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HEC005Kawamura_Arendt

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Engenheiro: trabalho e Engenheiro: trabalho e 
ideologiaideologia
Aula 5Aula 5
• Prof.Dr. Edgard Costa Oliveira 
ecosta@unb.br
Faculdade UnB-Gama
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AgendaAgenda
 Texto – Engenheiro: trabalho e ideologia – Kawamura, 1979
– Engenheiro e trabalho profissional
– Engenheiro e posição na estrutura social
 Considerações finais
 Dúvidas sobre o seminário
 Reunião de grupos
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 Trabalho é a apropriação e transformação da natureza 
pelo homem.
 Sob as relações de produção capitalista, ele passa a 
adquirir um caráter social específico.
 É a realização que a força de trabalho efetua no 
processo de trabalho, comprada pelo capitalista por 
determinado tempo. 
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IntroduçãoIntrodução
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 A prática profissional do engenheiro no Brasil vem 
desde o séc. XIX, dentro da sociedade política, 
estreitamente vinculada ao aparelho repressivo do 
Estado
 Formação e atuação ligadas à arte militar
– Segurança e repressão
 No final do século XX, a ação profissional do 
engenheiro passou para a infra-estrutura social
– Restrita aos novos setores complementares à atividade 
agroexportadora
– Nem a produção agrária nem a industrial, incipientes, 
requeriam técnicas especializadas
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Histórico da profissãoHistórico da profissão
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 Surto da expansão ferroviária – especializações
 Hidrelétricas 
 Serviços públicos e edificações
 Apoio à produção agroexportadora, em função da posição do café 
brasileiro no mercado internacional, 
 Internalização de processos de comercialização
 Financiamentos
 Configuração do mercado interno.
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Histórico da profissãoHistórico da profissão
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 Ferrovias adquiriram importância na pauta da engenharia
 O ensino da engenharia incorporava área de ferrovias
 Implantação de serviços urbanos – comércio e financiamento de 
produtos e serviços ligados à vida urbana
 Instalação de hidrelétricas, serviços de gás, transporte urbano, 
saneamento e edificações
 Novas oportunidades para prática do engenheiro diretamente na 
infra-estrutura social
 Oscilações da política econômica reduzia a atuação da categoria 
profissional
 A educação em engenharia era escassa.
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Histórico da profissãoHistórico da profissão
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 As 3 categorias acima configuraram-se como as 3 formas de 
relacionamento do engenheiro com o aparelho econômico
 Favorecidas pelas atividades profissionais, passíveis de serem 
executadas por empreitada (profissional liberal)
 Eram raras as organizações profissionais prestadoras de serviços
 Oportunidades de contratação do trabalho assalariado por 
empreendimentos nos setores de:
– Ferrovias, hidrelétricas, portos, obras públicas urbanas e edificações, etc.
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Profissional liberal, empresário e Profissional liberal, empresário e 
assalariadoassalariado
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 Mesmo assim, atividades eram restritas a:
– Determinação tecnológica inerente ao material importado
– Uso de equipamentos importados
– Subordinação tecnológica
 Vinculação do engenheiro ao funcionalismo público e às empresas 
estrangeiras
 Ocupação de escalão hierárquico e posição de mando, delegada 
pelo proprietário
 Funções de direção
 Posição elitista e privilegiada, outorgada pela formação escolar
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Profissional liberal, empresário e Profissional liberal, empresário e 
assalariadoassalariado
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 No nível super-estrutural, a prática do engenheiro deu-se por meio 
de escolas de engenharia, como engenheiro assalariado, como 
professor e pesquisador.
 Organização de conteúdo e da forma de ensino da engenharia 
orientaram-se no sentido de incutir no estudante a formação 
técnico-científica e a ideologia capitalista subjacente:
 O conteúdo ideológico favorecida grupos agroesportadores, assim 
como a burguesia industrial
 A partir da década de 30, a prática orienta-se para constribuir nas 
condiçòes de produção capitalista urbano-industrial

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Profissional liberal, empresário e Profissional liberal, empresário e 
assalariadoassalariado
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 Entre 1930 e o final da II Guerra – a ação do engenheiro 
estendeu-se para a supra-estrutura social
 Na infra-estrtutura – obras públicas e construção civil, expansão 
do mercado interno e industrialização
 Com a Usina Siderúrgica de Volta Redonda – participação na 
produção industrial
 ESTADO – aparelho repressivo: engenheiro militar para segurança 
nacional de recursos minerais, siderurgia e petróleo
 Ampliou-se o âmbito de atuaçào do engenheiro para a infra-
estrutura social, regulamentação de atividades econômicas e 
proprietário do aparelho econômico
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Profissional assalariado em funções Profissional assalariado em funções 
dirigentesdirigentes
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 Com a emergência do processo de urbanização – o emprego de 
engenheiros para construção e manutenção de obras públicas. 
 A intervenção do Estado no domínio econômico: com a 
Constituição de 1934: competência da União de explorar ou 
conceder serviços de telégrafos, radiocomunicação e navegação 
aérea, estabelecer o plano nacional de viação férrea e o de 
estradas de rodagem, tráfego rodoviário interestadual, legislar 
sobre o regime de portos e navegação de cabotagem. 
 A expansão de obras públicas ampliou oportunidades de trabalho, 
como assalariado na administração pública, aumento d eempresas 
construtoras, serviço assalariado em empresas privadas.
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Profissional assalariado em funções Profissional assalariado em funções 
dirigentesdirigentes
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 Crescimento e dinamismo da construção civil em paralelo com as 
reinvindicações dos profissionais, a partir da regulamentação 
profissional de 1935. (decreto 23 569 de 1933)
 Urbanização e industrialização = fortalecimento da demanda de 
energia elétrica (antes sob o controle do capital estrangeiro, mas 
após 1930, o nacionalismo econômico de Getúlio tomou medidas 
de defesa e controle de recursos hidrelétricos, que se solidificou 
após a II guerra, com a criação da Eletrobrás)
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Profissional assalariado em funções Profissional assalariado em funções 
dirigentesdirigentes
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 Ocupações de mando na hierarquia funcional pública, pelo 
domínio de técnicas, formação elitista, organização do processo 
de trabalho
 Não contemplava atividades de criação tecnológica, visto que os 
equipamentos e máquinas provinham das formações sociais 
industrializadas
 As funções técnicas do engenheiro consistiam na adaptação da 
força de trabalho disponível à tecnologia importada, com vistas ao 
aumento da mais-valia
 Caráter dirigente do trabalho, confirmada pela posição assumida 
por entidades representativas:
– Instituto de Engenharia de São Paulo
– Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
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Profissional assalariado em funções Profissional assalariado em funções 
dirigentesdirigentes
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 Ausência de trabalho na produção industrial, levou o engenheiro 
para a supra-estrutura social, orientada para o sistema produtivo.
 Através de aparelhos repressivos e ideológicos de Estado – o 
engenheiro estendeu sua prática para o interior da indústria
 A criação em 1938 do Conselho Nacional do Petróleo, solicitou a 
participação do engenheiro, em especial o militar, em função os 
setores siderúrgico e petrolífero
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Profissional assalariado em funções Profissional assalariado em funções 
dirigentesdirigentes
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 Forças Armadas
 SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial -
 IDORT – Instituto de Organização Racional do Trabalho – para 
racionalização administrativa
 Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – para 
padronização e elevação da qualidade de produtos industriais
 IPT – Instituto de pesquisas tecnológicas – pesquisa para a 
indústria
 O Instituto de Eletrotécnica e a Escola Politécnica – ação do 
engenheiro como pesquisador e professor
Tais organismos possibilitaram a ação técnica e ideológica dos 
engenheiros, principalmente como empresários.
Esforço da categoria para abrir o setor industrial como núcleo de 
trabalho para o engenheiro
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Aparelhos ideológicos do EstadoAparelhos ideológicos do Estado
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 No pós-guerra, oportunidades para a produção em larga escala 
de bens intermediários, de consumo duráveis e de capital
 Política econômica industrializante – em 1955
 Tendência à internacionalização do mercado 
 Importação de tecnologias e investimentos
 Medidas políticas a partir de 1964 definiram este processo –
expansão de capitais estrangeiros e estatais. 
 O trabalho do engenheiro foi deslocado para o âmbito do setor 
industrial
 Novas oportunidades para o trabalho do engenheiro no magistério 
e na pesquisa tecnológica: na construção civil, exploração do 
setor energético; mudanças institucionais, ensino técnico e 
especializado, valorização da eficiência técnica, da tecnologia, da 
produção em larga escala, do consumo supérfluo e de massa.
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Profissional AssalariadoProfissional Assalariado
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 O engenheiro passa a ocupar uma posição periférica, 
dentro de organizações complexas 
 Tarefas de coordenação e gerência
 Com a expansão de atividades de marketing, finanças, 
compras e vendas, que requerem conhecimentos 
tecnológicos especializados, a ação do engenheiro 
tende a estender-se para setores exteriores à produção 
propriamente dita: desde a adaptação tecnológica e 
execução das obras de instalação até os serviços de 
reparação e manutenção dos equipamentos e controle 
de qualidade do produto.
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Atuação do engenheiroAtuação do engenheiro
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 Com a expansão dos setores básicos, houve deslocamento da 
atuação do engenheiro para o interior do setor industrial, nos anos 
1950.
 Implantação das indústrias:
– Automobilística;
– Petroquímica
– Mecânica pesada
– Material e aparelhos eletroeletrônicos
– Energia nuclear
– Construção civil
 Ainda limitados pelo monopólio da tecnologia, domínio das 
empresas estrangeiras que privilegiam nos altos escalões 
profissionais de mesma origem, discriminatória.
 Levou o engenheiro nacional a ocupar funções técnicas 
meramente operacionais. 18
Atuação do engenheiroAtuação do engenheiro
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 Aceleração do processo de industrialização
 Deslocamento do centro das atividades para o setor industrial
 Grandes empreendimentos
 Capital estrangeiro levou à introdução de inovações tecnológicas 
 Aplicação de possibilidades de trabalho para o engenheiro
 Empresas de capital nacional definiram processos de trabalho 
próprios, diferentes das grandes estrangeiras
 Complexidade das obras e especialização das empresas de 
engenharia – ação integrada no controle de empreendimentos
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Atuação do engenheiroAtuação do engenheiro
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 Funções gerenciais – caráter de mando – controle do processso 
de trabalho e acesso às decisões sobre a organização. Posição 
privilegiada – acentua-se para os escalões superiores na 
hierarquia funcional. Identificação com os interesses de capital. 
Atendimento a requisitos capitalistas, aumento da mais-valia.
 Funções operacionais – operações repetitivas e parcelares, não 
detém o controle do conjunto do processo de trabalho, sujeito a 
determinações impostas pelo mecanismo do trabalho coletivo. 
Continuação do domínio do segmento dirigente. Ao realizar tarefas 
de adaptação tecnológica, de manutenção de equipamentos, 
máquinas e materiais, de controle de qualidade e outras: 
colaboram para a elaboração de produtos, intensificação da 
realização da mais-valia de outros trabalhadores.
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Dualidade da atuação do engenheiroDualidade da atuação do engenheiro
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 O intelectual orgânico (Gramsci) 
– Formação especializada em determinada área de ação 
essencial para a conquista e manutenção do papel dirigente de 
determinada classe social, a burguesia, para realizar 
atividades intelectuais correspondentes. Organizadores da 
função econômica, portadores de função hegemônica e 
organizadores da coerção que exerce a classe dominante nos 
níveis econômicos, da sociedade civil e da sociedade política.
– Desenvolvem-se com a indústria
– De formações capitalistas, orientada aos interesses da 
burguesia industrial, exerce funções intelectuais, no âmbito da 
produção industrial.
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A posição do engenheiro na estrutura socialA posição do engenheiro na estrutura social
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 Exigidos:
– Formação escolar adequada
– Exercício do papel mediador entre a técnica e o capital, de um 
lado, e a força de trabalho, de outro.
– Normas éticas relativas ao capital e ao trabalho
– Conhecimentos técnico-científicos. 
– Valores que enaltecem o caráter dirigente da categoria: falar 
bem, redigir bem e saber mandar.
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A posição do engenheiro: ambíguaA posição do engenheiro: ambígua
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 Ação ideológica do engenheiro:
– Por meio da infra-estrutura social, restringida à atividade 
econ6omica em voga (produção e comercialização 
agroexportadora).
– Posição de subordinação face aos intelectuais que atuavam 
diretamente na organização e reprodução da ideologia 
dominante
– Participação nos aparelhos ideológicos e repressivos do 
Estado, mesmo que de maneira restrita, permitida pela 
oligarquia agroexportadora
– Limitada modernização técnica
– Reprodutor da economia agroexportadora
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A posição do engenheiro: ambíguaA posição do engenheiro: ambígua
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EC  Pela orientação ideológica favorável à expansão 
urbano-industrial e manutenção da dependência 
tecnológica no país...
 Pelo caráter teórico e elitista da educação e 
professores que reproduzia a economia 
agroexportadora....
 Contribuiu, por estabelecer condições no processo de 
trabalho que possibilitavam garantir a manutenção de 
relações hierárquicas no trabalho
 Contribuiu para a expansão da produção industrial e 
relações sociais capitalistas
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A posição do engenheiro: ambíguaA posição do engenheiro: ambígua
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 O intelectual orgânico da burguesia industrial
 Depois de 1930, com o favorecimento da participação 
dos setores urbanos nas decisões da política 
econômica
 Racionalização do trabalho
 Reforma do ensino voltada a formação técnica e 
ideológica para posições de mando em 
empreendimentos tecnológicos. 
 Atuação tanto na infra-estrutura como na supra-
estrutura: via aparelhos ideológicos de Estado:
– Instituto de Engenharia
– Conselhos Federal e Regionais de Engenharia e Arquitetura
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A posição do engenheiro na estrutura socialA posição do engenheiro na estrutura social
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 O engenheiro – intelectual orgânico – favoreceu o processo de 
integração crescente da formação social brasileira no capitalismo 
internacional, na medida em que seu papel na difusão e 
adaptação de elementos tecnológicos e ideológicos contribui para 
estabelecer pontos de vinculação dependentes entre a formação 
brasileira e as formações capitalistas hegemônicas.
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A posiçãodo engenheiro na estrutura socialA posição do engenheiro na estrutura social
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 Com a centralização do engenheiro na indústria, e as práticas 
técnico-ideológicas identificam-no com atividades eminentemente 
tecnológicas:
– “a posição do engenheiro nas relações de produção pode ser apreendida a 
partir da análise de suas funções diretamente vinculadas ao emprego da 
tecnologia no processo produtivo: adaptação da tecnologia à produção e 
adaptação do operário à tecnologia.”
– A diferenciação na posição do profissional no interior da categoria: a 
bipolarização funcional.
– Pela adoção da tecnologia complexa, para a produção em larga escala: 
planejamento, supervisão e controle da produção.
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Novo caráter de intelectual orgânico da Novo caráter de intelectual orgânico da 
burguesia industrialburguesia industrial
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 A organização e consecução do processo de trabalho visam 
adequar o operário à dinâmica do complexo tecnológico, na 
condição de membro do organismo de trabalho coletivo.
 A atuação do engenheiro contribui para reproduzir as condições 
tanto da intensificação do trabalho operário quanto da manutenção 
da estrutura hierárquica no processo de trabalho.
 Daí sua responsabilidade na escolha ou adaptação da tecnologia 
ao processo de trabalho específico da produção
 Uma posição ideológica frente ao capital e ao trabalho, que 
também reproduz e favorece à preservação e aperfeiçoamento 
das condições de acumulação capitalista, exploração do trabalho 
operário.
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Novo caráter de intelectual orgânico da Novo caráter de intelectual orgânico da 
burguesia industrialburguesia industrial
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 O engenheiro contribui tanto para a reprodução da própria 
categoria, técnica e ideológica, mas também da defesa de seus 
interesses corporativos e políticos
 A hieraquização do ensino permite à escola, como aparelho 
ideológico de Estado, dar conhecimento, também hierarquizado, 
de parcela da população apta a ocupar determinadas posições no 
processo de produção.
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Novo caráter de intelectual orgânico da Novo caráter de intelectual orgânico da 
burguesia industrialburguesia industrial
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 “A ação de professores de engenharia poderia ser entendida 
assim como a de selecionar e formar a parcela da população 
destinada a exercer uma das tarefas essenciais para a reprodução 
ampliada da acumulação capitalista.”
 Através de associações representativas, a atuação de engenheiro 
na defesa de seus interesses corporativos contribui para ação 
orgânica do conjunto profissional no processo produtivo.
 A prática do engenheiro no conjunto dos aparelhos ideológicos de 
Estado também está impregnada pelos interesses diretos da 
burguesia, especialmente quando se considera que neles 
participam profissionais proprietários.
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Novo caráter de intelectual orgânico da Novo caráter de intelectual orgânico da 
burguesia industrialburguesia industrial
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BibliografiaBibliografia
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 ARENDT, Hannah. A condição humana. 10.ed. – Rio de janeiro : 
Forense universitária, 2000
 KAWAMURA, Lili K. Engenheiro: trabalho e ideologia. São Paulo : 
Ática, 1979. 
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AtividadeAtividade
 Reunião de grupos – update no múdou.
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SuaSua opiniãoopinião??
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ContatoContato: ecosta@unb.br: ecosta@unb.br

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