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HEC004HomensEngenhariaRumosSociais[1]

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Humanidades e CidadaniaHumanidades e Cidadania
Aula 5Aula 5–– Homens, Homens, 
engenharias e rumos sociais. engenharias e rumos sociais. 
Gilberto FreyreGilberto Freyre
• Prof.Dr. Edgard Costa Oliveira 
ecosta@unb.br
Faculdade UnB-Gama
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AgendaAgenda
 Biografia de Gilberto Freyre
 Motivações para reflexão sobre o texto
 Prefácio
 Capítulo I –
 Atividade para dia 30/04
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 Nome: 
Gilberto Freyre
 Nascimento:
15/03/1900
 Natural:
Recife - PE
 Morte:
18/07/1987
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PrefácioPrefácio
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O O queque é é EngenhariaEngenharia parapara FreyreFreyre
 "Engenhar, dizem os dicionários, é inventar, engendrar, maquinar. 
Vem de engenho: faculdade universitária. Da mesma origem é 
engenharia: arte de aplicar conhecimentos científicos ou empíricos 
à criação de estruturas a serviço do homem. Arte ou ciência - em 
sentido mais restrito - do emprego de dispositivos e de processos 
na conversão de recursos naturais ou humanos em formas 
adequadas ao atendimento de necessidades do mesmo homem. 
Sempre engenho, invenção criativa, a serviço do homem. A 
serviço do seu físico. De necessidades físicas. Mas também de 
relações do seu físico com o ambiente. Com a natureza. Mas, indo 
além: a serviço do homem social que inclui o homem econômico, o 
homem político, o homem aprendiz, (existem máquinas de ensinar 
ou de aprender), o próprio homem lúdico ( que são patins, 
raquetes, bastões de jogar golfe, taco de bilhar, senão engenhos 
para fins recreativos?)".
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 A engenharia é o ajustamento do homem físico a:
– Engenhos,
– Máquinas
– Veículos
– Dimensões
– Iluminação
– Aeração de casas de residência e locais de trabalho, ou de lazer ou de 
devoção ou de recreação
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 Conceito moderno de engenharia:
– Aquela arte-ciência que desenvolve a aplicação de conhecimentos, quer
científicos quer empíricos ou intuitivos, à criação e ao aperfeiçoamento de 
estrututras sociais; ou de formas de convivência social: inclusive política ou
econômica.
 O engenheiro social, um certo tipo de :
– político ou
– de estadista ou
– de governante ou
– de empresário ou
– de líder público que:
Em vez de ser apenas improvisador de soluções ou de providências ou de 
iniciativas no setor político ou no empresarial ou no público, desenvolva
soluões, providências, iniciativas à base de observações, experimentos, 
estudos. O que se estende a líderes, operários, militares, religiosos, agrários, 
educacionais, recreativos.
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ExemplosExemplos remotosremotos de eng.de eng.
 A divisão do Brasil, no séc. XVI, em capitanias foi engenharia
social;
 A construção dos primeiros fortes, para a defesa militar da Colônia
foi engenharia física;
 A adaptação de formas européias de corpo humano a redes
ameríndias de dormir, admitidas dimensões antropológicas;
 A substituição do trigo pela mandioca na culinária e o uso de 
frutos, ervas e sucos indígenas, usados pelos nativos, na
engenharia de alimentos;
 Adoção por europeus de um processo de abrasileiramento, 
essencialmente adaptativo, de engenharia humana;
 Defesa contra secas do Nordeste mais árido, por meio da 
tapagem, para represar águas
 Uso das cavernas no Piauí para habitação humana
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O O livrolivro
O livro sugere que dependem das 3 engenharias:
 O desenvolvimento global do homem ou de grupos humanos 
constituiídos em sociedades, de que são exemplos as nacionais
 A preservação, por essas sociedades, dos característicos de seus 
ambientes ou de suas ecologias, com as quais precisam de ajustar 
suas formas de vivência, de convivência e de desenvolvimento 
(global ou específicos)
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A A engenhariaengenharia físicafísica
 Se manifesta em quase todas as coisas técnicas, ou construções, 
a serviço essencial e imediato dos homens: casas pontes, 
instrumentos de trabalho, veículos, eqiupamentos: inclusive o 
cluinário
 Inclui a arquitetura
 Mecanização, da cozinha, da música, do transporte, do teatro em
cinema, do orgânico e do inorgânico (átomo), 
 A standardização
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A A engenhariaengenharia humanahumana
 Se ocupa das relações técnicas ao mesmo tempo que
antropométricas, dos homens com tais coisas.
 Adaptação ao uso humano de espaço, equipamento e ambiente
de trabalho
 Biomecânica
 Ergonomia
 Engenharia psicológica
 De interesse do engenheiro físico, do administrador, do 
antropólogo, do médico, fisiólogo, psicólogo
 Como as atividades motoras e a sua visão e a sua audição se 
relacionam com o trabalho que cada um realiza dentro de um 
grupo social em diferentes situações ligadas às diferentes
ocupações, sociais ou individuais, para um melhor ritmo de 
eficiência mais ou menos vantajoso ao grupo total.
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A A engenhariaengenharia socialsocial
 Se ocupa das inter-relações de ordem social entre homens uns 
com os outros e de métodos com instituições de várias espécies 
dentro de uma sociedade humana;
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QueQue é é engenhariaengenharia
 Uso da palavra engenharia para caracterizar especialidades 
restritas: 
– engenharia médica, por exemplo. 
– Engenharia de alimentos. 
– Engenharia militar e engenharia naval 
São caracterizações já antigas de especialismos ligados a instituicionalizações de 
técnicas de engenharia: da engenharia física.
 Engenharia é toda técnica de manipulação de coisas através de 
máquinas, por coisas podendo-se entender até partes ou órgãos 
do corpo humano susceptíveis de ser controlados, mantidos em 
funcionamento ou reajustados por meios mecânicos. 
 Uma engenharia que, intitulada de humana, regule relações 
extramédicas e não apenas médicas, entre homens e coisas. 
Homens e máquinas. Entre homens e veículos.
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ValorizaçãoValorização do regionaldo regional
 A partir do século XX
– União entre engenheiros e antropólogos, arquitetos e sociólogos, entre 
pensadores e cientístas, entre cientistas e artistas, entre poetas e homens dos 
chamados práticos. 
– Por quê? Porque engenheiros, consturtores, industriais começaram a 
aperceber-se de que a engenharia, para bem desempenhar suas funções, 
precisava de corresponder a necessidades especificamente regionais –
condições de clima, predominâncias de tipos antropológicos, predominancias 
de heranças culturais já integradas em meios físicos – ao mesmo tempo que 
exprimir-se em linguagem, ou através de formas, em grande parte universais.
– É uma conciliação, a do regional com o universal, que interessando o artista, o 
poeta, o antropólogo, sociológo, o filósofo, interessa também o cientista, o 
engenheiro, o urbanista, o arquiteto, o industrial, o administrador, o político.
– Todo processso de integração de atividades regionais em atividades 
universais, com as universais não podendo desprezzar as regionais, nem as 
moderenas depsrezar as arcaicas, etc.
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BrasíliaBrasília
 Leitura Pg. 17
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Cap. I Cap. I –– EmEm tornotorno das 3 das 3 
engenhariasengenharias –– a a físicafísica, a , a humanahumana, , 
a social asocial –– e de e de suassuas projeçõesprojeções
sobresobre o o futurofuturo humanohumano, , emem geralgeral, , 
e e brasileirobrasileiro, , emem particular particular 
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EngenhariaEngenharia humanahumana
 Situando-se entre a engenharia física e a social, a engenharia
chamada humana é a que cuida das relações entre o homem e as 
tecnologias modificadoras….
 É a que se volta, com critério científico, para adaptação do homem
a tecnologias e de tecnologias ao homem, considerado como de 
importância máxima, nesses ajustamentos, além da biologia e da 
fisiologia, as formas de corpo do homem ou , mais precisamente, 
de vários tipos de homem – segundo sexos, etnias, idades, 
constituições.
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EngenhariaEngenharia humanahumana
 Tanto a engenharia física como a social precisam de dispensar
atenção a essa outra engenharia, sem o que uma e outra poderão
correr o risco de fracassar por agirem à revelia do homem-pessoa, 
do homem-forma, do homem-biologia, do homem-fisiologia.
 Do homem ligado à casa: à sua residência. Ou ao edifício onde
estude. Ou àqueles onde trabalhe, onde dance, onde reze.
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O homem médioO homem médio
 Os tipos médios são usados para a criação de espaços humanos, 
escadas, edifícios, equipamentos, condições de trabalho a mãos, 
pés, troncos, braços, de seres humanos. Cálculos de espaços, 
vertical e horizontal.
 Daí a importância, para os engenheiros humanos, de dados 
antropométricos sobre populações regionais que lhes permitam
calcular o calcance de movimentos de corpo em situações de 
trabalho industrial.
 Até que ponto, no Brasil, a construção de veículos, anunciados
nos reclames de revistas como adaptados a condições brasileiras, 
vem atendendo a sugestões ou instruções de engenheiros
humanos? Ou será que semelhante adaptação se refere apenas à 
adaptação de dispositivos de motores e de formas de veículos de 
origem européia ou anglo-americana às más condições de muitas
das ruas e das estradas brasileiras? 
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O homem vem sendo, de ordinário, um grande esquecido pelos
“progressistas”e pelos “modernistas”: quer quando levantam
Brasílias, quer quando constroem caminhões e jeeps que os
anúncios dizem ser adaptados aos Brasis mais rústicos. Aos
Brasis – às suas estradas mais tropicalmente ásperas – talvez o 
sejam; aos brasileiros é possível que ainda não sejam, resultando
daí deformações de corpo, sofrimentos físicos e até nervosismos
perfeitamente evitáveis. Resultam alguns deles de 
desajustamentos entre máquinas e o homem; entre assentos de 
trabalho e de viagem e o homem; entre escadas de edifícios –
sobretudo entre escadas de serviço – e o homem. O homem que
possa ser considerado racional e o homem que permaneça, em
certos aspectos, não-racional.
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 O homem moderno vive no meio de um tal número de inovações
tecnológicas como que pós-modernas – novos tipos de avião, de 
submarino, de automóvel, de barco, de trator, de máquinas de 
escrever, de calcular, de lavar roupa, de varrer, de refrigerar, de 
registrar, de gravar, além de novos processos de manufatura de 
ferro, de aço, de têxteis
 Estudos de modernos psiquiatras sociais, de Zurique, dizem que o 
homem por mais rodeado de ferramentas racioanis necessita do 
‘~ao-racional para sua segurança, sua estabilidade e sua
criatividade
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 É de se esperar que ocorra, nos próximos decênios, o mesmo que
vem ocorrendo nos Estado Unidos nos últimos 50 ou 60 anos, isto
é, aumento no número de engenheiros. Aumento correspondente
à expansão das chamadas “indústrias científicas”
 Nos EUA, em 1880 havia para cada grupo de 30 engenheiros, 900 
habitantes
 Em 1949, passou para 1 a cada 910.
 Why? Porque a cientificização das indústrias o vem exigindo.
 A união da figura do engenheiro prático e do engenheiro
pesquisador a partir do desenvolvimento de laboratórios de 
pesquisa.
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O O engenheiroengenheiro humanohumano
 A figura do engenheiro humano começou a apresentar a cara
atual a partir da pesquisa científica girando em torno dos 
problemas de indústrias particulares e de obras públicas, 
dependentes, para a sua solução, da técnica e da admiistração de 
engenheiros. 
 São pesquisadores dos quais se esperam da sociedade e do 
Estado contribuições valiosas para o desenvolviemtno do bem-
estar nacional, humano, em geral, e aos quais devem conceder 
condições tais de trabalho que os resguardem de cuidados
mesquinhos de manutenção de família, permitindo-lhes uma
atividade pesquisadora livre desses cuidados e livre também de 
excessiva disciplina burocrática. 
 Não pode ser tratado como burocrata qualquer
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O Estado e o O Estado e o engenheiroengenheiro pesquisadorpesquisador
 Não se trata de atribuir ao Estado a função de dirigir a cultura ou a 
ciência em tudo aquilo que diz respeito à pesquisa científica.
 O Estado deve facilitar essas atividades por problemas de defesa
nacional, justificandos-se que os cientistas – inclusive os
engenheiros pesquisadores – … sejam considerados
especialíssimos servidores do Estado com deveres também
especialíssimos para com o Estado e com a nação. 
 Deve haver o máximo de cooperação entre o Estado e o 
engenheiro pesquisador!
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O O pesquisadorpesquisador científicocientífico
 A ele repugnam de ordinário restrições que perturbem sua
imaginação criadora ou seu afã inovador, baseado na capacidade, 
máxima no homem de gênio, para novas combinações por
metáfora e analogia de valores já conhecidos. Ele é de ordinário
um indivíduo rebelde à rotina. Seu parentesco com o poeta e com 
o artista é muito maior do que geralmente se pensa.
 Há pouca diferença entre o esforço individual do artista e o esforço
individual do cientista no trato direto dos problemas com que
lidam.
 O indivíduo sem imaginação não pode ser nem artista nem
cientista. 
 Só através da imaginação capaz de levantar hipóteses, o 
engenheiro pesquisador chega a estabelecer novas relações entre 
valores já conhecidos.
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DescobertasDescobertas de de homenshomens de de gêniogênio
 A penicilina, de Fleming
 Os raios X da Roentgen
 O processo de vulcanização da borracha, pela goodyear
 A dinameite de Nobel
Homens de gênio são homens em quem a imaginação científica se assemelha à 
imaginação poética. E que são homens por vezes aparentemente boêmios, 
aparentemente românticos e aparentemente desprendidos da realidade nos seu
estudos, empra desses estudos tenham resultado descobertas ou inventos de 
enrome valor prático para a totalidade dos homens.
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 “Toda verdadeira ciência deve conter uma grande proporção de 
bem fundadas antecipações e previsões” escreveu o cientista 
russo S.I Vasilov, em 1948.
 Como planejador, o engenheiro tende a ser, cada vez mais, misto: 
físico e social. Ou físico e humano. E, com isto, sua importância 
tende a crescer.
 Na Rússia, chegavam a ser fantásticos os favores e privilégios 
oficiais que os homens de gênio da física recebiam do Estado 
soviético, contanto que se concentrasse nas pesquisas planejadas 
do mesmo Estado.
 Daí os triunfos que vêm sendo obtidos pela Rússia em certas 
áreas de ciência aplicada e de engenharia física.
 Essa repercussão levou à revisão da política de educação e 
países democráticos, dificultadapelo igualitarimso, o que 
subaproveitou os indivíduos superdotados.
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Os Os supradotadossupradotados
 São jovens de talento superior oriundo de áreas urbanizadas e 
rurais, usuários de computadores. 
 Precisam ser especialmente amparados e prestigiados pelas 
escolas, pelos seus governos.
 O que se está fazendo no Brasil por tais indivíduos, nos diferentes 
ramos de estudos superiores? Parece que pouco. Pouquíssimo. 
Quase nada. Ao contrário: pretende-se que as universidades 
sejam santas casas de misericórida, que diplomem tanto 
incapazes como capazes.
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 Sucede que os próprios estudos de pós-graduação são 
insignificantes entre nós: considerados uma espécie de 
sobremesa ou de luxo quase inútil… Náo havendo meios para 
esse aperfeiçamento, a tendência é para o desânimo tornar os 
supradotados estéreis e frustrados, com prejuízo para suas 
nações e para a humanidade.
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 O pequeno número no Brasil de engenheiros (físicos) 
pesquisadores que, fortalecidos no seu saber pro estudos pós-
graduados à altura de sua inteligência superior, estejam se 
dedicando – entre outros assuntos – à análise e à ordenação das 
relações entre a engenharia física e a social e a humana, na fase 
de transição que o Brasil atravessa. 
 Retificar os erros praticados no Brasil por arquitetos-escultores, 
por exemplo, por exageros de espeicalismo desvairados.
 Leitura pág 60
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O O EsporteEsporte
 Quanto maior o uso de máquinas pelo homem moderno, menos a 
vida exige dele de esforço físico e de movimento muscular
 Promoção de higiene pessoal básica
 O esporte serve também de corretivo à desformalização do 
trabalho pela mecanização e pela automação.
 O esporte não o estimulado por um torpe comercialismo que
representa um dos piores aspectos da decadente civilização de 
tipo burguês-capitalista, nem o que é oferecido, noutros países, a 
multidões inermes por Estados absorventes, intitulados socialistas, 
mas na verdade totalitários: esportes em que as mesmas
multidões são chamadas a ser apenas espectadoras dos jogos
oficiais e até politicamente organizados para diverti-los, mas o 
esporte democraticamente plural e diversificado.
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EngenhariaEngenharia do do esporteesporte
 Um esforço comum, regionalizado e de situação de cultura de 
cada comunidade, entre engenheiro físico, que saiba equipar os 
espaços destinados a tais atividades; do engenheiro social, que 
oriente a articulação do espaço assim equipado com as demais 
atividades socioculturais da comunidade; e do engenheiro 
humano, que estabeleça as normas de relações entre as 
atividades dos indivíduos a quem se ofereceram tais espaços e 
tais atividades recreativas e as condições de visão, de audição, de 
manipulação dos mesmos indivíduos, alguns depentendes de suas 
situações étnicas: indivíduos predominantemente baixos e secos, 
se japoneses, por exemplo; altos e corpulentos, se germânicos; 
altos e ossudos, se sudaneses.
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 No final do século XIX, os socialistas franceses já se preocupavam
em humanizarem as condições psicofísicas e psicossociais de 
trabalho, de momo a redurise-se o que nessas condições se 
apresentava, desde a chamada Revolução Industrial, sob 
aspectos contrários à saúde, ao bom ânimo e à alegria do 
trabalhador.
 Ajustar as condições de trabalho para que ele seja executado de 
maneira mais rápida e mais precisa e ao mesmo tempo mais
agradável para o trabalhador.
 Os modernos engenheiros humanos vêm chegando à conclusão
de que as pesquisas do segundo tipo – isto é, realizadas nos
próprios locais e trabalho – apresentam-se com resultados mais
significativos do que as realizadas em laboratórios.
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 Trabalho industrial e música
 Trabalho e temperatura
 Trabalho nos trópicos
 As relações entre sons harmônicos e não harmônicos no trabalho
humano
 …
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 São problemas esses, em face dos quais se impõe aos três tipos
de engenheiros – o físico, o social, o humano – buscarem
soluções e que o universal se concilie com o regional. Em que se 
atendam variações regionais nas condições de vida, de 
convivência e de trabalho dos homens. Em que se articule a 
pesquisa científica com a ciência aplicada.
 As três engenharias podem ser consideradas complementares
para a orientação, quanto possível científica, de projetos de 
industrialização ou de modernização, no Brasil, do esforço
humano.
 Já são hoje denominados “engenheiros do comportamento” 
aqueles pesquisadores que, dentro da engenharia humana, se 
especializam na observação e no estudo sistemático e como que
de campo das interações entre homens e máquinas. 
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EngenhariaEngenharia tropicaltropical
 Tropicologia!
 Voltada a engenharia de sociedades ou populações situadas no 
trópico. 
 Ex: alfabetização em áreas subdesenvolvidas realizadas à noite.
 Leitura e escrita dificultadas pelo calor
 Ajuste pela luz artificial como elemento compensador
 Jogos de futebol à noite.
 Ajustamento ao noturno, contra o diurno
 A construção e manutenção em áreas tropicais é 4 vezes mais
cara que em regiões temperadas. A duração do esforço é de 
quatro vezes mais para: estradas de rodagem e de ferro, de 
portos, de aeroportos, de linhas de canalização, de linhas de 
telefone, eletricidade, de redes de comunicação. 
 Obras essencias e não de luxo
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 Também nos estudos sociais, adaptados a situações sócio-
econômicas peculiares a regiões tropicias, exigem abordagens
diferentes das empregadas por cientistas sociais europeus e 
anglo-americanos para o estudo, análise e interpretação de 
situações próprias de seus países de estudo: parlamentarismos
ingleses e franceses, de socialismos russos e cheneses, de 
democratismo anglo-americano.
 Faz pôr em destaque a necessidade de nós … intersificarmos e 
abrasileirarmos as pesquisas e os estudos que identifiquem os
nossos modos de ser, nossas tendências, nossas deficiências, 
nossas possibilidades.
 Circunstâncias especificamente regionais não só de solo e de 
paisagem como de vivência e de convivência resultantes de 
formações históricas, ou étnico-culturais, também elas regionais.
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 Será que dentro da engenharia social de que o Brasil necessita 
orientações e apoios para seu desenvovlimento global – e não 
apenas econômico – se situa o processo de formação 
universitária? A pergunta nada tem de estapafúrdia.
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A A perguntapergunta queque nãonão se se querquer calarcalar
 Haverá uma vocação do Brasil para uma forma brasileira de 
convivência democrática e, até certo ponto, igualitária? E essa 
forma de convivência pode ser considerada forma de engenharia 
social?
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BibliografiaBibliografia
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 Excertos e adaptações de FREYRE, Gilberto. Homens, 
engenharias e rumos sociais. Organizador Edson Nery da 
Fonseca – Rio de Janeiro : Record, 1987. 
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AtividadeAtividade
 Redação individual de 8 a 10 pgs sobre o 
texto completo de Gilberto Freyre para o 
dia 29/04.
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