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DNA BarCoding

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14. O que é DNA barcoding? De exemplos de aplicações.
Proposto em 2003 por Paul Herbert da Universit of Guelph, Ontário, Canadá, o DNA barcoding é um método de classificação que faz uso de um pequeno fragmento de material genético que pode diferenciar entre espécies. Como o nome diz, a ideia é obter um método rápido para identificar um indivíduo e enquadrá-lo em uma classificação de acordo com o seu “código de barras” genético, comparando este a uma base de dados existente ou adicionando uma nova classificação, se for o caso de uma nova espécie.
Certamente não é qualquer fragmento, ou lócus, de DNA que pode ser usado. O ideal é que seja um material genético facilmente mutável de modo que haja uma notável divergência de uma espécie para outra e, além disso, que seja pequeno o suficiente para que se tenha uma análise rápida seguida da comparação com os dados existentes. Embora tenhamos variação na escolha do lócus, alguns padrões são mais comuns na comunidade científica, como por exemplo, o uso da subunidade I da citocromo C oxidase (COI) para eucariotos, uma região com cerca de 660 pares de base.
A COI é encontrada no DNA mitocondrial (mtDNA), que possui uma taxa de mutação relativamente alta. Entretanto, como o mtDNA é de origem materna, fatores como hibridização, troca de genes, patogenias relacionadas ao sexo masculino, dentre outros, podem levar a resultados diferentes dos esperados. Ainda é possível que uma única espécie possua apresente diferentes mtDNA pra diferentes indivíduos ou ainda espécies que podem apresentar o mesmo mtDNA.
Por estes e alguns outros motivos, ainda há certa resistência por parte considerável da comunidade científica e em contrapartida há um grande apoio por conta da outra parcela.
Mesmo ainda não consolidado, o DNA barcoding já traz comodidades de interesse. Enquanto os métodos taxonômicos tradicionais podem levar horas ou até mesmo dias e requerem muitas vezes um especialista treinado, o barcoding pode ser mais rápido e requer menos atenção a detalhes. Por exemplo, suponha que duas diferentes espécies raras de borboletas com colorações características possuam estágios larvais semelhantes, de modo que as larvas sejam quase indistinguíveis. Um taxonomista, ainda que bem treinado, poderia ter alguma dificuldade em classificar tais espécies sem uma dissecação, o que pode não ser viável, por outro lado, a técnica de barcoding poderia identificar as espécies ou ainda diferenciá-las de maneira mais prática de acordo com seu material genético.

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