril D também quando tentar jogar mais de 9 buracos no golfe. Ele afirma que 18 buracos é o habitual, com ele puxando seu próprio carrinho. As recentes condições enlameadas parecem ter agravado os sintomas. Sua maior preocupação é que a lombalgia no lado direito possa ser desencadeada pela dor no quadril direito, como acontecida no passado. Durante o último episódio de lombalgia, ele teve que dormir sentado, pois sua cadeira era o único local onde se sentia confortável. O Sr. Mário mora com a esposa, que se encontra nos estágios iniciais da doença de Alzheimer, e suas partidas de golfe constituem seu principal contato social com os amigos. Quanto ao resto, é sadio e realiza todas as atividades relacionadas como dirigir, fazer compras e cuidar da casa.
DIAGNÓSTICO: Condição após substituição total do quadril direito; DAD no quadril E com desequilíbrio muscular resultando
em provável compressão-irritação da faceta L5-S1 no lado direito.
fisiopatologia
A doença articular degenerativa (DAD) pode ser definida como uma desordem não inflamatória de articulações móveis, sendo considerada como um grupo de distúrbios caracterizado pela deterioração progressiva da cartilagem articular acompanhada de alterações ósseas e de tecidos moles (CARON, 2003; SCHMITZ et al., 2010)
A degeneração e a perda da função da cartilagem ocasiona atrito direto entre os ossos da articulação, por esta porção dos ossos ser altamente inervada, a progressão da doença geralmente vem acompanhada de dores com capacidade de reduzir a funcionalidade e independência do indivíduo.
artroplastia de quadril
Na artroplastia total de quadril (também chamada de prótese total do quadril), o osso e a cartilagem lesionados são retirados e substituídos por componentes protéticos.
 A cabeça do fêmur lesionada é retirada e substituída por uma haste metálica, que é colocada no centro oco do fêmur. 
 Uma esfera de cerâmica ou de metálica é colocada na parte superior da haste. Ela substitui a cabeça do fêmur lesionada que foi retirada.
 A superfície cartilaginosa lesionada da cavidade (acetábulo) é retirada e substituída por uma cavidade metálica. 
 Um espaçador plástico, cerâmico ou metálico é inserido entre a esfera e a cavidade nova para proporcionar uma superfície de contato com o menor atrito possível.
BIOMECÂNICA
O enfraquecimento da musculatura do quadril gerou um desequilíbrio entre as forças de estabilização deste segmento, resultando assim com uma maior sobrecarga sobre as estruturas adjacentes (ossos; ligamentos; músculos), sobrecarga essa que agravou o processo da DAD e contribuiu para o aumento do quadro álgico apresentado pelo paciente. Outro fator a ser considerado é a prática esportiva deste, que envolve movimentos repetitivos e movimentos rotacionais de tronco, e quando realizados de forma inadequada sobrecarregam ainda mais as estruturas ali envolvidas. 
* No Swing, o taco pode atingir uma velocidade de 190km/h. Forças geradas durante o movimento possuem potencial ação para promoverem fratura
possível.
AVALIAÇÃO testes especiais
 Anamnese 
 Observação de assimetrias, postura e marcha
 Avaliação de movimentos ativos
 Avaliação de movimentos passivos (sensação final)
 Avaliação dos movimentos do jogo articular (hipermobilidade/hipomobilidade)
 Exames complementares (radiografias, ressonância magnética e ultrassonografia) 
 Teste de Patrick (Fabere): avalia  a articulação coxofemoral e a sacroilíaca
 Teste de Trendelenburg: avalia o músculo glúteo médio, estabilidade do quadril e a capacidade dos adutores do quadril de estabilizar a pelve sobre o fêmur.
 Teste de Thomas: Avalia o grau de contratura em flexão do quadril.
 Teste de Craig: é utilizado para determinar se existe anteversão/retroversão excessiva do fémur.
Tratamento – estágio 2 
 Exercícios ativos de dorsiflexão e plantiflexão de tornozelo, auxiliando o retorno venoso e mantendo a amplitude de movimento
 Liberação Miofascial (adutores do quadril, quadrado lombar e tensor da fáscia lata) devido a tensão destes músculos
 Alongamento Passivo - reto femoral; quadrado lombar junto com os Isquiotibiais,  glúteos e Iliopsoas - estes quando encurtados interferem diretamente na estabilização lombar
 Mobilização articular
 Mobilização neural 
Tratamento – estágio 3
 Iniciar exercícios para fortalecimento do quadríceps, glúteos, isquiotibiais e tríceps sural
 Fortalecimento específico para o transverso do abdome, visando uma estabilização lombar. 
 Realinhamento postural
 Reeducação e fortalecimentos específicos para a prática esportiva
 Treino de marcha
Tratamento – estágio 4
 Iniciar os exercícios proprioceptivos e de equilíbrio
 Apoio Bipodal com base alargada (jogar bola para ele), aos pouco reduzindo o tamanho da base, e conforme evolui instruir para que o paciente feche os olhos durante o exercício
 Prosseguir para apoio unipodal (terapeuta próximo), ao apresentar ganho, instruir para que o paciente feche os olhos.
 Treino de Marcha em linha reta (barras paralelas ou terapeuta ao lado)
 Treino de marcha com obstáculos
 Subir e descer degrau
REFERÊNCIAS
PEREIRA, Edna Bizerril; MEJIA, Dayana Priscila Maia. Tratamento fisioterapêutico em idosos após artroplastia total do quadril em nível hospitalar.
Artroplastia Total de Quadril l Disponível em: https://orthoinfo.aaos.org/pt/treatment/artroplastia-total-de-quadril-total-hip-replacement/ 
DOENÇAS DO QUADRIL | Disponível em: https://www.medicina.ufmg.br Acesso: 04/03/2022
Livro Exercícios Terapêutico Kisner E Colby 4ª Edição

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