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Climatério e menopausa

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Climatério e Menopausa 1
Climatério e Menopausa
Perimenopausa 
período no qual se iniciam os primeiros sintomas do climatério, 
estendendo-se do começo da irregularidade menstrual até o 
final do 1° ano de amenorreia
Síndrome climatérica
conjunto de sinais e sintomas 
característicos do climatério
Climatério
período de transição da fase reprodutiva para a fase não 
reprodutiva, envolvendo alterações no organismo da mulher
Menopausa
último período menstrual, 
identificado após 12 meses de 
amenorreia
características gerais da menopausa
evento fisiológico e inevitável que ocorre devido ao envelhecimento ovariano e sua consequente perda de função
ocorre, em média, aos 50 anos, independente da idade da menarca, história familiar, paridade ou uso de anovulatórios
divide o climatério em pré-menopausico e pós-menopáusico
classificada em:
natural: ocorre espontaneamente
artificial: provocada por cirurgias, quimioterapia ou radioterapia
precoce: antes dos 40 anos
tardia: após os 55 anos
sistema de estadiamento dos estágios da vida reprodutiva
Climatério e Menopausa 2
patogenia
a menopausa é um evento ovariano secundário à atresia fisiológica dos folículos primordiais 
a produção dos folículos inicia-se na 8° semana de gestação e ao longo do tempo vai sendo perdida
gestação: cerca de 7 milhões de folículos
na puberdade: em média 300-500 mil folículos
menacme: 400 folículos
menopausa: esgotamento dos folículos
transição menopausal: caracterizada pela irregularidade do ciclo menstrual, devido à variabilidade hormonal e ovulação 
inconstante 
1. diminuição dos folículos
2. consequente queda gradual da inibina B
3. desativação do feedback negativo sobre a hipófise
4. liberação de FSH: na tentativa de aumentar o recrutamento folicular
5. altos níveis de FSH: acelera a depleção de folículos
6. perda contínua de folículos: diminui os níveis de estradiol
7. não ocorre o pico de LH: ciclos anovulatórios 
8. não há produção de corpo lúteo e nem de progesterona 
9. níveis baixos de estradiol: não são suficientes para estimular o endométrio
10. amenorreia
pós-menopausa
1. hipófise é ativada por picos de GnRH: para tentar estimular o estradiol
2. grandes quantidades de gonadotrofinas: estado de hipogonadismo hipergonadotrófico
3. a resposta ovariana às gonadotrofinas é reduzida: níveis de FSH e LH elevados nos primeiros anos, decrescendo com o 
envelhecimento
4. o AMH, marcador do n° de folículos em crescimento, torna-se indetectável
5. com a diminuição dos folículos > relativo aumento no estroma ovariano
a mulher não deixa de produzir estrogênio, mas essa síntese ocorre em níveis bem menores
produção ovariana: quase nula
produção periférica: por meio da aromatização, ocorre produção de estrona
a produção de progesterona cessa
quadro clínico - consequências do hipoestrogenismo
efeitos sobre o centro termorregulador hipotalâmico e sobre o sistema reprodutivo, impacto negativo no metabolismo ósseo, na 
função cardiovascular e no humor
sintomatologia física e psicológica 
cerca de 75% das mulheres apresentam sintomas
alteração nos ciclos menstruais: podem se tornar mais curtos ou mais longos, em decorrência da anovulação
Climatério e Menopausa 3
alterações no ciclo menstrual
irregularidade menstrual
alteração no fluxo, duração e/ou frequência 
costumam ter fase folicular mais encurtada: pode menstruar mais vezes no mês 
ocorrem por modificações na secreção de estrogênio e progesterona, sendo frequentes ciclos anovulatórios 
algumas afecções miometriais e endometriais devem ser investigadas para excluir o sangramento anormal 
miomas
pólipos
hiperplasias endometriais
carcinoma de endométrio
sintomas vasomotores
aproximadamente 80% das mulheres experimentam esses sintomas moderados ou intensos
fogachos e suores noturnos
episódios de calor agudo/súbito, acompanhados de sudorese e rubor facial
predominante na cabeça, pescoço, peito e região superior das costas
pode ser acompanhado de vertigem, palpitações e insônia
sinais associados: aumento do fluxo sanguíneo, taquicardia e aumento da temperatura da pele 
duração: em média 7 anos
frequência diária: variável, desde 20 episódios por dia até 1 por semana ou ausência
possível causa:
redução dos níveis de estradiol > alterações em neurotransmissores 
instabilidade no sistema termorregulador hipotalâmico > torna-se mais sensível a alterações na temperatura 
alterações nos sistemas serotoninérgico, noradrenérgico , opioide adrenal e autonômico
alterações no sono 
distúrbios do sono, menor duração, aumento no despertar noturno e menor eficácia do sono
presentes em 50% das mulheres na pós-menopausa
talvez por ocorrer mais à noite, o fogacho seja responsável por parte da insônia
contribui para maior irritabilidade, cansaço e redução na capacidade de concentração
menor duração do sono: sequelas orgânicas
prevalência de hipertensão e diabetes mellitus
consequências psicológicas
irritabilidade, nervosismo e oscilações de humor 
alterações de humor
sintomas depressivos são relatados por 65 a 89% das mulheres e acompanham a queda de estrogênio
atribuídas a diversos fatores:
desconfortos dos sintomas vasomotores
estressores psicossociais
suporte social inadequado
estilo de vida 
características sociodemográficas
história prévia de depressão
Climatério e Menopausa 4
alterações cognitivas
declínio de funções cognitivas, principalmente atenção e memória
na perimenopausa: 44% das mulheres com esquecimento
alterações em pele e fâneros 
é associada ao aumento da circunferência e da gordura abdominal e total
o padrão de distribuição de gordura torna-se androide
quantidade de gordura visceral aumenta
aumento do risco de doença cardiovascular e dislipidemia 
a carência estrogênica contribui para a perda acelerada de colágeno (15-30% nos 5 primeiros anos após a menopausa)
redução da espessura e maior ressecamento da pele
torna-se atrófica e transparente com o envelhecimento, perdendo a elasticidade
tanto a derme quanto a epiderme afinam-se
redução da vascularização da derme 
redução do número e da capacidade dos fibroblastos: cicatrização demorada e maior fragilidade da pele
síndrome do olho seco: irritação ocular, secura, sensação de corpo estranho e queimação, assim como fotofobia 
alterações atróficas
síndrome geniturinária da menopausa
atrofia vulvovaginal
alterações histológicas e físicas da vulva, vagina e trato urinário baixo
queixas de secura vaginal, dispareunia, queimação, dor, ardência, urgência miccional, disúria e incontinência urinária
caráter progressivo 
decorre de baixos níveis sistêmicos do estrogênio
esses sintomas são mais intensos em fumantes e mulheres tratadas para câncer de mama
alterações ósseas - osteoporose 
caracterizada pela diminuição da densidade óssea e alterações em sua microarquitetura
causa: desequilíbrio entre deposição e reabsorção óssea > perda de massa óssea de forma acelerada
sintomas: fragilidade, predisposição de fraturas 
mais comuns: fraturas de rádio distal, coluna vertebral e fêmur proximal
fatores de risco: 
história pessoal de fratura na vida adulta
história de fratura em parente de 1° grau
história atual de tabagismo
baixo peso <57kg ou IMC <21
deficiência de estrogênio (menopausa <45 anos)
baixa ingestão de cálcio durante a vida
diabetes mellitus
limitação visual
mulheres
raça branca
sedentarismo 
uso de glicocorticoide
idade avançada >65 anos
quedas recentes
alcoolismo
demência
Climatério e Menopausa 5
diagnóstico
avaliação da quantidade óssea, por meio da medição da densidade mineral óssea (DMO)
densitometria óssea: absorciometria por dupla emissão de raiosX
indicações da densitometria óssea
mulheres ≥65 anos e homens ≥70 anos
mulheres na pós-menopausa <65 anos e homens (50-70) com fatores de risco
adultos co fraturas de fragilidade
adultos com doença ou condição associada à perda de massa óssea
adultos em uso de medicações associadas com baixa massa óssea ou perda óssea
pacientes em que a terapia farmacológicaesteja sendo realizada
pacientes em tratamento, a fim de monitorar a eficácia terapêutica
pacientes que não estejam em tratamento, nos quais a evidência de perda óssea poderia indicar tratamento
tratamento: 
farmacológico: THE ou THEP, SERMs, calcitonina, bifosfonatos e denosumabe
não farmacológico: 
1. exercícios físicos > aumenta a força muscular e o equilíbrio, previnindo quedas
2. cálcio e vitamina D > sais de cálcio dissolvem-se e o cálcio torna-se disponível para ser absorvido + suplementação com 
vitamina D 
alterações cardiovasculares e metabólicas
doenças cardiovasculares, especialmente infarto do miocárdio, são as principais causas de mortes em mulheres > 50 anos 
fatores de risco: 
aterosclerose de grandes vasos
história familiar de DCV
HAS, tabagismo, diabetes 
síndrome metabólica: obesidade central, resistência à insulina, hipertrigliceridemia e dislipidemia
diagnóstico 
1. anamnese
2. exame físico completo
3. exame citopatológico de colo uterino
4. mamografia: bianualmente entre os 40 e 50 anos e anual a partir dos 50 anos
5. avaliação endometrial
a. métodos não invasivos: ultrassonografia e teste da progesterona (uso de um progestágeno por 7 dias, VO)
b. métodos invasivos: citologia endometrial, biópsia aspirativa, curetagem uterina e histeroscopia
c. endométrio deve medir <5mm em mulheres sem TH e <8mm em mulheres com TH
terapia hormonal
TH envolve uma gama de hormônios, diferentes vias de administração e doses e esquemas diversos 
considerada o tratamento mais eficaz para os sintomas vasomotores 
Climatério e Menopausa 6
após 10 anos: risco aumentado de DCV
indicações:
para a maioria das mulheres sintomáticas < 60 anos ou dentro do período de 10 anos da menopausa
alívio de sintomas vasomotores 
tratamento da atrofia vulvovaginal
prevenção e tratamento da osteoporose 
mulheres com sintomatologia clínica após análise individual dos riscos e benefícios para cada paciente
contraindicações absolutas:
câncer de mama ou endométrio prévio
sangramento genital de origem desconhecida
antecedentes de doença tromboembólica 
doença hepática grave em atividade
exames complementares:
perfil lipídico e glicemia
TSH e EQU
secreening de câncer de cólon: sangue oculto nas fezes

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