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PESSOA NATURAL 2

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PESSOA NATURAL – 2ª PARTE
O NOME CIVIL
O nome civil é a designação pela qual se identificam e distinguem as pessoas naturais, nas relações concernentes ao aspecto civil da sua vida jurídica. É o sinal exterior pelo qual são reconhecidas e designadas as pessoas, no seio familiar e social. É o elemento externo distintivo da personalidade jurídica da pessoa. O nome Civil é o principal elemento identificador dos indivíduos no seio social,  é regulado pelo Código Civil e pela Lei n. 6.015/73 - Lei de Registros Públicos ).
Elementos componentes do nome civil 
Prenome: próprio da pessoa
Sobrenome, patronímico ou apelido de família: identifica a procedência da pessoa, indicando sua filiação ou estirpe.
Agnome: sinal distintivo entre pessoas da mesma família, que se acrescenta ao nome completo
Apelido: criado a partir de elementos do próprio nome
Epíteto: é um substantivo, adjetivo ou expressão que se associa a um nome para qualificá-lo, enaltece algum feito da pessoa
Alcunha: apelido criado por feitos puníveis - por feitos penalmente puníveis
Hipocorístico: é uma forma carinhosa de apelidar as pessoas
Pseudônimo: para o exercício de um a atividade específica
O pseudônimo, assim como o nome verdadeiro, goza da proteção da lei quando usado para fins lícitos (art. 19 do Código Civil).
O REGISTRO CIVIL do nascimento da pessoa natural dota de formalidade e publicidade aquele fato jurídico que é o nascimento com vida, início da personalidade civil; apresenta o indivíduo à sociedade, dando eficácia à sua personalidade. O registro de nascimento da pessoa natural é declaratório porque não é o registro que cria a personalidade que é adquirida com o nascimento com vida 
O ESTADO CIVIL
Ao nascer, como ao longo da existência, a pessoa possui determinadas características que a qualificam juridicamente. Ao complexo de atributos, com efeitos jurídicos, que determina a condição da pessoa perante a sociedade, chamamos estado. Diz-se estado civil a posição jurídica que alguém ocupa, em determinado momento, dentro do ordenamento jurídico. O estado nasce de fatos jurídicos, como o nascimento, a idade, a filiação, a doença; de atos jurídicos, como o casamento, a emancipação; de decisões judiciais, como a separação, o divorcio, a interdição. Tais circunstancias levam a caracterização de três estados: o familiar, o político e o pessoal ou individual. 
O estado civil indica posição da pessoa na família e na sociedade política.
Estado individual: é o modo de ser da pessoa quanto à idade, sexo, cor, altura, saúde (são ou insano e incapaz) etc. aspectos que exercem influência sobre a capacidade civil.
Estado Familiar: é o que indica a sua situação na família, em relação ao matrimônio (solteiro, casado, viúvo, divorciado) e ao parentesco por consanguinidade (pai, filho, irmão, avô), ou por afinidade (sogro, sogra, cunhado etc.)
Estado político: é a qualidade que advém da posição do indivíduo na sociedade política podendo ser nacional (nato ou naturalizado) e estrangeiro. (CRFB/88 art. 12) 
Para o direito civil, importa o estado do indivíduo de filho, de solteiro, casado, viúvo, separado ou divorciado – tudo isso gera efeitos jurídicos no âmbito do direito de família –, como também importa o estado de maior idade, menor idade, emancipação, interdição, ausência, sexo masculino ou feminino – gerando efeitos no âmbito dos direitos da personalidade. O estado político, de brasileiro ou estrangeiro, importa ao direito constitucional. Em relação ao nosso estudo, destaca-se o estado individual, em que se enquadra o sexo (status sexual). 
O ESTADO INDIVIDUAL, em geral, é atributo da personalidade, ou seja, a integra. E, por isso, é protegido pelos direitos da personalidade. Além disso, “é também objeto de um direito subjetivo, o direito de estado, que protege o interesse da pessoa no reconhecimento e no gozo desse estado” O estado individual constitui um direito absoluto, oponível a toda a sociedade, que, portanto, todos devem respeitar; e público por ser reconhecido e protegido pelo Estado.
ALTERAÇÃO DO REGISTRO CIVIL
Transexual é aquele que sofre uma dicotomia físico-psíquica, possuindo um sexo físico, distinto de sua conformação sexual psicológica; é aquele que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde- OMS, sofre de Transtorno de Identidade de Gênero.
Existe um interesse juridicamente relevante no gozo da identidade sexual. O conteúdo de tal interesse da pessoa é representado, essencialmente, no reconhecimento, sob todos os aspectos da vida social, privada e pública, como sendo a mesma pertencente ao próprio sexo. Com o transexual isso não acontece. Então, a principal inadequação é a factual com a jurídico-formal. Se o registro tem publicidade, autenticidade, eficácia, não existe reconhecimento social da situação daquele indivíduo, do seu estado. A identidade sexual transcende o aspecto morfológico, está no campo de se pertencer a determinado gênero sexual que se externa com o comportamento. A identidade sexual integra a identidade pessoal. 
Mudança de estado no registro civil – procedimento especial de jurisdição voluntária perante o juízo de Família. RS e SP decisões favoráveis à mudança do nome e do sexo no registro civil do transexual que passou por cirurgia de transgenitalização invocando os direitos fundamentais constitucionais da inviolabilidade, da intimidade, vida privada da honra e da imagem das pessoas. “ a utilização de nome masculino por transexual que se submeta a cirurgia de mudança de sexo o expõe ao ridículo, razão pela qual admite-se a modificação para o prenome feminino”.
O Estado Civil: a questão do transexual 
O Professor José Maria Leoni, sobre o direito à identidade, citando Lorenzetti, sinaliza que o indivíduo possui identidade estática e dinâmica. “A identidade estática compreende o nome, a identificação física, a imagem. Isto está protegido pelas leis referentes ao nome, à capacidade e ao estado civil’”. Essa é, então, a resguardada pelo direito à identidade. O direito à identidade sexual como direito à identidade pessoal, constitui direito da personalidade.
DOMICÍLIO CIVIL
O conceito de Domicílio Civil da pessoa natural é determinado pela combinação dos artigos 70 e 71 do CC. Apenas encontraremos o domicílio civil se preenchermos os dois requisitos determinados no artigo 70 do NCC que são: 
Residência - é o objeto do conceito, sendo este palpável. É o elemento externo e visível. Ex: uma casa, um prédio, um apartamento.
Ânimo definitivo - este é o elemento interno do domicílio civil. Sendo evidenciado por reflexos do indivíduo que demonstram seu interesse em permanecer em tal domicílio. Ex: receber correspondência, receber as contas.
CONCEITO DOUTRINÁRIO
Domicílio é a sede jurídica da pessoa , onde ela se presume presente para efeitos de direito e onde pratica habitualmente seus atos, e negócios jurídicos. (Carlos Roberto Gonçalves).
Domicílio da pessoa natural “é o lugar onde ela, de modo definitivo, estabelece a sua residência e o centro principal da sua atividade” (Clóvis Beviláqua).
DOMICÍLIO – RESIDÊNCIA – HABITAÇÃO
habitação, moradia ou estada: – local onde se está acidentalmente, sem ânimo de lá permanecer (casa de praia);
residência: - é o lugar onde a pessoa habita com intenção de permanecer, mesmo que se ausente eventualmente; (casa, apartamento, edifício etc)
domicílio: é o centro habitual de negócios jurídicos da pessoa, a sua sede jurídica.
Pluralidade de domicílio: art. 71, CC
Domicílio ocasional ou aparente: art. 73, CC.
INPORTÂNCIA DO DOMICÍLIO
É de interesse do próprio Estado que o indivíduo permaneça em determinado local no qual possa ser encontrado, para que assim seja possível se estabelecer uma fiscalização quanto as suas obrigações fiscais, políticas, militares e policiais. No campo do Direito Internacional Privado, é o domicílio, na maioria das legislações, que irá solucionar a questão sobre qual lei deve ser aplicada ao caso concreto. O domicílio, como salientou Roberto Grassi Neto, "tem especial importância para a determinação da lei aplicável a cada situação, para determinaçãodo lugar onde se devem celebrar negócios e atos da pessoa, e onde deve ela exercer direitos, propor ação judicial e responder pelas obrigações“.
A pluralidade de domicílio - É admitida pela nossa legislação quando a pessoa natural tiver mais de uma residência, pois cada uma delas será considerado domicílio dessa pessoa. Se um réu tiver vários domicílios, poderá ser acionado em qualquer um deles. 
Na configuração traçada pelo Código Civil, fala-se em: 
a) domicílio da pessoa natural; 
b) domicílio da pessoa jurídica, de direito público interno ou de direito privado; 
c) domicílio necessário; 
d) domicílio legal; 
e) domicílio eleito.
DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL
o local em que estabelece a sua residência com ânimo definitivo; e 
b) o local em que pratica a sua atividade profissional. 
Se a profissão for explorada e exercitada em lugares diversos, em que se lhe concentram os interesses, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. Cabe advertir que não será qualquer emprego ou relação jurídica, por cuja execução se produza atividade laboral, que se capacitará a desenhar o local do trabalho como se domicílio fosse.
domicílio voluntário: decorre de ato livre da vontade do sujeito de direito – art. 74
domicílio legal ou necessário: é fruto de determinação legal e, em atenção a condição especial de certas pessoas. Art. 76 do CC art.1.569 
domicílio especial: pode ser o do contrato. (art. 78 CC) é a sede jurídica especificada no contrato ; e o de eleição (art. 111 CPC) que é o escolhido pelas partes para propositura de ações relativas às referidas obrigações e direitos recíprocos. 
Destaque-se que a pessoa natural pode ter: 
a) mais de um domicílio doméstico; 
b) mais de um domicílio profissional; e 
c) domicílio doméstico e domicílio profissional
O FIM DA PESSOA NATURAL
Morte real – à luz do cadáver - (art. 6°)
Morte simultânea ou comoriência (art.8°)
Morte presumida
Sem declaração de ausência - (art. 7°)
Com declaração de ausência. - (art.6°, segunda parte) 
A morte marca o fim da personalidade física, faz cessar consequentemente a personalidade jurídica. A prova da morte faz-se pelo atestado de óbito ou por ação declaratória de morte presumida, sem decretação de ausência (art. 7º), podendo, ainda, ser utilizada a justificação de óbito prevista no art. 88 da LRP – Lei n. 6.015/73. 
EFEITOS JURÍDICOS DA MORTE
Extingue a personalidade jurídica
Extingue o poder familiar
Dissolve o vínculo matrimonial,
Abertura da sucessão,
Extinção dos contratos personalíssimos,
Extinção da obrigação de pagar alimentos, que se transfere aos herdeiros do devedor.
O de cujus não é susceptível de ser titular de direitos e obrigações
ATENÇÃO: A morte presumida não implica extinção da personalidade. É permitida a abertura da sucessão provisória ou definitiva do desaparecido, para proteção de seu patrimônio.
O art. 77 da LRP permite a justificação de óbito, por meio de testemunhas, de perícia ou de documentos, a ocorrência de morte, bem como o dia, hora e local, para que o juiz, ouvido o promotor de justiça, dê por justificado o óbito, determinando a lavratura do registro respectivo. (cidades de interior). Permite ainda no art. 88 da LRP a justificativa de óbito das pessoas que não se tem mais notícias, desaparecidas em naufrágios, incêndios, inundações, maremotos, terremotos, enfim, em grandes catástrofes. Não se trata de presunção de morte. No entanto, mesmo que acolhida uma justificação nesse sentido, nada impede que a pessoa surja posteriormente sã e salva, o que anula todos os atos praticados com sua morte justificada, protegendo-se os terceiros de boa-fé.
REQUISITOS: prova de que a pessoa estava no local em que ocorreu a catástrofe e de que, posteriormente, não mais há notícias dela.
COMORIÊNCIA
Relevância jurídica
A regra da comoriência tem relevância principalmente nas questões do direito de sucessão. Para que seja aplicada é necessário que tenham morrido juntos parentes que sejam sucessores recíprocos, ou seja, somente interessa saber qual delas morreu primeiro se uma for herdeira ou beneficiária da outra.
AUSÊNCIA
A declaração de ausência objetiva a proteção do patrimônio do desaparecido levando à sucessão provisória e à sucessão definitiva. Os fins do instituto são exclusivamente patrimoniais. O Código aponta que sejam consideradas mortes presumidas as situações que autorizam a abertura da sucessão definitiva (artigos 37 ss.). Ao se analisar o tempo que perdura a ausência, três momentos distintos podem ser destacados, a saber: 
Nesta fase o juiz declara a ausência da pessoa e nomeia-lhe curador . Quando o desaparecimento é recente e a possibilidade de retorno do ausente é, portanto, bem grande, o legislador tem a preocupação de preservar os bens por ele deixados, evitando a sua deterioração. 
Decorrido um ano da data da arrecadação dos bens do ausente, ou três anos no caso de haver sido deixado mandatário constituído, os interessados podem requerer a declaração de ausência e abertura da sucessão provisória do ausente. Mesmo com a abertura da sucessão provisória a probabilidade de volta do ausente, remota, existe. Por isso prevê o Código:
a decisão que declarar a ausência só produzirá efeitos após 180 dias da sua publicação. 
a partilha dos bens deixados será feita, mas para que os herdeiros entrem na posse dos bens recebidos deverão prestar garantias (Art. 30, CC).
c) os bens imóveis do ausente não poderão ser vendidos, salvo exceção do art 31.
d) a renda produzida pelos bens cabentes aos descendentes, ascendentes e ao cônjuge, pertencerá a estes. (Arts. 29 e 33).
Decorridos dez anos do trânsito em julgado da sentença concessiva da abertura da sucessão provisória, é permitido que os interessados requeiram a abertura da sucessão definitiva do ausente, bem como o levantamento das cauções anteriormente prestadas. Tal faculdade será ainda conferida a eles no caso de se provar que o ausente conta com oitenta anos e há mais de cinco anos são suas últimas notícias (art. 38). 
Uma vez imitidos na posse dos bens, os seus herdeiros ficarão responsáveis por representar o ausente em juízo, tanto em relação às ações em curso, quanto em relação àquelas que eventualmente vierem a ser propostas contra ele (art. 32).
Se o ausente aparecer no curso dos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva terá direito aos bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros ou demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.
Voltando após dez anos da abertura da sucessão definitiva perde o ausente o direito aos bens, pois a partilha torna-se irrevogável. Não havendo interessados em requerer abertura da sucessão definitiva, a teor do artigo 39, § único, os bens arrecadados passarão para o domínio do Município ou do Distrito Federal, quando localizados nestas circunscrições, ou para o domínio da União.

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