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‘q1A ORIGEM DO TERMO FILOSOFIA
Uma definição precisa do termo "filosofia" é impraticável. Tentar formulá-la poderia, ao menos de início, gerar equívocos. Com alguma espirituosidade, alguém poderia defini-la como "tudo e nada, tudo ou nada...". Melhor dizendo, a filosofia difere das ciências especiais na medida em que procura oferecer uma imagem do pensamento humano - ou mesmo da realidade, até onde se admite que isso possa ser feito - como um todo. Contudo, na prática, o conteúdo de informação real que a filosofia acrescenta às ciências especiais tende a desvanecer-se até parecer não deixar vestígios.
Acredita-se que esse desvanecimento seja enganoso. Mas deve-se admitir que até aqui a filosofia não tem conseguido realizar suas grandes pretensões. Tampouco tem logrado êxito em produzir um corpo de conhecimentos consensual comparável ao elaborado pelas diversas ciências. Isso se deve em parte, embora não integralmente, ao fato de que, quando obtém-se conhecimento verdadeiro a respeito de determinada questão situa-se essa questão como pertencente à ciência e não à filosofia.
0 termo "filósofo" significava originariamente "amante da sabedoria", tendo surgido com a famosa réplica de Pitágoras aos que o chamavam de "sábio". Insistia Pitágoras em que sua sabedoria consistia unicamente em reconhecer sua ignorância, não devendo portanto ser chamado de "sábio", mas apenas de "amante da sabedoria". 
Nessa acepção, "sabedoria" não se restringia a qualquer dos domínios particulares do pensamento e, de modo similar, "filosofia" era usualmente entendida como incluindo o que hoje denomina-se "ciência". Esse uso sobrevive ainda hoje em expressões como "filosofia natural". 
Na medida em que uma grande produção de conhecimento especializado em um dado campo ia sendo conquistada, o estudo desse campo se desprendia da filosofia, passando a constituir uma disciplina independente. As últimas ciências que assim evoluíram foram a psicologia e a sociologia. Dessa forma, poder-se-is falar de uma tendência à contração da esfera da filosofia na própria medida em que o conhecimento se expande. Recusa-se a considerar filosóficas as questões cujas respostas podem ser dadas empiricamente.
Não deseja-se com isso sugerir que a filosofia poderá acabar sendo reduzida ao nada. Os conceitos fundamentais das ciências, da figuração geral da experiência humana e da realidade (na medida em que se formam crenças justificadas a seu respeito) permanecem no âmbito da filosofia, visto que, por sua própria natureza, não podem ser determinados pelos métodos das ciências especiais.
É sem dúvida desencorajador que os filósofos não tenham logrado maior concordância com respeito a esses assuntos, mas não se deve concluir que a inexistência de um resultado por todos reconhecido signifique que esforços foram realizados em vão. Dois filósofos que discordem entre si podem estar contribuindo com algo de inestimável valor, embora ambos não estejam em condição de escapar totalmente ao erro: suas abordagens rivais podem ser consideradas mutuamente complementares.
O fato de filósofos distintos necessitarem dessa mútua complementação torna evidente que o ato de filosofar não é unicamente um processo individual, mas também um processo que possui uma contrapartida social.
Um dos casos em que a divisão do trabalho filosófico se torna bastante proveitosa consiste na circunstância de que pessoas distintas usualmente enfatizam aspectos diferentes de uma mesma questão. Contudo, boa parte da filosofia volta-se mais para o modo pelo qual conhecemos as coisas do que propriamente para as coisas que conhecemos, sendo essa uma segunda razão pela qual a filosofia parece carecer de conteúdo. No entanto, discussões a respeito de um critério definitivo de verdade podem determinar, na medida em que recomendam a aplicação de um dado critério, quais as proposições que na prática delibera-se serem verdadeiras. As discussões filosóficas da teoria do conhecimento têm exercido, ainda que de modo indireto, importante efeito sobre as ciências.
UTILIZAÇÃO DA FILOSOFIA
Para Platão, a filosofia é o uso do saber em proveito do homem. Isso implica a posse ou aquisição de um conhecimento que seja, ao mesmo tempo, o mais válido e o mais amplo possível; e também o uso desse conhecimento em benefício do homem. Essa definição, porém, exige a uma definição de benefício, que por sua vez exige uma definição de Bem. Para saber o que é o Bem, entretanto, também é necessário descobrir o que é a Verdade.
Alguns filósofos, definem a filosofia como a busca do Bem, da Verdade, do Belo e de como os homens podem conhecer essas três entidades. Portanto, a filosofia toma para si a árdua tarefa de debater problemas ou especular sobre problemas que ainda não estão abertos aos métodos científicos: o bem e o mal, o belo e o feio, a ordem e a liberdade, a vida e a morte.
Leia um exemplo de texto filosófico, em que um filósofo norte-americano, John Dewey, procura refletir justamente sobre o que é senso comum:
Visto que os problemas e as indagações em torno do senso comum dizem respeito às interações entre os seres vivos e o ambiente, com o fim de realizar objetos de uso e de fruição, os símbolos empregados são determinados pela cultura corrente de um grupo social. Eles formam um sistema, mas trata-se de um sistema de caráter mais prático que intelectual. Esse sistema é constituído por tradições, profissões, técnicas, interesses e instituições estabelecidas no grupo. As significações que o compõem são efeito da linguagem cotidiana comum, com a qual os membros do grupo se intercomunicam. "Lógica", VI, 6, J. Dewey
Há uma questão que muita gente formula de imediato quando ouve falar de filosofia: qual a utilidade da filosofia? Não há certamente expectativa alguma de que ela contribua para a produção de riqueza material. Contudo, a menos que se suponha que a riqueza material seja a única coisa de valor, a incapacidade da filosofia de promover esse tipo de riqueza não implica que não haja sentido prático em filosofar. Não valoriza-se a riqueza material por si própria - aquela pilha de papel que se chama de dinheiro não é boa por si mesma -, mas por contribuir para a felicidade de cada um. Não resta dúvida de que uma das mais importantes fontes de felicidade, ao menos para os que podem apreciá-la, consiste na busca da verdade e na contemplação da realidade; eis aí o objetivo do filósofo. Ademais, aqueles que, em nome de um ideal, não classificaram todos os prazeres como idênticos em seu valor, tendo chegado a experimentar o prazer de filosofar, consideraram essa experiência como superior em qualidade a qualquer outra. Visto que a maior parte dos bens que a indústria produz, excetuando os que suprem as necessidades básicas, valem apenas como fontes de prazer, torna-se a filosofia perfeitamente apta, no que se refere à utilidade, para competir com a maioria dos produtos industriais, quando poucos são os que podem dedicar-se, em tempo integral à tarefa de filosofar.
Mesmo que se entendesse a filosofia como fonte de um inocente prazer particularmente válido por si próprio (obviamente, não apenas para os filósofos, mas também para todos aqueles a quem eles ensinam e influenciam), não haveria razão para invejar tão pequeno desperdício da força humana dedicada ao filosofar.
Não se esgota, porém, tudo o que pode ser dito em favor da filosofia. Pois, à parte de qualquer valor que lhe pertença intrinsecamente acima de seus efeitos, a filosofia tem exercido, por mais que se ignore isso, uma admirável influência indireta até mesmo sobre a vida de gente que nunca ouviu falar nela. Indiretamente, tem sido destilada através de sermões, da literatura, dos jornais e da tradição oral, afetando assim toda a perspectiva geral do mundo. Em grande parte, foi através de sua influência que se fez da religião cristã o que ela é hoje. Deve-se originalmente a filósofos idéias que desempenharam papel fundamental para o pensamento em geral, mesmo em seu aspecto popular, como, por exemplo, a concepção de que nenhum homem pode sertratado apenas como um meio ou a de que o estabelecimento de um governo depende do consentimento dos governados.
No âmbito da política, a influência das concepções filosóficas tem sido expressiva. Nesse sentido, a Constituição norte-americana é, em grande parte, uma aplicação das idéias do filósofo John Locke; ela apenas substitui o monarca hereditário por um presidente. Similarmente, admite-se que as idéias de Rousseau tenham sido decisivas para a Revolução Francesa de 1789. É inegável que a influência da filosofia sobre a política pode às vezes ser nefasta: os filósofos alemães do século X1X podem ser parcialmente responsabilizados pelo desenvolvimento de um nacionalismo exacerbado que posteriormente veio a assumir formas bastante deturpadas. Todavia, não resta dúvida de que essa responsabilidade tem sido freqüentemente muito exagerada, sendo difícil determiná-la exatamente, o que se deve ao fato de aqueles filósofos terem sido obscuros. Contudo, se uma filosofia de má qualidade pode exercer influência nefasta sobre a política, com as filosofias de boa qualidade pode ocorrer o contrário. Não há meios de impedir tais influências sendo portanto extremamente oportuno que se dedique especial atenção à filosofia com o intuito de constatar se concepções que exerceram alguma influência foram mais positivas do que nefastas. 0 mundo teria sido poupado de muitos horrores caso os alemães tivessem sido influenciados por uma filosofia melhor que a dos nazistas.
Torna-se, portanto, imperativo abandonar a afirmação de que a filosofia é destituída de valor, mesmo com respeito à riqueza material. Uma boa filosofia, ao influenciar favoravelmente a política, pode gerar uma prosperidade incapaz de ser alcançada sob a égide de uma filosofia inferior. Outrossim, o expressivo desenvolvimento da ciência, com seus conseqüentes benefícios de ordem prática, muito depende de seu background filosófico. Houve mesmo quem tenha chegado a afirmar, talvez exageradamente, que o desenvolvimento da civilização como um todo seria concomitante às mudanças na idéia de causalidade, da concepção mágica de causalidade à científica. De qualquer modo, a idéia de causalidade faz parte do objeto da filosofia. A própria ‘perspectiva científica’, em grande parte, foi introduzida inicialmente pelos filósofos.
Todavia, certamente não se está nas melhores condições para fazer um estudo proveitoso da filosofia se a encarar principalmente como uma via indireta de acesso à riqueza material. A principal contribuição da filosofia consiste no intangível background intelectual do qual muito dependem o clima espiritual e a feição geral de uma civilização. Nesse sentido, ocasionalmente se desenvolvem ambições ainda maiores. Whitehead, um dos mais expressivos e acatados pensadores modernos, descreve os dons da filosofia como "a capacidade de ver e de prever, aliada a um sentido do valor da vida, ou seja, o sentido da importância que anima todo esforço civilizado". Acrescenta ainda Whitehead que, "quando uma civilização atinge seu auge sem coordená-lo com uma filosofia de vida, difundem-se por toda a comunidade períodos de decadência e monotonia, seguidos pela estagnação de todos os esforços". Para ele, a filosofia consiste em "uma tentativa de esclarecer as crenças que, em última instância, determinam nossa atenção, a qual integra a base de nosso caráter". De um modo ou de outro, pode-se ter como certo que o caráter de uma civilização é enormemente influenciado por sua concepção geral da vida e da realidade. Até pouco tempo, para a maioria das pessoas, essa concepção era proporcionada pelo ensino religioso, mas as próprias concepções religiosas foram muito influenciadas pelo pensamento filosófico. Ademais, a experiência demonstra que as concepções religiosas podem conduzir à loucura, a menos que sejam continuamente submetidas a uma avaliação racional. Os que rejeitam qualquer concepção religiosa devem ter o maior interesse em elaborar uma nova concepção para, se possível, substituir a crença religiosa. E fazê-lo significa engajar-se na filosofia.
Embora não possa substituir a filosofia, a ciência suscita problemas filosóficos. Pois ela não pode dizer que lugar ocupam os fatos com que lida no esquema geral das coisas, não conseguindo nem mesmo esclarecer suas relações com os espíritos que os observam. Nem mesmo pode demonstrar, embora deva admitir, a existência do mundo físico ou a legitimidade do uso dos princípios da indução para prever as prováveis ocorrências futuras ou ultrapassar de alguma forma o que tem sido efetivamente observada. Nenhum laboratório científico pode demonstrar em que sentido os homens têm uma alma, se o universo tem ou não um propósito, se, e em que sentido, se é livre, e assim por diante. Não deseja-se com isso sugerir que a filosofia possa resolver esses problemas; no entanto, se ela realmente não puder, nada mais poderá fazê-lo, sendo certamente válido tentar descobrir ao menos se tais problemas podem ser solucionados. Vê-se que a própria ciência pressupõe continuamente conceitos que subsumem os domínios da filosofia e, da mesma forma que nenhuma ciência pode florescer se não admitir-se tacitamente uma resposta para certas questões filosóficas, não se pode fazer uso mental adequado da ciência, com o intuito de implementar o desenvolvimento intelectual, sem admitir uma visão de mundo mais ou menos coerente. Mesmo as melhores conquistas da ciência moderna não teriam sido alcançadas se os cientistas não tivessem adotado determinadas suposições de grandes e originais filósofos, nas quais basearam todo o seu proceder. A concepção "mecanicista" do universo, que caracterizou a ciência durante os últimos três séculos, é derivada principalmente do filosofia de Descartes. Por ter ocasionado maravilhosos resultados, o esquema mecanicista deve ser, em parte, verdadeiro, ainda que parcialmente inadequado, apressando-se o cientista em buscar no filósofo o necessário auxílio para erigir novo esquema que possa substituir o antigo.
Um segundo serviço inestimável prestado pela filosofia (especialmente pela "filosofia crítica") reside no hábito, por ela estimulado, de promover-se um julgamento imparcial considerando-se todas as facetas de uma questão, e na idéia que ela oferece do que seja a evidência e de que se deve buscar ou esperar de uma prova. Pode ser esse um importante questionamento das inclinações emocionais e das conclusões precipitadas, sendo especialmente necessário, e com freqüência negligenciado, em controvérsias políticas. Se ambos os lados considerassem suas diferenças políticas munidos de espírito filosófico, seria difícil admitir a eventualidade de uma guerra. O sucesso da democracia depende muito da habilidade dos cidadãos em distinguir um bom de um mau argumento, não se deixando enganar por confusões. A filosofia crítica estabelece um padrão ideal para o raciocínio correto e capacita quem a estuda a remanejar argumentos confusos. Talvez seja essa a motivação pela qual Whitehead afirma, na passagem acima citada, que "nenhuma sociedade democrática poderá alcançar êxito sem que a educação geral que a inspire exprima uma perspectiva filosófica".
Na medida em que se admite que certa cautela é desejável ao se afirmar que os homens não deixam de viver de acordo com uma filosofia na qual acreditam, e enquanto atribuir-se a maior parte dos desacertos humanos exatamente à falta desse desejo de sintonia com ideais mais nobres, não dará para negar a extrema relevância de crenças gerais a respeito da natureza do universo e do bem para a determinação da progresso ou da degeneração da humanidade. Algumas partes da filosofia inegavelmente produzem resultados práticos mais expressivos, mas não deve-se por isso incorrer no erro de supor que a aparente inexistência de um suporte de ordem prática para determinado campo de estudo implica que a investigação desse campo seja destituída de sentido prático. Conta-se que um cientista, que costumava jactar-se de desprezar a dimensão prática de toda pesquisa, disse certa vez a respeito de uma:"0 melhor disso tudo é que ela possivelmente não revelará qualquer utilidade prática para quem quer que seja." Todavia, essa linha de pesquisa acabou levando à descoberta da eletricidade. De modo similar, estudos filosóficos por demais acadêmicos e aparentemente destituídos de utilidade prática terminam por exercer profunda influência sobre a visão de mundo, chegando até mesmo a afetar, em última instância, a ética e a religião que se adota. Pois as diferentes partes da filosofia, os diferentes elementos que compõem a visão de mundo, deveriam integrar-se. Tal é pelo menos o objetivo, nem sempre alcançável, de uma boa filosofia. Sendo assim, conceitos à primeira vista muito distanciados de qualquer interesse de ordem prática podem vir a afetar de modo vital outros conceitos que envolvem mais de perto a vida diária.
Pode-se compreender agora o motivo pelo qual a filosofia não precisa recear a questão de ter ou não valor prático. Deve-se ao mesmo tempo dizer que não aprova-se de modo algum uma concepção puramente pragmática da filosofia. A filosofia merece ser valorizada por si própria, e não por seus efeitos indiretos de ordem prática. E a melhor maneira de se assegurar esses bons efeitos práticos é se dedicar à filosofia pela filosofia. Para encontrar a verdade, precisa-se buscá-la desinteressadamente. E o fato de a encontrar se revelará muito útil do ponto de vista prático. Não obstante, uma preocupação prematura com seus efeitos práticos só dificultará a busca do que é de fato verdadeiro. Muito menos pode-se fazer desses efeitos práticos o critério de sua verdade. As crenças são úteis porque são verdadeiras, e não verdadeiras porque são úteis.
PRINCIPAIS DIVISÕES DA FILOSOFIA
Tradicionalmente, a filosofia se divide em cinco áreas:
1. Lógica, que estuda o método ideal de pensar e investigar; 
2. Metafísica, que estuda a natureza do Ser (ontologia), da mente (psicologia filosófica) e das relações entre a mente e o ser no processo do conhecimento (epistemologia);
3. Ética, que estuda o Bem, o comportamento ideal para o ser humano; 
4. Política, que estuda a organização social do homem; 
5. Estética, que estuda a beleza e que pode ser chamada de filosofia da Arte.
Convém concluir lembrando que a ciência e o pensamento científico se originaram com a filosofia na Grécia da Antigüidade. Com o passar do tempo, certas áreas da especulação filosófica, como a matemática, a física e a biologia ganharam tal especificidade que se separaram da filosofia. 
FILOSOFIA E SABEDORIA PRÁTICA
A filosofia está associada tanto ao saber teórico quanto à sabedoria prática, à qual se alude através de expressões do tipo "considerar filosoficamente as coisas". De fato, o sucesso da filosofia teórica não oferece qualquer garantia de que será filósofo no sentido prático ou de que agiré e sentirá de modo correto sempre que se envolver em determinadas situações práticas. Uma das doutrinas favoritas de Sócrates é a de que sempre se pode fazer o bem desde que se saiba o que é o bem; não obstante, isso só é verdade se acrescentar ao significado do termo "saber" uma adequada nitidez emocional daquilo que se sabe do ponto de vista teórico. 0 fato de saber (ou acreditar) que fazer algo que se deseja iria acarretar muito mais sofrimento a uma outra pessoa do que prazer para si mesmo, sendo, em conseqüência, não-recomendável, não impede, todavia, de praticar tal ação, pois a idéia de causar sofrimento poderia parecer menos repugnante que a de perder aquilo que se cobiça. Na medida em que é inteiramente impossível a qualquer ser humano sentir o sofrimento alheio com a mesma intensidade que os seus, ocorre sempre a possibilidade de ser tentado a abandonar os deveres, fazendo-se necessário não apenas o conhecimento, mas também o exercício da vontade. Nem se é constituído de modo a ser sempre fácil, quando se é abandonado à própria moral, se opor a um forte desejo, ainda que disso dependa a própria felicidade. A filosofia não é garantia de conduta correta ou do perfeito ajustamento das emoções às crenças filosóficas. Nem mesmo do ponto de vista cognitivo é ela capaz de dizer o que se deve fazer. Para isso, precisa-se, além de princípios filosóficos, não só do conhecimento empírico dos fatos relevantes e da capacidade de prever as prováveis conseqüências, mas também de um insight da situação particular, de maneira a se poder aplicar adequadamente os princípios.
WEB AULA 1
Unidade 2 – A política educacional, as práticas educativas e as teorias pedagógicas no contexto histórico da sociedade brasileira 
 
Sabemos que a sociedade está em constante mudança. Essas mudanças refletem-se na escola e exigem que nós, professores estejamos sempre atualizados e preparados para atender o aluno que chega à escola hoje. Vivemos num contexto de globalização, no qual as produções são socializadas rapidamente, a troca de informações é rápida e de fácil acesso e podemos estar conectados ao mundo todo em poucos segundos. Nesse universo de vastidão de informações, precisamos refletir sobre como as pessoas entendem as mudanças, como se adéquam às novas exigências, qual é o espaço e a função da escola nessa sociedade.
  
A atividade da escola centra-se em ensinar, em preparar a criança para o desenvolvimento e aquisição de habilidades físicas, intelectuais e manuais necessárias à continuidade da escolarização. Essa escola necessita de professores compromissados, no sentido de apresentarem possibilidade de ensino e aprendizagem eficiente, significativa, libertadora e que atenda ao novo perfil de aluno.
 
O texto parte do princípio que o trabalho docente é uma das modalidades específicas da prática educativa e educação uma prática social que acontece numa grande variedade de instituições e atividades humanas. Situa a pedagogia e a didática da formação do professor e apresenta as contribuições das diversas áreas de fundamentos para essa formação.
As práticas educativas nem sempre ocorrerem da mesma forma na escola, mas, foram tomando corpo ao longo da história da educação brasileira, sendo que influenciaram e sofreram influências da sociedade, da constituição de novo modelo econômico, político, cultural, entre outros. A educação, em especial, a educação formal ou escolar, reflete o contexto de cada época, visto que está inserida em um determinado tempo histórico, num determinado espaço geográfico, relegado a um grupo social, marcado por questões econômicas e culturais. Assim, as práticas educativas servem um contexto, a uma sociedade e a uma época histórica.
Para que se organize o ensino em qualquer país, são necessárias leis que o regem. No Brasil temos no contexto atual a Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB n. 9394/96, que é a lei magna da educação no nosso país. Essa lei foi instituída em 1996, após a implantação da Constituição Federal de 1988, que é a Lei máxima do país. A Constituição Federal de 1988 traz um capítulo específico dedicado à educação, no qual trata a educação como um direito social, junto com a saúde, alimentação, trabalho, a moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados. Apresenta a educação como direito que visa ao pleno desenvolvimento da pessoa, preparando-a para o exercício da cidadania e para a qualificação no trabalho.
  
Preconiza que é um dever de todos, do Estado e da família e assegura que seja promovida e incentivada com a colaboração da sociedade. Leia o capítulo da Constituição Federal sobre educação e veja como, na nossa sociedade atual são apresentados os princípios e organização da educação.
No entanto, a Constituição Federal versa sobre toda a organização da sociedade brasileira, regulamentando os direitos e deveres do cidadão em todos os setores. Assim, para organizar a educação especificamente, há a necessidade de uma legislação própria, que é a LDB 9394/96.
WEB AULA 1
Unidade 2 – A política educacional, as práticas educativas e as teorias pedagógicas no contexto histórico da sociedade brasileira 
 
Sabemos que a sociedadeestá em constante mudança. Essas mudanças refletem-se na escola e exigem que nós, professores estejamos sempre atualizados e preparados para atender o aluno que chega à escola hoje. Vivemos num contexto de globalização, no qual as produções são socializadas rapidamente, a troca de informações é rápida e de fácil acesso e podemos estar conectados ao mundo todo em poucos segundos. Nesse universo de vastidão de informações, precisamos refletir sobre como as pessoas entendem as mudanças, como se adéquam às novas exigências, qual é o espaço e a função da escola nessa sociedade. 
 
A atividade da escola centra-se em ensinar, em preparar a criança para o desenvolvimento e aquisição de habilidades físicas, intelectuais e manuais necessárias à continuidade da escolarização. Essa escola necessita de professores compromissados, no sentido de apresentarem possibilidade de ensino e aprendizagem eficiente, significativa, libertadora e que atenda ao novo perfil de aluno.
 
O texto parte do princípio que o trabalho docente é uma das modalidades específicas da prática educativa e educação uma prática social que acontece numa grande variedade de instituições e atividades humanas. Situa a pedagogia e a didática da formação do professor e apresenta as contribuições das diversas áreas de fundamentos para essa formação.
As práticas educativas nem sempre ocorrerem da mesma forma na escola, mas, foram tomando corpo ao longo da história da educação brasileira, sendo que influenciaram e sofreram influências da sociedade, da constituição de novo modelo econômico, político, cultural, entre outros. A educação, em especial, a educação formal ou escolar, reflete o contexto de cada época, visto que está inserida em um determinado tempo histórico, num determinado espaço geográfico, relegado a um grupo social, marcado por questões econômicas e culturais. Assim, as práticas educativas servem um contexto, a uma sociedade e a uma época histórica.
Para que se organize o ensino em qualquer país, são necessárias leis que o regem. No Brasil temos no contexto atual a Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB n. 9394/96, que é a lei magna da educação no nosso país. Essa lei foi instituída em 1996, após a implantação da Constituição Federal de 1988, que é a Lei máxima do país. A Constituição Federal de 1988 traz um capítulo específico dedicado à educação, no qual trata a educação como um direito social, junto com a saúde, alimentação, trabalho, a moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados. Apresenta a educação como direito que visa ao pleno desenvolvimento da pessoa, preparando-a para o exercício da cidadania e para a qualificação no trabalho.
  
Preconiza que é um dever de todos, do Estado e da família e assegura que seja promovida e incentivada com a colaboração da sociedade. Leia o capítulo da Constituição Federal sobre educação e veja como, na nossa sociedade atual são apresentados os princípios e organização da educação.
No entanto, a Constituição Federal versa sobre toda a organização da sociedade brasileira, regulamentando os direitos e deveres do cidadão em todos os setores. Assim, para organizar a educação especificamente, há a necessidade de uma legislação própria, que é a LDB 9394/96.
A escola nova surgiu no Brasil início do século XX em contraposição à tendência tradicional. O Brasil tinha nesse período altos índices de analfabetismo, a educação era deixada em segundo plano e a sociedade exigia que um maior número de pessoas tivesse acesso à escola. A teoria escolanovista, fundamenta-se nas descobertas da Psicologia acerca da natureza da criança, valoriza a liberdade e a atividade da criança e pensa a educação como projeto nacional. A escola é defendida para todos e proclamada democrática. Defendem a necessidade de elevar os conhecimentos úteis à vida e ao trabalho, bem como a formação e o desenvolvimento da personalidade, além do escrever, ler e contar. O professor estabelece com o aluno uma relação mais democrática, procura tornar-se facilitador da aprendizagem. Incentiva, orienta, organiza o ensino, adequando às características individuais do aluno e ofertando situações que contribuam com a construção do conhecimento através de pesquisas e experiências. O aluno é o centro do processo ensino e aprendizagem, sendo ativo e participativo. Os conteúdos são selecionados a partir do interesse do aluno e organizados em torno de "centros de interesse". A metodologia atende ao método psicológico, com atividades centradas no aluno, trabalho em grupo, pesquisas, jogos/participação, experiências, visto que o importante é aprender a aprender. A avaliação enfatiza a participação do aluno, a qualidade dos conhecimentos aprendidos e o desenvolvimento do processo. Valoriza-se a autoavaliação, a participação, a colaboração e o respeito ao próximo.
  
Não deixe de assistir aos dois vídeos que são uma sequência. Parte do ano de 1932 e a publicação do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, nos principais jornais do país. Exibe trechos do documento em uma montagem de programa de rádio da época e de cinejornal, complementado de discussões acerca dos ideais da escola, expressas no manifesto dos pioneiros da educação. A escola nova trouxe contribuições à educação brasileira e permanecem influenciando as escolas até hoje. Porém, não se efetivou como modelo de ensino.
Tivemos no período de 1937 a 1945 a ditadura Getúlio Vargas que implantou uma constituição federal com ditatorial. Nesse período os ideais da escola nova foram abortados e permaneceram se alastrando de forma encoberta. As ideias democráticas voltaram à tona no período desenvolvimentismo, a partir de 1951 com a política educacional adotada pelo então presidente da república Juscelino Kubitschek (J.K.) que atrelou a educação às necessidades do desenvolvimento. Nesse período a escola centrou-se no ensino da escrita, leitura e cálculo.
 
Assista ao vídeo que explica como e porque os pioneiros da educação foram "convocados novamente" a lançarem um novo Manifesto em favor da Educação Nova, em 1959. O vídeo situa a primeira Lei de Diretrizes e Bases a Educação Brasileira a LDB n. 4024/61, explicitando o contexto no qual ela foi promulgada. Depois de assistir ao vídeo, vamos mais uma tendência pedagógica que marca a prática educativa, a partir de uma teoria educacional.
A tendência tecnicista firmou-se no mundo em meados do século XX. Inspira-se na teoria behaviorista e na abordagem sistemática de ensino. Parte do pressuposto da neutralidade científica. No Brasil, permeou a política educacional a partir do golpe de 1964, quando os militares assumem o poder e implantam uma nova ditadura. Na educação prevalece a preponderância dos aspectos organizacionais do sistema de ensino. Voltada para a racionalidade, eficiência e produtividade de ensino. Volta-se à formação técnica, alienante e desvinculada de crítica social. A escola é vista como uma organização de modelo empresarial (burocratizada), articulada com o sistema produtivo para aperfeiçoamento do sistema capitalista que provê a formação de indivíduos para o mercado de trabalho, de acordo com as exigências da sociedade industrial e tecnológica. Há a separação entre planejamento e execução. É Nesse período é implantada a LDB 5692/71 que reforma a antiga (LDB n. 4024/61) que alinha o sistema educacional aos objetivos do Estado capitalista militar, por meio da subordinação da educação à produção capitalista. A lei institui nova estrutura e funcionamento do ensino com a extensão da escolaridade obrigatória de 4 para 8 anos, obrigatoriedade do ensino de 2º grau profissionalizante, com caráter utilitarista e técnico que visava a atender às exigências do mercado de trabalho e o discurso da política educacional com aparência de igualdade de oportunidades e mascaramento da realidade. O professor é o técnico que organiza e aplica procedimentos que garantem a eficiência e a eficácia do ensino, estabelecendo com o aluno relação onde ele planeja e o aluno executa.O aluno é passivo e deve percorrer os passos estipulados nos procedimentos de ensino e apresentar os comportamentos esperados. Os conteúdos são baseados nos princípios científicos, com informações, princípios e leis, estruturados de acordo com os objetivos e sistematizados em materiais instrucionais como manuais, livros didáticos e apostilas. A metodologia ganha destaque no processo, enfatizando a instrução programada, a tecnologia de ensino, os módulos instrucionais, as máquinas de ensinar e os recursos audiovisuais. A avaliação possui ênfase no processo e no produto, na valorização dos aspectos cognitivos, afetivos e psicomotores.
Não deixe de assistir a esses dois vídeos sobre o tecnicismo no período da história do Brasil que foi marcado por atos de censura e repressão política e ideológica. Os militares tinham um projeto de desenvolvimento para o país e precisavam modificar a Educação.
É importante considerarmos ainda, que em 1982 a Lei nº 7044/82 acabou com a obrigatoriedade da profissionalização do 2º grau, tornando facultativo o ensino de segundo grau e possibilitando a formação geral nesse nível de ensino.
A Tendência tecnicista teve seu ápice no final da década de 60 e anos 70, com a ditadura militar. Com a instituição de um novo período democrático, esse modelo educacional baseado na racionalidade técnica passou a ser muito criticado. Nesse contexto emergiu a pedagogia de cunho progressista que vamos conhecer um pouco mais a partir de agora.
A tendência progressista mais difundida no Brasil é a pedagogia libertadora de Paulo Freire que influenciou a educação básica mas, permaneceu mais vinculada à educação de Jovens e Adultos (EJA) e a pedagogia histórico-crítica ou crítico-social dos conteúdos, defendida por Saviani, Libâneo e outros.  Consolidou-se na década de 80. Na educação, há a preponderância dos aspectos pedagógicos de propostas voltadas para os interesses da maioria da população, à emancipação e transformação da sociedade. É pela educação que se possibilita a compreensão da realidade histórico-social e explicita o papel do sujeito construtor/transformador da sua realidade. A ação educativa pressupõe uma articulação entre o ato político e o ato pedagógico. A escola deve ser organizada para atender a todos igualmente, ser socializadora dos conhecimentos e espaço social responsável pela apropriação do saber universal. O professor é mediador entre o saber e o aluno. É, ainda, a autoridade competente que conduz o processo ensino-aprendizagem, interfere e cria condições necessárias à apropriação do conhecimento. Promove situações de aprendizagem e estabelecendo com o aluno relação permanente pelo diálogo, debate e reflexão. O aluno é participante e uma pessoa concreta que determina e é determinado pelo social/ político/econômico/histórico (individual). É estimulado a estudar. Devendo dominar criticamente os conteúdos. Prevalece uma interação professor-aluno-conhecimento e contexto histórico-social. Os conteúdos são culturais e universais, incorporados pela humanidade (clássicos), permanentemente reavaliados face às realidades sociais. São selecionados a partir da cultura: ciências, filosofia, arte, política, história etc e constituem instrumentos de luta para a transformação social. A metodologia decorre das relações estabelecidas entre conteúdo, método e concepção de mundo. Contempla os saberes trazidos pelo aluno com o saber elaborado confrontando-os. Envolve discussão, debates, leituras, aula expositivo-dialogada, trabalhos individuais e trabalhos em grupo, com elaboração de sínteses Integradoras e utilização de todos os meios que possibilitam a apreensão crítica dos conteúdos. O importante é a apropriação para a superação. A avaliação é voltada para o domínio crítico dos conteúdos. Formação da cidadania e transformação da realidade. Preocupada com a superação do senso comum. Possui função diagnóstica, sendo permanente e contínua. É utilizada como meio para obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para a intervenção/reformulação desta prática e dos processos de aprendizagem.
A pedagogia progressista dos anos 80/90 tem fundamentado pedagogias contemporâneas centradas na formação do sujeito crítico, consciente, autônomo, capaz de pensar seu próprio pensamento, atuar na sociedade e transformá-la com vistas a atender as necessidades do coletivo.
 
Assista ao trecho de palestra proferida por Dermeval Saviani, na qual é abordada a relação entre teoria e prática na Pedagogia Histórico-Crítica. Assim poderá fundamentar melhor seu conhecimento sobre essa tendência pedagógica.
Para finalizar seu estudo sobre as teorias educacionais e as tendências pedagógicas leia o texto indicado abaixo:
  
Nesse texto Demerval Saviani apresenta, de forma resumida, as concepções pedagógicas na história da educação brasileira, tendo como eixo ordenador a oposição entre teoria e prática.
Assista ainda o vídeo indicado a seguir que explica, sucintamente, como a educação no Brasil se desenvolveu desde a época dos jesuítas até os tempos atuais.
 
 
WEB AULA 2
Unidade 2 – A Organização do Sistema Escolar 
Enquanto professores precisamos ter claro que a educação tem que contribuir positivamente com o processo de desenvolvimento humano. Tanto no espaço escolar como no trabalho em sala de aula, precisamos ter a preocupação com nossa formação no sentido de propiciar embasamento crítico e reflexivo sobre o contexto atual. Assim, precisamos conhecer como está estruturado o sistema educacional brasileiro a partir da legislação.
  
De acordo com Saviani (2007), o sistema educacional depende de uma política que trabalhe em favor das classes populares para que o real papel da escola como socializadora do conhecimento sistematizado seja desenvolvido.
Antes de iniciar a discussão sobre a organização atual do sistema educacional brasileiro, sugerimos que leia o texto abaixo indicado que apresenta uma revisão contextual dos antecedentes históricos que delimitam o surgimento das legislações educacionais e os reflexos dos condicionantes políticos e econômicos no processo de redemocratização da educação nacional. Assim, pode contribuir com sua compreensão sobre a organização atual do sistema.
  
De acordo com a LDB 9394/96, o Sistema de Ensino brasileiro, define as normas da gestão democrática do ensino público na Educação Básica, seguindo suas peculiaridades e princípios.
Dentre os princípios destacados, a lei demonstra que deve haver gestão democrática com a participação da comunidade escolar e local, ou seja, dos profissionais da educação, na elaboração dos documentos da escola tais como: Regimento Escolar, Projeto Político Pedagógico, Regulamento Interno da instituição de ensino, bem como participação no Conselho Escolar.
Os Sistemas de Ensino devem assegurar às unidades escolares públicas de Educação Básica, autonomia pedagógica e administrativa além da gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. Ao tratar sobre os Sistemas de Ensino, a lei assegura e define em Federal, Estadual e Municipal, acolhendo em sua composição instituições (escolas) e órgãos por ela mantidos (secretarias). Compõe o sistema de ensino escolas públicas (mantidas e administradas pelo poder público) e as instituições privadas (mantidas e administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado).
A LDB 9394/96 contempla uma divisão das escolas privadas em particulares, mantidas por um ou um grupo de mantenedores de iniciativa privada; comunitárias, mantidas por representantes da comunidade, inclusive cooperativas de professores e alunos; confessionais que são orientadas por uma ideologia comportamental ou religiosa e as filantrópicas que são ligadas a alguma causa humanitária.
Para compreender melhor a organização do sistema educacional brasileiro, leia o texto abaixo indicado, pois apresenta de forma organizada essa estrutura.
Para saber mais sobre a organização do sistema educacional leia o texto SISTEMA EDUCATIVO NACIONALDE BRASIL, disponível em: http://www.oei.es/quipu/brasil/estructura.pdf
Vamos agora conhecer os níveis e modalidades do sistema educacional brasileiro, conforme a lei atual, a LDB 9394/96.
 
Níveis e Modalidades de Ensino
Composição da educação básica
 
Segundo a LDB 9394/96, a educação escolar é dividida em níveis e modalidades de Ensino.  Quanto aos níveis, temos as seguintes etapas: educação básica e ensino superior. A Educação Básica é composta pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Vamos conhecer mais profundamente a educação básica. Iniciamos nossa reflexão tratando da Educação Infantil. 
A Educação Infantil é entendida como a primeira etapa da Educação Básica, tendo como finalidade complementar a ação da família, auxiliando no desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, destacando os seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. O atendimento à criança deve ser dado nos Centro de Educação Infantil – CEI. O acompanhamento desde os primeiros meses de vida se inicia no berçário, creche (0 a 03 anos), seguindo até o pré-escolar (03 a 05 anos).
O Ensino Fundamental dentre os diversos objetivos assegurados na lei, deve prestar atendimento e colaborar para a formação básica do cidadão, contribuindo para seu domínio da leitura, escrita e cálculo, dentre outros. O atendimento ao aluno do Ensino Fundamental deve acontecer em duas fases: 1ª Fase (compreende de 06 a 10 anos - 1º a 5º ano) deve ser acompanhada pelo Município, enquanto que a 2ª Fase (compreende dos 11 a 14 anos - 6º a 9º ano), devendo ser acompanhada pelo Estado. É nessa 2ª fase que ficam alocados os professores licenciados, junto com o ensino médio.
O atendimento no ensino regular é dado aos alunos inclusive oriundos ou contemplados em outras modalidades de ensino, tais como: Educação no Campo, Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, Educação Indígena, Educação Prisional.
O Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica. Atende o aluno desde os 14 anos até a idade adulta, isto é, após a conclusão do ensino fundamental. No ensino médio, a escola deve propiciar oportunidade para que o aluno seja capaz de adaptar-se em diferentes contextos, desenvolver sua autonomia intelectual e pensamento crítico com o objetivo de dentre outras situações, habilitar-se profissionalmente, visando prosseguimento nos estudos. Para isso a instituição de ensino poderá preparar o aluno para o exercício de profissões técnicas, ofertando cursos em seu ambiente escolar ou mesmo em parceria com instituições especializadas em educação profissional.
Tanto o ensino fundamental como médio atendem alunos oriundos de outras modalidades de ensino tais como: Educação no Campo, Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, Educação Indígena, Educação Prisional. Alunos da Educação Especial devem ser atendidos desde a educação infantil: Deficiente Físico, Visual, Auditivo, Cognitivo, Transtornos Mentais, Emocionais, Dependentes Químicos, entre outros. No tocante ao discurso da Diversidade os profissionais devem buscar formas de combate ao preconceito, discriminação envolvendo Raça/Etnia: índios, Negros, Brancos, Ciganos, Asiáticos, Quilombolas, Homossexuais, Adolescentes, Jovens, Adultos, Terceira Idade, Analfabetos, Migrantes, Profissionais do sexo, Privado de Liberdade ou outros.
Agora que você já conhece a estrutura atual do sistema de ensino brasileiro, reflita por que é importante o professor conhecer a escola. Reforce mais seu conhecimento sobre a atuação do professor na sala de aula e sua formação.
  
Quando pensamos na prática educativa, precisamos pensar no nosso papel de professor e como atuamos na sala de aula. Isso significa articular o conhecimento teórico com a prática. Sobre a atuação do professor na sala de aula você, que viu o vídeo, concorda como professor Vasconcellos?
Vamos agora conhecer o segundo nível da educação no Brasil, o Ensino Superior.
O segundo nível da educação no Brasil é o ensino superior. É composto por cursos de tecnólogo, graduação (licenciatura e bacharelado), especialização, mestrado, doutorado, pós-doutorado. Os Cursos podem apresentar um caráter profissional ou de pesquisador, entre outros.
As modalidades em educação constituem formas de ofertas diferenciadas da oferta regular, que são destinadas a atender um público específico, ou seja, com características próprias. Servem para diversificar a oferta e atender um número maior de pessoas com interesses diferentes.
  
A LDB 9394/98 apresenta como modalidades de ensino na educação básica:
• Educação especial: que é ofertada, preferencialmente, na rede regular de ensino (educação inclusiva), para quem possui necessidades especiais. Para conhecer mais, pesquise sobre a inclusão na escola regular.
• Educação de jovens e adultos: é a modalidade de ensino nas etapas do ensino fundamental e médio, destinada àqueles que, por razões diversas, não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. Inclui ainda alfabetização de adultos.
Educação profissional ou técnica: É destinada ao aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental, médio e superior, bem como ao trabalhador em geral, jovem ou adulto.
Educação a distância: constitui a oferta de cursos regulares de forma não presencial, com apoio das tecnologias da informação e da comunicação. Mais utilizada hoje no ensino superior.
Veja o vídeo intitulado "a articulação entre níveis e modalidade de ensino na educação básica", no qual o professor Ademilson Soares discute a importância da articulação entre níveis e modalidades de ensino no cotidiano de cada unidade escolar de educação básica.

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