Comportamento Controlado por Contigencia e Comportamento controlado por Regras -Liberdade, Pessoa-Eu, Autoconhecimento

Prévia do material em texto

Comportamento controlado/guiado por regras - CGR
· Comportamento governado/controlado por DESCRIÇÕES DE CONTINGÊNCIAS
· Regras: estímulos verbais (Sinais, gestos, símbolos, palavras escritas, palavras faladas) que descrevem contingências que são geradas pela comunidade verbal (o outro, livro, filme, texto, etc.)
· Descrevem parcialmente as contingências
· ESTÍMULO - “Amanhã tem prova”
· RESPOSTA - “Vai dormir porque eu quero”
· CONSEQUÊNCIA - ”Vai dormir se não eu te bato”
· Deixam o indivíduo completar o que falta
· Indivíduo completa de acordo com a história de reforçamento anterior
· Auto-regra - Estímulos verbais que descrevem contingências são gerados pelo próprio indivíduo
· Características do comportamento governado por regras
1 - Totalmente cultural
2 - Não tem contato com a consequência
· Deixa o comportamento mais estereotipado / formatado
3- Insensibilidade às consequências
· Eu sigo regra porque:
· FUNCIONA PARA MIM 
· Descrição de reforço negativo
· FUI ENSINADO A OBEDECER	
· A regra não é só norma/ instrução
· Dois tipos de comportamentos operantes 
· Operante de seguir regras - FINAL
· Mantidos pelas suas consequências naturais
· Operante especificado pela regra -IMEDIATA
· Mantidos pelas contingências descritas na regra.
Comportamento controlado/modelado pelas contingências - CMC
· O comportamento é adquiridos diretamente por suas consequências
· Não dependem de outras pessoas
· Dependem apenas de sua interação com as contingências
· Surgem sem instruções
· Caracteristicas
1. Mais plástico mais maleável
Diferenças entre CMC X CGR
	CM Contingências
	CM Regras
	Comportamento mantido diretamente pelas consequências ambientais
	Controlados por estímulos discriminativos verbais específicos - REGRA
	Modificado apenas por conseqüências especificadas nas contingências, pela modificação do estímulo relacionado com a contingência e pela sua ausência
	Descrevem ou sinalizam qual a contingência em vigor - respostas, consequências - para uma pessoa que ainda não foi exposta a um determinado ambiente
	Mais valorizado pelo próprio sujeito por ter sido constituído principalmente pelas próprias experiências, ou seja, pelo contato natural do organismo com os reforçadores
	Pode ser modificado através da alteração tanto dos antecedentes como das conseqüências ou de ambos
	Exige apenas uma interação com reforço de forma não-verbal e não-social 
	Precisa necessariamente da comunicação de um membro da comunidade verbal
	Conhecer por compreensão
	Conhecer por descrição
	Maleável, Plástico
	Estereotipado, formatado
Liberdade, livre-arbítrio, pessoa e /eu - AUTOCONHECIMENTO
TEXTO: Autoconhecimento e liberdade no behaviorismo radical - Olivia Brrandenburg e Lidia Weber
· O campo da consciência está no CONHECIMENTO DE SI
· Consciência é uma metáfora, o termo mais correto seriam COMPORTAMENTOS CONSCIENTES
· Consciência é um comportamento encoberto
· Não apresenta natureza diferente dos eventos abeertos, mas são de mais difícil acesso, sem propriedades de originar comportamentos
· Consciência corresponde a um comportamento verbal de AUDIODESCRIÇÃO
· Descrever ou relatar eu próprio comportamento ou as variáveis que o controlam
· As pessoas estão MAIS conscientes quando estão mais sensíveis ao controle do ambiente
· Aumenta sua capacidade de discriminar e assim descrever seus comportamentos
· AUTOCONHECIMENTO e AUTOCONSCIÊNCIA
· É a autodiscriminação de comportamentos e estímulos a eles relacionados
· Comportamento verbal discriminativo que expressa um conhecimento sobre o próprio comportamento
· DISCRIMINAÇÃO corresponde a um processo de reforçamneto diferencial, que torna uma dad resposta mais provavável diante de um estímulo específico
· Se autoconhecer é um comportamento verbal descritivo e DIFERE do comportamento descrito
· Os comportamentos são produtos de contingências ambientais, mas a descrição de comportamentos abertos ou encobertos é produto de contingências específicas, verbais, organizadas por uma comunidade
· As contingências ambientais controlam o comportamento independentemente da consciência do indivíduo
· A falta de consciência das ocorrências ambientais, relacionadas ao próprio comportamento, facilita a crenaça de que as causas são internas ao organismo
· O OUTRO é imprescindível para o autoconhecimento
· Caráter social do ser humano
· A Comunidade verbal é responsável pelo processo de discriminação que torna o comportamento de autodescrição contingente a um estímulo discriminativo e aum reforço social
· “Só quando o mundo encoberto de uma pessoa se torna importnte para as demais é que ele se torna importnate para ela própria” - SKINNER, 1982
· Ensino do AUTORRELATO
· Observar acompanhantes aberto correlatos
· Inferir um comportamento encoberto por meio de respostas colaterais
· Utilizar metáforas - generalização- para designar características de eventos abertos para descrever os encobertos
· O autoconhecimento NUNCA SERÁ TOTALMENTE PRECISO
· Auto-observação é ensinada pela comunidade
· Como cada comunidade possui interesses diferentes, a maneira de uma pessoa se explicar aos outros e o tipo de autoconhecimento também serão diferentes de uma comunidade para outra
· O autoconhecimento é útil por conta da PREVISIBILIDADE e a OBTENÇÃO DE REFORÇOS
· Os comportamentos são reforçados pelo seu efeito nas outras pessoas
· Sabendo o que ela sente, pode-se aumentar a eficácia desse efeito
· O próprio indivíduo é reforçado ao descrever seus comportamentos quando consegue o que quer
· Com o autoconhecimento é possível partir para a construção de novos repertórios
· Quando o indivíduo se torna consciente de sus comportamento e dos fatores determinantes ele se torna “livre”, tem autocontrole a possibilidade de modificar seu próprio comportamento 
· Ninguém faz o que quer, faz o que tem que fazer para evitar a punição
· Nesse contexto, sentir-se livre está sendo mantido por reforço negativo
· TODO O COMPORTAMENTO HUMANO É CONTROLADO POR UMA VARIÁVEL AMBIENTAL, MAIS ESPECIFICAMENTE PELA HISTÓRIA DE REFORÇAMENTO
· SER LIVRE É SER CAPAZ DE IDENTIFICAR E CONTROLAR TAIS VARIÁVEIS
· Liberdade só existe quando o indivíduo discrimina seus comportamentos e as variáveis que os controlam
· DEPENDE, ENTÃO, DO AUTOCONHECIMENTO
· O homem só vai conseguir sentir-se verdadeiramente livre quando reconhecer o que é, o que sempre fracassou por ele buscar a solução no lugar errado 
· A comunidade não é capaz de modelar a discriminação precisa de TODOS os comportmaentos encobertos
· O indivíduo nunca se autoconhecer TOTALMENTE e nem será TOTALMENTE livre
· A LIBERDADE TOTAL COMO AUSÊNCIA DE CONTROLE OU COMO AUTOCONHECIMENTO COMPLETO NÃO É POSSÍVEL
· O importante não é libertar os homens do controle, mas sim analisar e modificar as espécies de controle a que se acham submetidos
· A utilidade do autoconhecimento e da liberdade está justamente na PREVISÃO e no controle do comportamento
· A própria pessoa pode prever seu comportamento e fazer algo para fortalecê-lo ou evitá lo
· AUTOCONTROLE
PARTE DO TEXTO: POR QUE SOU BEHAVIORISTA RADICAL? - Teresa Sério
· A ciência do comportamento não destrói a individualidade e a singularidade 
· somos indivíduos, mas somos determinados 
· nossa própria individualidade é determinada, causada, sujeita a controle
· NÃO SOU LIVRE, não sou sujeito
· não há livre arbítrio
· não há liberdade como sinônimo de indeterminação
· “Nós não podemos escolher uma maneira de vida na qual não haja controle. Nós podemos apenas escolher as condições controladoras”
· Para o INDIVÍDUO se transformar em SUJEITO é necessário duas coisas:
· ele age sobre o meio e produz mudanças
· O comportamento operante é essencialmente o exercício de poder: ele tem um efeito sobre o ambiente
· escolhe e produz as condições que o controlarão
· produz o mundo que o produzirá enquanto organismo
· Atuar sobre os determinantes é atuar sobre as inter-relações e não sobre os indivíduos como um todo, já que são produtos delas.
· Interferir nas condições de vida concreta deste homem e, assim, em sua históriafutura
SLIDE 2021/2 - EU (SELF) Professor ANDRÉ 
Skinner critica à noção de eu iniciador
· as pessoas recorrem ao eu iniciador quando não conseguem identificar as variáveis contextuais das quais seu comportamento é função
· a função da hipótese de um “homem interior” é fornecer uma explicação que, por sua vez, não será esclarecida
· Skinner critica as justificativas do eu de natureza sociopolítica 
· explicar o comportamento recorrendo a um eu interior desvia o olhar das contingências sociais que são as responsáveis pela constituição e manutenção dos problemas individuais
· Nas explicações internalistas o eu é entendido como algo de natureza diferente do comportamento
· natureza mental 
· natureza neurofisiológica
· cisão entre “eu’ e o comportamento
· eu iniciador tem uma causa interna e o comportamento o seu efeito
· Skinner propôs uma nova forma de explicar que não separa o eu do comportamento
· definir indivíduos em termos de seus comportamentos sem nenhuma outra entidade, nenhum outro indivíduo delimitado localizado atrás
· ao negar uma explicação do comportamento humano com base na ideia de eu iniciador, Skinner estaria, em última instância, negando a própria noção de “eu”
· Gênese social do “eu”
· Aquilo que é usualmente nomeado por “eu” pode ser entendido, de modo preliminar, como um sistema de respostas ou um conjunto de repertórios comportamentais, cuja origem é social verbal
· o CV como um operante 
· ação que produz consequências no mundo e é afetado pelas consequências que produz
· um ouvinte treinado por uma CV para se comportar em função do comportamento do falante
· dizer que o “eu” é de origem social verbal significa que o comportamento que definem o eu são constituídos por meio das relações entre o indivíduo e sua comunidade verbal
· o ‘eu’ se constrói no âmbito de contingencias sociais verbais organizada por ouvintes que integram essa comunidade
· Auto-observação, autodescrição e autoconhecimento
· AUTO-OBSERVAÇÃO 
· é também produto de contingências discriminativas 
· se a descrição não for forçada pela comunidade ela talvez nunca aconteça
· a comunidade que ensina o sujeito a conhecer de si mesmo
· ensinar alguém a ficar sob controle do que acontece consigo mesmo 
· ter acesso a essas informações
· ampliar o controle sobre o comportamento do indivíduo
· AUDIODESCRIÇÃO
· Capacidade do sujeito de falar sobre si mesmo, sobre o que faz, pensa e sente
· Repertório construído por algumas agências de controle (psicoterapia, escola,religião, estado)
· gerado quando a comunidade verbal faz perguntas sobre o que o indivíduo está sentindo
· organizando contingências para que o falante nomeie essas condições
· desafio é que tais condições são de natureza social, e não ontológica
· quem ensina o indivíduo a relatar suas condições não tem acesso direto a ela
· é uma tarefa difícil
· conhecimento introspectivo do corpo - autoconhecimento - é defeituoso 
· a comunidade verbal não pode trazer comportamentos auto descritivos sob o controle preciso de estímulos privados
· não há oportunidade para evolução de um sistema nervos
· 
· linguagem geralmente ambígua e metafórica
· o ensino da audiodescrição pela comunidade verbal está baseado em interferências acerca do que o indivíduo está sentindo
· pauta-se na observação de comportamentos ou sinais corporais públicos
· algumas contingências cuja função remonta presumivelmente à história evolutiva da espécie humana, que vinculam o comportamento ao corpo, criando uma consciência pré-verbal
· O termo pessoa descreve repertórios de comportamento que podem ser observado pelos outros, o ‘eu”, entendido como um conjunto de estados internos, “é observado apenas por meio dos sentimentos e introspecção”
· “o eu é como a pessoa se sente sobre ela mesma”
· Contingências sociais verbais que requerem auto-observação e audiodescrição
· AUTOESTIMA
· Sentimento que a pessoa tem de si mesma
· pressupõem que essa pessoa seja capaz de acessar e relatar suas condições corporais
· AUTOCONHECIMENTO
· possui origem social
· mundo privado fica sob controle do comportamento chamado conhecimento
· possui valor para o próprio indivíduo
· tem consciência de si mesma
· para prever e controlar o próprio comportamento
· indivíduo consciente de suas ações
· níveis diferentes de consciência ou autoconhecimento
· a topografia de sua ação - como age
· as condições 
· Você é pessoa quando não tem conhecimento das contingências que o controlam
· O eu já tem essa consciência dessas contingência
· Você tem o poder de escolha, mas essa escolha não é livre, vcs sempre está sob algum controle
TEXTO: Liberdade - W. Baum (Compreender o behaviorismo - cap. 9)
· Uso da palavra livre
· Três usos
· Liberdade de restrições 
· noção e livre-arbítrio
· liberdade política e social - religiosa e espiritual
· Ser livre: livre arbítrio
· Quando o comportamento é modelado e mantido por reforço positivo, as pessoas não se sentem coagidas, se sentem livre
· Muitas as ações são proibidas por ameaça e punição
· o principal obstáculo ao sentimento de liberdade e coerção
· a pessoas não podem se sentir livres quando coagidas - quando seu comportamento é controlado pela ameaça de consequências aversivas
· todos os comportamentos coercitivos podem ser substituídos por comportamentos não-coercitivos
· Liberdade e felicidade
· liberdade é ter escolhas
· não tem nada a ver com livre-arbítrio
· significa que mais de uma ação é possível
· as condições sobre as quais nos sentimos livres acabam sendo idênticas às condições sob as quais nos sentimos felizes
· é raro que uma escolha leve a resultados exclusivamente agradáveis
· a maioria das situações sociais são uma mistura de condições
· o reforço positivo por permanecer na relação supera qualquer controle aversivo nela existe
· quanto menos nosso comportamento for modelado por punição e ameaça de punição - quanto nossas escolhas forem guiadas por reforço positivo - tanto mais nos sentiremos livres
· armadilhas de reforço e autocontrole
· escravos de um hábito	
· os maus hábitos exigem autocontrole
· fazer uma opção 
· impulsividade é comportar-se de acordo com o reforço a curto prazo
· autocontrole é comportar-se de acordo com o reforço a longo prazo
· reforçadores sociais aumentam a força do padrão diário do autocontrole
· adiamento e procrastinação
· o adiantamento é impulsividade
· as armadilhas de reforço parecem com a coerção, a mediade que a punição longinqua funciona como uma ameaça e o autocontrole é visto com a esquiva