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João Paulo Carneiro Rodrigues - 1045695 - redação

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	CURSO:
	ENGENHARIAS
	ALUNO: João Paulo Carneiro Rodrigues
	
	Matrícula: 10/45695
DISCIPLINA: Humanidades
	TURMA: A
Prof. Edgard Costa
	
SEMESTRE/ANO:
	
01/2009
	Homens, engenharias e rumos sociais - 1987 
Excertos e adaptações de FREYRE, Gilberto. Homens, engenharias e rumos sociais. Organizador Edson Nery da Fonseca – Rio de Janeiro : Record, 1987.
	Redação
A engenharia como ciência é capaz de promover inovações tecnológicas e científicas e, como arte é capaz de mostrar sensações e fomentar relações humanas. Atualmente, convive-se com um grande problema, que é o das relações humanas, pois cada vez mais nos envolvemos com o mundo tecno-científico, e acabamos deixando em um segundo plano o lado mais racional voltado ao humano. Precisa-se adquirir uma consciência mais social no âmbito científico, para que em todas as pesquisas sejam levados em consideração questões sociológicas e ambientais, ou seja, que a “grande novidade” melhore e respeite as relações sociais, assim como seus limites.
É comum designar engenharia como uma ciência voltada para habilidade e técnicas específicas como: engenharia aeronáutica, engenharia civil, engenharia elétrica, engenharia genética, entre outras. Porém, engenharia, em geral, nos leva a um sentido muito mais amplo, com preocupações voltadas não só às áreas técnicas e físicas, mas também às áreas humanas e sociais. 
A partir destes princípios, existem três tipos de engenharia: a física, a humana e a social. A engenharia física cuida das partes técnicas, das inovações de um modo geral. Manifesta-se em atividades de mecanização, técnicas que promovem a evolução tecnológica e científica. Essa evolução, promovida apenas por essa engenharia, é somente voltada à máquina ou aparelho eletrônico, por exemplo, sem muito se voltar a requisitos sociais e humanos. Inclui a estética e a arquitetura. Arquitetura de uma casa, por exemplo.
A engenharia humana trata da relação entre o homem com as partes técnicas e inovações promovidas pela engenharia física. Busca analisar problemas que a sociedade venha a possuir por causa de um trabalho ineficaz ou desumano da engenharia física. Ou, se esse problema não existir, busca apenas melhorar a relação entre esses trabalhos e as condições humanas de interação com tais, ou seja, procura uma utilidade ou uma função mais humana para esses projetos e invenções. Uma inovação ou obra que somente leve em considerações aspectos estéticos, arquitetônicos e científicos é produto apenas da engenharia física, sem participação da engenharia humana e/ou social, pois não foram levados em consideração aspectos humanos e/ou sociais, sua utilidade prática, seus efeitos sobre a sociedade em geral e sua interferência no cotidiano e nas condições sociais e humanas. Dentro da engenharia humana, há o engenheiro de comportamento, que analisa o comportamento dos seres humanos dentro da sociedade e suas relações com as máquinas e, desta maneira, verifica maneiras diversas de melhorar essas relações e promove descrições sistemáticas para uma provável análise futura.
Uma grande ação de engenharia humana é a de rurbanização. Existe, também, o atual problema do êxodo rural, em que os moradores do campo vão para a cidade em busca de melhores condições de vida, de estudo e de trabalho, pois o âmbito rural não é favorável a estas condições. E, em contrapartida, grandes indústrias sofrem o processo inverso, com a grande disputa e concorrência nos grandes centros urbanos, alto incentivo fiscal, espaço físico limitado, entre outros problemas, vão buscar em locais mais afastados do centro, em até mesmo áreas rurais, melhores condições de “trabalho”, com menores incentivos fiscais, menor concorrência, leis ambientais mais brandas e um mercado consumidor relativamente bom. Com isso, mostra-se que cada lugar tem o seu lado bom, seu lado mais favorável, dependendo de cada intuito. Então, com uma ação de engenharia humana/social, busca-se promover uma rurbanização, ou seja, um “meio-termo” entre o rural e o urbano, não exaltar por completo o lado urbano nem o lado rural. 
 A engenharia social tem cuidado com as inter-relações entre os próprios homens, levando em consideração métodos para aperfeiçoar tais vínculos, além de mostrar e estudar a complexidade do ser humano em seu meio, e que ele é muito mais que máquinas e aparelhos eletrônicos, por exemplo. É uma engenharia com um papel muito amplo. Busca, também, melhores técnicas para que um mercado consumidor seja melhor atendido. Além de procurar agradar este mercado consumidor, procura agradar e também e melhorar a sociedade como um todo, sem distinções e preconceitos.
As três engenharias devem atuar juntas em diversas áreas do mundo, como por exemplo, na ambiental. Com um desenvolvimento absurdo e uma busca desenfreada pela evolução tecnológica, o meio ambiente torna-se cada vez mais desprezado e vítima do novo sistema. Assim, deve-se ter um maior cuidado com ele, que não é só parte de nosso dia-a-dia, mas também é parte do nosso modo-de-ser essencial. Tal cuidado é muito bem descrito no livro “Saber Cuidar”, de Leonardo Boff. Cuidado que é mais que um simples ato, é uma atitude.
Um grande exemplo de uma engenharia física que puxa a atuação das outras duas engenharias é a construção de barragens ou qualquer que seja a obra em rios ou lagos, pois essas obras acabam influenciando no cotidiano das populações ribeirinhas. A construção de uma hidrelétrica, por exemplo, precisa de uma estrutura bem constituída, de um projeto bem estruturado para a geração de energia elétrica – apenas engenharia física a princípio -, porém, precisa também de um projeto de como a fauna e flora do lugar se alterará, se haverá uma grande perda de flora, ou se existirá até uma extinção da fauna da região, e como as populações ribeirinhas se comportarão depois de implementada a hidrelétrica – engenharia humana e social -.
 Sendo assim, com a atuação destas três engenharias e o uso correto e adequado deste cuidado, a sociedade deixa de ter aquela velha concepção de que o engenheiro é apenas um grande matemático, físico, desenvolvedor de máquinas, despreocupado com os outros ao seu redor, mas, é também um homem preocupado com as condições sócio-ambientais e, além de tudo, com a maneira que suas invenções e sua capacidade de relacionar a natureza com o mundo social interfiram em situações tidas como ideais.
Porém, toda essa visão sobre a engenharia e o papel do engenheiro é adquirida com o passar do tempo. Pois, com o tempo, com a degradação do meio ambiente, com as relações sociais cada vez mais fracas, com a máxima valorização das máquinas, todos começam a adquirir uma nova visão sobre os acontecimentos ao seu redor. Uma dessas novas visões é sobre o papel fundamental que o engenheiro desempenha numa sociedade, mesmo que não tão perceptível.
O Brasil, por exemplo, teve em sua história alguns atos de engenharia como: a divisão do país em capitanias; construção de fortes para defesa nacional; uso de recursos naturais, como cavernas, para habitação humana; toda mudança envolvida na culinária local e em sua engenharia de alimentos; entre outras. Esses exemplos mostram, de certa maneira, a magnitude de uma ação de engenharia, e que ela precisa de várias complexas combinações de fatores para que seja no mínimo favorável a população.
 A capital federal, Brasília, é um exemplo de uma grande construção, fruto de um grande planejamento estético e arquitetônico. O lado social foi meio que deixado de lado, pois não foram pensados, muito menos construídos, grandes lugares reservados ao lazer e à prática da convivência social e humana voltada ao lazer. Foram construídos grandes lugares para moradia e para trabalho. Pensou-se em um habitante sempre ocupado com suas tarefas, sem o intuito de se divertir, ter seu momento de recreação em tempos desocupados, os quais não foram cogitados.
Deve-se haver amplos espaços pra recreação, assim como lugares específicos e incentivos para a prática de esporte. O esporte, sendo bem instruído e implementadoem uma sociedade, é muito importante para seu desenvolvimento, pois além de distrair e ser bom à saúde humana, quando bem orientado, ocupa e tira pessoas que estariam na rua praticando furtos e violência. Dessa forma, pode-se descobrir muitas pessoas que dificilmente seriam descobertas e que tenham um grande talento para um específico esporte, como é o caso de vários jogadores de futebol. Tais jogadores, que estão bem sucedidos atualmente, foram descobertos em guetos e favelas. A prática e incentivo à prática de esporte são essenciais para o crescimento de uma sociedade, pois é um meio de inclusão social, onde as pessoas passam a praticar o esporte em que eram meros espectadores, e que somente tinham o sonho de praticá-lo. O esporte também serve para corrigir o que a automação provoca, que é a substituição do esforço mecânico, muscular, pelo trabalho da máquina, uma prática sedentária. 
Com todos os fatos demonstrados anteriormente, considera-se Brasília uma construção provinda basicamente de engenharia física, sem participação de engenharia humana e social. 
Mas, vale ressaltar a essencial importância da parte estética de uma obra, ou mais amplamente falando, de sua engenharia física envolvida. Entretanto, ela só se torna tão essencial assim se em conjunto com as outras engenharias com seus fundamentais papéis “humanizadores”.
Há várias técnicas de integração destes tipos de engenharia e do uso de cada uma delas. A técnica do homem médio é muito importante. Ela é utilizada para criação de espaço e equipamentos de utilidade dos humanos. Como cada ser humano é diferente, e o processo capitalista de produção em massa exige que peças sejam padronizadas e produzidas em escala, cada uma como se fosse a cópia da outra, é necessário um modelo de uma específica peça que consiga atender a maioria das pessoas. Então, é estipulado o modelo do homem médio para que tais peças, por exemplo, consigam atender a uma maior demanda, que está diretamente ligada a esse modelo.
Tais técnicas facilitam a produção e o trabalho dos engenheiros em geral. Assim, cresce cada vez mais o número de engenheiros nos grandes pólos científicos, pois tais lugares exigem a participação deles que são peças-chave nestes locais. E, com a grande evolução das indústrias, foi preciso que se evoluíssem também centros de pesquisas, e neles a figura e presença do engenheiro pesquisador tornaram-se essenciais. Deve-se existir uma grande cooperação entre o Estado e o engenheiro pesquisador, pois ele precisa de investimentos e certa liberdade para trabalhar, para que ele possa propiciar ao próprio Estado, que é nação, um desenvolvimento científico avançado e que esteja contido em um contexto social bem atual. O pesquisador deve trabalhar longe de grandes burocracias, que são barreiras do Estado, pois, assim, ele acaba buscando outros países para realizar suas pesquisas, levando consigo um grande potencial de crescimento do país, que não só “bloqueia” as pesquisas deste engenheiro, mas também não permite o seu próprio crescimento, a sua própria evolução como nação tecnológica e científica.
Fazendo um grande paralelo do engenheiro pesquisador citado anteriormente com um poeta e/ou compositor, pode-se dizer que o poeta sofre, e não consegue expressar tudo o que está sentindo, pois tem várias barreiras que o impedem de praticar tal ato. Uma dessas barreiras, por exemplo, pode ser a censura, que impede que o artista, ou até mesmo um poeta, expresse sua verdadeira opinião, temendo graves e/ou violentas repreensões do próprio Estado. De maneira similar comporta-se o engenheiro pesquisador, quando ele é impedido de ter sua imaginação criadora e todo o seu potencial de inovação colocados em prática, pelo fato de o governo ter certas restrições à prática destas atividades. Tanto o engenheiro pesquisador quanto o poeta precisam ter uma grande imaginação. Alguém sem imaginação não consegue ser nem pesquisador nem poeta. O poeta usa a imaginação para criar poemas e textos que com uma grande criatividade possam “mexer” com as pessoas e provocarem certos sentimentos, enquanto o pesquisador precisa de imaginação para que, a partir de conceitos e fenômenos já existentes, possa criar novos conceitos ou teses para tais fenômenos da natureza.
Os engenheiros citados acima, os quais se assemelham aos poetas, são conhecidos como homens de gênio, capazes de realizar estudos que tenham uma utilidade muito prática para a quase toda a totalidade dos seres humanos. Portanto, é necessário que se estimule a atividade desses homens, pois elas são essenciais para o crescimento do país. Tais estímulos são provindos da exclusão de barreiras que o Estado promove e, principalmente, de favores e privilégios que estes pesquisadores ganham fazendo este trabalho.
Sendo tão essencial a formação correta e propícia ao contexto vivido de um engenheiro, por exemplo, para que ele se torne habilitado a ajudar no crescimento do país, o Brasil enfrenta um grande problema, que não é recente, que é o das universidades e seu papel diante da sociedade e na formação dos universitários. Precisa-se de instituições mais preparadas e com o intuito de formar grandes cidadãos, com uma adequada consciência sociológica e científica. Atualmente, muitas universidades apenas “dão” o diploma ao estudante, que somente enganou todo o curso e sai de lá como um profissional despreparado. Muitos desses são filhos de uma família muito rica, assim, tendo um futuro já garantido economicamente, não se preocupam em se formar de tal maneira, e só fazem um curso para adquirir um “status” ainda maior dentro da sociedade. Dessa maneira, quando estão em uma universidade federal, por exemplo, acabam ocupando a vaga de alguém que faria de tudo para estar no lugar deles, se esforçando e com o intuito de se tornar um profissional de primeira classe, com preocupações em todos os âmbitos sociais.
Uma universidade moderna deve ser aquela que valorize o conhecimento, que seja um pólo de conhecimento vivo, um grande potencial racional, e não um grande centro de capital, onde só busque o lucro, o acúmulo de capital e a participação de universitários que somente sejam proprietários de grandes casas e com uma enorme capacidade monetária, mas sem uma capacidade intelectual suficiente para que dê à universidade, e conseqüentemente ao país e ao mundo, um poder de inovação e de conhecimento, enquanto pessoas mais simples estão com toda essa capacidade intelectual e científica, mas não conseguem e não estão aptos a adentrarem em uma universidade, por não terem condições sócio-econômicas consideráveis
Para que se tente acabar, ou apenas amenizar, o grande problema que envolve alunos desinteressados, deve-se haver, como em algumas universidades já existem, um grande rigor na cobrança da matéria aplicada e uma exigência maior ainda, para que somente alunos interessados possam continuar na universidade até o fim de seu curso, e que aqueles alunos desinteressados ao processo de adquirir um grande conhecimento e praticá-lo dentro da universidade desistam do curso e adentrem ao mercado de trabalho como profissionais despreparados.
Aliado a todo este processo, deve-se associar o planejamento da procura por supradotados que são muito importantes para a sociedade, pois possuem uma grande facilidade em aprender e desenvolver complexos projetos, e, assim, possuindo um imenso potencial para o desenvolvimento tecnológico e científico da humanidade. Atualmente, no Brasil não há um efetivo processo de seleção e tratamento destes supradotados. Sendo assim, temos muitos desses dispersos pelo nosso país, e, portanto, estamos praticamente desperdiçando um grande potencial de desenvolvimento. Estes garotos ou garotas podem estar em qualquer lugar do país, dispersos, porém, geralmente são usuários de computadores e podem ser encontrados mais facilmente dentro da escola, onde seu rendimento muito acima da média é realmente notado e confirmado. Portanto, o governo e as escolas devem procurar esses supradotados dentro das próprias escolas, um lugar propíciopara que ele cresça, e assim consiga melhorar mais ainda seu rendimento e se tornar de fato um grande potencial de evolução para a nação. 
Além de tudo isso citado acima, deve-se haver um ensino de qualidade, que após o descobrimento destes supradotados, eles consigam se sentir motivados para utilizarem todos os seus conhecimentos. No Brasil, por exemplo, o ensino de pós-graduação pode ser considerado fraco, e estes potenciais de desenvolvimento acabam se desanimando a continuar a praticar pesquisas e trabalhos inovadores, e assim acabamos perdendo esses potenciais de outra forma, com eles nas mãos.
Outro grande problema enfrentado pelo Brasil é o da conciliação do horário de recreação e/ou ocioso com o de trabalho efetivo no próprio horário de trabalho. Historicamente, com as Revoluções Industriais, os operários passaram a vivenciar péssimas condições de trabalho, com cargas horárias altíssimas e em troca recebiam um mísero salário. Com o passar do tempo, e a conscientização de alguns estudiosos sobre tal assunto, os operários foram alertados sobre seus direitos, e começaram a reivindicar tais direitos. Numa situação de grande pressão, vários governantes acataram as reivindicações deles. Assim, atualmente em vários lugares no Brasil, a carga horária de trabalho não é tão grande e ainda é combinada com um tempo de “recreação” que serve para descanso ou almoço, por exemplo. Este tempo concedido torna-se um tanto exagerado, pois o funcionário fica um tanto ocioso durante este período. Deve-se existir uma prática que seja funcional e ao mesmo tempo recreacional, pois assim o trabalhador em seu tempo que não esteja trabalhando, estaria fazendo algo de útil ao mesmo tempo em que se livraria do stress. Exemplo de prática desse tipo é a de esportes, seja ele qual for.
Vários problemas vividos em regiões próximas ao nosso país, e até mesmo no Brasil, são explicados pela localização, pelo tropicalismo. È resultado de várias pesquisas que obras de construção são quatro vezes mais caras que em regiões temperadas. Portanto, faz-se, ou pelo menos tenta-se fazer, obras essenciais e não de luxo. Em regiões tropicais, torna-se difícil a leitura atenta e o estudo proveitoso durante o dia nestes países quentes. O clima não favorece tais atividades. Depois de várias pesquisas, verificou-se que o estudo, a leitura, além de várias outras atividades se torna muito mais proveitosas durante a noite, com luz artificial. Um exemplo da adaptação das atividades nestas regiões ao período noturno são os jogos de futebol que são realizados à noite. Devido a este fato, torna-se essencial levar em consideração esta característica ao realizar projetos de obras ou de certas atividades, que visem ser realizadas nestas áreas.
Além do oneroso processo de construção, há um grande gasto com a manutenção destas obras. No final das contas, o lucro numa região tropical seria menos de um terço do lucro de uma região temperada.
Ligado a esse problema, se encontra a discriminação social e racial. A grande miscigenação no Brasil, que é provinda da “mistura” entre os europeus colonizadores, os negros escravos vindos principalmente da África e os índios que aqui já habitavam. Com toda essa diferença, criou-se uma imensa discriminação racial e social, pois ao fim da escravidão no Brasil, os negros foram livres, mas como não eram assalariados, não tiveram condições de se sustentar na cidade, e, assim, formaram grandes guetos, que hoje são as favelas. Enquanto isso, os “brancos europeus” continuaram na cidade, superfaturando e cada vez ficando mais e mais ricos, se tornando grandes proprietários de terra, que hoje são os grandes latifundiários, principalmente. 
Procura-se, então, para se opor a essa discriminação, e quem sabe extingui-la, uma democratização racial/social. É algo urgente. Pois o negro está prestes a se revoltar não porque é negro, mas sim porque é pobre.
Por conseguinte, como o Brasil passa por uma fase de amadurecimento da economia e de suas diretrizes sociais, precisa-se agir com calma, para que as melhorias evoluam juntamente com o desenvolvimento do nosso país. Todos devem pensar juntos e concordar com o plano de desenvolvimento, para que esse crescimento seja mesmo eficaz. Nesse processo de progresso, um desenvolvimento quantitativo deve corresponder a um crescimento qualitativo. Por exemplo, numa empresa onde se necessita engenheiros pesquisadores, não adianta somente contratar mais engenheiros para que aumente o número de pesquisadores lá dentro. É necessário contratações de engenheiros que sejam capazes de melhorar as pesquisas, que sejam potenciais de desenvolvimento, e que, afinal, seja um acréscimo de qualidade, ou seja, qualitativo. A este processo, estão diretamente ligados os conceitos e realidades aqui citados, como o papel da universidade na formação de profissionais capacitados e com uma “visão de mundo” mais abrangente e eficaz; o papel do esporte; o papel dos políticos, que deveriam aprovar leis que favorecessem os mais necessitados, e não pensarem em somente no próprio benefício, ato de puro egocentrismo; entre outros.
Para que todo esse desenvolvimento seja realizado concretamente, é preciso, também, a atuação em conjunto dos três tipos de engenharias citados aqui: física, social e humana, pois a atuação de uma isolada, ou duas, não é uma realização com capacidade completa de desenvolvimento sustentável e racional. Mais importante do que se desenvolver tecnológica e cientificamente, é desenvolver-se dentro das condições humanas, sem que se alterem as estruturas sociais e não prejudique o meio ambiente. Isso é chamado de desenvolvimento sustentável. Atualmente, vive-se uma procura desenfreada por este tipo de progresso, pois praticamente toda inovação tecnológica, por mais segura que seja, causa alterações nestas estruturas e impactos sobre o meio ambiente, que vem sendo cada vez mais degradado. Desta maneira, com todas estas aplicações e melhorias em projetos de progresso, a sociedade pode ter um rumo muito melhor do que o previsto atualmente, um rumo com uma previsão muito mais otimista.
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