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Tempo do Crime Direito Penal I Art. 4º: Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Teorias sobre o momento do crime: → Atividade: considera-se praticado o crime no momento da conduta (ação ou omissão). → Resultado: considera-se crime o resultado. → Ubiguidade ou mista: considera-se praticado o crime tanto no momento da conduta, como o resultado. • Teoria adotada: Código Penal -> teoria da atividade. A imputabilidade deve ser aferida no momento em que o crime é praticado (no momento da conduta). Conflito aparente de normas: → Conceito: é o conflito que se estabelece entre duas ou mais normas aparentemente aplicáveis ao mesmo fato. → Elementos: • Unidade do fato; • Pluralidade de normas; • Aparente aplicação de todas as normas à espécie; • Efetiva aplicação de apenas uma delas. → Solução do conflito aparente de normas: • O conflito é apenas aparente, somente uma das normas acaba regulamentando o fato. Solução -> aplicação de alguns princípios que apontam aquela que realmente regulamenta o caso concreto → Conflitos que solucionam: • Especialidade: especial é norma que possui todos os elementos da geral e mais alguns, que trazem um minus e um plus de severidade. A lei especial prevalece sobre a geral, a qual deixa de incidir sobre aquela hipótese. A norma especial pode descrever tanto um crime mais leve quanto um mais grave. Os tipos derivados possuem todos os elementos do básico, mais os especializantes. • Subsidiariedade: subsidiária é aquela que descreve um grau menor de violação de um mesmo bem jurídico, ou seja, um fato menos amplo ou menos grave, o qual, embora definido como delito autônomo, encontra-se também compreendido em outro tipo como fase normal de execução de crime mais grave. Há caso em que tanto pode aplicar-se o princípio da especialidade quanto o princípio da subsidiariedade. Norma que descreve o “todo” -> norma primária, esta absorverá a menos ampla -> subsidiária, que cabe dentro dela. Norma primaria prevalece sobre a subsidiária. • Consunção: é o principio segundo o qual um fato mais amplo e mais grave consome/absorve outros fatos menos amplos e graves, que funcionam como fase normal de preparação. ➢ Exemplo: O infanticídio tem tudo que um homicídio tem, e mais alguns elementos especializantes → a vítima deve ser filho da autora + o momento do crime deve dar-se no momento do parto ou logo após + a autora deve estar sob influência do estado puerperal. ➢ Exemplo: um menor com 17 anos e 11 meses pratica um ato criminoso e o resultado só vem ocorrer 3 meses depois. Não responde pelo crime, pois era inimputável à época da infração. No caso de crime permanente, como a conduta se prolonga no tempo, o agente responde pelo delito. ➢ Exemplo: norma primária → tentativa de homicídio // norma subsidiária → disparo de arma de fogo e periclitação da vida. Comparam-se os fatos que acontecem em uma sequencia de situações diferentes no tempo e no espaço (sucessão de fatos), verificando-se que o fato mais grave absorve todos os demais; o fato principal absorve o acessório, sobrando apenas a norma que o regula. A comparação é estabelecida entre fatos e não entre normas -> não é a norma que absorve a outra, mas o fato que consome os demais, fazendo com que só reste uma norma. • Alternatividade: ocorre quando a norma descreve várias formas de realização da figura típica, em que pouco a realização de uma ou de todas configura um único crime. A alternatividade representa a aplicação do princípio da consunção, com um nome diferente -> a alternatividade é a consunção que resolve conflito entre condutas previstas na mesma norma e não um conflito entre normas. ➢ Exemplo: Porte ilegal de arma, disparo da arma de fogo e homicídio doloso: se tudo ocorreu no mesmo contexto, o homicídio absorve os fatos anteriores. ➢ Exemplo: Há 18 formas de prática de tráfico ilícito de drogas, mas tanto a realização de uma quanto a realização de várias modalidades configurará sempre um único crime.
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